sábado, 30 de agosto de 2014

Site da Uefa coloca Talisca entre 10 jovens que podem brilhar na Liga dos Campeões da Europa

O site oficial da Uefa listou o baiano Anderson Talisca, revelado pelo Bahia, entre os 10 jovens que podem brilhar na atual edição da Liga dos Campeões da Europa. O meio-campista canhoto vestirá a camisa 30 do Benfica, que caiu em uma chave equilibrada na fase de grupos da competição, junto com Monaco, Zenit e Bayer Leverkusen. 

"O Benfica deposita grandes esperanças no jovem que este ano foi contratado aos brasileiros do EC Bahia. O jogador de 20 anos pode alinhar no meio-campo ou no apoio ao ponta-de-lança e já se destacou pela velocidade, eficácia no passe e forte remate de pé esquerdo".

Os outros jogadores listados foram:
Raheem Sterling, atacante, Liverpool

Juan Iturbe, meia, Roma

Serge Aurier, lateral-direito, PSG

Geoffrey Kondogbia, volante, Monaco

Saúl Ñíguez, meia, Atlético de Madrid

Pierre Højbjerg, meia, Bayern de Munique

Luca Zuffi, meia,  Basel

Rúben Neves, volante, Porto

Mahamadou-Naby Sarr, zagueiro, Sporting Lisboa

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Histórico - Inter 0x2 Bahia

O Beira-Rio vai ser eternamente um local de ótimas lembranças para o Bahia, por causa de um 0 a 0 mágico, que garantiu a segunda estrela tricolor. Aquele triunfo já teria valido por todos, mas o retrospecto do Esquadrão no local nunca foi dos melhores. A única vez que tinha vencido no estádio foi justamente dois dias depois daquele mágico empate, no dia 21 de fevereiro de 1989, por 2 a 1, pela Libertadores. 

E, agora, 25 anos e meio depois, novamente em uma estreia por competição continental, o Bahia desafiou o improvável para fazer história. Com escalação nova e uma postura diferente, o tricolor não se encolheu diante do Colorado. Soube estudar o adversário, conter o ímpeto inicial e ir na boa. Com uma marcação forte, mas sem destruir, apenas por destruir, como estava sendo, o Bahia tomou conta do jogo e poderia ter levado até uma vantagem maior para a segunda partida. Um pênalti claro em Henrique foi ignorado pela arbitragem, que também inventou um impedimento em chance clara de gol.

Apesar dos erros, ficou claro que não havia má vontade da arbitragem com relação ao Bahia. Se houvesse, teriam encerrado a jogada de Henrique no lance do segundo gol, marcado por Diego Macedo. A bola não saiu pela linha de fundo, mas se fosse uma arbitragem menos isenta, certamente, Dida estaria cobrando tiro de meta logo em seguida. 

O jogo serviu como redenção para alguns jogadores, como Henrique, que fez sua melhor apresentação com a camisa do clube. Enfim, o atacante de destaque na seleção sub-20 resolveu dar as caras no Bahia. Diego Macedo, jogando no meio de campo, também teve boa atuação e o gol serviu para se redimir  de problemas internos. 

Autor do primeiro gol, Lucas Fonseca ainda não tinha balançado as redes desde que chegou ao Bahia em 2012. Suas atuações mais recentes já estão fazendo esquecer a sua má fase do início do ano e trazendo as lembranças de suas atuações seguras em 2012 e 2013. Foi importante também ver Rafinha voltar a iniciar um jogo, depois de ter ficado para escanteio. Rhayner, mais solto, também se destacou quando entrou em campo. E Emanuel Biancucchi segue crescendo jogo a jogo. 

Inter 0x2 Bahia - Lucas Fonseca e Diego Macedo
Inter: 1 Dida, 28 Cláudio Winck, 25 Paulão, 14 Ernando e 16 Alan Ruschel; 21 Ygor (18 Leandro), 5 Wellington, 20 Aránguiz e 12 Alex (19 Alan Patrick); 29 Valdívia e 9 Wellington Paulista.
Bahia: 1 Marcelo Lomba, 22 Roniery, 14 Lucas Fonseca, 4 Titi e 6 Pará;  5 Rafael Miranda, 8 Léo Gago, 25 Diego Macedo (7 Fahel) e 17 Emanuel Biancucchi (11 Rhayner); 29 Rafinha (16 Guilherme Santos) e 19 Henrique.

Minha seleção da Copa do Mundo 2014


Keylor Navas - Costa Rica
Lahm - Alemanha
Kompany - Bélgica
Hummels - Alemanha
Blind - Holanda
Mascherano - Argentina
James Rodriguez - Colômbia
Robben - Holanda
Thomas Müller - Alemanha
Lionel Messi - Argentina
Benzema - França

A formação ficou totalmente ofensiva. Para ajudar Mascherano na proteção à zaga, colocaria Schweinsteiger no lugar do compatriota Müller.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Duas formas de analisar a lista de Felipão

Existem pelo menos duas formas de analisar uma convocação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo: uma, pelo que as presenças ou, principalmente as ausências, de determinados jogadores podem prejudicar o desempenho da equipe no Mundial; e a outra, é pela vontade de vermos alguns jogadores preferidos presentes na lista ou pelo desejo de ver alguns que não gostamos fora dela. 

Pela primeira forma, considero que a convocação de Luis Felipe Scolari foi bem feita. Ao contrário daquela de 2002 (O título não me convenceu até hoje de que o desempenho não teria sido ainda melhor com a presença de Romário na equipe). 

Analisando pela segunda maneira, entretanto, a lista dá espaço para discussões. Como sempre dará por sinal quando analisada desta forma, por ter um caráter muito mais subjetivo e até sentimental. Mas um fator que indica que a convocação foi bem feita sob o ponto de vista da influência sobre o resultado é que as maiores discussões são sobre jogadores que provavelmente nem precisarão estar em campo, como a quarta opção para a zaga, ou algum lateral, meia ou atacante reserva.

