Blog de jornalismo esportivo com muita informação e opinião. Escrito pelo jornalista esportivo Leandro Silva No Twitter: @leandrosilva81
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Time de Rosales está mal no Campeonato Argentino, mas ex-tricolor se destaca
Durante o Brasileiro de 2013, por muitas vezes, quem já esteve presente na Fonte Nova ou conversou com os torcedores do Bahia já deve ter escutado algum tipo de queixa sobre a ausência de um armador no elenco do Esquadrão. O treinador Cristovão já declarou em entrevista ao Correio* que um jogador com as características de um 10 clássico não teria vez em sua escalação por uma questão de estilo, mas um jogador que vestiu a camisa tricolor neste ano e mostrou qualidade, mas foi afastado inexplicavelmente, poderia ser muito útil nesta competição: o meia argentino Paulo Rosales.
Se não conseguiu realizar o sonho de jogar o Brasileiro, Rosales voltou ao seu país para se destacar no Argentino. Sua equipe recém chegada na primeira divisão, o Olimpo, é verdade, não está bem. Está na penúltima colocação e é o pior colocado na briga contra o rebaixamento, mas o ex-tricolor vem se destacando mesmo na má campanha, apesar de não ter feito nenhum gol.
Em 10 rodadas, o Olimpo só venceu um jogo. Mas não foi um qualquer. Na sexta rodada, o aurinegro atropelou o poderoso Boca Juniors, com um triunfo por 3 a 0. E Rosales comandou o show, sendo apontado como o melhor em campo. O comentarista do jornal argentino Olé, Maxi Friggieri, escreveu naquela partida: "Sem um grande 10 (Riquelme), está se destacando outro que veste o mesmo número. Rosales faz o que quer e até defende!".
O site da rádio La Brujúla 24 FM 93,1 também não poupou elogios ao ex-tricolor, considerando-o "um dos principais arquitetos da vitória memorável". O título da matéria já dá uma noção da importância do camisa 10 para a equipe. "Paulo Rosales, o 10 que faz o Olimpo jogar". A matéria destacou a qualidade na batida de bola do jogador. E ele comentou: "Quando eu era criança, em Cosquín, o meu pai era treinador do Clube Tiro Federal. Eu batia na bola para todos os lados. Ele me ajudou muito".
domingo, 29 de setembro de 2013
Estrangeiros na Série A de 2013
Na década de 1990, era raro encontrar estrangeiros nos principais clubes brasileiros. Um ou outro se destacava por aqui, como Rincón, Petkovic, Arce, Rodolfo Rodriguez e alguns outros. Na Série A deste ano, os treinadores podem escalar 44 atletas estrangeiros, o que representa uma média de mais de dois por equipe. Dos 20 times, apenas o Goiás não conta com nenhum representante de fora do País no elenco.
São representantes de 14 nacionalidades, predominando a argentina, que está nos registros de 17 jogadores. A grande maioria (39) vem dos vizinhos da América do Sul, mas ainda há espaço para norte-americano (Freddy Adu), europeus (Seedorf e Mérida), africano (Geraldo) e asiático (Zhizhao). Fica faltando apenas um representante da Oceania e outro da América Central. As posições são as mais diversas, só não é possível encontrar nenhum goleiro estrangeiro. A maior parte, entretanto, joga do meio para a frente.
Não tanto pelo que estão jogando, mas pelo que podem jogar, dá até para formar uma seleção de jogadores de linha com um bom nível, mas fica claro que, tanto em quantidade quanto em qualidade, os estrangeiros ofensivos estão em vantagem sobre os defensivos. Angulo (Bahia), Marcos Gonzales (Flamengo), Escudero (Coritiba) e Eugenio Mena (Santos); Cristian Riveros (Grêmio), Seedorf (Botafogo), Montillo (Santos) e D´Alessandro (Internacional); Hernán Barcos (Grêmio) e Paolo Guerrero (Corinthians). Deixando de fora nomes como Eduardo Vargas, Scocco, Forlán, Lodeiro, Maxi Biancucchi, Damián Escudero e Martinuccio.
Estrangeiros por time:
Bahia (2)
Freddy Adu - Estados Unidos - atacante
Angulo - Colômbia - lateral-direito
Vitória (3)
Maxi Biancucchi - Argentina - atacante
Damián Escudero - Argentina - meia
Luis Cáceres - Paraguai - volante
Grêmio (4)
Hernán Barcos - Argentina - atacante
Eduardo Vargas - Chile - atacante
Cristian Riveros - Paraguai - volante
Maximiliano Rodríguez - Uruguai - meia
Internacional (4)
Andrés D'Alessandro - Argentina - meia
Diego Forlán - Uruguai - atacante
Ignacio Scocco - Argentina - atacante
Bolatti - Argentina - volante
Vasco (4)
Carlos Tenorio - Equador - atacante
Yoshimar Yotún - Peru - lateral-esquerdo
Santiago Montoya - Colômbia - meia
Pablo Guiñazú - Argentina - volante
Coritiba (4)
Geraldo - Angola - atacante
Darío Botinelli - Argentina - meia
Sergio Escudero - Argentina - zagueiro
Raúl Iberbia - Argentina - lateral-esquerdo
Flamengo (3)
Marcelo Moreno - Bolívia - atacante
Marcos González - Chile - zagueiro
Víctor Cáceres - Paraguai - volante
Náutico (3)
Juan Manuel Oliveira - Uruguai - atacante
Diego Morales - Argentina - meia
Ángelo Peña - Venezuela - meia
Corinthians (3)
Jose Paolo Guerrero - Peru - atacante
Claudio Maldonado - Chile - volante
Chen Zhizhao - China - atacante
Botafogo (2)
Clarence Seedorf - Holanda - meia
Nicolás Lodeiro - Uruguai - meia
Santos (2)
Walter Montillo - Argentina - meia
Eugenio Mena - Chile - lateral-esquerdo
Cruzeiro (2)
Alejandro Martinuccio - Argentina - meia
Mauricio Victorino - Uruguai - zagueiro
Atlético Paranaense (2)
Fran Mérida - Espanha - meia
Marcelo Palau - Uruguai - volante
Ponte Preta (2)
Luis Advíncula - Peru - lateral-direito
Brian Sarmiento - Argentina - meia
Atlético Mineiro (1)
Jesús Dátolo - Argentina - meia
Portuguesa (1)
Marcelo Cañete - Argentina - meia
São Paulo (1)
Clemente Rodríguez - Argentina - lateral-esquerdo
Fluminense (1)
Edwin Valencia - Colômbia - volante
Estrangeiros por país:
Argentina (17)
Maxi Biancucchi - Vitória - atacante
Damián Escudero - Vitória - meia
Montillo - Santos - meia
Hernán Barcos - Grêmio - atacante
