No principal jogo de hoje, Peru e Venezuela se enfrentam, às 19h20, em San Cristóbal, com um objetivo parecido: a segunda vitória. Mas, enquanto a seleção peruana busca o segundo resultado positivo na atual edição da Copa América, a Venezuela tenta conseguir vencer o segundo adversário em toda a história do torneio.
A seleção peruana joga para evitar fortes emoções na rodada final em que enfrentará a Bolívia. Os três pontos classificam matematicamente o Peru para as quartas-de-finais.
A equipe chegou sem muita badalação e surpreendeu na estréia impondo uma goleada de 3 a 0 sobre os uruguaios.
Para tentar a classificação antecipada, a seleção conta com atacantes de clubes europeus como José Paolo Guerrero, do Bayern de Munique, seu ex-companheiro Pizarro, agora no Chelsea e Farfán do PSV Eindhoven. Na primeira rodada, apenas Guerrero deixou a sua marca com o segundo gol. O meia Mariño, que marcou um golaço, pode substituir Pedro Díaz.
Momento histórico- Por outro lado, a Venezuela pode alcançar sua segunda vitória na história da competição, 40 anos depois da primeira. Se conseguir o resultado positivo, a equipe alcançará os 4 pontos e ficará muito próxima de passar, pela primeira vez, de fase.
A Copa América começou a ser disputada no formato atual, em 1995, com 12 equipes divididas em três grupos, a vitória valendo três pontos, e a classificação dos dois melhores de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados.
Nas cinco edições que tiveram essa fórmula de disputa, as seleções que chegaram aos 4 pontos conseguiram a classificação para as quartas-de-finais.
O lateral-esquerdo Jorge Rojas está fora da partida de hoje por causa de uma contratura muscular na perna direita. Em seu lugar, deve entrar Andrés Rouga. Essa é a única modificação confirmada na seleção venezuelana.
Pela reabilitação- Na preliminar da rodada dupla, no mesmo estádio Pueblo Nuevo, às 17h05, o Uruguai enfrenta a Bolívia. Os uruguaios ainda devem estar atônitos com a goleada sofrida na estréia para os peruanos por 3 a 0.
O meia-atacante Recoba, da Internazionale de Milão, ficou de fora do vexame da estréia, por causa de uma lesão na coxa esquerda. Ele é uma das esperanças do técnico Oscar Tabárez e da torcida uruguaia para uma recuperação na competição.
Sua volta ao time ainda é incerta e depende de novos exames médicos. Se continuar sem condições de jogo, Vicente Sanchez deve ficar novamente com a vaga. Apesar da vergonhosa derrota, o técnico não promete mudanças na equipe que estreou terça-feira.
Pé-de-coelho- A Bolívia conseguiu buscar o placar duas vezes e evitar a derrota para Venezuela, na estréia. A dupla de ataque escalada pelo técnico Erwin Sanchez funcionou bem e os atacantes Juan Carlos Arce e Jaime Moreno não passaram em branco.
Coelho é o apelido do atacante Arce do Corinthians, e ele deu sorte aos bolivianos. Foi do seu pé que saiu o segundo gol da Bolívia.
Apesar das pancadas que levou na estréia, Arce joga hoje. O atacante declarou, antes do início da Copa América, que esperava que uma boa participação na Copa América pudesse aumentar o seu espaço no clube brasileiro. Uma vitória hoje aproxima a Bolívia da classificação.
Essa matéria foi originalmente publicada no jornal A Tarde do dia 30/6/2007