É preciso analisar também qual a estratégia utilizada pelo treinador. Nesse primeiro momento, a discussão está voltada para 23 nomes, mas logo em breve, com o início dos treinamentos, passará para a escolha dos 11 titulares, que me parecem já estar definidos por Scolari, mantendo os mesmos da Copa das Confederações. E acredito que nenhum treinador gosta de ter no banco jogadores que ele sabe que acabarão representando uma pressão popular ou da mídia pela inclusão nos titulares. 

Nós sabemos que muitas vezes essa pressão não se limita ao pedido ou a exaltar as qualidades do reserva, mas evolui para uma perseguição ao titular. É natural. No ano passado, durante a Copa das Confederações, por exemplo, Scolari experimentou isso com as vaias e constantes questionamentos sobre a qualidade de Hulk, que na verdade eram um disfarce utilizado pela campanha em prol da titularidade de Lucas. O que acabou prejudicando tanto Hulk, que parecia com a confiança abalada, quanto ao próprio Lucas, muito ansioso querendo justificar a cada lance a pressão exercida em seu nome. 

Pior para Lucas, que parece ter ficado de fora da Seleção justamente por representar uma ameaça ao titular. Eu teria levado. Considero melhor do que Bernard, por exemplo. Acredito que Scolari pensou exatamente isso quando não levou Romário 12 anos atrás. Ele parece ter se convencido pelo trio Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo e não quis ter uma sombra tão pesada quanto a do Baixinho no banco que acabasse fazendo com que a torcida pegasse no pé de um dos três. Parece ser a mesma ideia de Sabella ao abrir mão do talento de Carlitos Tévez. Ele tem a convicção no trio Messi, Aguero e Higuaín. E sabe que a torcida faria pressão pela entrada do ídolo. É uma estratégia arriscada, porque se um deles for desfalque, Tévez teria muito mais condições de chamar a responsabilidade do que Palácio, Lavezzi, Icardi ou qualquer outro convocado.

Claro que no Brasil hoje não tem ninguém com o peso de Romário em 2002, ou de Tévez agora. Aquele que teria, Ronaldinho Gaúcho, ajudou Scolari ao fazer uma péssima temporada. Estivesse ele jogando o que jogou em 2013 e a pressão agora seria comparável à de doze anos atrás. E acredito que, ainda assim, Felipão não o levaria para proteger os seus titulares. 

Por esse pensamento, entendo a convocação de Henrique, como quarta opção para a zaga. Ele sabe que quase ninguém irá fazer campanha para a sua entrada à menor falha de Thiago Silva ou David Luiz. Ao contrário de Miranda, que tem sido muito elogiado em todo o mundo. Dante até representa uma sombra maior, mas fica na conta das "descobertas" de Felipão. Se ele for titular e tiver um bom desempenho, Scolari comemorará o fato de ter sido o primeiro a levá-lo para a Seleção.

Confesso que eu usaria estratégia parecida com a de Scolari no caso da lateral-direita. Sei que Maicon é o segundo melhor lateral-direito disponível, mas sei também que ele costuma contar com o apoio da imprensa, que vive pedindo a sua titularidade e pegando no pé do titular por conta disso. Como sou fã de Daniel Alves, levaria outro lateral que não representasse uma ameaça ao baiano. 

Na esquerda, eu teria levado Filipe Luís ao invés de Maxwell. E essa convocação ainda busco entender. Felipão levou Filipe para a Copa das Confederações, e inclusive o colocou para treinar como titular, quando o lateral ainda nem tinha tanto destaque. Agora, em evidência, sendo uma das armas de Simeone no Atlético de Madrid, líder do espanhol, e finalista da Liga dos Campeões, o deixou de fora. Só posso imaginar que ele tenha tido alguma atitude que desagradou o treinador durante a Copa das Confederações. Talvez não tenha lidado bem com a reserva.

Também levaria Phillipe Coutinho ao invés de Hernanes, Lucas, ao invés de Bernard, Arouca, ao invés de um dos laterais, e Robinho, ao invés de Jô. Resumindo, não gostei da convocação, mas acredito que não irá interferir de modo tão direto para o resultado na Copa. 

Goleiros:
Júlio César (Toronto-Canadá)
Jefferson (Botafogo)
Victor (Atlético Mineiro)
Laterais-direitos:
Daniel Alves (Barcelona-Espanha)
Maicon (Roma-Itália)
Laterais-esquerdos:
Marcelo (Real Madrid-Espanha)
Maxwell (PSG-França)
Zagueiros:
Thiago Silva (PSG-França)
David Luiz (Chelsea-Inglaterra)
Dante (Bayern de Munique-Alemanha)
Henrique (Nápoli-Itália)
Volantes:
Luiz Gustavo (Wolfsburg-Alemanha)
Paulinho (Tottenham-Inglaterra)
Fernandinho (Manchester City-Inglaterra)
Ramires (Chelsea-Inglaterra)
Meias:
Oscar (Chelsea-Inglaterra)
Willian (Chelsea-Inglaterra)
Hernanes (Internazionale de Milão-Itália)
Bernard (Shakhtar Donetsk-Ucrânia)
Atacantes:
Neymar (Barcelona-Espanha)
Hulk (Zenit-Rússia)
Fred (Fluminense)
Jô (Atlético Mineiro)

terça-feira, 6 de maio de 2014

Poupar é preciso

Li hoje que o Bahia irá com força máxima na partida de ida da segunda fase da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, em Minas, contra o América, contando apenas com os desfalques de Rhayner, Guilherme Santos e Diego Macedo, por lesões, além de Roniery (substituto de Diego, por já ter atuado na Copa do Brasil. Seria uma boa notícia caso o Tricolor não tivesse um jogo muito mais importante pelo Brasileiro no domingo, o quinto Ba-Vi do ano.

