quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parabéns ao Coxa


O Coxa subiu porque tem um dos melhores treinadores do futebol brasileiro. Subiu também porque tem um dos três elencos mais fortes da Série B (ao lado de Bahia e Sport). A força do elenco faz com que seja difícil até escalar uma equipe titular do time paranaense. Aos mais preconceituosos, o grupo do Coritiba poderia ser considerado de refugos de grandes times contando com jogadores como Fabinho Capixaba (Palmeiras), Jéci (Palmeiras), Pereira (Santos e Grêmio), Triguinho (Santos), Andrade (Sport), Léo Gago (Vasco), Tcheco (Corinthians), Rafinha (São Paulo), Enrico (Vasco) e Leonardo (Flamengo). Quase todos os citados saíram por baixo de suas equipes, pareciam ultrapassados, mas deram a volta por cima junto com o clube que caiu de maneira lamentável, com direito a cenas de selvageria.

Ney Franco é o principal responsável pela sobrevida na carreira desses jogadores. Marcos Aurélio, Rafinha, Enrico e até Leonardo, que eu sempre considerei um atacante bem comum, deram muito trabalho às defesas adversárias. A defesa é apenas a sétima melhor da competição, mas funcionou muito bem. Cleiton é um beque de muito futuro. A verdade é que, mesmo quando mudavam os jogadores, o nível parecia sempre o mesmo. Além disso, o Coxa foi mais regular do que os seus concorrentes durante todo o torneio. Vacilaram menos em partidas facéis.

Nas três primeiras rodadas do campeonato, o Bahia estava com sete pontos e o Coritiba apenas com dois. Eu já imaginava que o tricolor precisaria abrir o maior número de pontos de vantagem para o alviverde paranaense, enquanto o time ainda não estivesse se encontrando para não ser ultrapassado depois. Não deu certo. O Coxa entrou nos trilhos rapidamente. Nas 32 rodadas seguintes fez 10 pontos a mais que a equipe baiana. Por isso, com cinco pontos a mais hoje, já está na primeira divisão e tem todas as condições de ficar com o título.

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