terça-feira, 30 de novembro de 2010

Turma promissora


Ney Franco, campeão da Série B deste ano, e treinador da seleção sub-20 fez a convocação preliminar para o sul-americano da categoria, que acontecerá em janeiro do próximo ano no Peru. Cinco nomes ainda serão cortados até o início da competição, que tem uma grande importância por valer vagas no Mundial da categoria e na Olimpíada de 2012.

Entre os principais destaques estão: Neymar, Lucas e Phillipe Coutinho. Outros mais conhecidos são: o goleiro Gabriel, do Cruzeiro, que já foi chamado por Mano Menezes para a seleção principal; os laterais santistas Danilo e Alex Sandro; o lateral Gabriel Silva, do Palmeiras; os meias Alan Patrick, do Santos, e Oscar, do Inter; além do atacante Diego Maurício, do Flamengo.

Goleiros
Gabriel (Cruzeiro)
Milton (Botafogo)
Aleksander (Avaí)
Zagueiros
Juan (Internacional)
Saimon (Grêmio)
Bruno Uvini (São Paulo)
Romário (Internacional)
Alan (Vitória)
Laterais-direitos
Danilo (Santos)
Rafael Galhardo (Flamengo)
Laterais-esquerdos
Alex Sandro (Santos)
Gabriel Silva (Palmeiras)
Volantes
Casemiro (São Paulo)
Zé Eduardo (Parma)
Fernando (Grêmio)
Meias
Lucas (São Paulo)
Philippe Coutinho (Inter de Milão)
Alan Patrick (Santos)
Oscar (Internacional)
João Pedro (Palermo)
Atacantes
Neymar (Santos)
Diego Maurício (Flamengo)
Henrique (Vitória)
Lucas Gaúcho (São Paulo)
William (Grêmio Prudente)

sábado, 27 de novembro de 2010

Sem comentários - Bragantino 2x0 Bahia

Não há muito o que comentar sobre a derrota do Bahia para o Bragantino, por 2 a 0, no Morumbi. O segundo revés desde que o acesso tricolor foi confirmado. Sem interesse e sem vontade, o Esquadrão se despede da Segundona de uma maneira que não era esperada pela sua torcida. O momento é para se pensar em 2011.

sábado, 20 de novembro de 2010

Adeus ao título - Bahia 1x2 Santo André

O jogo contra o Santo André ainda valia a manutenção das poucas chances de título do Bahia, mas parecia não valer nada. A ressaca pela conquista do acesso no sábado anterior se refletia na preguiça dos tricolores em campo. Dá para tirar desse bolo, jogadores como Leandro (melhor em campo), Luizão, Ávine e Fernando, que jogaram com muita seriedade.

A derrota, de virada, por 2 a 1, acabou com as chances de ser campeão. Faltou ambição. Não só nesse jogo, mas em alguns momentos do campeonato em que o acesso parecia ser a única meta. Méritos para o Coritiba, que pensou grande e ficou com a taça. Mas não dá para tirar os méritos deste grupo de jogadores que tirou o Bahia da segunda divisão. As vaias de alguns torcedores ao final da partida foram injustas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Renato Gaúcho + Márcio Araújo = Acesso

Não sei se o Bahia subiria se Renato Gaúcho continuasse no comando do time, mas acredito que sim. O que eu tenho certeza é que ele foi tão responsável pelo acesso quanto o seu sucessor Márcio Araújo. A soma do trabalho dos dois é que resultou na vaga na Série A.

Na Série B, o Bahia, com Renato Gaúcho, teve aproveitamento de 58,97% dos pontos, enquanto com Márcio Araújo, o desempenho foi um pouco superior, com 60,86%. Mas vale lembrar que Renato não podia contar com alguns destaques futuros da equipe. Jael, por exemplo, fez a sua primeira partida como titular justamente na despedida do atual treinador gremista. Morais tinha jogado apenas sete das 13 partidas e ainda teve que se recuperar de uma lesão. Jancarlos ainda não havia estreado.

Por opção do treinador, entretanto, Adriano "Michael Jackson" ainda não era titular. Ele saiu do banco em quatro das seis vezes em que estava disponível e não começou jogando nenhuma partida. Márcio Araújo também só promoveu o atacante à titularidade depois de quatro vezes entrando no decorrer das partidas.