Outro fator que me faz temer algum desfalque e acreditar que o melhor caminho seria colocar a equipe reserva é que os quatro jogadores de frente do Bahia - Lincoln, Talisca, Rhayner e Maxi -, fundamentais para que o esquema de jogo esteja funcionando, parecem estar sempre no limite físico.  Uma prova disso é que, em praticamente todo jogo, tenham que ser substituídos. Por isso, não colocaria nenhum deles em campo.

Minha opção por escalar os reservas na partida ainda é justificada por ser uma oportunidade de ver em campo alguns jogadores que não têm atuado. O que faria com que eles estivessem muito mais focados no jogo do que os próprios titulares, que devem estar com a cabeça na Fonte Nova. Portanto, não seria uma estratégia voltada para o Ba-Vi, mas também para o próprio embate em Minas.

Por isso, falei com meus irmãos no grupo do Whatsapp: "eu escalaria o time de amanhã com Lomba, Railan, Lucas Fonseca, Anderson Conceição e Raul; Rafael Miranda, Pittoni, Hélder e Emanuel Biancucchi; Rafinha e Henrique. Meus irmãos concordaram e Renato ainda completou: "esse time é melhor do que alguns recentes do Bahia". 

Portanto, eu não teria dúvida.

Drogba revolucionário - o poder do futebol e a importância de um ídolo que sabe dar exemplo

Sou muito fã de do marfinense Didier Drogba, mas confesso que não tinha conhecimento sobre um fato emblemático sobre a sua importância para Costa do Marfim até ler no Lado B da Copa, do site da ESPN, a matéria "Drogba, o craque que mudou um país com um discurso de 76 segundos", de Guilherme Nagamine, André Donke e Jean Pereira Santos, que fala sobre a influência direta de um discurso realizado pelo atacante do Galatasaray, em 2005, logo após a classificação da seleção para a primeira Copa do Mundo, para a paz na Costa do Marfim. É sempre bom ver o poder do futebol e a importância dos ídolos que sabem dar exemplo.
 
Compartilho o discurso aqui, mas não deixe de ler o excelente texto no site da ESPN.

"Homens e mulheres do norte, do sul, do leste e do oeste, provamos hoje que todas as pessoas da Costa do Marfim podem co-existir e jogar juntas com um objetivo em comum: se classificar para a Copa do Mundo.

Prometemos a vocês que essa celebração irá unir todas as pessoas.

Hoje, nós pedimos, de joelhos: Perdoem. Perdoem. Perdoem.

O único país na África com tantas riquezas não deve acabar em uma guerra. Por favor, abaixem suas armas. Promovam as eleições. Tudo ficará melhor.

Queremos nos divertir, então parem de disparar suas armas. Queremos jogar futebol, então parem de disparar suas armas.Tem fogo, mas os Malians, os Bete, os Dioula... Não queremos isso de novo. Não somos xenófobos, somos gentis. Não queremos este fogo, não queremos isto de novo."


domingo, 13 de abril de 2014

A saga do título baiano - 45 vezes Bahêa

Dois anos atrás, quando o Bahia conquistou o seu 44º título baiano, escrevi neste blog um texto que dizia que aquele não era um título qualquer. E listava argumentos que justificavam essa ideia. O principal, lógico, era que findava um enorme jejum. Pois agora percebo que qualquer título tem os seus diferenciais. E, mais uma vez, o Esquadrão conquista um título especial e memorável. Dessa vez, o principal motivo é evidente: foi o primeiro estadual após toda mudança política e administrativa que aconteceu em 2013.  São 45 títulos estaduais na galeria do bicampeão brasileiro.

Mais que isso, se em 2012, após tamanho jejum, o título só poderia vir daquela forma sofrida, o troféu veio agora marcado pela inquestionável superioridade (curiosamente, em 2012, o tricolor chegou com vantagem às finais, ao contrário de agora). O Bahia foi muito superior nos clássicos do Campeonato e, não fosse o tropeço na estreia contra o Galícia, teria sido campeão invicto.

Para mim, o título foi muito importante também por causa da minha participação. Em 2012, acompanhei os emocionantes jogos da decisão pela TV. Na verdade, desde 2001, quando o Bahia conquistou o Campeonato do Nordeste, na antiga Fonte Nova, contra o Sport, com o inesquecível golaço de Preto, eu não ia, por inúmeros motivos, a uma final de campeonato. Na realidade, nos últimos anos, todos os Ba-Vis que fui, foram a trabalho. E estive invicto. Foi então que, pouco antes do primeiro Ba-Vi da Fonte Nova no ano, eu comentei a meu pai que nunca mais ele tinha ido pra os clássicos e sempre que a gente ia junto, saía comemorando o triunfo. Emendei, prontamente, que a gente tinha que ir naquele Ba-Vi para resgatar aquele retrospecto. 

A confirmação da nossa participação, entretanto, só se deu em cima da hora, como uma arma secreta guardada do treinador Marquinhos Santos. Fomos eu, meu pai e minha esposa para o setor leste, enquanto meu irmão, Lucas, foi para o oeste com a noiva. Suamos, literalmente, a camisa pelo triunfo, porque o sol daquele lado do estádio é mais implacável do que Rhayner, que abriu o marcador. Lincoln completou o 2 a 0, com direito a lepo lepo. E como foi bom ver meu pai, todo feliz, vibrando com mais um triunfo. Lembrei dos tempos de criança, os primeiros Ba-Vis que fui com ele na década de 1980 e 1990.

