sábado, 7 de julho de 2007

O time do Bahia para Série C

Leandro Silva

Goleiros:
A irregularidade de Paulo Musse assustava a torcida no primeiro semestre. Ainda no Campeonato Baiano, o goleiro Marcio Angonese chegou, mas teve poucas oportunidades de mostrar que poderia ser O goleiro titular. Para a Série C, chegou o experiente goleiro Sérgio, com muitos anos de Palmeiras. Sérgio pode ser muito importante nessa Série C.

Zagueiros:
O grande problema do Bahia no primeiro semestre foi a sua defesa, ou a falta dela. Apenas um zagueiro se destacou: Rogério, e na verdade ele atuou improvisado durante todo o primeiro semestre, pois a sua posição real é a cabeça da área. O veterano Emerson, com passagens por Vitória e Grêmio, foi bem na Série C do ano passado, mas ainda não conseguiu se destacar neste ano. Mas foi mantido no elenco.

O Bahia contratou dois zagueiros para a disputa da Série C, para tentar resolver esse problema. Alisson e Cleber Carioca. Alisson parece ser o novo dono da posição e vem agradando nos primeiros amistosos. Cleber Carioca chegou cercado de muita expectativa mas já perdeu a posição de titular nos amistosos por não agradar.
Quem pode ser titular, enfim, é o garoto Eduardo, que se destacou na Taça São Paulo deste ano. Na competição, o garoto jogou como volante e foi um dos grandes destaques do time na competição. Esteve envolvido numa possível negociação para a Holanda e talvez por isso não tenha sido aproveitado no time principal.

Lateral-direita:
O lateral Carlos Alberto, ex-Atlético-PR, foi uma das melhores peças do Bahia no primeiro semestre. Mas acabou se envolvendo em casos de indisciplina e foi afastado do grupo principal, duas vezes. O segundo afastamento parecia definitivo, por isso o Bahia trouxe de volta Luciano Baiano que fez uma ótima Série C pelo clube em 2006. Depois, o lateral pediu desculpas e voltou à titularidade

Lateral-esquerda:
O lateral Ávine era tido como uma das principais promessas do clube. Mas o excesso de dribles e uma certa falta de compromisso fizeram com que perdesse a posição de titular e a paciência da torcida na última Série C. No Campeonato Baiano foi reserva de Victor Boleta, mas atuou bem quando teve chances. Nos amistosos de preparação para a Série C jogou na meia esquerda e teve atuações elogiadas.
Para brigar pela posição, chegou Adilson, ex-Marília. Também teve boas atuações nos amistosos

Volantes:
Na maior parte do primeiro semestre dois volantes foram titulares: Humberto e Fausto. O primeiro teve uma queda de nível no final do Campeonato Baiano e pode começar a Série C sem a posição de titular. Fausto chama pouca atenção mas teve grandes atuações no ano. Emerson Cris parece ser o homem de confiança do técnico Arturzinho e deve ser o dono de uma das duas, ou três, posições de volantes.

Marcone está disputando o Mundial sub-20 pela seleção brasileira e é um jogador que Arturzinho parece confiar. É o coringa do elenco. Já jogou de lateral-direito e zagueiro mas a sua praia mesmo é a cabeça de área onde teve a melhor atuação do ano, no Maracanã, contra o Fluminense. Foi um dos principais destaques do Bahia no Brasileiro sub-20 do ano passado, em que o Bahia foi eliminado nas semifinais pelo Grêmio.

Dudu, também, sempre é utilizado durante as partidas, também já atuou como lateral-direito. Se a zaga conseguir se acertar sem Rogério, um dos melhores jogadores do elenco tricolor, ele pode ganhar a titularidade na sua posição de origem.

Meias:
Alguns destaques do time jogam nessa posição. Principalmente os dois Danilos. Danilo Rios, de 19 anos, é o xodó da torcida tricolor. Sua habilidade com a perna esquerda chama atenção e ele deve, enfim, se firmar com a camisa 10. Na direita, Danilo Gomes deve ser o dono da posição.

Quando subiu para o time profissional, em 2003, tudo indicava que Danilo seria um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Por causa de excesso de individualismo, e alguns casos de indisciplina, se queimou no clube, mas acabou se transferindo para o Internacional. Foi bem, no início por lá e acabou indo para o Japão, logo depois foi para o México, onde se tornou ídolo do Atlas. Depois foi para o Cruz Azul e neste ano retornou ao Bahia. Desde que voltou, não repetiu os casos de disciplina. A torcida espera que tenha colocado a cabeça no lugar. Deve ter uma seqüência maior como titular depois da saída de Rafael Bastos.

O meia canhoto Cléber chegou com moral ao Vitória, mas não conseguiu repetir as boas atuações dos tempos de Portuguesa. Confiando no seu passado, o Bahia resolveu contratá-lo. Terá que lutar pela posição com o xodó da torcida, Danilo Rios.

Para completar, ainda tem pela direita, Inho Baiano, revelação do Campeonato Baiano deste ano pelo Poções, e Ananias, que teve destaque na Copa São Paulo deste ano. Pela esquerda, ainda tem Tiago Neiva, de 19 anos, com passagem pelo Benfica, que teve boas atuações no Campeonato Baiano de profissionais e de juniores, além de Elias, que não renovou o empréstimo ao Vasco.

Atacantes:
O paraense Nonato é o maior artilheiro do século XXI pelo Bahia, com mais de 100 gols. Depois do Bahia teve destaque na Coréia do Sul, uma passagem um pouco apagada pelo Goiás e uma conturbada e rápida passagem pelo Fortaleza. Ele é o típico jogador que divide a torcida. Boa parte o adorava pelos seus gols. Outra parte reclamava dos seus gols perdidos ou da sua indisciplina. Nessa sua volta, uma nova preocupação: o seu peso. Mas seu faro de gol permaneceu afiado nos amistosos e na final da Taça Estado da Bahia.

Neto Potiguar é outro revelado pelo Bahia que correu o mundo e volta para tentar subir o Bahia. Jogou no Japão, São Caetano, Marília e Gama. Teve destaque no Gama e muito se espera dele nessa volta. Se repetir as suas grandes atuações da primeira fase da Série B de 2004, o Bahia terá feito um grande negócio em apostar na sua volta.

Moré foi o principal jogador do Bahia em boa parte do primeiro semestre. Depois de um suposto interesse de Goiás e Santos no seu futebol, não conseguiu repetir mais as grandes atuações. Está machucado. Se voltar à boa fase dará dor de cabeça para Arturzinho escalar o time titular.

Ednei virou ídolo do Bahia pelo que fez com outra camisa: do Colo Colo, de Ilhéus, no Campeonato Baiano do ano passado, em que virou carrasco do Vitória. No Bahia, sofre com seguidas lesões desde a primeira fase da Série C do ano passado. Mas a torcida demonstra continuar torcendo e confiando no seu futebol.

Harley foi contratado pelo Bahia depois de duas grandes atuações pelo Itabaiana contra o clube na Copa do Brasil. Já teve boas atuações com a camisa tricolor no Campeonato Baiano e é uma importante peça no elenco.

Amauri é o velocista do time. Arma importante para os segundos tempos, Amauri já conseguiu mudar algumas partidas com seu futebol voluntarioso. Técnica não é o seu forte. Tenta compensar com entrega total. Deve ser presença constante no banco. Charles não deve ter tantas chances por conta da forte concorrência.

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