sexta-feira, 7 de junho de 2013

Termômetro tricolor

A primeira vez que eu ouvi alguém se referir a um jogador como o termômetro de um time foi em 1990, quando, em uma entrevista, o ex-presidente tricolor, Paulo Maracajá, afirmava que as atuações do volante Paulo Rodrigues ditavam as do próprio time, que contava com jogadores com mais destaque no País, como Luis Henrique e Charles. Não comparando qualidades, enxergo o meio-campista Hélder como o termômetro do Esquadrão desde que chegou em 2010.

Na chegada, por exemplo, depois de ser aprovado em testes - um dos poucos que chegou para ser observado que eu vi dar certo no clube - entrou no pior momento do time na campanha do acesso para a Série A. Formando dupla com Fábio Bahia, ele deixou claro que não funciona em um esquema com apenas um outro volante. Com a entrada de Bruno Octávio, e posteriormente Marcone, para jogar atrás dos dois, o trio funcionou e, com a ajuda na marcação, na saída de bola, e nos lançamentos para Ávine, foi peça fundamental para recolocar o tricolor na elite.

Em 2011, no meio de tantas contratações, não se encontrava em campo, assim como o time inteiro, que foi eliminado na semifinal do Baiano. Voltou a crescer de produção no segundo turno do Brasileiro, quando formou o trio com Fahel e Diones, que sustentou a recuperação da equipe e manutenção na elite.

No ano passado, foi coadjuvante no título Baiano, com Falcão, mas assumiu, pela primeira vez, a condição de protagonista na surpreendente campanha do segundo turno da Série A, com Jorginho. Quando não podia jogar, o time caía claramente de rendimento. E viveu até uma fase de artilheiro.

No início deste ano, entretanto, voltou a conviver com as críticas, cada vez mais pesadas. Displicente e sem criatividade, foi um dos destaques negativos da vexatória campanhas no Baiano. Com Cristovão, entretanto, atuando em um meio de campo mais organizado, ainda ao lado de Fahel e Diones, o camisa 8 cresceu de produção e foi fundamental nas três últimas partidas, apesar de ter sido muito vaiado contra o Coritiba. Foi bem contra o Inter e o melhor em campo contra o Botafogo.

Se mantiver a condição de termômetro, o Bahia depende muito que mantenha o nível das suas recentes atuações para que o clube continue realizando uma boa campanha no Brasileiro.

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