Quando veio a decisão, o argumento já estava pronto. "Temos que ir para fazer a nossa parte para garantir o título". Estava disposto até a encarar novamente o sol inclemente do leste, para manter o que deu certo no clássico anterior, mas, pela internet, só consegui achar ingresso para o oeste. Busquei então, na lembrança, todo o retrospecto favorável daquele lado, que sempre foi o nosso lado, na antiga Fonte. Ingressos, meu e dele, impressos, liguei fazendo a convocação oficial para o jogo. A torcida organizada sofria desfalques, minha esposa, Lucas e a noiva não poderiam ir. Meu amigo André, que iria reforçar a torcida, foi desfalque de última hora, por problemas na coluna.

A bola rolou e o clássico, como sempre, estava tenso. Até que Maxi fez excelente tabelinha com Talisca, que mandou no canto pra fazer com que a gente explodisse na arquibancada. Festa geral e mais lepo lepo. Minha esposa conseguiu reforçar a torcida, chegando atrasada, bem no momento do gol. Meu bandeirão, só recrutado em momentos decisivos, estava a postos. No segundo tempo, a superioridade tricolor era gritante. A expulsão de Uelliton, junto com Hugo, foi preocupante. Mas o gol de Fahel fez a ideia do título soar como certeza. O olé no final foi o camarão no acarajé, para usar uma analogia mais baiana. E necessário. O desgaste foi muito grande e foi o recurso utilizado para manter os 2 a 0.

Agora, teríamos que fazer a nossa parte para garantir o título. Depois de 13 anos, merecíamos voltar a gritar "é campeão", dentro do estádio. Esse foi o argumento utilizado para convencer meu pai. Passei a semana em Irecê, a trabalho. O grupo dos Irmãos no whatsapp me atualizava sobre as notícias. Se estava confiante no título, não tinha tanta convicção na minha presença no estádio. Previa muita confusão para conseguir os ingressos já que o Bahia só teria direito a 3.200, muito pouco para essa imensa torcida.

Cheguei de Irecê, imaginando que teria que me contentar em ver pela TV, mais uma vez. Até que Carlinha, prima de minha esposa, que também estava ansiosa para ir ao jogo, ligou dizendo que estava na fila. Corri para lá. Foram pelo menos cinco horas no sol, mas valeu a pena. Sem confusão, uma turma animada, até o ator Guga Walla estava por lá. Cada saída com o ingresso na mão era, em si, um ato de erguer o troféu com todo orgulho.

Um acontecimento foi emblemático sobre como nos sentimos responsáveis pelo time. Uma senhora, muito idosa, amparada por duas mulheres jovens, tentou passar direto pela fila para comprar os ingressos. Aquilo gerou um certo desconforto em muitos que estavam na fila e desconfiavam que ela não iria comprar para ela mesmo e os verdadeiros compradores dos ingressos passariam na frente de gente que estava desde cedo na fila. O torcedor mais exaltado, entretanto, apresentava outro motivo para a indignação. "Ela não vai vibrar lá no estádio. Só vamos ter 3.200 torcedores. Só pode ir quem for gritar, incentivar e pular durante os 90 minutos. Não podemos abrir mão do incentivo de nenhum torcedor".

A atitude em si não é louvável porque ninguém tem o direito de selecionar os torcedores que vão poder entrar por qualquer critério (a não ser nos casos de proibições por comportamento violento), mas representa bem o quanto o torcedor não subestima a nossa parcela de contribuição para a conquista. Para o estádio, fomos eu, meu pai, minha esposa e Carlinha, além da noiva de meu irmão, que foi para o lado rubro-negro. Lucas estava em um voo para São Paulo naquele momento.

E, em campo, pude ver essa sintonia entre time e torcida. Estávamos, reunidos, lá no canto. E não paramos de cantar e incentivar. O árbitro estava péssimo, complicando nas marcações contra o tricolor. O que já começava a me preocupar. Por isso, quando Talisca pegou para cobrar uma falta pelo lado da área, bati no ombro de meu pai e disse: o gol tem que sair agora pra tranquilizar.

Falar de maiores emoções que já sentimos com o Bahia é até complicado. São tantas. Mas o gol de cabeça de Fahel, aproveitando a cobrança de Talisca, abrindo o placar, ainda no primeiro tempo, certamente, entrou para o ranking das maiores que já senti. Passei, pelo menos, uns cinco minutos depois tentando voltar a respirar normalmente. Ou próximo do normal, pois não teria como regularizar por completo naquele cenário. Mais uma vez eu digo, olhar para o lado e ver meu pai tão feliz daquela forma é e sempre será um dos maiores presentes que posso ganhar.

Eu estava tão convicto do título que no segundo gol, de Lincoln, a emoção nem foi comparável ao do primeiro. Agora seria só administrar, mas acho que o time administrou demais e acabou cedendo o empate, deixando de vencer mais um clássico em que foi absurdamente superior. Valeu. Quando o árbitro encerrou a partida, nem o gás de pimenta que alguém disparou contra nós conseguiu diminuir a nossa festa. É campeão. Por 45 vezes e quantas mais vierem. Mais um, Bahêa!!!

Espetáculo e passo decisivo para o título

Sempre assisto a jogos pelos campeonatos nacionais da Europa e da Argentina durante os finais de semana. Procuro variar os times que acompanho, mas nessa temporada sempre tenho me programado para assistir aos jogos de uma equipe em especial: o Liverpool, e não tenho me decepcionado. Os jogos são sempre bons. Têm sido massacres ou embates carregados de emoção. É o velho ideal do "joga e deixa jogar".

E a partida de hoje, uma verdadeira decisão, contra o Manchester City, não fugiu a essa regra. Quando começou, parecia que a chave estava virada para o modo massacre. O jovem Sterling, em mais uma excelente atuação, fez um golaço, logo no início. O segundo gol nasceu de cabeçada de Skrtel, depois de cobrança de escanteio perfeita de Gerrard. O Liverpool poderia ter goleado já na primeira etapa.

