Meia-atacante canhoto, veloz, habilidoso. Junte essas qualidades com o visual semelhante ao de Ronaldinho Gaúcho, que estava no auge, no próprio Barcelona, clube do garoto, e está aí uma receita infalível para que os holofotes se voltassem para ele: Giovani dos Santos, mexicano, filho de um ex-jogador brasileiro (Zizinho). Essa altíssima exposição gerou uma cobrança acelerada e, até mesmo exagerada. Talvez por isso, seja sempre chamado de "eterna promessa", mesmo sendo um dos melhores de sua geração.
A exposição começou quando, em 2005, a lado de Carlos Vela e de uma boa equipe, levou o México ao título do Mundial sub-17, vencendo a seleção brasileira na final, por 3 a 0. Não fez nenhum gol na competição, mas se destacou mais do que Vela, que fez cinco e foi o artilheiro da competição. Tanto que ganhou o prêmio de Bola de Prata como segundo melhor jogador do torneio, atrás do meia Anderson, da seleção brasileira, hoje na Fiorentina, e logo à frente do turco Nuri Sahin, hoje no Borussia Dortmund.
Em 2007, voltou a disputar um Mundial de base, dessa vez o sub-20, em que a seleção foi eliminada nas quartas-de-final, pela Argentina. Com três gols marcados e ótimas atuações, voltou a ser premiado. Ganhou a bola de bronze, como terceiro melhor jogador da competição, atrás dos argentinos Sergio Aguero e Maxi Moralez.
Desde o título do Mundial sub-17, foi acompanhado com muita expectativa no Barcelona. Na temporada 2006/2007, atuando pelo Barcelona B, fez seis gols em 27 partidas. Na temporada seguinte, efetivado no elenco principal, fez mais quatro gols em 28 jogos. Não foi suficiente, entretanto, para se firmar no clube, cheio de estrelas, e foi negociado com o Tottenham, onde começou a ser um cigano da bola.
Em quatro anos de contrato com o Tottenham, pouco atuou com a camisa do clube e foi seguidamente emprestado, primeiro para o Ipswich Town, onde marcou quatro gols em oito jogos. Depois, foi para o Galatasaray, onde jogou 14 vezes e não conseguiu se destacar. Depois voltou ao futebol espanhol, ao Racing Santander, onde fez cinco gols em 16 jogos e teve boas atuações.
Foi o bastante para chamar a atenção do Mallorca, também da Espanha. Em uma temporada completa, a 2012/2013, fez seis gols em 29 jogos e deixou boa impressão. O Villarreal, que estava retornando à primeira divisão do futebol espanhol, então, resolveu investir no mexicano, que recebeu a camisa 9 e já balançou as redes nove vezes na atual temporada, sendo titular absoluto e destaque da equipe.
Se o caminho nos clubes foi tortuoso, na seleção, foi mais rápido para Giovani se firmar. Depois de se destacar nos Mundiais sub-17 e sub-20, ele chegou à seleção sob o comando de Hugo Sanchez, em 2007 e estreou em um amistoso, que foi interrompido no intervalo, contra o Panamá. Jogou mais três partidas naquele ano.
Se o caminho nos clubes foi tortuoso, na seleção, foi mais rápido para Giovani se firmar. Depois de se destacar nos Mundiais sub-17 e sub-20, ele chegou à seleção sob o comando de Hugo Sanchez, em 2007 e estreou em um amistoso, que foi interrompido no intervalo, contra o Panamá. Jogou mais três partidas naquele ano.
No ano seguinte, ainda buscando espaço, fez mais seis jogos. No entanto, foi em 2009 que ganhou realmente destaque no selecionado, marcando, inclusive, seus dois primeiros gols, em um amistoso, em junho, contra a Venezuela. No mês seguinte, deu um grande passo para se consolidar como um destaque da seleção, ao ser escolhido como melhor jogador da Copa Ouro, conquistada pelos mexicanos. Ao todo, no ano, fez cinco gols em 12 partidas.
Em 2010, continuou como titular e destaque da equipe mexicana e disputou sua primeira Copa do Mundo. Junto com Vela, Chicharito e Blanco, passou para a segunda fase em um grupo que tinha os campeões mundiais, Uruguai e França, mas foi eliminado nas oitavas-de-final pela Argentina, em grande atuação de Tévez. No ano, fez apenas um gol em 12 jogos.
No ano seguinte, voltou a conquistar uma Copa Ouro com a seleção mexicana e fez, inclusive, o gol mais bonito da competição, na decisão contra os Estados Unidos. Ao todo, fez cinco gols em 19 partidas pela seleção. Em 2012, voltou a brilhar, agora na conquista da medalha de ouro olímpica, junto com Peralta e Javier Aquino. Começou a competição na reserva, mas logo na segunda partida saiu do banco para marcar os dois primeiros gols do time na competição, no triunfo, por 2 a 0, sobre o Gabão. Virou titular e destaque e ainda voltou a marcar nas quartas-de-final contra Senegal. Ficou de fora da decisão, mas pôde comemorar a conquista contra o Brasil, escrevendo o seu nome mais uma vez na história da sua seleção. Ao todo, fez três gols em seis jogos pela seleção principal.
No ano passado, disputou a Copa das Confederações, sendo titular nos três jogos da primeira fase, mas a seleção mexicana foi eliminada, após perder para Brasil e Itália e vencer o Japão. Não marcou gol em nenhuma das 14 partidas que disputou no ano. A seleção mexicana decepcionou nas eliminatórias e por pouco não ficou fora da Copa, mas tem material humano para dar trabalho para a Seleção Brasileira e passar de fase em um grupo que ainda tem Camarões e Croácia. E Giovani é a principal esperança para isso.
Nome: Giovani dos Santos RamirezPosição: meia-atacante
Clube:Villarreal
Clubes anteriores: Barcelona, Tottenham, Ipswich Town, Galatasaray, Racing Santander, Mallorca
Data de nascimento: 11 de maio de 1989
Gols pela seleção: 14
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