O que houve de mais louvável na passagem de Renato pelo clube foi a recuperação e a valorização de jogadores como Ávine, Marcone e Ananias, que eram muito criticados por parte da torcida e da imprensa baiana. Além do seu prestígio, fundamental para a vinda de um craque como Morais.

A montagem do elenco teve muito maior participação de Renato do que de Márcio, mas o atual treinador teve o mérito de encontrar uma formação mais consistente, mesmo abrindo mão de vários talentos ofensivos como Rogerinho, Vander e Ananias. O time de Portaluppi contava com três meias, dois volantes e um atacante.

Márcio tirou dois meias para reforçar o ataque e a marcação no meio. Hélder e Morais passaram a ser os grandes responsáveis pela boa troca de passes do time, principalmente fora de casa. Márcio também acabou com os recados para jogador através da imprensa, que caracterizaram o trabalho anterior.

Espero que Márcio Araújo continue e que mostre competência também para montar o elenco do Bahia para o próximo ano.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"Um texto bacana sobre a volta do Bahia"


Agora eu posso escrever: o Esquadrão voltou para a Série A. Não tem nem uma semana, na última segunda, o amigo vascaíno Raphael Zarko me pediu que eu fizesse “um texto bacana sobre a volta do Bahia”. Precavido, respondi que escreveria, mas só depois que o retorno estivesse confirmado por todas as calculadoras. Superstição é algo que deve ser respeitado, pai. Para quem está um pouco mais afastado, o acesso já parecia ser questão apenas de tempo, para nós ainda não. A nossa asa negra (ou amarela), Brasiliense, acabara de aprontar conosco novamente. Sinto-me também responsável pela subida. Caso eu tivesse escrito o tal “texto bacana”, ninguém me garante que o tricolor iria conseguir vencer dois times que ainda lutam para marcar presença na Série A do próximo ano (América Mineiro e Portuguesa).

Não escrevi, mas deveria ter iniciado. Assim, teria feito com mais calma, em melhores condições. Não. Não estou bêbado. Na verdade, nem bebo, mas estou embriagado de orgulho e de alegria. Dá vontade de escrever aqui um recado para o Mano Menezes e torcer para que ele ache o texto pelo google e preste atenção em Adriano, Jael e Ávine e que ele fique feliz pela recuperação do bom futebol de seu antigo pupilo Morais.
Sabe aquelas coisas que parecem pequenas, mas que vêm à nossa mente em ocasiões grandiosas como essa? Pois é. Em meio a tanta euforia, fiquei cotente ao lembrar que o Bahia deve estar presente no Fifa 12. Os 3 a 0 contra a Portuguesa não representaram apenas a volta à elite do futebol nacional, mas também ao que há de melhor no futebol digital.
Chegou ao fim, finalmente, a cruzada solidária do Bahia. Ajudou a fortalecer as Séries C e B e deu o gostinho especial para várias equipes como Nacional de Patos e Atlético de Cajazeiras de encararem uma equipe grande como o tricolor. Não tive acesso a dados oficiais sobre isso, mas também imagino que o nível dos alunos nas aulas de geografia devem ter melhorado muito em Salvador desde o início da queda tricolor, em 2003. Afinal, quando um professor pergunta hoje ‘qual o estado onde fica a cidade de Catalão?’, a questão não é mais tão complicada. Basta lembrar que o Esquadrão visitou o Crac de Catalão, em Goiás, em 2007. Muitos outros cantos legais deste País foram conhecidos desta forma. Mas a colaboração já foi muito grande. Visitar esses lugares a partir de agora espero que só na Série A, na Copa do Nordeste ou na Copa do Brasil.
Ouvi pelas ruas gente dizendo que desde que o Bahia caiu em 2003 só agora ele deu alguma alegria. Mentira. Cada porradinha no Barradão, ou partidas épicas como o triunfo sobre o Corinthians, no Pacaembu, em 2008, proporcionaram muita felicidade. O que faltava era algo mais consistente. Era como aquela piada que você vai rindo ao ouvir, mas acha o final deprimente.
Agora o final foi maravilhoso. O buzinaço até a madrugada pela cidade só comprova isso. Não estou ouvindo o som dos trios, mas imagino que a coisa esteja muito boa por lá também. A organização da festa pecou em um ponto. Esqueceram de entregar a chave da cidade para Binha de São Caetano, o nosso Rei Momo magro tricolor, quando o carnaval começou, às 22 horas deste sábado feliz.
texto publicado no divertidíssimo yougol.com.br