Andrés D'Alessandro - Internacional - meia
Ignacio Scocco - Internacional - atacante
Bolatti - Internacional - volante
Pablo Guiñazu - Vasco - volante
Darío Botinelli - Coritiba - meia
Sergio Escudero - Coritiba - zagueiro
Raúl Iberbia - Coritiba - lateral-esquerdo
Alejandro Martinuccio - Cruzeiro - meia
Diego Morales - Náutico - meia
Brian Sarmiento - Ponte Preta - meia
Jesús Dátolo - Atlético Mineiro - meia
Marcelo Cañete - Portuguesa - meia
Clemente Rodríguez - São Paulo - lateral-esquerdo
Uruguai (6)
Diego Forlán - Internacional - atacante
Nicolás Lodeiro - Botafogo - meia
Juan Oliveira - Náutico - atacante
Maxi Rodriguez - Grêmio - meia
Mauricio Victorino - Cruzeiro - zagueiro
Marcelo Palau - Atlético Paranaense - volante
Chile (4)
Eduardo Vargas - Grêmio - atacante
Maldonado - Corinthians - volante
Marcos Gonzales - Flamengo - zagueiro
Eugênio Mena - Santos - lateral-esquerdo
Colômbia (3)
Angulo - Bahia - lateral-direito
Edwin Valencia - Fluminense - volante
Santiago Montoya - Vasco - meia
Paraguai (3)
Cristian Riveros - Grêmio - volante
Victor Cáceres - Flamengo - volante
Luis Cáceres - Vitória - volante
Peru (3)
Jose Paolo Guerrero - Peru - atacante
Luis Advíncula - Peru - lateral-direito
Yoshimar Yotún - Peru - lateral-esquerdo
Estados Unidos (1)
Freddy Adu - Bahia - atacante
Holanda (1)
Seedorf - Botafogo - meia
Espanha (1)
Fran Mérida - Atlético Paranaense - meia
Bolívia (1)
Marcelo Moreno - Flamengo - atacante
Equador (1)
Carlos Tenório - Vasco - atacante
Angola (1)
Geraldo - Coritiba - atacante
Venezuela (1)
Angelo Peña - Náutico - meia
China (1)
Zhizhao - Corinthians - atacante
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Seleção de Bom Jesus da Lapa se prepara para o Intermunicipal de 2013
Tatá é a esperança de gols da seleção lapense |
Desde 2010, quando chegou à terceira fase e foi eliminada por Porto Seguro, que seria campeã, a seleção de Bom Jesus da Lapa não disputa o Intermunicipal, mas a torcida lapense está prestes a matar a saudade da sua equipe, que estreia na competição de 2013 no dia 11 de agosto, em Luis Eduardo Magalhães, contra a seleção local.
E o time treinado por André Miranda, o Andrezinho, que disputou o campeonato lapense deste ano como jogador do Juventus, auxiliado por Hércules Miranda, já está se preparando forte para a competição. Os treinos estão acontecendo de segunda a sexta-feira, a partir das 19 horas, no estádio Benjamin Farah, que deverá ficar lotado nos dias de jogos.
A seleção aposta no entrosamento e na qualidade dos jogadores que foram campeões do campeonato lapense deste ano com a equipe da Ótica Santa Luzia. Dez dos campeões estão convocados para defender Bom Jesus da Lapa. Os outros convocados também se destacaram na competição municipal. A exceção é o atacante Zil, que é de Igaporã, e não disputou a competição por pouco, já que foi cotado pela Ótica, que já tinha completado sua cota de "estrangeiros" - jogadores de outras ligas.
A velocidade de Zil, que vem treinando como titular, vem sendo apontada pela comissão técnica como uma das principais armas da equipe, que vem disputando jogos-treino, além de coletivos. Nesta quarta-feira (31/7), enfrentou uma equipe da Chapada Grande e venceu por 3 a 1. "O resultado é o que menos importa neste momento, mas está sendo muito bom para preparar a equipe, corrigir algumas coisas e entrosar os jogadores. Juntando a velocidade de Zil e Tinha com a capacidade de finalização de Tatá, teremos um setor ofensivo muito perigoso", comenta o auxiliar Hércules.
Enquanto o setor ofensivo anima, a defesa preocupa por causa da lesão sofrida pelo zagueiro Márcio, que vem desfalcando o time. Sem ele, seu companheiro de zaga na Ótica Santa Luzia vem jogando ao lado de jogadores improvisados. O volante Gleison, do Nova Brasília, atuou no jogo treino na defesa, abrindo espaço para o lateral Lêo, do América, o principal coringa do elenco, na cabeça de área.
Na primeira fase, são 12 grupos formados por quatro equipes, passando três, e outros seis, com três seleções, classificando duas. A equipe de Bom Jesus da Lapa tem como adversárias no grupo 16 as seleções de Luís Eduardo Magalhães e de Paratinga. Os dois melhores no triangular avançam à segunda fase, que será disputada no sistema eliminatório, com as 48 sobreviventes das 66 seleções que iniciam na competição.
Na segunda fase, caso a equipe de Bom Jesus da Lapa se classifique enfrentará Brumado, Macaúbas ou Tremedal. Serão sete fases. Na terceira, os 24 vencedores dos confrontos eliminatórios enfrentarão os oito derrotados detentores das melhores campanhas. A torcida lapense é para que a seleção local esteja em campo no dia 8 de dezembro na decisão do tradicional campeonato amador.
Goleiros:
Matheus - Ótica Santa Luzia
Binho - Nova Brasília
Zagueiros:
Júnior Baiano - Ótica Santa Luzia
Márcio - Ótica Santa Luzia
Laterais:
Cebolinha - Ótica Santa Luzia
Lêo - América
Bell - Ótica Santa Luzia
Luizinho - Nova Brasília
Volantes:
Lezão - Ótica Santa Luzia
Gleison - Nova Brasília
Serginho - Vitória
Marcinho - Magalhães Neto
Meias:
Tinha - Ótica Santa Luzia
Joilson - Real Formoso
Juliano - Ótica Santa Luzia
Sinvaldinho - Cidade Nova
Léo Cruz - Ótica Santa Luzia
Atacantes:
Tatá - Ótica Santa Luzia
Zil - campeonato de Igaporã
Pitinha - Flamengo
Buda - Vitória
Negão - Nova Brasília
Artur - Amopa
Jogos do grupo 16 da Primeira Fase:
11/8 - Luis Eduardo Magalhães x Bom Jesus da Lapa
18/8 - Paratinga x Luis Eduardo Magalhães
25/8 - Bom Jesus da Lapa x Paratinga
1/9 - Bom Jesus da Lapa x Luís Eduardo Magalhães
8/9 - Luis Eduardo Magalhães x Paratinga
15/9 - Paratinga x Bom Jesus da Lapa
terça-feira, 23 de julho de 2013
"Por minha vontade, eu fico até encerrar a minha carreira no Bahia"
Leandro Silva - Como foi que você recebeu a notícia do afastamento do elenco principal?