Poderia. Como não matou o jogo, a chave foi modificada para o modo emoção. O time não repetia a atuação incrível do primeiro tempo e o Manchester City cresceu no jogo, sufocando. David Silva logo diminuiu e depois o Manchester chegou ao empate em chute desviado por Glen Johnson, que atrapalhou Mignolet. Toda a vantagem construída em uma primeira etapa quase perfeita foi arruínada e restava ao Liverpool aparentemente minimizar os danos e segurar pelo menos o empate, afinal o cenário era favorável a uma virada. Foi então que Philippe Coutinho desequilibrou com um golaço que coroou uma atuação memorável. Um gol com cara de gol do título.

Título inglês que o Liverpool não conquista desde 1990. Estou na torcida pelo fim desse jejum há alguns anos. A esperança, entretanto, costumava sair de campo logo no início das temporadas. Minha identificação com o clube cresceu bastante em 2005, quando li uma entrevista de Steven Gerrard, um jogador que admiro muito, falando que o seu time não tinha chances de conquistar a Liga dos Campeões da Europa porque estava um nível abaixo dos poderosos oponentes que restavam ainda na fase de oitavas (ou quartas). Gostei daquela sinceridade, mas torci para que eles conseguissem contrariar essa lógica. E eles conseguiram contrariar o prognóstico dado pelo seu principal jogador, com muita raça e dedicação, conquistando a taça, em final inesquecível contra o Milan. 

O time de agora é marcado por um futebol ofensivo e envolvente, mas não deixa a raça de lado. Todos os jogadores parecem entender que não existe bola perdida. Peças fundamentais do ponto de vista técnico, Luis Suárez e Steven Gerrard também servem como ícones dessa entrega total. O primeiro, artilheiro do time, não foge de uma dividida e faz questão de participar do jogo o tempo todo. O segundo, capitão e bandeira do time, deixou de lado qualquer vaidade para recuar e passar a ser o primeiro volante, o mais marcador e dar um exemplo para todos os companheiros.

Liverpool 3x2 Manchester City
Liverpool: Simon Mignolet, Glen Johnson, Martin Skrtel, Mamadou Sakho e John Flanagan; Steven Gerrard, Jordan Henderson e Philippe Coutinho (Victor Moses); Raheem Sterling (Lucas Leiva), Luis Suárez e Daniel Sturridge (Joe Allen).
Manchester City: Joe Hart, Pablo Zabaleta, Vincent Kompany, Martín Demichelis e Gael Clichy; Fernandinho, Yaya Touré (Javi García), Jesus Navas (James Milner), Samir Nasri e David Silva; Edin Dzeko (Sergio Agüero).

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Alessandro Diamanti - Itália

 

O meia canhoto Alessandro Diamanti acertou hoje a sua transferência do Bologna para o Guangzhou Evergrande, da China. Em ano de Copa, parece ter sido uma movimentação de mercado perigosa para o jogador italiano, que pode comprometer a sua participação no Mundial, mesmo tendo deixado boa impressão na Copa das Confederações do ano passado, quando enfrentou a Seleção Brasileira na primeira fase e ainda marcou um golaço de falta na disputa de terceiro lugar contra o Uruguai.

Os bons chutes, tanto em bola parada quanto rolando, inclusive, representam um dos pontos fortes do jogo do italiano, que tem o bom passe e a boa chegada ao ataque como outras virtudes. Apesar de já ter completado 31 anos na época da Copa do Mundo, Diamanti não tem tanta experiência na seleção italiana, afinal só foi convocado pela primeira vez em 2010, depois do Mundial da África do Sul.

De lá para cá, entrou em campo 17 vezes com a camisa da Squadra Azzurra e se tornou um jogador importante para o elenco. Precisa torcer para se manter nos planos de Prandelli, mesmo com a mudança de continente. Sua decisão em mudar de clube também pode ter a ver com a péssima campanha do Bologna, que tem apenas 18 pontos em 22 rodadas, apenas um ponto à frente da zona de rebaixamento. 
Apesar disso, o seu desempenho continuava sendo satisfatório, tendo marcado cinco gols e estando entre os maiores garçons da competição. Em duas temporadas e meia foi ídolo da torcida do Bologna, graças aos seus gols e passes certeiros. A ida para a China faz aumentar a lista de destinos deste cigano. Antes do Bologna, já havia jogado profissionalmente por outras oito agremiações.

O início foi com a camisa do Prato, que o emprestou para outros quatro times (Empoli, Fucecchio, Fiorentina e AlbinoLeffe). A carreira começou a engrenar mesmo na temporada 2007/2008, quando chegou ao Livorno. Lá ele ficou duas temporadas e marcou 24 vezes. Com o desempenho, chamou a atenção do West Ham e atuou fora do país pela primeira vez, na temporada 2009/2010. 

A passagem pelo futebol inglês não demorou e ele retornou à Itália na temporada seguinte para defender as cores do Brescia. Mesmo sendo rebaixado, foi nessa temporada que Diamanti chegou à seleção italiana. Após o campeonato se transferiu para o Bologna, onde estava até hoje.

Nome: Alessandro Diamanti
Posição: meia
Clube: Guangzhou Evergrande - China
Clubes anteriores: Prato, Fiorentina, Livorno, West Ham, Brescia, Bologna
Data de nascimento: 02 de maio de 1983
Gols pela seleção:

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Paul Pogba - França

 

Filho de pais da República da Guiné, Paul Pogba nasceu na França e, embora jamais tenha entrado em campo com a equipe principal de algum clube do País, é esse o país que deverá defender na Copa deste ano. Vestir a camisa azul francesa, entretanto não é nenhuma novidade para ele que defende as seleções de base desde 2008, passando pela sub-16, sub-17, sub-18, sub-19 e sub-20, sempre com destaque e papel de líder.