domingo, 14 de novembro de 2010

Fifa 12, o Bahia está chegando

A EA Sports já deveria ter feito isso, mas agora com a subida do Bahia para a Série A, deve ser inevitável que o tricolor esteja no Fifa 12. O Fifa 11 só tem o defeito de não ter o Esquadrão. Lanço logo o apelo para que a diretoria não ofereça resistência para que o clube seja retratado fielmente na próxima edição do melhor jogo de futebol para videogame.

Na atual edição, por exemplo, o Vitória é chamado de Salvador e possui um uniforme genérico apesar de ter o elenco do rubro-negro neste Brasileiro. Não sei qual foi o motivo, mas recusar uma oferta, mesmo que mínima, pune os seus torcedores que gostam do game e também acaba sendo um desperdício de oportunidade para divulgação da marca, inclusive no exterior. Por isso, até de graça, permitam que o Bahia seja licenciado no Fifa 12.

Como a EA não colocou o Bahia à nossa disposição tiver que dar um jeito. Criei os jogadores, um por um (não deu para fazer todos por causa do limite na criação de jogadores. Um defeito do jogo), e transferi para o Caen, clube francês que possui um uniforme tricolor. O zagueiro Luizão e o atacante Everton já existiam. Precisei apenas tirá-los de Cruzeiro e Inter, respectivamente.

Para compensar a falta de nome, escudo e uniformes reais, caprichei na ambientação sonora. O Fifa 11 permite que o usuário grave as suas músicas preferidas e coloque no jogo. Também é possível escolher os gritos de torcida durante as partidas de cada time. É a maior empolgação jogar no embalo do "Xalaialaiá, Xalaialaiá", do hino mais vibrante do País ou do "Bahia, minha vida". Dá força para virar jogos que parecem perdidos.

E quando o tricolor faz o gol ainda dá para ouvir a narração característica de Sílvio Mendes além do tradicional "Ba-ba-ba-ba-ba-Bahia!". Emoção pura! Quando o time entra em campo, o sistema de som do Pituaço genérico ainda executa a versão de Ricardo Chaves para o sucesso de Lady Gaga "Vamos tricolor".

Como já desconfiava que o Esquadrão iria subir, resolvi antecipar um ano e o coloquei no Brasileiro, substituindo o Prudente. E o tricolor não fez feio. Pelo contrário, fez ótima campanha e terminou em terceiro lugar. Atrás apenas de Corinthians (campeão) e Santos. A meta é melhorar no próximo campeonato.

O time ainda teve o artilheiro da competição, Jael, com 16 gols. Um dos pontos altos da campanha foi o triunfo, por 2 a 1, no Ba-Vi, com gols de Adriano (o de pênalti da foto acima) e Jael. Junior descontou para o rubro-negro. Uma vitória de 3 a 0 sobre o Fluminense e outra de 2 a 0 contra o Corinthians foram outras partidas marcantes.

Não teve nada de escândalo


O lance mais polêmico da rodada do final de semana da Série A: o pênalti marcado do zagueiro Gil do Cruzeiro em Ronaldo, do Corinthians, não teve nada de escandaloso. Na minha opinião, o beque empurrou o Fenômeno e o desequilibrou, provocando a sua queda. Portanto marcaria a penalidade máxima. Mesmo quem acha que não houve irregularidade na ação do cruzeirense deveria admitir que a marcação teria sido, no mínimo, discutível. E não tão incontestável quanto a reação dos mineiros tenta fazer parecer.


Somente a reação dos jogadores, do treinador e da diretoria cruzeirense podem justificar tamanha comoção como se o time mineiro tivesse sido garfado de maneira absurda. O tamanho do anti-corintianismo no Brasil, como bem disse Mauro Beting em seu blog, também colaborou para a repercussão desta marcação. Ele não acha que foi pênalti, no entanto, também defende que não há necessidade para tanta reclamação.

sábado, 13 de novembro de 2010

O tricolor voltou - Bahia 3x0 Portuguesa


Depois de sete temporadas distante da Série A, o primeiro campeão brasileiro voltou ao seu lugar de origem. O sonho adiado quatro vezes (em duas o Bahia estava na Série C) enfim se tornou realidade. Dormir na noite anterior parecia utopia. A cidade passou o dia inteiro respirando a partida das 20 horas. Parecia o único assunto permitido na capital baiana. E as horas não passavam. Pelo menos, atipicamente, o jogo não foi tão tenso quanto o dia. Foi tanta tensão durante sete anos que mereciamos uma trégua.