Adriano Michael Jackson - Eu joguei a partida toda contra a Luverdense (pelo jogo de volta da Copa do Brasil, numa quarta-feira), machucado, com muita dor, e continuei em campo, com muito sacrifício. Então, na quinta-feira, eu fui para o clube me tratar, continuei me tratando na fisioterapia até que na sexta-feira eu fui me concentrar para o Ba-Vi, mas vi que meu nome não estava na lista. Fui perguntar o motivo e Anderson Barros me falou para que eu ficasse tranquilo que eu poderia continuar o tratamento. E eu disse: ´mas eu quero jogar´. E ele me disse que eu podia ficar tranquilo, que era melhor que eu descansasse e continuasse o tratamento porque o jogo do domingo seguinte era mais importante porque era a estreia no Brasileiro contra o Criciúma.
Eu queria jogar, até porque tinha dado declarações de que ainda dava para reverter (o Bahia precisaria vencer por 5 gols de diferença para ser campeão estadual) e queria tentar, mas tudo bem, voltei para a fisioterapia. Depois, durante a semana, eu estava na fisioterapia, junto com Zé Roberto e outros jogadores, quando Anderson (Barros) me chamou e me disse que estavam afastando alguns atletas e eu era um deles. Não me disse o motivo, só falou que tomaram essa decisão. Fiquei sem reação, mas disse: ´tranquilo´. Aceitei, estou aceitando até hoje e ainda não sei o que levou a essa decisão.
Leandro Silva - Você acha que a ansiedade para marcar o primeiro gol nesse retorno prejudicou seu rendimento nas primeiras partidas?
Adriano Michael Jackson - Atrapalhou um pouquinho, mas não foi só isso. Teve vários motivos. Quando cheguei, o Bahia já tinha sido eliminado no Campeonato do Nordeste, o clima já não era bom. E, em qualquer time que você chega, é preciso um tempo de adaptação. Em 2010, por exemplo, eu comecei jogando no time que jogava a Copa do Nordeste, fui me destacando, depois Renato Gaúcho passou a me colocar durante os jogos, só depois virei titular e me destaquei. Tive um tempo para ir me acostumando. Agora, não.
E ainda precisava me readaptar ao futebol brasileiro porque na China é bem diferente. A posição que eu jogava em 2010 também era outra. Eu ficava mais próximo do centroavante (Jael), então a bola que sobrava na área, que não era dele, era minha. Sobrava mais bola em condição de finalizar. Agora, eu estava jogando muito na beirada de campo, tendo que marcar lateral e, às vezes, volante. Jogando longe da área é preciso driblar muito mais gente para poder chegar em boa condição para fazer o gol ou contar com a sorte de acertar de longe de forma mais precisa. Na área, chutou é gol. Eu nem conseguia chutar muito ao gol. Se chutava três vezes em um jogo era muito. O gol não estava saindo, mas eu não abaixava a cabeça (o único gol foi na primeira partida da decisão do Bahia, contra o Vitória). Sabia que estava fazendo o que o treinador estava pedindo e tentando ajudar o clube. E confiava que iria brilhar igual a como foi em 2010. Era mais questão de adaptação mesmo. No começo é sempre assim. É bom que seja difícil no início para melhorar depois.
Leandro Silva - Mesmo afastado, você assiste aos jogos do Bahia?
Adriano Michael Jackson - Quando vejo o Bahia jogar dá uma certa tristeza porque alguns dias atrás eu estava ali, em campo, e agora, não. Eu até tento não olhar. Escuto mais do que assisto, mas meu filho fica vendo na TV e vem comentar e eu acabo vendo. E aí, quando tem gol, não tem jeito. Eu vibro mesmo porque eu sou torcedor independente do que acontece comigo. Vibro pelo Bahia, vibro pelos meus amigos que estão em campo e pelos torcedores que me tratam tão bem. Mesmo estando retado com algumas jogadas que não dão certo, a gente vibra de qualquer maneira.
Leandro Silva - E acompanhava mesmo na China?
Adriano Michael Jackson - Claro. Eu fui para o Palmeiras depois do acesso, mas não foi por minha vontade. Foi pela vontade do Fluminense (foi envolvido na troca pelo volante Edinho). Mesmo lá em São Paulo e até na China eu sempre assistia e tinha vontade de voltar para o Bahia. Na China, eu assistia a todos os jogos que eu podia. Quando não dava para ver ao vivo, procurava na internet e a minha vontade de ver o Tricolor nunca vai mudar. Sou muito Bahia.
Leandro Silva - Você tem esperança de voltar ainda esse ano a jogar com a camisa do Bahia?
Adriano Michael Jackson - Com certeza, eu tenho muita esperança ainda de isso acontecer. Pela minha vontade, da família, dos torcedores que falam comigo, dos colegas, eu já deveria estar no grupo. Na semana passada, eu estava no Clube com o meu empresário, fui chamado e ouvi que não tinha mais chances de voltar, mas todo dia, eu vou treinar. Depois de ouvir isso, eu poderia desistir de ir treinar, mas ainda vou todos os dias, tranquilo, porque sei que a minha hora vai chegar.
Em 2010, também, eu não estava no time principal, trabalhei duro, na Copa do Nordeste, e a hora chegou quando eu estava preparado. Não adianta nada ser reintegrado e não estar preparado quando a chance aparecer para fazer valer a pena toda a espera. Toda hora algum dos jogadores afastados rescinde, mas a minha vontade não é sair do Bahia. Mesmo do jeito que eu estou, sem jogar, só treinando, eu estou no Clube que eu torço e tenho o maior orgulho de poder dizer que sou do Bahia, que treino todos os dias e sou bem visto e querido no Fazendão. Eu espero que dê tudo certo.
Leandro Silva - E você se arrepende de ter voltado ao Bahia?
Adriano Michael Jackson - Não me arrependo, não. De jeito nenhum. O que me atrapalha é essa situação que está acontecendo de não fazer parte do grupo, cheguei com o cartaz de artilheiro, que ajuda o grupo, ajuda o time. Larguei algumas coisas na China, abri mão de propostas de outros clubes para jogar no Bahia, mas fiz tudo isso pelo meu amor pelo Clube. E a gente não tem como se arrepender do que a gente faz por amor.
Leandro Silva - Seu melhor momento na carreira coincidiu com o melhor momento da carreira de outro jogador revelado pelo clube e que passa por momentos difíceis, afastado dos gramados por lesões: Ávine. Você tem contato com ele?
Adriano Michael Jackson - Eu converso e gosto muito dele. Alguns amigos até me perguntam se ele vai voltar e eu sempre dou boas notícias para eles. Eu sempre digo: 'se ele não fosse voltar, já teria desistido. Dá pra ver na cara dele. É muita força de vontade'. Eu sempre rezo por ele. O carinho que ele tem pelo Clube é o mesmo que eu tenho e ele não vai desistir. Deus vai abençoar e ele não vai ter mais essas lesões e vai voltar a jogar como sempre jogou.