No ano passado, chegou ao título do Mundial sub-20, disputado na Turquia, com a seleção francesa. Marcou apenas um gol, mas foi o melhor jogador não só da França como do Mundial, vencendo a Bola de Ouro. Sua forte marcação, o poder de desarme, os ótimos chutes de fora da área e a chegada ao ataque chamaram a atenção.

O time contava com outros bons nomes como Kondogbia, Thauvin e Sanogo, mas Pogba deverá ser o único representante da equipe na Copa do Mundo deste ano. O excelente desempenho no Mundial sub-20, disputado entre junho e julho do ano passado, certamente aumentou o prestígio do volante, mas a sua chegada à seleção principal já tinha acontecido em março do mesmo ano, contra a Geórgia, pelas eliminatórias para a Copa. Ainda voltou a campo nos jogos contra Espanha, Bielorrússia e Finlândia pela primeira fase, além dos dois confrontos com a Ucrânia pela repescagem, que garantiu a presença francesa no Mundial deste ano.

Pogba representa uma esperança para os franceses no Mundial não só pelo que anda fazendo com a camisa da seleção, mas, principalmente, pelo que vem jogando com a camisa do seu clube, a Juventus de Turim, assombrando o mundo com atuações impressionantes. Depois de ser contratado, junto ao Le Havre (jogava na base ainda), pelo Manchester United, em 2009, Pogba jogou apenas três partidas pelo Manchester na temporada 2011/2012. 

Já na Juventus, a temporada 2012/2013 foi a da aparição de Pogba, que foi cavando seu espaço, substituindo um titular aqui, outro ali, Pirlo, Marchisio, Vidal, chegando a jogar 37 partidas e marcando cinco gols, sendo fundamental na conquista do título italiano. Na atual temporada, já consolidado como titular, seu desempenho está ainda melhor, e já marcou sete gols em 26 jogos, sendo um dos pilares da excelente campanha do time que segue na liderança do nacional.    

Nome: Paul Labile Pogba
Posição: volante
Clube: Juventus
Clubes anteriores: Manchester United
Data de nascimento: 15 de março de 1993
Gols pela seleção:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Giovani dos Santos - México


Meia-atacante canhoto, veloz, habilidoso. Junte essas qualidades com o visual semelhante ao de Ronaldinho Gaúcho, que estava no auge, no próprio Barcelona, clube do garoto, e está aí uma receita infalível para que os holofotes se voltassem para ele: Giovani dos Santos, mexicano, filho de um ex-jogador brasileiro (Zizinho). Essa altíssima exposição gerou uma cobrança acelerada e, até mesmo exagerada. Talvez por isso, seja sempre chamado de "eterna promessa", mesmo sendo um dos melhores de sua geração.

A exposição começou quando, em 2005, a lado de Carlos Vela e de uma boa equipe, levou o México ao título do Mundial sub-17, vencendo a seleção brasileira na final, por 3 a 0. Não fez nenhum gol na competição, mas se destacou mais do que Vela, que fez cinco e foi o artilheiro da competição. Tanto que ganhou o prêmio de Bola de Prata como segundo melhor jogador do torneio, atrás do meia Anderson, da seleção brasileira, hoje na Fiorentina, e logo à frente do turco Nuri Sahin, hoje no Borussia Dortmund.

Em 2007, voltou a disputar um Mundial de base, dessa vez o sub-20, em que a seleção foi eliminada nas quartas-de-final, pela Argentina. Com três gols marcados e ótimas atuações, voltou a ser premiado. Ganhou a bola de bronze, como terceiro melhor jogador da competição, atrás dos argentinos Sergio Aguero e Maxi Moralez.

Desde o título do Mundial sub-17, foi acompanhado com muita expectativa no Barcelona. Na temporada 2006/2007, atuando pelo Barcelona B, fez seis gols em 27 partidas. Na temporada seguinte, efetivado no elenco principal, fez mais quatro gols em 28 jogos. Não foi suficiente, entretanto, para se firmar no clube, cheio de estrelas, e foi negociado com o Tottenham, onde começou a ser um cigano da bola.
Em quatro anos de contrato com o Tottenham, pouco atuou com a camisa do clube e foi seguidamente emprestado, primeiro para o Ipswich Town, onde marcou quatro gols em oito jogos. Depois, foi para o Galatasaray, onde jogou 14 vezes e não conseguiu se destacar. Depois voltou ao futebol espanhol, ao Racing Santander, onde fez cinco gols em 16 jogos e teve boas atuações.
Foi o bastante para chamar a atenção do Mallorca, também da Espanha. Em uma temporada completa, a 2012/2013, fez seis gols em 29 jogos e deixou boa impressão. O Villarreal, que estava retornando à primeira divisão do futebol espanhol, então, resolveu investir no mexicano, que recebeu a camisa 9 e já balançou as redes nove vezes na atual temporada, sendo titular absoluto e destaque da equipe.

Se o caminho nos clubes foi tortuoso, na seleção, foi mais rápido para Giovani se firmar. Depois de se destacar nos Mundiais sub-17 e sub-20, ele chegou à seleção sob o comando de Hugo Sanchez, em 2007 e estreou em um amistoso, que foi interrompido no intervalo, contra o Panamá. Jogou mais três partidas naquele ano.

No ano seguinte, ainda buscando espaço, fez mais seis jogos. No entanto, foi em 2009 que ganhou realmente destaque no selecionado, marcando, inclusive, seus dois primeiros gols, em um amistoso, em junho, contra a Venezuela. No mês seguinte, deu um grande passo para se consolidar como um destaque da seleção, ao ser escolhido como melhor jogador da Copa Ouro, conquistada pelos mexicanos. Ao todo, no ano, fez cinco gols em 12 partidas.