O gol de Adriano "Michael Jackson"logo no início foi o maior agente tranquilizador. Ele mesmo fez 2 a 0 e os tricolores não conseguiam acreditar no que estavam vendo. Não combinava em nada com os jogos dramáticos com que estamos acostumados. O tricolor ainda perdeu um pênalti com Jael e a Portuguesa chegou a assustar em alguns momentos, mas Omar fez ótimas defesas e manteve o placar.

Até os 45 minutos, quando o capitão Nen tocou para o gol vazio e fecou o placar do acesso em 3 a 0. Méritos para um grupo que foi bem montado e que conseguiu manter o foco do início ao fim, sem se desesperar após os maus resultados. Uma equipe que conseguiu unir talento e entrega. Esse é o meu Bahia.

Faltam dois jogos e o título ainda é possível. Li essa semana um texto que dizia que os perdedores dizem: é possível, mas é muito difícil. Enquanto os vencedores falam: é difícil, mas não é impossível. Que este grupo continue pensando como vencedores e busquem os seis pontos que restam.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Bate-papo com um ídolo - Douglas Franklin

Nesta terça-feira, encontrei com o ex-meia Douglas (na foto, o da esquerda, ao lado de Elizeu), ídolo eterno do Bahia, que infelizmente não vi jogar, para entrevistá-lo. Atualmente morando em Barretos, São Paulo, ele veio para Salvador para prestigiar a recolocação da placa em memória do primeiro gol do estádio de Pituaçu, que ele marcou, contra o Fluminense de Feira, em 1979, atuando pelo Bahia.

Já tinha entrevistado o antigo camisa 8 do Bahia em, pelo menos, duas oportunidades. Na Conferência Gigante Tricolor e quando estava fazendo matéria sobre os jogadores aposentados, pois ele era presidente da associação baiana. Mas foram em situações mais corridas. Agora ele estava totalmente descontraído. E como é bom de resenha esse garoto! Fui cair na besteira de chamá-lo respeitosamente de senhor e fui logo repreendido: "senhor, não. você. Eu tenho 29 anos, pô".

Eu confesso que nem conhecia essa faceta dele. Quer mais uma prova de como ele é brincalhão. Olha o que tinha escrito no orkut dele: "Salvador, tô chegando dia 8/11. Quero trio elétrico". Bem que merecia por tudo que fez pela história gloriosa do clube. Não teve dia 8, mas, se Deus quiser, e Douglas também acredita nisso, vai ter sábado depois do jogo contra a Lusa porque juntar Bahia e Douglas tem que resultar em alegria. E ele garante que é pé-quente.

Leandro - Qual a sua expectativa para essa homenagem de sábado?
Douglas - Pra mim foi uma grata surpresa porque tem mais de 30 anos que fiz esse gol e sabia que já existia uma placa. Eu queria agradecer por essa lembrança. No dia do jogo, eu não tava ligado em fazer o primeiro gol do estádio, mas vejo que foi muito importante.

L- E o contato com a torcida do Bahia?
D- Vai ser muito bom esse contato com a torcida do Bahia porque eu e o clube temos
tudo a ver. Eu sou Santos e Bahia e quando eu venho aqui é a maior alegria. Os baianos me adotaram. Quem me acolhe aqui no hotel, por exemplo, é torcedor, e conselheiro, do Vitória.

L- Você presidia uma associação de ex-jogadores profissionais aqui na Bahia. Por que deixou de ser presidente?
D - Eu estava morando aqui, mas, em 2008, eu tive qe ir para Barretos porque minha mãe já tem 85 anos e eu tinha que cuidar dela, né? Mas na verdade é ela quem cuida de mim (risos). Aí eu saí da presidência, mas sempre que posso eu estou por aqui.

