terça-feira, 29 de junho de 2010

Discreta e eficiente - Espanha 1x0 Portugal

Mais discreta do que em outras Copas, a Espanha vai chegando. Já está entre as oito melhores, depois de eliminar Portugal, que ainda não havia sofrido um único gol durante o Mundial. A equipe foi bem superior à seleção portuguesa, mas não conseguia converter essa superioridade em gols. Um dos motivos é o mau momento vivido por Fernando Torres. Para compensar, Villa vem assumindo o papel de protagonista e já marcou o seu quarto gol nesta Copa. Está empatado na artilharia com Higuaín, da Argentina, e Vittek, da Eslováquia.

Um outro problema detectado na seleção espanhola diz respeito às características dos jogadores de meio-de-campo escolhidos como titulares. Busquets, exclusivamente marcador, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta, ótimos jogadores - principalmente os dois últimos - com ótimos passes, mas que não são tão ousados em matérias de partir para cima dos marcadores. No banco, Del Bosque tem jogadores justamente com esse poder de desestabilizar a marcação adversária, como David Silva, Jesus Navas, Pedro Rodriguez e Juan Mata, mas estes estão sendo relegados.

Por outro lado, citar estes nomes, além de Fábregas, mostra a força do elenco espanhol. Volto a dizer que a derrota na estreia foi benéfica, pois tirou um enorme peso de equipe imbatível os ombros espanhóis. Já Portugal, procurou reforçar a defesa e esqueceu um pouco de atacar. Consequência: fez sete gols na Copa, mas todos no mesmo jogo, contra a Coreia do Norte. Nos outros três jogos, passou em branco.


Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Sergio Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi e Iniesta; David Villa (Pedro Rodriguez) e Fernando Torres (Llorente).
Portugal: Eduardo; Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fabio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago, Raúl Meireles; Simão Sabrosa (Liédson); Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (Danny Miguel).
Gol: Villa
Destaques: Piqué, Xavi, Villa, Bruno Alves, Fabio Coentrão

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