Em 2010, continuou como titular e destaque da equipe mexicana e disputou sua primeira Copa do Mundo. Junto com Vela, Chicharito e Blanco, passou para a segunda fase em um grupo que tinha os campeões mundiais, Uruguai e França, mas foi eliminado nas oitavas-de-final pela Argentina, em grande atuação de Tévez. No ano, fez apenas um gol em 12 jogos.

No ano seguinte, voltou a conquistar uma Copa Ouro com a seleção mexicana e fez, inclusive, o gol mais bonito da competição, na decisão contra os Estados Unidos. Ao todo, fez cinco gols em 19 partidas pela seleção. Em 2012, voltou a brilhar, agora na conquista da medalha de ouro olímpica, junto com Peralta e Javier Aquino. Começou a competição na reserva, mas logo na segunda partida saiu do banco para marcar os dois primeiros gols do time na competição, no triunfo, por 2 a 0, sobre o Gabão. Virou titular e destaque e ainda voltou a marcar nas quartas-de-final contra Senegal. Ficou de fora da decisão, mas pôde comemorar a conquista contra o Brasil, escrevendo o seu nome mais uma vez na história da sua seleção. Ao todo, fez três gols em seis jogos pela seleção principal.

No ano passado, disputou a Copa das Confederações, sendo titular nos três jogos da primeira fase, mas a seleção mexicana foi eliminada, após perder para Brasil e Itália e vencer o Japão. Não marcou gol em nenhuma das 14 partidas que disputou no ano. A seleção mexicana decepcionou nas eliminatórias e por pouco não ficou fora da Copa, mas tem material humano para dar trabalho para a Seleção Brasileira e passar de fase em um grupo que ainda tem Camarões e Croácia. E Giovani é a principal esperança para isso.
Nome: Giovani dos Santos Ramirez
Posição: meia-atacante
Clube:Villarreal
Clubes anteriores: Barcelona, Tottenham, Ipswich Town, Galatasaray, Racing Santander, Mallorca
Data de nascimento: 11 de maio de 1989
Gols pela seleção: 14

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - André Ayew - Gana

 

Em 2009, Gana conquistou o Mundial sub-20, vencendo, na final, na disputa de pênaltis, uma seleção brasileira que contava com jogadores como Ganso, Alex Teixeira e Alan Kardec. Nenhum dos brasileiros deve estar na Copa, mas o camisa 10 daquela equipe africana, Andre Ayew, confirmou as expectativas e se tornou um destaque também da seleção principal do seu país. 

Naquela campanha, ele fez dois gols, e teve atuações destacadas, mas chamou a atenção também por ser filho do lendário Abedi Pelé. E no ano seguinte ele já conseguiu algo que o pai não conseguiu, disputar uma Copa do Mundo. Com a camisa 13, Ayew foi um dos pilares da grande campanha de Gana, que chegou entre as oito melhores seleções do Mundial. Suspenso, não pôde jogar contra o Uruguai, na épica partida em que os uruguaios levaram a melhor nos pênaltis.

Praticamente quatro anos depois, seu nome é certo para a disputa da segunda Copa do Mundo. Seus poucos gols marcados com a camisa da seleção principal (4), não traduzem a sua importância para a equipe que já defendeu por 47 vezes. Jogando pelos lados do campo, principalmente o esquerdo, Ayew leva muito perigo com a sua velocidade e habilidade

No seu clube, o Olympique de Marselha, da França, sua importância não é menor. Antes de se destacar no Mundial sub-20 de 2009, Ayew já tinha jogado 15 partidas pela equipe principal francesa, na temporada 2007/2008. Depois, passou duas temporadas emprestado para equipes menores para pegar experiência. Fez três gols em 24 partidas pelo Lorient e mais quatro em 26, pelo Arles-Arvignon. 

Depois da Copa de 2010, mais experiente, ganhou a confiança para jogar na equipe principal do Olympique e vem se destacando desde então. Já fez 46 gols e deu 15 assistências em 150 jogos. Já foi campeão da Copa da Liga Francesa duas vezes, em 2011 e 2012. Em 2011, inclusive, ganhou o prêmio de jogador africano do ano da BBC.

Nome: André Morgan Rami Ayew
Posição: Atacante
Clube: Olympique Marseille
Clubes anteriores: Lorient (França), Arles-Arvignon (França)
Data de nascimento: 17 de dezembro de 1989
Gols pela seleção: 4

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Daniel Sturridge - Inglaterra

 Daniel Sturridge é uma das esperanças de gol dos ingleses que caíram em uma chave complicada na Copa, tendo a companhia dos tradicionais Uruguai e Itália. Apesar de só ter marcado dois gols com a camisa da seleção principal inglesa (todos pelas eliminatórias para a Copa, contra San Marino e Montenegro), em nove jogos, o atacante deixa a torcida otimista devido à espetacular temporada que vem fazendo, estando na terceira posição da artilharia do Campeonato Inglês, com 14 gols marcados, atrás apenas do parceiro de ataque Luis Suarez, que tem 23, e de Sergio Aguero, do Manchester City, que fez 15.

