Quando iniciei o blog, o São Paulo já era o campeão brasileiro. Esperei terminar o campeonato para falar um pouco do tricolor paulista.
A melhor palavra para representar o tricolor é regularidade. Nos últimos anos não vi uma equipe tão regular ser campeã.
O Corinthians de 2005 combinava espetáculos com atuações ruins, e por ter um sistema defensivo mal armado, ou por priorizar o ataque, deixava sempre o campeonato aberto. O Santos de 2004 também conseguiu dar espetáculos mas também perdeu pontos facéis e só conseguiu tirar o título do Atlético-PR no final, e o Cruzeiro de 2003 não pode ser considerado regular pois estava acima da regularidade sobrando em todo o campeonato não por falta de concorrência mas por méritos próprios, vale lembrar que o vice-campeão foi o Santos de Diego e Robinho.
O que incomodava a muita gente nesse Brasileiro era exatamente a regularidade do São Paulo, um time altamente competitivo, um grupo muito coeso com muitos jogadores bons, mas que muitas vezes deixava de dar espetáculo vencendo as partidas sem muita emoção, até mesmo algumas goleadas do São Paulo eram questionadas.
Nos últimos anos algum jogador virava referência do time campeão, como aquele que chamou a responsabilidade, deu show, foi o mais importante, mesmo em bons times formados por outros grandes jogadores. O Corinthians de Tevez em 2005, o Santos de Robinho em 2004 e 2002, o Cruzeiro de Alex em 2003, o Vasco de Romário em 2000, o Corinthians de Edilson em 99 e de Marcelinho em 98 ou o Vasco de Edmundo em 97. Nesses 10 anos apenas o atual São Paulo e o Atlético-PR de 2001 - talvez Alex Mineiro ou Kleber - não devem ficar com um jogador como referência do título.
Na minha opinião, o jogador mais decisivo e importante do São Paulo foi o atacante Leandro Guerreiro, um jogador sem vaidades que jogou, e muito bem, em todas as posições em que foi colocado. As pessoas costumam dizer que ele é um jogador sem técnica ou habilidade, apenas esforçado, eu não concordo, acredito que a sua garra acabam ofuscando a sua habilidade que também é muito grande.
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