L- Mesmo não estando mais aqui, percebo que você ainda se preocupa com essa situação dos jogadores depois que encerram a carreira. Qual a importância desse tipo de associação?
D- A gente sempre busca incentivar que o ex-atleta possa ficar sócio e contribuir com a associação para a classe ficar unida. Acho que todo jogador que alcança uma situação de respeito na sociedade deveria usar isso para ajudar os outros atletas. Eu, por exemplo, sei que o respeito que e tenho vem muito da minha carreira. E ninguém faz nada sozinho. E sou preocupado com o ex-atleta em todo lugar. Joguei a favor ou contra muitos deles e quero que estejam todos bem.

L- Tem acompanhado o Bahia?
Eu acompanho de longe. Vejo que tem grandes jogadores como Morais. A hora de subir é agora. Se ganhar hoje (ganhou do América Mineiro no dia da entrevista), a gente sobe no sábado. Eu vou estar lá e eu sou pé-quente. No ano passado, o Bahia corria risco de cair para a Série C e eu fui pra Campinas, assistir a um jogo contra a Ponte Preta (antepenúltima rodada). Assisti junto com Elizeu (também ídodo do Bahia e colega de Douglas no Santos e no Bahia) E ganhar da Ponte lá era muito difícil. Mas nós ganhamos lá de 3 a 1 (gols de Jael, Beto e Paulo Isidoro) e não caímos.

L- E o Santos? Você tem acompanhado mais de perto?
De vez em quando, desço, vou lá em Santos. É aquela estrutura que eu quero que o Bahia tenha. O tricolor cresceu, montou um grande time para subir, mas gostaria que se organizasse, se estruturasse mais, como uma empresa mesmo. O time do Santos é muito bom. Eu destacaria Ganso, Neymar e Arouca, mas o time todo é bom. O pessoal critica o Durval (zagueiro), mas ele é muito bom, mas é que a equipe busca o espetáculo. Ataca feito índio, aí complica pra segurar lá atrás. Mas eu creio que o Adilson (Batista) vai mudar alguma coisa no sistema defensivo do Santos. Ele não vai acabar com a alegria do time, mas deve dar uma segurada. Até porque ele foi zagueiro, né?

Mineiros só venceram baianos uma vez neste Brasileiro

O Bahia consegiu contra o América Mineiro, nesta terça-feira (9/11) a sétima vitória, em oito jogos, de clubes baianos contra seus opositores mineiros nas duas divisões principais do Brasileiro. Apenas o Cruzeiro conseguiu vencer o Vitória, no Barradão, por 1 a 0. O Bahia venceu quatro partidas e o Vitória, três.

Seguem os resultados:
Ipatinga 1x2 Bahia
Bahia 3x0 América Mineiro
Bahia 3x1 Ipatinga
América Mineiro 0x1 Bahia
Vitória 4x3 Atlético Mineiro
Cruzeiro 0x1 Vitória
Atlético Mineiro 2x3 Vitória
Vitória 0x1 Cruzeiro

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parabéns ao Coxa


O Coxa subiu porque tem um dos melhores treinadores do futebol brasileiro. Subiu também porque tem um dos três elencos mais fortes da Série B (ao lado de Bahia e Sport). A força do elenco faz com que seja difícil até escalar uma equipe titular do time paranaense. Aos mais preconceituosos, o grupo do Coritiba poderia ser considerado de refugos de grandes times contando com jogadores como Fabinho Capixaba (Palmeiras), Jéci (Palmeiras), Pereira (Santos e Grêmio), Triguinho (Santos), Andrade (Sport), Léo Gago (Vasco), Tcheco (Corinthians), Rafinha (São Paulo), Enrico (Vasco) e Leonardo (Flamengo). Quase todos os citados saíram por baixo de suas equipes, pareciam ultrapassados, mas deram a volta por cima junto com o clube que caiu de maneira lamentável, com direito a cenas de selvageria.

Ney Franco é o principal responsável pela sobrevida na carreira desses jogadores. Marcos Aurélio, Rafinha, Enrico e até Leonardo, que eu sempre considerei um atacante bem comum, deram muito trabalho às defesas adversárias. A defesa é apenas a sétima melhor da competição, mas funcionou muito bem. Cleiton é um beque de muito futuro. A verdade é que, mesmo quando mudavam os jogadores, o nível parecia sempre o mesmo. Além disso, o Coxa foi mais regular do que os seus concorrentes durante todo o torneio. Vacilaram menos em partidas facéis.

