terça-feira, 15 de março de 2011

Bonde do Mengão tem freio

A torcida do Flamengo não tem do que reclamar até o momento em 2011. Invicto, o time rubro-negro já está na final do estadual e está na segunda fase da Copa do Brasil, sem precisar de jogo de volta.  Os números empolgam e levam a torcida a segir atrás do bonde do Mengão sem freio, mas o pior é que tem.

No ano, o Flamengo tem 11 vitórias e dois empates, tendo marcado 24 gols e sofrido 8. Ótimo, não? Nem tanto. O time rubro-negro tem o pior ataque entre os quatro grandes no estadual e venceu apenas um dos três confrontos oficiais contra equipes da Série A no ano (sem contar um amistoso contra o América Mineiro). Foram empates contra Botafogo e Fluminense e um triunfo, por 2 a 1, quando poderia ter goleado o Vasco, que estava envolto em uma grande crise.

O calcanhar de aquiles do Flamengo em 2011 tem sido encontrar o homem gol. Deivid, que tem o melhor currículo para assumir tal função, custa a decolar com a camisa rubro-negra. E Adriano, o Imperador, ídolo do clube, está dando sopa, mas o treinador não quer contar com ele. É mais do que compreensível que Luxemburgo não queira arriscar o trabalho que está tentando recuperar sua carreira, com os problemas extra-campo de Adriano, mas a sua contratação está longe de ser supérflua.

Luxemburgo usa o exemplo do Barcelona, que joga sem um centroavante de ofício, para poder desdenhar da necessidade de contratar o Imperador. O time catalão atua sem um jogador de área, mas tem dois homens gol. Messi fez 34 gols na temporada passada em que Villa fez 21, pelo Valencia. Jogando juntos, na atual temporada, Messi é artilheiro do Espanhol, com 27 gols, Villa tem 17 e Pedro já ez 13. O Flamengo tem muitos garçons, mas falta definidores e quando os adversários forem mais fortes isso pode fazer falta. 

Por isso, a contratação de Adriano deveria ser tratada como prioridade, além da busca por um lateral-esquerdo, e talvez um zagueiro. Ronaldinho poderia cumprir um papel importante, tentando convencer Luxemburgo a topar comandar o Imperador. O atacante também precisaria entender que não será mais a estrela da companhia e tem que seguir os exemplos do camisa 10. Se tudo isso der certo, o Flamengo só tem a ganhar.

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