Leandro Silva - E com os outros jogadores? Como é a relação?
Adriano Michael Jackson - Falo com todo mundo. Essa semana mesmo, eles estavam treinando no mesmo turno que eu e eu brinco com eles todos. Quando vejo no treino, de longe, dá uma certa tristeza, mas o carinho deles é muito grande e acaba me deixando feliz. Tenho muito orgulho por me sentir respeitado e querido pelos funcionários também. Se perguntar se tem alguém que não goste de mim no Fazendão, acho difícil que apareça alguém. Os mais próximos são Obina, Talisca, Hélder, Diones, mas é até difícil dizer só alguns.
Leandro Silva - Você já saiu do Bahia duas vezes. Como foram as outras experiências fora do Fazendão?
Adriano Michael Jackson - Isso. Eu saí, na primeira vez, no finalzinho de 2008 somente porque não tinha oportunidade no profissional. Já tinha 20 anos e não tinha espaço. Então eu pedi pra ir embora, abri mão de três meses de salário e fui fazer um teste em um time do Ceará. Acabei sendo mandado embora. Voltei pra Salvador e falei pra meu tio e meus amigos que eu não queria mais ser jogador de bola, mas meu tio disse pra eu não desistir.
Aí fui fazer teste no Galícia, fiz dois gols em um treino e o Galícia quis acertar comigo. Eles estavam fazendo uma parceria com o Vitória, pegando alguns jogadores para reforçar o time e eu já estava com tudo certo, mas meu tio falou que eu deveria ir para um time do Rio, que eu nem precisaria fazer teste. Eu nem queria ir. Queria ficar aqui mesmo. Chegando lá, não deu certo com esse time, mas surgiu a oportunidade de fazer teste no América. Eu já ia ser mandado embora porque era pequeno e magrinho, até me tiraram do ataque e colocaram no meio de campo. Aí fiz três gols em um amistoso, Romário estava assistindo e mandou que eu ficasse. Recebi muito apoio dele, fui artilheiro. Na despedida dele, no América, ele entrou no meu lugar.
Subimos em 2009 e fomos bem no Carioca de 2010. Até que Cuca era o treinador do Fluminense e pediu que me contratassem, Romário que me levou até o clube, mas Muricy chegou, substituindo Cuca, e eu fiquei só treinando. Até que Renato Gaúcho pediu a minha contratação para o Bahia. E agradeço muito por ele ter me trazido, dado a oportunidade de voltar para o lugar que eu nunca queria ter saído.
Depois ainda tive uma experiência importante no Palmeiras, com um treinador como Felipão, campeão mundial. Fiquei muito orgulhoso por trabalhar com ele. Foi muito orgulho de ter sido aceito em um clube treinado por um cara como ele. Alguma coisa boa ele viu em mim e eu torço muito por ele na Seleção. E na China foi tranquilo. O treinador era português, o futebol era bom de jogar. E foi uma experiência muito importante de jogar fora do Brasil.
Leandro Silva - Dá pra perceber que você já passou por muitas dificuldades durante a sua carreira. De onde você tira força para continuar?
Adriano Michael Jackson - Eu tiro essa força toda de Deus e do apoio da minha família. Quando eu tava no Rio, fazendo teste, um primo faleceu, aí me desanimei ainda mais, mas a família continuou apoiando. E hoje, eu tiro muita força dos torcedores, das lembranças. Todas as vezes que eu entro na internet, vejo meus vídeos jogando pelo Bahia. Fico lembrando, não acredito no que o que está acontecendo comigo. Fico emocionado por me ver fazendo aquilo pelo Clube, aquela subida para a Série A foi muito bonita. Fico muito alegre quando vejo os momentos de 2010. É uma mistura de saudade, emoção. Fico observando.É muito bom poder ver esses momentos maravilhosos.
Adriano Michael Jackson - Eu joguei a partida toda contra a Luverdense (pelo jogo de volta da Copa do Brasil, numa quarta-feira), machucado, com muita dor, e continuei em campo, com muito sacrifício. Então, na quinta-feira, eu fui para o clube me tratar, continuei me tratando na fisioterapia até que na sexta-feira eu fui me concentrar para o Ba-Vi, mas vi que meu nome não estava na lista. Fui perguntar o motivo e Anderson Barros me falou para que eu ficasse tranquilo que eu poderia continuar o tratamento. E eu disse: ´mas eu quero jogar´. E ele me disse que eu podia ficar tranquilo, que era melhor que eu descansasse e continuasse o tratamento porque o jogo do domingo seguinte era mais importante porque era a estreia no Brasileiro contra o Criciúma.
Eu queria jogar, até porque tinha dado declarações de que ainda dava para reverter (o Bahia precisaria vencer por 5 gols de diferença para ser campeão estadual) e queria tentar, mas tudo bem, voltei para a fisioterapia. Depois, durante a semana, eu estava na fisioterapia, junto com Zé Roberto e outros jogadores, quando Anderson (Barros) me chamou e me disse que estavam afastando alguns atletas e eu era um deles. Não me disse o motivo, só falou que tomaram essa decisão. Fiquei sem reação, mas disse: ´tranquilo´. Aceitei, estou aceitando até hoje e ainda não sei o que levou a essa decisão.
Leandro Silva - Você acha que a ansiedade para marcar o primeiro gol nesse retorno prejudicou seu rendimento nas primeiras partidas?
Adriano Michael Jackson - Atrapalhou um pouquinho, mas não foi só isso. Teve vários motivos. Quando cheguei, o Bahia já tinha sido eliminado no Campeonato do Nordeste, o clima já não era bom. E, em qualquer time que você chega, é preciso um tempo de adaptação. Em 2010, por exemplo, eu comecei jogando no time que jogava a Copa do Nordeste, fui me destacando, depois Renato Gaúcho passou a me colocar durante os jogos, só depois virei titular e me destaquei. Tive um tempo para ir me acostumando. Agora, não.
E ainda precisava me readaptar ao futebol brasileiro porque na China é bem diferente. A posição que eu jogava em 2010 também era outra. Eu ficava mais próximo do centroavante (Jael), então a bola que sobrava na área, que não era dele, era minha. Sobrava mais bola em condição de finalizar. Agora, eu estava jogando muito na beirada de campo, tendo que marcar lateral e, às vezes, volante. Jogando longe da área é preciso driblar muito mais gente para poder chegar em boa condição para fazer o gol ou contar com a sorte de acertar de longe de forma mais precisa. Na área, chutou é gol. Eu nem conseguia chutar muito ao gol. Se chutava três vezes em um jogo era muito. O gol não estava saindo, mas eu não abaixava a cabeça (o único gol foi na primeira partida da decisão do Bahia, contra o Vitória). Sabia que estava fazendo o que o treinador estava pedindo e tentando ajudar o clube. E confiava que iria brilhar igual a como foi em 2010. Era mais questão de adaptação mesmo. No começo é sempre assim. É bom que seja difícil no início para melhorar depois.
