O Bahia teve mais finalizações que o São Paulo. O placar do Morumbi, entretanto, marcou 3 a 0 para o time paulista. Tudo por causa dos erros individuais dos jogadores do Bahia e também da arbitragem. O jogo começou tão frio quanto o clima local, até que Juan deu uma arrancada, Marcos errou ao ir de vez, deixou o lateral livre e Diones teve que fazer a falta. Na cobrança, Rogério Ceni bateu por cima da barreira, mas Titi colocou o braço. Pênalti convertido por Ceni.
O Bahia melhorou no jogo e ficou próximo do empate, quando o volante Rodrigo Caio, improvisado na zaga, meteu a mão na bola dentro da área. Pênalti, mais claro do que o de Titi, mas ignorado pela arbitragem. Depois, o tricolor continuava pecando nas finalizações e parecia próximo do empate. Até que o time teve uma boa oportunidade em cobrança de falta na lateral da área, mas Marcos cobrou mal, a defesa rebateu, a bola sobrou para Ávine, que errou e perdeu a bola para Dagoberto, que arrancou até a área e deu uma cavadinha, ampliando.
No segundo tempo, o Bahia teve duas boas chances para diminuir o placar, mas Titi errou e deu um presente para Lucas, que fez o terceiro do São Paulo, logo no início do segundo tempo. O Bahia continuou tendo boas chances durante o restante da partida, mas não conseguiu diminuir. Rogério Ceni fez uma das melhores defesas dele nos últimos anos em uma cabeçada de Lulinha. Foi o pior resultado tricolor nesta volta à Série A e tem apenas dois pontos a mais que o Avaí, que está na zona de rebaixamento.
São Paulo: Rogério Ceni, Ivan Piris, Rodrigo Caio, Rodholfo e Juan; Wellington, Denilson, Carlinhos Paraíba (Cícero) e Rivaldo (Ilsinho); Dagoberto (Fernandinho) e Lucas.
Bahia: Marcelo Loma, Marcos, Paulo Miranda, Titi e Ávine (Gabriel); Fahel, Fabinho, Diones (Ricardinho) e Lulinha; Jobson e Reinaldo (Júnior).
Em um jogo em que ambas as equipes passaram longe de jogar bem, a diferença foi clara: o São Paulo não errou e o Bahia errou muito. Aliás, o mérito são-paulino foi justamente se aproveitar de cada falha dos baianos, que, por sua vez, não demonstraram ambição alguma para aproveitar o fato de terem um homem a mais por 35 minutos.
ResponderExcluirRogério esteve numa noite boa, mas dizer que essa foi uma das suas maiores defesas dos últimos anos, me perdoe a sinceridade, é mostrar que não vem acompanhando sua carreira. Só na partida contra o Ceará (2x0, no PV, 4ª rodada), ele fez pelo menos 5 defesas muito mais difíceis que a de hoje. Não fossem as falhas claras contra Corinthians e Botafogo, seu campeonato poderia ser considerado irrepreensível até aqui.
Pelo lado dos paulistas, Rhodolfo foi disparado o melhor nome em campo (aliás, ao lado do vascaíno Dedé, ele é hoje o melhor zagueiro do país). Enquanto esteve aceso (no primeiro tempo), Dagoberto foi o jogador mais perigoso do time. No Bahia, Jobson brigou sozinho na frente - já que Reinaldo parecia estar com a cabeça em Salvador - e Fabinho foi bem ao vigiar um sonolento Rivaldo. Júnior entrou afim de jogo e mostrou (como já havia feito em outras rodadas) que deve ser o titular da posição. Convenhamos, muito pouco para um time de Série A, que podia dar, aos poucos, oportunidades a alguns bons jovens valores (Madson, Dodô, Nikão e Rafael, principalmente). No entanto, Renê Simões não parece ter a ousadia necessária para isso.
A propósito: foi pênalti do Rodrigo Caio. E a expulsão do Piris foi injusta, já que ele não deveria ter tomado o amarelo no primeiro tempo. Em suma: a arbitragem foi ruim - como de praxe no Brasileirão - mas não justifica a atuação abaixo da crítica do tricolor baiano, que, jogando assim, teria perdido para a maioria dos outros 19 times da Série A.
Muito boa a análise do que foi o jogo, Minicrítico. Quanto a Rogério Ceni, eu não disse que tinha sido a melhor atuação dele nos últimos anos. Vi outras grandes partidas, principalmente contra o Ceará. Ali, ele salvou muito mais, porque foi muito mais exigido também. Eu me referi à defesa que ele fez na cabeçada de Lulinha. E continuo achando que foi uma defesaça. Uma das melhores dele nos últimos anos.
ResponderExcluirA arbitragem foi ruim, mas a não marcação daquele pênalti prejudicou muito mais ao Bahia porque a expulsão de Piris aconteceu depois que o time baiano já estava derrotado, entregue. E o pênalti aconteceu quando o São Paulo vencia por apenas 1 a 0. O segundo gol do time paulista, por exemplo, saiu em um lance em que o Bahia estava todo exposto. Se estivesse empatando, não estaria desarrumado daquele jeito.
Muito obrigado pela visita. E apareça mais vezes para termos discussões interessantes como essa.