Quais
as suas primeiras recordações relacionadas ao futebol? Lembra quando teve
contato com um jogador do Bahia pela primeira vez? Estava assistindo a um vídeo
do canal oficial do clube, sobre uma ação na loja da Fonte Nova, que contou com
a presença dos meio-campistas Flávio e Ramon, e as reações emocionadas de
torcedores ao ter esse contato direto me chamaram a atenção e me fizeram refletir
sobre o assunto. Outro vídeo também compartilhado pelo clube evidenciava a
emoção de uma criança, sobrinha de Uéslei Pitbull, em sua primeira visita à
Fonte.
Tenho
assistido de perto aos primeiros contatos do meu sobrinho e afilhado Bernardo,
de apenas dois anos, com o futebol. A empolgação dele ao ver alguém vestindo a
camisa do Bahia ou ao ouvir o nosso hino é inexplicável e, logicamente,
emociona. Encontramos, por exemplo, durante o fim de semana, por acaso, dois
jogadores do Bahia: Gregore e Ernando. Ambos interagiram com ele de maneira
muito carinhosa e ele ficou bastante empolgado.
Espero
que todos os jogadores que vestem a camisa do Bahia tenham a noção exata do
quanto podem ser importantes para tanta gente que eles nunca viram pessoalmente,
mas que, ainda assim, eles conseguem fazer parte da vida. Têm o poder de mudar
o humor, amenizar sofrimentos, aliviar a pressão do cotidiano, graças às
alegrias proporcionadas dentro de campo.
Em
tempos de redes sociais e caixas de comentários de sites de notícias tomadas
por um clima bélico, faz bem perceber que ainda há muita admiração e respeito
nos contatos da “vida real”. Que o Bahia prossiga com ações que aproximem os
jogadores dos seus torcedores e com vídeos que humanizem seus atletas.
Até
hoje consigo equilibrar, até mesmo por obrigação profissional, a capacidade de
realizar análises racionais de jogos e de diversas situações relacionadas ao
futebol, e o prazer que tenho desde criança de viver o lado lúdico do esporte
de forma intensa. Não pretendo jamais perder esse poder de enxergar o futebol
com os olhos de criança.
O
primeiro jogador profissional que entrevistei foi o meio-campista Rafael
Bastos, hoje na Jacuipense. Era o início da minha carreira e da dele também.
Guardo até hoje na memória o longo papo que tivemos no Fazendão. Essa eterna
criança, mesmo já tendo entrevistado tantos outros atletas, ainda se emociona
até hoje ao ter contato com jogadores que admira.
Nordeste –
No
sábado, o Bahia terá a chance de garantir a vaga na próxima fase da Copa do
Nordeste, com uma rodada de antecedência. Um triunfo, fora de casa, contra o
América de Natal é o suficiente, independente de qualquer resultado dos
concorrentes do grupo A. Se o Botafogo da Paraíba não vencer o Santa Cruz no
jogo de hoje, inclusive, o Tricolor terá a oportunidade de assumir a liderança,
vencendo o América, em partida que acontecerá com portões fechados.
A
campanha é satisfatória e o time segue firme para buscar o título. Continua,
entretanto, precisando repetir no regional, o nível das atuações contra o
Nacional, do Paraguai, pela Sul-Americana, as melhores do ano até o momento. Mesmo
sem um jogo tão vistoso, o triunfo contra o Confiança não deve ser minimizado.
O time sergipano, mesmo com a derrota, continua detentor da melhor campanha
geral da competição e demonstrou organização. Ainda assim, o Bahia teve chances
de fazer mais e não correu muitos riscos.
publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 12.03.2020
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