Confesso que jamais havia parado para observar o meio-campista Ricardinho em campo pelo Paraná ou pelo Bordeaux, da França, mas em 1998, fui à Fonte Nova para assistir à final da extinta Copa Maria Quitéria, competição amistosa que acontecia no Estado entre 1996 e 1998 envolvendo Bahia, Vitória e mais duas equipes convidadas, e fiquei impressionado com aquele jogador. Naquele ano, a decisão foi disputada entre o Bahia e o Corinthians. O time baiano vencia por 3 a 1, com gols de Marquinhos, Sílvio e Uéslei, enquanto Edilson havia marcado o único dos paulistas. Até que faltando dois minutos, Ricardinho marcou um golaço. A partir daquele dia 18 de julho de 1998 até esta quarta-feira, 18 de janeiro, de 2012 - 13 anos e meio, portanto - acompanhei toda a carreira grandiosa deste jogador, em parte porque seus passes, lançamentos e a sua visão periférica lembram muito o que meu pai, Everaldo, também canhoto, faz jogando futebol amador (apesar de que o chute e as cobranças de falta de meu pai serem bem superiores). Talvez também tenha sido porque já fui apelidado de Ricardinho em alguns momentos da minha vida por causa de uma suposta semelhança física.
E nesse dia 18 de janeiro ele anunciou o final dessa brilhante carreira para assumir o comando técnico do Paraná Clube. Continuarei torcendo para que ele tenha sucesso, como gratidão por toda a felicidade que sempre me proporcionou independente da camisa que estivesse vestindo. E tive a felicidade de vê-lo honrar a camisa do Bahia no ano passado, quando disputou o Campeonato Brasileiro e foi útil sempre que foi utilizado. Aos 35 anos, ele ainda joga mais que a média do futebol brasileiro, mas talvez ele não se conforme com menos do que já foi. Principalmente na época em que formava o melhor setor de meio de campo que já vi, junto com Vampeta, Rincón e Marcelinho, no Corinthians, quando foi bicampeão brasileiro, em 1998 e 1999, campeão Mundial, em 2000, da Copa do Brasil, em 2002, e fez o inesquecível gol da classificação para a final do paulista de 2001, de fora da área, no finalzinho do jogo contra o Santos.
Em 2002, foi chamado para a Copa do Mundo após o corte do volante Emerson, que se lesionou enquanto estava brincando de goleiro. No Mundial, jogou muito bem contra China e Costa Rica, depois não foi mais utilizado, mas participou da conquista. Na Copa seguinte, em 2006, jogou muito no pouco tempo que teve contra Gana, nas oitavas-de-final, e já tinha atuado algum tempo contra o Japão na primeira fase. Ainda jogou no São Paulo, Middlesbrough, Santos, Besiktas, Al-Rayyan e Atlético Mineiro, antes de participar da campanha que classificou o Bahia para a Copa Sul-americana no ano passado. No Santos, foi campeão brasileiro em 2004, ao lado de Robinho e Preto Casagrande. Mais um ídolo que se despede. Mais um, que eu parava para ver jogar, parou.
eu nao sei se foi esse ano, mas uma final dessas do Maria Quitéria eu invadi o campo. era moleque (14 anos) e fui contagiado pelos torcedores vândalos. rsrs
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