sexta-feira, 17 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 31 - Preparados para a maratona? - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 16.07.2020

Quando a próxima edição dessa coluna for publicada, na quinta-feira (23/7), o Bahia já deverá ter entrado em campo, na véspera, contra o Náutico, pela Copa do Nordeste. Será a largada de uma incrível maratona de quatro jogos em cinco dias, de quarta a domingo com folga apenas na sexta-feira (24/7).

Não deveria causar estranheza, já que jogos do Tricolor em intervalos de tempo tão curtos em 2020 não são novidade. Vale lembrar que na semana anterior à paralisação do futebol brasileiro, o Esquadrão enfrentou Confiança e Doce Mel, em rodada dupla na Fonte, no mesmo dia, com uma parada pouco superior a uma hora.

A questão é que no início do ano, o Bahia contava com dois grupos distintos, com direito a comissões técnicas divididas entre as competições. Agora Roger Machado deve estar esquentando a cabeça para avaliar junto com o departamento de futebol qual a melhor estratégia para utilização dos 34 jogadores do elenco nesse momento específico da temporada.

Parece impossível utilizar o time titular em tantas partidas consecutivas. Será necessário, então, dividir os grupos para multiplicar os títulos. A divisão talvez não seja tão rígida quanto a do início do ano, embora Fernandão e Saldanha tenham atuado nos dois grupos, por exemplo. Esse intercâmbio deve ser mais frequente de maneira forçada pelo número de jogadores disponíveis.

De início, o que pode beneficiar é o local dos duelos. Dos quatro jogos nesse intervalo de cinco dias, por exemplo, três já estão marcados para Pituaço. O primeiro, contra o Náutico, na quarta-feira (22/7), o segundo, contra o Atlético de Alagoinhas (que também tem o estádio como mando de campo para o restante do estadual), no dia seguinte, e o confronto de domingo (26/7) que encerra a primeira fase do Baiano, contra o Fluminense de Feira. Falta definir o local e o adversário da partida do dia anterior, pelas quartas de final da Copa do Nordeste.

Sem grandes deslocamentos, imagino que os atletas que forem para o banco de reservas de um jogo e não jogarem ou atuarem por pouco tempo, possam começar jogando a partida seguinte. Caso mais para frente, questões logísticas impeçam tal prática, será necessário também traçar a melhor estratégia. Manter o conceito do início do ano, ou buscar um equilíbrio entre os grupos? Para exemplificar, seria melhor colocar jogadores do nível de Fernandão, Clayson, Nino Paraíba e Zeca no banco de reservas de uma partida do Nordeste ou como titulares em um jogo do Baiano?

Parto do pressuposto de que o time titular, utilizado na Copa do Nordeste, seja formado por Anderson, João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Flávio e Rodriguinho; Élber, Rossi e Gilberto. Sendo assim, imagino uma equipe para o Baiano contando com Douglas, Nino Paraíba, Ernando, Wanderson e Zeca; Ronaldo (Élton), Ramon e Daniel; Marco Antônio, Clayson e Fernandão.

As formações não seriam tão rígidas, devido aos desfalques, como a ausência de Gregore, suspenso, contra o Náutico, e possivelmente de Douglas, que está lesionado. Além deles, o elenco principal do Esquadrão conta com outros 11 jogadores: Mateus Claus, Matheus Teixeira, Ignácio, Yuri, Édson, Jádson, Alesson, Fessin, Thiago Andrade, Saldanha. e Caíque.

Que a estratégia escolhida seja a melhor e que o Bahia chegue para o duelo contra o Botafogo, na abertura do Brasileiro (entre os dias 8 e 10 de agosto), com títulos e boa rodagem. Nível físico e ritmo de jogo serão fundamentais no nacional. 

publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 16.07.2020 

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