Nas três primeiras rodadas do campeonato, o Bahia estava com sete pontos e o Coritiba apenas com dois. Eu já imaginava que o tricolor precisaria abrir o maior número de pontos de vantagem para o alviverde paranaense, enquanto o time ainda não estivesse se encontrando para não ser ultrapassado depois. Não deu certo. O Coxa entrou nos trilhos rapidamente. Nas 32 rodadas seguintes fez 10 pontos a mais que a equipe baiana. Por isso, com cinco pontos a mais hoje, já está na primeira divisão e tem todas as condições de ficar com o título.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Esquadrão (e nervos) de aço - América/MG 0x1 Bahia

O jogo parece que ainda não acabou enquanto escrevo este texto. A adrenalina ainda está transbordando em mim. Definitivamente, torcer para o Bahia deve ser muito mais emocionante do que praticar bungee jumping, para-quedismo, voo livre ou qualquer outro esporte dito radical. Para assistir, mesmo pela TV, ao triunfo do tricolor, fora de casa, sobre o quarto colocado da Série B, América Mineiro, foi preciso ter nervos de aço. E como é bom poder ver que o nosso Esquadrão está voltando a ser de aço. E não estou falando simplesmente de uma liga metálica formada em sua maior parte por ferro e carbono. Esse aço é constituído de raça, dedicação, amor, dor, riso, lágrimas. Pode parecer piegas, mas é isso que fez e faz o clube ser tão amado. Falta um triunfo para o Super Homem voltar ao seu planeta de origem. Nossa Krypton é a Série A.

No jogo, o matador Jael foi letal. Confesso que quando ele dominou a bola e girou eu gritei para TV: "devolve para Adriano". Parecia o mais óbvio, mas o futebol nãoé decidido pela obviedade. O camisa 11, contrariando a lógica, puxou para a perna esquerda (que não é a boa) e mandou para o gol. Surpreendeu a mim e, de quebra, ao goleiro Flávio, que não conseguiu alcançar.

Foi uma das poucas chances de gol do tricolor na partida. Ananias ainda conseguiu chutar para uma defesa do arqueiro, depois de grande jogada de Adriano. Michael Jackson ainda conseguiu a expulsão de Flávio, depois de receber grande lançamento de Jael. Se o árbitro da partida de sábado contra o Brasiliense tivesse expulsado o goleiro do Brasiliense em jogada semelhante (daquela vez foi pênalti) a história poderia ter sido outra.

Depois disso, foi só pressão. O América ficou com um a menos, mas parecia que estava com jogador sobrando. O Bahia recuou demais, mas a retranca deu resultado e quando a bola passava Fernando, ou a trave, salvaram. Para o jogo decisivo contra a Portuguesa, que está na quinta colocação, o tricolor terá os desfalques preocupantes de Fernando e Luizão.

Leandro também levou o terceiro amarelo, mas provavelmente deixaria a equipe para o retorno de Hélder. E foi muito bom ver o gigante Leandro do ano passado voltando a jogar muito bem em uma partida tão decisiva. Jael, tão criticado em outras oportunidades, inclusive por mim, teve uma ótima atuação. Fez o gol, deu o lançamento que causou a expulsão de Flávio, deu carrinho, tirou bola na defesa, e tentou segurar a bola na frente, sem tanto sucesso.

Foi o nono triunfo do Bahia fora de casa nesta competição. Números que ainda me impressionam toda vez que eu vejo. Se vencer o Bragantino, o tricolor terá conseguido o maior número de vitórias como visitante na história da Série B.

domingo, 7 de novembro de 2010

Nem o sol deu jeito - Brasiliense 3x2 Bahia

Nem o fato de jogar à tarde facilitou o caminho do Bahia para o refresso à Série A. O tricolor voltou a perder de 3 a 2 para o Brasiliense, mas, ao contrário de 2004, ainda tem boas chances de cumprir o objetivo. A situação não é tão confortável como parecia uma semana atrás, depois do triunfo sobre o Paraná, fora de casa, mas pelo que o time já fez até o momento na competição dá para confiar.

