segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ramon e Uéslei ainda não pensam em parar

Leandro Silva

O meia Ramon Menezes, com sucesso reconhecido nos clubes em que passou durante a carreira, que começou em 1990, voltou ao Vitória, este ano, aos 35 anos para resgatar seus grandes momentos. Revitalizado pelo bom desempenho, ainda não enxerga o final da carreira, nem de binóculo. “Não faço planos de quando vou parar. Até porque tem que ser uma decisão certa, porque não tem como voltar atrás e nem se arrepender”, diz.

Ele também diz não ter pensado no que pretende fazer após o final da carreira. “Cara, ainda não pensei. Espero continuar no meio do futebol. Não sei qual a função ainda. Vou jogar até quando tiver saúde e força”, planeja Ramon.
Ele já sabe de o que deve sentir falta quando parar. “Pelo menos todo mundo que eu converso diz que o que mais sente falta é a concentração, a rotina geral”.

Uéslei, que também já defendeu as cores de Bahia e Vitória, está com 37 anos e ainda não faz planos para quando se transformar em um ex-jogador.

Ele hoje defende o Oita Trinita, do Japão, país onde é ídolo, e diz não ter receio do momento da aposentadoria. “Uma hora eu vou ter que parar mesmo”. Perguntado sobre o que vai sentir mais falta do futebol quando parar, ele é direto: “De fazer gols”.
Ao contrário de muitos outros colegas que admitem que sentem ou irão sentir falta do assédio dos torcedores ao ser reconhecido nos locais, o pitbull pensa diferente. “Isso com certeza vai acontecer. Vai ser até melhor porque eu sou muito tímido”.

Quase – O goleiro Emerson, de 36 anos, um dos maiores ídolos da história recente do Bahia, ao lado de Uéslei, também defendeu os dois rivais e fala sobre a diminuição do assédio. “Isso é natural porque você não tá mais jogando, então as pessoas reconhecem o que você fez, mas você não tá mais jogando, né? Lógico que principalmente a passagem pelo Bahia ficou marcada, mas as pessoas vão esquecendo. Alguns mais jovens já conhecem só de nome”, diz.

O arqueiro ainda pode ser considerado um jogador profissional. “Eu ainda não oficializei o final da minha carreira, mas tudo está se encaminhando para isso. E eu achei que eu ia sentir mais. Não era o jeito que eu imaginava encerrar porque eu tinha contrato com o Vitória até o final do ano e o clube me mandou embora. Fui ficando 1, 2, 3 meses sem jogar, mas já tá fechando quase um ano. Se não fechar nada pro Brasileiro, acho que é o caminho natural”, revela Emerson.

“Não é uma decisão simples. Até fevereiro por exemplo eu recebi propostas, então a qualquer momento posso voltar. Não fechei as portas. Tem alguns times que me fariam voltar. Mas prefiro não citar nomes”, diz o arqueiro que cursa Administração. “Me ocupo com algo que agrega valor. Ainda treino pra manter a forma”. Uéslei também jogou no Vitória e Ramon no Bahia.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008

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