O
Bahia entrou em campo ontem, contra o Nacional, do Paraguai, pela primeira fase
da Copa Sul-Americana, em uma data histórica para o clube. O dia 12 de
fevereiro tem, inclusive, ligação com o futebol continental. Exatos 31 anos antes,
o Tricolor conquistou a vaga pela terceira vez – e mais recente - para a maior
competição do continente: a Libertadores. Torneio que o clube disputou em 1960,
1964 e em 1989, quando ficou entre os oito melhores.
As
catracas da antiga Fonte Nova registraram oficialmente 110.438 pessoas, naquele
domingo de 12 de fevereiro de 1989, sendo o maior público da história do
estádio. Após triunfo, de virada, sobre o Fluminense, por 2 a 1, com gols de
Bobô e Gil, a torcida comemorou a passagem para a decisão do Brasileiro e a
vaga na Libertadores. Na próxima semana, no dia 19, também se completarão 31
anos de um feito ainda mais impactante na história do clube, quando aqueles
mesmos guerreiros fizeram brilhar a segunda estrela que tanto orgulha os
tricolores.
Depois de um novo emocionante triunfo de
virada, na Fonte, com dois gols de Bobô, os jogadores tricolores, na maioria
formados nas divisões de base ou com passagens por outros clubes baianos,
conseguiram um empate sem gols com o Inter no Beira-Rio e garantiram o título.
Se em 2020, o carnaval ainda irá começar, em 1989, aqueles heróis inesquecíveis
decretaram uma segunda edição da folia, melhor do que a primeira. A conquista me
emociona até hoje e marcou tanto a minha vida e até mesmo a minha formação
profissional que escrevi até um livro sobre o tema.
Faço
questão de agradecer e valorizar sempre todos os envolvidos, desde o comandante
Evaristo de Macedo até os jogadores como Bobô, decisivo principalmente na fase
final, Zé Carlos, artilheiro no certame, Charles, revelação fundamental, Paulo
Rodrigues, termômetro do time, Ronaldo, que fechou o gol na fase final, e todos
os outros heróis, como Gil, Paulo Robson, João Marcelo, Claudir, Marquinhos,
Tarantini, Sandro, Edinho, Pereira, Newmar, Osmar, Sidmar, Dico, Sales e Renato.
Alerta –
O
próximo compromisso do Bahia será contra o Ceará, no sábado (15/2), na casa do
alvinegro, primeiro adversário do ano que faz parte da Série A. A partida é
fundamental para o futuro do clube na Copa do Nordeste, já que as equipes do
mesmo grupo não se enfrentam na primeira fase. Por isso, é importante estar
sempre posicionado na zona de classificação, pois não há a possibilidade do
confronto direto e as outras equipes da chave não tiram obrigatoriamente pontos
umas das outras.
As
chances de recuperação, portanto, podem ser reduzidas. E hoje, mesmo a apenas
um ponto do líder, o Bahia não está entre os quatro melhores do grupo,
figurando em sexto. Fundamental se faz, então, voltar logo ao grupo de
classificados, para chegar às rodadas finais da fase com a classificação
garantida ou dependendo apenas dos próprios resultados. Não há mais espaço para
patinar.
Já
o elenco de transição vive um momento diferente. Líder do Baiano, o Bahia só
volta a jogar no dia 1º de março, quando buscará vencer o primeiro Ba-Vi no ano,
dessa vez na casa do rival. Resta saber se o elenco de transição retornará
justamente no clássico, ou aguardará mais uma semana, para encarar o Doce Mel,
na Fonte.
Mesmo
com a liderança e os elogios que merecem o treinador Dado Cavalcanti e os
jogadores, vários outros fatores deverão ser levados em consideração para que
seja tomada a decisão sobre o plantel que representará o clube no clássico da
volta do Baiano.
publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 13.02.2020
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