Leandro Silva - Mesmo afastado, você assiste aos jogos do Bahia?
Adriano Michael Jackson - Quando vejo o Bahia jogar dá uma certa tristeza porque alguns dias atrás eu estava ali, em campo, e agora, não. Eu até tento não olhar. Escuto mais do que assisto, mas meu filho fica vendo na TV e vem comentar e eu acabo vendo. E aí, quando tem gol, não tem jeito. Eu vibro mesmo porque eu sou torcedor independente do que acontece comigo. Vibro pelo Bahia, vibro pelos meus amigos que estão em campo e pelos torcedores que me tratam tão bem. Mesmo estando retado com algumas jogadas que não dão certo, a gente vibra de qualquer maneira.
Leandro Silva - E acompanhava mesmo na China?
Adriano Michael Jackson - Claro. Eu fui para o Palmeiras depois do acesso, mas não foi por minha vontade. Foi pela vontade do Fluminense (foi envolvido na troca pelo volante Edinho). Mesmo lá em São Paulo e até na China eu sempre assistia e tinha vontade de voltar para o Bahia. Na China, eu assistia a todos os jogos que eu podia. Quando não dava para ver ao vivo, procurava na internet e a minha vontade de ver o Tricolor nunca vai mudar. Sou muito Bahia.
Leandro Silva - Você tem esperança de voltar ainda esse ano a jogar com a camisa do Bahia?
Adriano Michael Jackson - Com certeza, eu tenho muita esperança ainda de isso acontecer. Pela minha vontade, da família, dos torcedores que falam comigo, dos colegas, eu já deveria estar no grupo. Na semana passada, eu estava no Clube com o meu empresário, fui chamado e ouvi que não tinha mais chances de voltar, mas todo dia, eu vou treinar. Depois de ouvir isso, eu poderia desistir de ir treinar, mas ainda vou todos os dias, tranquilo, porque sei que a minha hora vai chegar.
Em 2010, também, eu não estava no time principal, trabalhei duro, na Copa do Nordeste, e a hora chegou quando eu estava preparado. Não adianta nada ser reintegrado e não estar preparado quando a chance aparecer para fazer valer a pena toda a espera. Toda hora algum dos jogadores afastados rescinde, mas a minha vontade não é sair do Bahia. Mesmo do jeito que eu estou, sem jogar, só treinando, eu estou no Clube que eu torço e tenho o maior orgulho de poder dizer que sou do Bahia, que treino todos os dias e sou bem visto e querido no Fazendão. Eu espero que dê tudo certo.
Leandro Silva - E você se arrepende de ter voltado ao Bahia?
Adriano Michael Jackson - Não me arrependo, não. De jeito nenhum. O que me atrapalha é essa situação que está acontecendo de não fazer parte do grupo, cheguei com o cartaz de artilheiro, que ajuda o grupo, ajuda o time. Larguei algumas coisas na China, abri mão de propostas de outros clubes para jogar no Bahia, mas fiz tudo isso pelo meu amor pelo Clube. E a gente não tem como se arrepender do que a gente faz por amor.
Leandro Silva - Seu melhor momento na carreira coincidiu com o melhor momento da carreira de outro jogador revelado pelo clube e que passa por momentos difíceis, afastado dos gramados por lesões: Ávine. Você tem contato com ele?
Adriano Michael Jackson - Eu converso e gosto muito dele. Alguns amigos até me perguntam se ele vai voltar e eu sempre dou boas notícias para eles. Eu sempre digo: 'se ele não fosse voltar, já teria desistido. Dá pra ver na cara dele. É muita força de vontade'. Eu sempre rezo por ele. O carinho que ele tem pelo Clube é o mesmo que eu tenho e ele não vai desistir. Deus vai abençoar e ele não vai ter mais essas lesões e vai voltar a jogar como sempre jogou.
Leandro Silva - E com os outros jogadores? Como é a relação?
Adriano Michael Jackson - Falo com todo mundo. Essa semana mesmo, eles estavam treinando no mesmo turno que eu e eu brinco com eles todos. Quando vejo no treino, de longe, dá uma certa tristeza, mas o carinho deles é muito grande e acaba me deixando feliz. Tenho muito orgulho por me sentir respeitado e querido pelos funcionários também. Se perguntar se tem alguém que não goste de mim no Fazendão, acho difícil que apareça alguém. Os mais próximos são Obina, Talisca, Hélder, Diones, mas é até difícil dizer só alguns.
Leandro Silva - Você já saiu do Bahia duas vezes. Como foram as outras experiências fora do Fazendão?
Adriano Michael Jackson - Isso. Eu saí, na primeira vez, no finalzinho de 2008 somente porque não tinha oportunidade no profissional. Já tinha 20 anos e não tinha espaço. Então eu pedi pra ir embora, abri mão de três meses de salário e fui fazer um teste em um time do Ceará. Acabei sendo mandado embora. Voltei pra Salvador e falei pra meu tio e meus amigos que eu não queria mais ser jogador de bola, mas meu tio disse pra eu não desistir.
Aí fui fazer teste no Galícia, fiz dois gols em um treino e o Galícia quis acertar comigo. Eles estavam fazendo uma parceria com o Vitória, pegando alguns jogadores para reforçar o time e eu já estava com tudo certo, mas meu tio falou que eu deveria ir para um time do Rio, que eu nem precisaria fazer teste. Eu nem queria ir. Queria ficar aqui mesmo. Chegando lá, não deu certo com esse time, mas surgiu a oportunidade de fazer teste no América. Eu já ia ser mandado embora porque era pequeno e magrinho, até me tiraram do ataque e colocaram no meio de campo. Aí fiz três gols em um amistoso, Romário estava assistindo e mandou que eu ficasse. Recebi muito apoio dele, fui artilheiro. Na despedida dele, no América, ele entrou no meu lugar.
Subimos em 2009 e fomos bem no Carioca de 2010. Até que Cuca era o treinador do Fluminense e pediu que me contratassem, Romário que me levou até o clube, mas Muricy chegou, substituindo Cuca, e eu fiquei só treinando. Até que Renato Gaúcho pediu a minha contratação para o Bahia. E agradeço muito por ele ter me trazido, dado a oportunidade de voltar para o lugar que eu nunca queria ter saído.
Depois ainda tive uma experiência importante no Palmeiras, com um treinador como Felipão, campeão mundial. Fiquei muito orgulhoso por trabalhar com ele. Foi muito orgulho de ter sido aceito em um clube treinado por um cara como ele. Alguma coisa boa ele viu em mim e eu torço muito por ele na Seleção. E na China foi tranquilo. O treinador era português, o futebol era bom de jogar. E foi uma experiência muito importante de jogar fora do Brasil.
Leandro Silva - Dá pra perceber que você já passou por muitas dificuldades durante a sua carreira. De onde você tira força para continuar?
