Leandro Silva
A torcida baiana acompanha neste domingo o Ba-Vi de maior rivalidade dos últimos 10 anos. Em 1999, os dois times dividiram o título porque a final não aconteceu. O Vitória foi para o Barradão - palco do jogo deste domingo- e o Bahia, para a Fonte Nova. Os presidentes Marcelo Guimarães, do Bahia, e Paulo Carneiro, do Vitória, travaram uma violenta disputa de bastidores e microfones. Desde então, nenhum confronto reuniu tanto tempero para acirrar os corações das torcidas.
A torcida baiana acompanha neste domingo o Ba-Vi de maior rivalidade dos últimos 10 anos. Em 1999, os dois times dividiram o título porque a final não aconteceu. O Vitória foi para o Barradão - palco do jogo deste domingo- e o Bahia, para a Fonte Nova. Os presidentes Marcelo Guimarães, do Bahia, e Paulo Carneiro, do Vitória, travaram uma violenta disputa de bastidores e microfones. Desde então, nenhum confronto reuniu tanto tempero para acirrar os corações das torcidas.
No ano passado, o Bahia, que mandava seus jogos em Feira de Santana, tentou o empréstimo do Barradão na Série B, mas a diretoria rubro-negra não concordou. Posteriormente, quando seria vantajoso para o Leão abrigar os jogos do tricolor, por atrair recursos da Petrobrás, foi a vez do rival não querer mais.
Outro chamariz para o clássico envolve o ex-chefão do Vitória, Paulo Carneiro, que deixou o clube em 2005, após a queda para a Série C. Depois de quatro anos afastado da bola, Carneiro foi contratado pelo atual presidente, Marcelo Guimarães Filho, para revolucionar o departamento de futebol do tricolor. A troca de camisa está lhe custando um processo de expulsão do conselho rubro-negro.
Mais um ingrediente do Ba-Vi fica por conta da bronca da torcida leonina com o governador Jaques Wagner, tricolor, por causa do empenho na reinauguração de Pituaçu - mando de campo do Bahia - e por supostos benefícios ao Esquadrão. E mais: o jogo acontece na semana em que a cidade respira futebol por causa da visita da Fifa, que vai indicar as subsedes para a Copa de 2014. A torcida do Vitória está contente com a classificação do time na Sul-Americana e a do Bahia recuperou a confiança com a mudança de diretoria.
Nos bastidores, mais pimenta. A ida de Carneiro ao Bahia não foi a única mudança de ares polêmica. A cozinheira Fernanda fez greve por não receber salários no Bahia e foi demitida. Logo depois, foi parar na cozinha rubro-negra. Com direito a apresentação para a imprensa em clima de deboche.
Tecnicamente, também, o jogo promete. Reúne as duas equipes de melhor campanha do Estadual. A igualdade de condições entre Bahia e Vitória para o jogo é tamanha que as duas torcidas podem reivindicar o fato de ter o melhor time da competição até o momento.
O Vitória é o líder com 15 pontos ganhos. O Bahia vem em segundo com 13 e reivindica o melhor aproveitamento do campeonato, uma vez que teve o jogo contra o Madre de Deus adiado para sábado de carnaval. O Leão, que tinha 100% de aproveitamento até a última quarta-feira, quando perdeu para o Fluminense, vem mordido.
Nos bancos, pela primeira vez em Ba-Vis, estarão os treinadores Alexandre Gallo, do Bahia, e Vagner Mancini, do Vitória, amigos de infância no interior paulista de Ribeirão Preto. Lá, eles também se dividiam no clássico local. Gallo torce para o Botafogo e Mancini, para o Comercial.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 8 de fevereiro de 2008
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