Era um domingo. Dia 3 de julho de 2011. Pouco mais de cinco anos atrás. O dia seguinte à data comemorativa da Independência da Bahia, e da consolidação da independência brasileira, foi determinante para a vida de um baiano de pouco mais de 16 anos de idade. O garoto Walace entrava em campo, junto com os companheiros da equipe de Simões Filho, para enfrentar os garotos do São Paulo, em partida válida pela segunda rodada da Copa 2 de Julho de futebol sub-17. A goleada sofrida para o time paulista, por 5 a 0, poderia indicar um dia desastroso para Walace, mas foi graças à atuação neste jogo que o, até então, meia esquerda conseguiu uma transferência para o Avaí. Hoje, ele comemora uma convocação para defender a seleção brasileira na Olimpíada do Rio de Janeiro, depois do corte de Fred, que não foi liberado pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
Depois do Avaí, no ano seguinte, Walace chegou a ser emprestado ao Bahia, em 2012, mas não teve espaço e retornou ao clube catarinense. Em uma matéria feita pelo globoesporte.com, ele contou: "o técnico disse que eu não tinha capacidade de jogar no Bahia. Baixei a cabeça e fui embora".
Em 2014, chegou ao Grêmio, ainda na base, depois de ser observado pela diretoria gremista na realização da Copa Santiago, de 2013. Foi um dos três garotos da base do Avaí envolvidos na negociação que levou o meia Marquinhos ao time da Ressacada. No tricolor gaúcho foi recuando, até virar volante, sem deixar de lado sua capacidade técnica que impressiona.
A estreia na equipe profissional do Grêmio foi uma verdadeira prova de fogo. O treinador Felipão o escalou justo em um grenal, no dia 10 de agosto de 2014. O Inter venceu por 2 a 0. Mas, novamente, assim como naquele jogo da Copa 2 de Julho de 2011, o garoto que jogou com a camisa 33 conseguiu se destacar mesmo em uma derrota. Virou titular e no ano seguinte, já estava defendendo a seleção sub-20 no sul-americano da categoria. Na Seleção principal, neste ano de 2016, fez parte do grupo que disputou a Copa América Centenário.
Todos os anos, desde 2007, outros tantos garotos de seleções municipais, clubes amadores e times menores vivem o sonho de repetir uma trajetória como essa, ao disputar a Copa 2 de Julho, organizada pela Sudesb, e que agora recebe equipes sub-15. A competição recebe equipes de outros países, grandes clubes do Brasil e até a seleções, como a brasileira já disputaram o torneio. Isso permite que esses jovens sejam vistos e tenham chances em grandes centros, mudando a própria condição social e a da família. A atual edição foi conquistada pelo Flamengo, que venceu o Bahia na final.
A edição de 2011, que revelou Walace, foi vencida pelo próprio São Paulo que aplicou a goleada contra a equipe de Simões Filho. O time contava com jogadores como o lateral-esquerdo Mateus Reis, hoje no time profissional do tricolor paulista, o lateral-direito Lucas Farias, que atua no Estoril, de Portugal, e o atacante Paulo Marcelo, hoje no Sampaio Corrêa. Na decisão, o São Paulo passou pelo Santos, de Neílton e Victor Andrade.
Além de perder para o São Paulo, o Simões Filho, eliminado naquela primeira fase, empatou, em 0 a 0, com o time da ABB, perdeu para Galícia, por 1 a 0, venceu Lauro de Freitas, por 3 a 2, e goleou a equipe estadunidense do The Villages, por 9 a 2. Já o Avaí, clube que se interessou pelo talento de Walace, terminaria sendo eliminado nas oitavas-de-final da competição, pelo Chivas Guadalajara, do México.
A Copa 2 de Julho já contou com a presença de jogadores como: os meias Anderson Talisca, hoje no Benfica, e Wellington Nem, no Shakhtar Donetsk; os atacantes Roberto Firmino, no Liverpool, Marcelo Cirino, no Flamengo, Ewandro, na Udinese, Joeliton, no Hoffenheim, e Judivan, no Cruzeiro; os laterais Dodô, na Sampdoria, Mansur, no Sport, Madson, no Vasco, e Léo, no Atlético Paranaense; os volantes Rodrigo Dourado, no Inter e Feijão, no Bahia; os zagueiros Juan Jesus, na Roma, e Rodrigo Caio, no São Paulo; e os goleiros Jean, no Bahia, e Alisson, na Roma e na Seleção principal.
A Copa 2 de Julho já contou com a presença de jogadores como: os meias Anderson Talisca, hoje no Benfica, e Wellington Nem, no Shakhtar Donetsk; os atacantes Roberto Firmino, no Liverpool, Marcelo Cirino, no Flamengo, Ewandro, na Udinese, Joeliton, no Hoffenheim, e Judivan, no Cruzeiro; os laterais Dodô, na Sampdoria, Mansur, no Sport, Madson, no Vasco, e Léo, no Atlético Paranaense; os volantes Rodrigo Dourado, no Inter e Feijão, no Bahia; os zagueiros Juan Jesus, na Roma, e Rodrigo Caio, no São Paulo; e os goleiros Jean, no Bahia, e Alisson, na Roma e na Seleção principal.
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