Adriano Michael Jackson - Eu tiro essa força toda de Deus e do apoio da minha família. Quando eu tava no Rio, fazendo teste, um primo faleceu, aí me desanimei ainda mais, mas a família continuou apoiando. E hoje, eu tiro muita força dos torcedores, das lembranças. Todas as vezes que eu entro na internet, vejo meus vídeos jogando pelo Bahia. Fico lembrando, não acredito no que o que está acontecendo comigo. Fico emocionado por me ver fazendo aquilo pelo Clube, aquela subida para a Série A foi muito bonita. Fico muito alegre quando vejo os momentos de 2010. É uma mistura de saudade, emoção. Fico observando.É muito bom poder ver esses momentos maravilhosos.
E, mesmo não jogando, ou fazendo parte do grupo, fico muito feliz por ainda ter contrato com o Clube. Independente de não jogar, por minha vontade, eu fico até encerrar a minha carreira no Bahia. Nunca quero sair do Tricolor.
Eu acredito muito que vou voltar ao grupo, rezo muito. Sempre quando eu vou dormir, eu imagino que no outro dia, vou receber uma ligação do Bahia, dizendo que o treino vai ser tal hora e que eu vou estar no grupo. Sonho muito em ver essa ligação no meu celular. No momento em que eu vou para o Fazendão, também, durante o caminho todo eu vou pensando, que quando eu chegar lá vão me dizer que eu vou treinar junto com o restante do pessoal. Espero que não demore muito para que isso se realize. Minha vontade é de voltar rápido. 'Tamo junto'.
Eu acredito muito que vou voltar ao grupo, rezo muito. Sempre quando eu vou dormir, eu imagino que no outro dia, vou receber uma ligação do Bahia, dizendo que o treino vai ser tal hora e que eu vou estar no grupo. Sonho muito em ver essa ligação no meu celular. No momento em que eu vou para o Fazendão, também, durante o caminho todo eu vou pensando, que quando eu chegar lá vão me dizer que eu vou treinar junto com o restante do pessoal. Espero que não demore muito para que isso se realize. Minha vontade é de voltar rápido. 'Tamo junto'.
sábado, 22 de junho de 2013
Ótica Santa Luzia conquista título do Campeonato Lapense
Aos 17 anos, o faro de gol apurado chamou a atenção do Esporte Clube Vitória, mas o sonho de ser um jogador profissional de futebol acabou logo em seguida, nos exames médicos, que detectaram um problema cardíaco (prolapso da válvula mitral) e decretaram que Tatá não teria condições de suportar o ritmo no esporte de alto rendimento. Exames posteriores apontaram que no futebol amador ele poderia continuar deitando e rolando. E nove anos atrás, outro Vitória, do Projeto Formoso, foi que pagou o pato, terminando como vice. Na final do Campeonato Lapense de 2013, o camisa 9 fez um golaço já no segundo tempo de um jogo tenso e deu o título da competição ao time da Ótica Santa Luzia, que ficou com a taça Hernane Vidal.
"Esse gol foi muito importante porque passamos por muitas dificuldades durante o campeonato e, mesmo assim, conseguimos conquistar o título de forma invicta. Foi uma campanha maravilhosa coroada com um belo gol na final", disse o atacante, que chegou ao sétimo gol na competição, tornando-se artilheiro isolado e ganhando um prêmio de quinhentos reais e uma chuteira do atacante lapense Hernane, artilheiro carioca em 2013 pelo Flamengo.
"Foi a quinta vez que disputei o Campeonato Lapense, joguei dois anos pelo Lagoa Grande e foi o terceiro pela Ótica e foi o meu primeiro título e a primeira vez que fui artilheiro. Já tinha sido artilheiro em Ibotirama e em Paratinga e agora consigo aqui", disse o camisa 9, de 26 anos, nascido em Paratinga.
Mesmo com o final da competição, o torcedor deverá continuar vendo o atacante em ação este ano no estádio Benjamin Farah, já que ele deverá defender a seleção de Bom Jesus da Lapa no Campeonato Intermunicipal que deve começar no dia 21 de julho. A base da seleção será formada pelo time campeão municipal. Tatá deverá continuar jogando ao lado do goleiro Matheus, do lateral-direito Cebolinha, dos zagueiros Júnior Baiano e Márcio, e do volante Lezão, entre outros.
Seleção do Campeonato:
Goleiro: Matheus (Ótica Santa Luzia)
Goleiro: Matheus (Ótica Santa Luzia)
Zagueiro: Márcio (Ótica Santa Luzia)
Volante: Neuran (Vitória)
Atacante: Bismarck (Nova Brasília)
Atacante: Tatá (Ótica Santa Luzia)
Artilheiro: Tatá (Ótica Santa Luzia) 7 gols
Tabela e classificação do Campeonato Lapense de 2013
Times:
Grupo A
Ótica Santa Luzia 13PG | 5J
Real Formoso 7PG | 5J
Nova Brasília 7PG | 5J
Vitória 5 PG | 5J
Juventus 5PG | 5J
Cidade Nova 3PG | 5J
Grupo B
Flamengo 10 PG | 5J
Amopa 8 PG | 5J
Magalhães Neto 7PG | 5J
Favelândia 7PG | 5J
América 5PG | 5J
Vila Real 3PG | 5J
Tabela Completa:
Primeira fase:
9/3 - Sábado - Real Formoso 1x1 Juventus
13/3 - Quarta-feira - Favelândia 2x1 Flamengo
14/3 - Quinta-feira - Nova Brasília 0x2 Ótica Santa Luzia
16/3 - Sábado - Amopa 0x4 América
20/3 - Quarta-feira - Vitória 3x3 Cidade Nova
21/3 - Quinta-feira - Vila Real 1x2 Magalhães Neto
23/3 - Sábado - Nova Brasília 2x3 Real Formoso
27/3 - Quarta-feira - Amopa 3x1 Favelândia
28/3 - Quinta-feira - Ótica Santa Luzia 2x2 Vitória
30/3 - Sábado - América 1x1 Vila Real
3/4 - Quarta-feira - Juventus 1x1 Cidade Nova
4/4 - Quinta-feira - Flamengo 2x0 Magalhães Neto
6/4 - Sábado - Real Formoso 0x1 Ótica Santa Luzia
10/4 - Quarta-feira - Favelândia 3x1 América
11/4 - Quinta-feira - Juventus 2x1 Vitória
13/4 - Sábado - Flamengo 3x1 Vila Real
17/4 - Quarta-feira - Nova Brasília 0x0 Cidade Nova
18/4 - Quinta-feira - Amopa 2x1 Magalhães Neto
20/4 - Sábado - Vitória 2x1 Real Formoso
24/4 - Quarta-feira - América 0x1 Flamengo
25/4 - Quinta-feira - Ótica Santa Luzia 2x1 Juventus
27/4 - Sábado - Vila Real 1x1 Amopa
1/5 - Quarta-feira - Vitória 1x2 Nova Brasília
2/5 - Quinta-feira - Magalhães Neto 2x2 América
4/5 - Sábado - Cidade Nova 1x2 Ótica Santa Luzia
8/5 - Quarta-feira - Favelândia 1x1 Vila Real
9/5 - Quinta-feira - Flamengo 5x5 Amopa
11/5 - Sábado - Juventus 0x2 Nova Brasília
15/5 - Quarta-feira - Magalhães Neto 3x0 Favelândia
16/5 - Quinta-feira - Cidade Nova 0x3 Real Formoso
Quartas-de-final
18/5 - Sábado - Ótica Santa Luzia (1A) 2x0 Favelândia (4B) - Jogo 31
22/5 - Quarta-feira - Flamengo (1B) 0x1 Vitória (4A) - Jogo 32
23/5 - Quinta-feira - Real Formoso (2A) 2x2 Magalhães Neto (3B) - Jogo 33
25/5 - Sábado - Amopa (2B) 0x3 Nova Brasília (3A) - Jogo 34
Semifinais
29/5 - Quarta-feira - Ótica Santa Luzia 0x0 Real Formoso
5/6 - Quarta-feira - Vitória 2x1 Nova Brasília
6/6 - Quinta-feira - Real Formoso 0x5 Ótica Santa Luzia
8/6 - Sábado - Nova Brasília 0x0 Vitória
Final
15/6 - Sábado - Vitória 1x1 Ótica Santa Luzia
22/6 - Sábado - Ótica Santa Luzia 1x0 Vitória
CAMPEÃO: Ótica Santa Luzia - 24 pontos 7 vitórias e 3 empates
segunda-feira, 10 de junho de 2013
O Mogi na Série A
O Mogi-Mirim está disputando a Série C, mas quase todos os destaques da surpreendente campanha de semifinalista do Paulista, estão dois degraus acima, na Série A. Foi como se conseguissem dois acessos de uma só vez através do estadual. Do time titular, apenas o lateral-esquerdo João Paulo tem destino desconhecido, mas já não faz perto do elenco do Sapão. No registro de atletas da CBF consta como atleta do Tombense, time de empresário de Minas Gerais.