O complicado embate contra o América Mineiro na terça-feira será decisivo. Um triunfo deixaria o tricolor muito próximo da elite. No entanto, um resultado negativo contra o quarto colocado não seria nenhum absurdo. Aí é que está o problema. Se isso acontecer e os adversários diretos não tropeçarem, Pituaçu se transformará em uma panela de pressão no sábado contra a Portuguesa, que estaria três pontos atrás do tricolor.

Se o Bahia vencer o América, entretanto, o cenário será totalmente favorável ao Bahia em seu regresso a Pituaçu. No jogo contra o Brasiliense, o Bahia foi bem ofensivamente, com Morais municiando bem os velozes Everton e Adriano (autores dos gols), mas a defesa já mostrava que não estava bem desde o início. Juntando com a péssima arbitragem, o prejuízo ficou com o time baiano.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Movido a energia solar

O próximo compromisso do Bahia nesta Série B será sábado (6/11), às 16 horas (no horário de Salvador), na Boca do Jacaré, contra o Brasiliense. O horário do confronto é ótimo para o tricolor. É bom saber também que, dos cinco jogos restantes, três começarão sem a necessidade do uso de refletores. O motivo para comemorar tal atuação é que o tricolor foi um time vespertino durante toda a competição.

Jogando à tarde, o Bahia tem impressionantes 77,7% de aproveitamento dos pontos (9 triunfos, 1 empate e 2 derrotas), enquanto à noite o desempenho é muito inferior. Apenas 49,2% dos pontos (8 vitórias, 7 empates e 6 derrotas). Isso leva a crer que a campanha poderia ser superior caso não tivessem sido apenas 12 partidas vespertinas e 21 noturnas.

Na campanha do título brasileiro de 1988, uma das armas do time baiano apontada pelos próprios jogadores era o gramado alto da Fonte Nova. Melhor preparada fisicamente, a equipe baiana voava em casa. Em 2010, será que o melhor preparo para jogar com o sol pode ser apontado como um dos fatores determinantes para o acesso? Só o tempo vai dizer.

O dia do jogo do Bahia contra o Brasiliense também é bom para o tricolor. Aos sábados, o time tem o ótimo aproveitamento de pontos de 73,3% (10 vitórias, 3 empates e 2 derrotas). O impressionante é que o tricolor conquistou, até o momento, 33 pontos aos sábados e 26 durante a semana. São sete pontos a mais em três jogos a menos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Carrasco quase veio para o Bahia e começou a carreira no Vitória

No início deste ano, o atacante Bill, carrasco do Bahia no confronto decisivo contra o Coxa, teve o seu nome cotado como reforço para o clube. Uma possível parceria com o Corinthians viabilizaria a sua vinda, que acabou não sendo concretizada. Do alvinegro paulista, durante o ano, vieram: Morais – maestro da equipe -, Bruno Octávio – titular e muito útil, antes de se lesionar -, Dênis - foi mal no Campeonato do Nordeste e ainda jogou a camisa tricolor no chão -, e Renato – ficou pouco tempo em Salvador e pediu para ir embora.

Bill marcou sete gols nas 12 primeiras rodadas da Série B do ano passado e chamou a atenção do Corinthians, conseguindo uma transferência logo em seguida. O atacante, de 26 anos, começou a carreira no maior rival do tricolor, o Vitória. Este foi o primeiro gol do atacante no Brasileiro, já que ele ficou fora da maior parte da competição por causa de uma grava lesão sofrida ainda no período do estadual.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Melhor para o Coxa - Bahia 1x1 Coritiba

A situação para o acesso ainda é boa, mas a diferença de sete pontos para o quinto colocado diminuiu para cinco. Pelo menos, a vantagem do Bahia para o quarto colocado, América Mineiro subiu para quatro pontos depois do empate com o Coritiba, por 1 a 1, já que o time mineiro perdeu para o Paraná. O resultado foi ruim na luta pelo título. O tricolor perdeu a segunda colocação, manteve-se dois pontos atrás do Coritiba, mas perdeu a vantagem de ter o confronto direto em seu mando de campo.

O pior de tudo no empate com o Coritiba é que a torcida chegou a sentir o gosto da liderança quando Everton fez seu primeiro gol com a camisa do Bahia. Mas a defesa vacilou e Bill empatou.
Mais triste que isso, só a grave lesão sofrida pelo lateral Triguinho, do Coxa, depois de choque com Fernando.

