Passada
a largada do Campeonato Baiano, as atenções se voltam para a estreia do Bahia
na Copa do Nordeste. Contra o Santa Cruz, neste sábado, o time principal tricolor
iniciará a campanha em busca do tetra da competição regional. Bom momento,
portanto, para relembrar como foram as conquistas de 2001, 2002 e 2017. Roger
Machado terá a chance de igualar o feito do mestre Evaristo de Macedo, do ídolo
Bobô, e de Guto Ferreira, comandantes nesses títulos.
A
primeira conquista aconteceu em 2001, em uma edição que colocou o futebol da
região em evidência no País. Foi nela que a dupla de ataque formada por Robgol
e Nonato deu os primeiros passos. E o jogo chave para o time e para os dois
atacantes foi o Ba-Vi da nona rodada, vencido pelo Bahia por 4 a 1, com dois
gols de cada.
Foi
a primeira vez que Evaristo escalou os dois juntos na competição. No momento em
que o time vinha de uma goleada sofrida para o ABC e ainda tentava embalar no
ano. Ao todo, fizeram 16 gols na competição, sendo 10 de Nonato, formado na
base, que começava a deixar a sua marca de artilheiro, com a camisa 11.
A
equipe contava com outros destaques como o goleiro Emerson, e os meio-campistas
Preto, Bebeto Campos e Capixaba. O time-base era formado por Emerson, Japinha,
Carlinhos, Jean Elias e Jefferson; Bebeto, Preto, Capixaba e Alex Oliveira;
Robgol e Nonato. Aquele foi o primeiro
de uma sequência de nove triunfos até o título.
Na
final, na Fonte Nova, o Bahia venceu o Sport, por 3 a 1, com um golaço de Preto
e dois de Nonato. O time pernambucano contava com grandes jogadores como o
goleiro Zetti, o lateral Rodrigo Chagas, o meia Valdo e o atacante Leonardo,
mas não foi páreo para o Tricolor, que tinha eliminado o Fortaleza na semifinal.
No
ano seguinte, Bobô encarou o primeiro desafio como treinador, depois que
Evaristo foi para o Flamengo. Se a campanha de 2001 ficou marcada pela dupla de
ataque, o título de 2002 teve a marca do trio elétrico formado pelos
remanescentes Robgol e Nonato e pelo recém-chegado Sérgio Alves. O novo reforço
marcou um dos mais lindos gols da Fonte, com uma bicicleta perfeita, contra o
Fortaleza.
Juntos,
fizeram 32 gols. Sérgio Alves foi o artilheiro do certame, com 13 gols, seguido
por Nonato, com 12. Robgol fez outros sete. O time-base era formado por
Emerson, Daniel Alves, Marcelo Souza, Valdomiro e Chiquinho; Ramalho, Bebeto
Campos e Preto; Sérgio Alves, Robgol e Nonato.
A
campanha na primeira fase foi de recuperação. Depois de eliminar o Náutico, na
semifinal, com gol de Nonato, o Tricolor conquistou o título diante do Vitória.
Na primeira partida da decisão, na Fonte Nova, um 3 a 1, com um gol de cada do
trio de ataque. No jogo de volta no Barradão, um empate em 2 a 2, com dois gols
de Nonato.
Em
2017, o Bahia tinha acabado de retornar à Série A e o técnico Guto Ferreira
contava com boas opções ofensivas, como Régis, Zé Rafael, Allione, Edigar Júnio
e Hernane Brocador. O time-base era formado por Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca
e Armero; Édson, Renê Júnior, Régis, Zé Rafael e Allione; Edigar Júnio.
Com
oito triunfos, três empates e apenas uma derrota, o Tricolor fez uma campanha consistente,
mas que empolgou para valer em uma reta final marcante. Na semifinal, depois de
ser derrotado no Barradão, por 1 a 0, o Bahia deu o troco em um Ba-Vi
inesquecível na Fonte Nova, vencendo por 2 a 0, com um golaço de Allione e
outro de Régis, artilheiro do certame, com seis gols. Na decisão, depois de um
empate fora contra o Sport, garantiu o título na Fonte, com um lindo gol de
Edigar Júnio.
publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 23.01.2020
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