Dos outros dez titulares, oito se transferiram para a Série A, e outros dois para a Série B. Até dois reservas, que sempre eram utilizados conseguiram vaga na Primeira Divisão, no Atlético Paranaense. Muitos ainda buscam seu espaço, o meia Roger Gaúcho, por exemplo, já entrou no decorrer de três partidas da Ponte e foi titular na quinta rodada contra o Botafogo, mas seu companheiro Magal foi titular em todos os quatro primeiros jogos do Brasileiro.
Lucas Fonseca foi reserva na estreia do Bahia - única derrota até o momento no Brasileiro - mas ganhou a posição e foi titular e destaque nas quatro rodadas seguintes. O jogador já tinha atuado no Tricolor no ano passado, mas inexplicavelmente, ficou no banco, vendo Danny Morais jogar, atuando apenas na ausência do antigo companheiro de Titi. Mesmo assim, deixou ótima impressão, que garantiu uma assinatura de um pré-contrato, válido após a disputa do Paulistão. Documento providencial, pois a concorrência seria grande, após a participação do beque no estadual, quando atuou em 19 das 21 partidas do Sapão.
O zagueiro é o único titular da equipe comandada por Cristóvão, que chegou após o Baiano e está tendo papel fundamental na recuperação, contribuindo também para o crescimento de Titi, que não precisa mais se desdobrar para cobrir Danny Morais e está voltando a ser o mesmo dos dois últimos Brasileiros.
No ano passado, os times da Série A também já tinha recorrido ao Mogi, como o Bahia, que tinha contratado Lucas Fonseca e o volante Val, hoje no Flamengo, que recrutou Hernane, enquanto a Ponte Preta havia contratado os serviços do lateral João Paulo, hoje no Flamengo, do zagueiro Tiago Alves, hoje no Palmeiras, e do volante Renê Junior, hoje no Santos. O clube do interior segue a tradição iniciada em 1993, quando reforçou o time do Corinthians, com Rivaldo, Válber, Leto e Admilson.
Destino dos jogadores do Mogi
Daniel - goleiro - Ponte Preta
Mateus Caramelo - lateral-direito - São Paulo
Lucas Fonseca - zagueiro - Bahia
Tiago Alves - zagueiro - Palmeiras - Série B
Magal - volante - Ponte Preta
Val - volante - Flamengo
Wagner Carioca - meia - São Caetano - Série B
Roger Gaúcho - meia - Ponte Preta
Roni - atacante - São Paulo
Henrique - atacante - Santos
Juninho - volante - Atlético/PR
Carlos Alberto - meia - Atlético/PR
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Termômetro tricolor
A primeira vez que eu ouvi alguém se referir a um jogador como o termômetro de um time foi em 1990, quando, em uma entrevista, o ex-presidente tricolor, Paulo Maracajá, afirmava que as atuações do volante Paulo Rodrigues ditavam as do próprio time, que contava com jogadores com mais destaque no País, como Luis Henrique e Charles. Não comparando qualidades, enxergo o meio-campista Hélder como o termômetro do Esquadrão desde que chegou em 2010.
Na chegada, por exemplo, depois de ser aprovado em testes - um dos poucos que chegou para ser observado que eu vi dar certo no clube - entrou no pior momento do time na campanha do acesso para a Série A. Formando dupla com Fábio Bahia, ele deixou claro que não funciona em um esquema com apenas um outro volante. Com a entrada de Bruno Octávio, e posteriormente Marcone, para jogar atrás dos dois, o trio funcionou e, com a ajuda na marcação, na saída de bola, e nos lançamentos para Ávine, foi peça fundamental para recolocar o tricolor na elite.
Em 2011, no meio de tantas contratações, não se encontrava em campo, assim como o time inteiro, que foi eliminado na semifinal do Baiano. Voltou a crescer de produção no segundo turno do Brasileiro, quando formou o trio com Fahel e Diones, que sustentou a recuperação da equipe e manutenção na elite.
No ano passado, foi coadjuvante no título Baiano, com Falcão, mas assumiu, pela primeira vez, a condição de protagonista na surpreendente campanha do segundo turno da Série A, com Jorginho. Quando não podia jogar, o time caía claramente de rendimento. E viveu até uma fase de artilheiro.
No início deste ano, entretanto, voltou a conviver com as críticas, cada vez mais pesadas. Displicente e sem criatividade, foi um dos destaques negativos da vexatória campanhas no Baiano. Com Cristovão, entretanto, atuando em um meio de campo mais organizado, ainda ao lado de Fahel e Diones, o camisa 8 cresceu de produção e foi fundamental nas três últimas partidas, apesar de ter sido muito vaiado contra o Coritiba. Foi bem contra o Inter e o melhor em campo contra o Botafogo.