Outra nota negativa da partida foi a arbitragem. O juiz errou ao dar pênalti a favor do Bahia em cima de Adriano no primeiro tempo. Jael errou mais ainda e mandou para fora. Desde então, o árbitro parece ter percebido que errou e, na dúvida, era sempre a favor do time paranaense. Pouco depois, houve um pênalti claro, quando Leandro Donizete meteu a mão na bola, mas o juiz preferiu ignorar.

Independente desses fatores, o Coxa fez por merecer sair pelo menos com um empate de Salvador e segue embalado rumo ao título. O Bahia ficou devendo, mas merece um desconto pelo nível elevado da equipe adversária. Os próximos dois compromissos tamém serão complicados: Brasiliense e América Mineiro, longe de Salvador.

Dia de decisão na Série B


Desde 2005, todos os campeões da Série B carregam o peso de já terem dado a volta olímpica também na primeira divisão (Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Corinthians e Vasco). Neste ano, dois clubes entraram na competição com a responsabilidade de manter essa escrita (segudo a CBF, também o Sport), e, faltando seis rodadas, Coritiba e Bahia se encontram em uma verdadeira decisão, como primeiro e segundo colocado.

No primeiro turno, o Coritiba reassumiu a liderança depois de vencer o Bahia. Naquela ocasião (estreia de Márcio Araújo), o tricolor era apenas o sexto colocado e ainda caiu um posto. Já o Coxa entrou como terceiro e saiu como primeiro. Nesta terça-feira (2/11), o time baiano, em casa, assume a ponta se vencer.

A partida é realmente uma grande decisão. O Coxa praticamente coloca as mãos no título em caso de vitória, pois abriria cinco pontos, restando cinco jogos, para o principal oponente. Para o Bahia, as coisas não são tão simples. Um triunfo coloca o tricolor apenas um ponto à frente do time paranaense, tendo um jogo a menos dentro de casa.

Nesse quesito, entretanto, a vantagem é relativa, já que os dois times são detentores das melhores campanhas como visitantes. Deixando de lado a briga pelo título, com relação ao acesso, os clubes estão bem encaminhados, mas é fundamental para o Bahia um triunfo nesta partida para, pelo menos, manter, a diferença de sete pontos para o Sport.

Independente das condições do drama, o evento tem tudo para ser um jogaço. Os dois times têm ótimos ataques - o Coxa tem 56 gols e o Bahia 55 - e, ao lado do Sport, possuem os melhores elencos da Série B. Há muito equílibrio entre os times que estão escalados para o embate desta noite.

Bahia x Coritiba
Fernando x Vanderlei -O arqueiro do Bahia assumiu a titularidade com muita qualidade desde a suspensão de René. Vanderlei, que já foi titular em outros momentos, substitui nesta partida o suspenso Edson Bastos. É um grande goleiro.
Arilton x Fabinho Capixaba - o lateral do Bahia é cria do Coxa, de onde saiu como grande revelação. No tricolor, ainda está irregular, mas vem crescendo. Capixaba era ridicularizado pela torcida do Palmeiras, mas encontrou seu espaço no time paranaense.
Luizão x Cleiton -
Luizão deu um jeito na defesa do Bahia, mas Cleiton ainda leva uma vantagem nas jogadas ofensivas.
Nen x Jéci -
dois ex-palmeirenses, o experiente Nen leva vantagem no duelo.
Marcone x Lucas Mendes -
difícil comparar um volante com um zagueiro, mas Marcone é um dos maiores responsáveis pela forte marcação do time tricolor.
Ávine x Triguinho -
Ávine é o melhor lateral-esquerdo da competição e um dos melhores jogadores.
Fábio Bahia x Marcos Paulo -
o volante do Coxa é muito mais ofensivo.
Hélder x Leandro Donizete -
Hélder é um dos responsáveis pela melhora na qualidade do passe do tricolor desde a sua efetivação como titular.
Morais x Rafinha -
esse duelo será um dos mais importantes do jogo. Morais é o grande maestro do Bahia, mas Rafinha é um dos melhores jogadores do campeonato.
Adriano x Enrico -
se fosse fora, Enrico levaria vantagem, mas Pituaçu é a casa de Michael Jackson.
Jael x Leonardo -
depois de acabar com o jejum contra o Paraná, Jael vai mais confiante para o jogo contra o Coxa.