Se mantiver a condição de termômetro, o Bahia depende muito que mantenha o nível das suas recentes atuações para que o clube continue realizando uma boa campanha no Brasileiro.
sábado, 18 de maio de 2013
Equipe da Ótica Santa Luzia é a primeira semifinalista do Campeonato Lapense de 2013
Invicta e dona da melhor campanha geral da primeira fase, com quatro triunfos e um empate, a equipe da Ótica Santa Luzia não brilhou, mas confirmou o favoritismo, superando o time da Favelândia, com um triunfo por 2 a 0, e se garantiu como primeira semifinalista da competição.
Antes mesmo de a bola rolar neste sábado (18/5), no estádio Benjamin Farah, a Ótica era a favorita, pois, além de possuir um elenco mais qualificado, tinha a vantagem do empate, por causa da melhor campanha. E, pelo que aconteceu no primeiro tempo, a vantagem parece que teria muita utilidade, pois o Favelândia foi melhor e chegou a pressionar o adversário.
No segundo tempo, entretanto, mesmo sem ser superior, a Ótica contou com uma falha do goleiro adversário em cobrança de falta para abrir o placar, logo no início. Já próximo do fim, o atacante Tinha, que sentiu a falta do parceiro Tatá, balançou as redes e fechou o placar, confirmando o quinto triunfo da equipe na competição e a condição de primeiro semifinalista. O adversário sai do confronto entre Real Formoso e Magalhães Neto.
Ótica Santa Luzia 2x0 Favelândia
Ótica Santa Luzia 2x0 Favelândia
Ótica Santa Luzia: Mateus, Cebolinha, Júnior Baiano, Márcio e Bel;
Eujácio, Lezão, Juliano e Léo Cruz; Odilan e Tinha.
Favelândia: Wilton, Darlam, Rivelino, Fabiano e Giovani; Jussiê, Zé
Leandro, Deca; Willian, Batoré e Marcelão.
Saiba mais sobre o Campeonato Lapense de 2013 clicando aqui
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Real Formoso vence e completa grupo dos oito classificados para a segunda fase do Campeonato Lapense
Atual campeão, o Real Formoso vinha de duas derrotas consecutivas e, com apenas um triunfo em quatro rodadas, surpreendeu com a possibilidade de ser eliminado ainda na primeira fase do Campeonato Lapense de 2013. No entanto, nesta quinta-feira (16/5), no estádio Benjamin Farah, o time do Projeto Formoso passou por cima da equipe da Cidade Nova, sem dificuldade, vencendo por três a zero, chegando aos sete pontos, e garantindo a classificação como segundo colocado do grupo A, com sete pontos ganhos.
Com o triunfo o Real Formoso completou o grupo dos oito classificados para as quartas-de-final, que já começam neste sábado (18/5). No grupo A, apenas o time da Ótica Santa Luzia, melhor campanha geral, fez mais pontos que o Real, com 13. Nova Brasília, com sete, e Vitória, com cinco, são os outros classificados da chave.
No grupo B, o Flamengo, com 10 pontos, passou como primeiro colocado, seguido por Amopa, Magalhães Neto e Favelândia. A primeira fase foi marcada pelo equilíbrio, por partidas emocionantes e muitos gols. Foram 93 em 30 jogos, em uma média superior a três gols por partida. O empate entre Flamengo e Amopa, em 5 a 5, foi o destaque, com 10 gols, viradas e muita emoção.
Com o segundo melhor ataque e a pior defesa, com 11 gols marcados e 12 sofridos, o Amopa foi o clube que mais contribuiu com a média, já que foram assinalados 23 gols em seus cinco jogos, média de 4,6 por partida.
No entanto, o melhor ataque da primeira fase foi do Flamengo, que balançou as redes em 12 oportunidades. Em contrapartida, as torcidas que menos tiveram o prazer de gritar gol foram as do Juventus, Cidade Nova e Vila Real, todas eliminadas, que fizeram apenas cinco, cada.
Já quando o assunto era evitar os gols, nenhuma equipe superou a da Ótica Santa Luzia, que sofreu apenas quatro (0,8 por partida), único participante com média inferior a um gol sofrido por jogo. E a pior defesa foi do Amopa, com 12 gols sofridos.
Minha seleção da primeira fase*:
Ítalo (Juventus), Cebolinha (Ótica Santa Luzia), Júnior Baiano (Ótica Santa Luzia), Márcio (Ótica Santa Luzia) e Nego Cobra (Juventus); Paulinho (Flamengo), Cal (Real Formoso), Deivicinho (Real Formoso), Lindomar (Flamengo) e Léo Cruz (Ótica Santa Luzia); Pitinha (Flamengo).
*Não assisti a todas as partidas. Escolhi aqueles que mais me chamaram a atenção nas partidas que eu vi. Por isso, posso ter cometido algumas injustiças. Comente, diga qual a sua seleção da primeira fase.
Times:
Grupo A
Ótica Santa Luzia 13PG | 5J
Real Formoso 7PG | 5J
Nova Brasília 7PG | 5J
Vitória 5 PG | 5J
Juventus 5PG | 5J
Cidade Nova 3PG | 5J
Grupo B
Flamengo 10 PG | 5J
Amopa 8 PG | 5J
Magalhães Neto 7PG | 5J
Favelândia 7PG | 5J
América 5PG | 5J
Vila Real 3PG | 5J
Quartas-de-final
18/5 - Sábado - Ótica Santa Luzia (1A) x Favelândia (4B) - Jogo 31
22/5 - Quarta-feira - Flamengo (1B) x Vitória (4A) - Jogo 32
23/5 - Quinta-feira - Real Formoso (2A) x Magalhães Neto (3B) - Jogo 33
25/5 - Sábado - Amopa (2B) x Nova Brasília (3A) - Jogo 34
domingo, 12 de maio de 2013
Restam duas vagas para quatro equipes no Campeonato Lapense
Nova Brasília garantiu vaga na próxima fase do Campeonato Lapense de 2013 ao vencer a equipe do Juventus, por 2 a 0, neste sábado, no estádio Benjamin Farah. Com o triunfo, o Nova Brasília chegou aos sete pontos, passando para a segunda colocação do grupo A, atrás apenas da equipe da Ótica Santa Luzia.
Agora a equipe de Nova Brasília se junta a Ótica Santa Luzia, Vitória, Flamengo, Amopa e Favelândia. Com a derrota, o Juventus foi eliminado e a luta pelas duas vagas restantes fica restrita a Real Formoso e Cidade Nova, pelo grupo A, e América e Magalhães Neto pelo grupo B. Além do Juventus, apenas o Vila Real já está fora da disputa.
Na quarta-feira (15/5), Magalhães Neto enfrenta Favelândia, que já está na próxima fase. Se vencer, elimina a equipe do América, que já encerrou sua participação na primeira fase e torce por Favelândia para passar de fase. Na quinta-feira (16/5), o confronto entre Real Formoso e Cidade Nova irá antecipar o clima de mata-mata. A equipe que vencer segue na competição. Um empate garante a equipe do Real Formoso.