No Liverpool, onde chegou em janeiro de 2013, é que o atacante assumiu uma postura de protagonista, principalmente no início da temporada, quando Luis Suarez estava suspenso e ele aproveitou para fazer os gols que colocavam a equipe na liderança. Depois, com a volta do uruguaio, perdeu, naturalmente o status de goleador, mas continua em evidência, como titular e levando muito perigo com seus chutes de canhota. Na semana passada, por exemplo, no clássico contra o Everton, fez dois e só não fez mais porque perdeu um pênalti. Já balançou as redes adversárias 28 vezes em 35 partidas pelo clube.
Situação muito diferente de quando jogava por Manchester City e Chelsea, quando era apenas um jogador de elenco, útil, mas quase sempre ofuscado pelos companheiros. É esse protagonismo que precisa assumir para ganhar espaço na seleção inglesa, onde estreou em 2011 (também jogou a Olimpíada pela seleção britânica e marcou dois gols) e fazer uma grande Copa para coroar uma temporada iluminada para o camisa 15 do Liverpool.

Nome:
Daniel Andre Sturridge
Posição: atacante
Clube: Liverpool
Clubes anteriores: Manchester City, Bolton, Chelsea
Data de nascimento: 1 de setembro de 1989
Gols pela seleção: 2

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Igor Akinfeev - Rússia


Igor Akinfeev já foi considerado, com menos de 23 anos, o principal jogador russo em atividade, mesmo sendo goleiro, posição em que geralmente se exige uma maior experiência. Hoje, prestes a completar 28 anos, já é apontado como um legítimo sucessor de um dos maiores nomes da posição em todos os tempos, o compatriota Lev Yashin, o Aranha-Negra, que inclusive dava o nome para o prêmio de melhor goleiro das Copas do Mundo, de 1994 a 2006 (Michel Preud'homme, Fabien Barthez, Oliver Kahn e Gialuigi Buffon foram os vencedores).

Chamou a atenção precocemente. Na Eurocopa de Portugal, em 2004, com apenas 18 anos, já era titular no CSKA Moscou, um dos clubes mais fortes do país, e foi convocado como terceiro goleiro da equipe russa que não conseguiu passar da primeira fase.

Depois da Euro, na temporada 2004/2005, Akinfeev foi um dos nomes mais importantes na inédita conquista do CSKA Moscou na Copa da Uefa, em final contra o Sporting Lisboa. Ele já conquistou, também, quatro campeonatos russos, em 2003, 2005, 2006 e na temporada 2012/2013, e mais cinco  Copas da Rússia, em 2005, 2006 e 2008, 2009 e 2011.

A estreia pra valer com a camisa da seleção russa principal, porém, aconteceu em 30 de março de 2005, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, em partida contra a Estônia. Depois disso, Akinfeev foi titular nos cinco jogos restantes, inclusive em um empate em 0 x 0 diante de Portugal. A vaga para a Copa, porém, não veio. Os russos terminaram em terceiro lugar, atrás de Portugal e Eslováquia, que cairia na repescagem.

Na temporada 2007/2008, chamou a atenção por passar quatro jogos sem levar gols na Liga dos Campeões, caindo só diante do Porto na quinta rodada. Em 2008, voltou a ser convocado para uma Eurocopa. Dessa vez, não mais como coadjuvante, mas como um dos protagonistas, ao lado do atacante Arshavin, da excelente campanha russa que chegou à semifinal do torneio. Ainda participou da Euro de 2012.

Além da importância coletiva para o CSKA e para a Seleção, o goleiro também consegue repetir o sucesso em campo nas premiações individuais. Em 2006, por exemplo, foi considerado o ´Goleiro do Ano´ pelos leitores da revista ´Ogonek´, da Rússia. No mesmo ano, foi consagrado como o melhor goleiro jovem do continente pelo jornal italiano Tuttosport. Na temporada 2012/2013, foi o vencedor do prêmio de Jogador do Ano no Campeonato Russo.

Para esse ano, em seu primeiro Mundial, Akinfeev é um dos candidatos ao prêmio Luva de Ouro de melhor goleiro da Copa do Mundo, e busca ser o sucessor do espanhol Iker Casillas, vencedor em 2010.

Nome: Igor Vladimirovich Akinfeev
Posição: Goleiro
Clube: CSKA Moscou
Clubes anteriores: nenhum
Data de nascimento: 8 de abril de 1986

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Setor de embarque para a Copa - Jackson Martinez - Colômbia



Este blog estreia um novo espaço que vai trazer informações sobre jogadores que já estão na área de embarque para a Copa do Mundo de 2014. O primeiro nome é o de Jackson Martinez, que está em evidência depois da lesão que ameaça a participação de Falcao Garcia no Mundial.

O colombiano Jackson Martinez pode ter a responsabilidade de substituir ao ídolo da seleção, Falcao Garcia, durante a Copa do Mundo. A enorme pressão não é novidade para o atacante, embora em proporções menores. Depois de chamar a atenção de todo o mundo na temporada 2010/2011 com a camisa do Porto, marcando 38 gols em 42 partidas, Falcao foi contratado pelo Atlético de Madrid. Na temporada 2012/2013, depois do intervalo de um ano, portanto, em que a camisa 9 ficou sem dono, ela foi parar com o compatriota recém chegado Martínez, que não decepcionou. Foi decisivo para a conquista do título português, marcando 26 gols em 30 partidas, com uma ótima média de 0,86. Ao todo, na temporada de estreia, fez 31 gols em 43 jogos (0,72 por jogo). Na atual temporada, já marcou 20 vezes, sendo 13 no nacional, justificando o fato de ter sido o atacante mais caro já contratado pela equipe.

Seu nome chamou a atenção no exterior em 2009, quando foi o artilheiro do Finalización, com 18 gols, quebrando o recorde de gols em um único torneio curto de Leicer Preciado, que, com a camisa do Deportivo Cali, havia marcado 17 em 2003. Seus gols foram fundamentais para a conquista do quinto título nacional conquistado pelo Independiente de Meddellín, que contava na equipe titular com duas figuras conhecidas: o goleiro paraguaio Bobadilla, e o meio-campista colombiano John Javier Restrepo.

Na final do campeonato daquele ano, o Independiente perdia para o Atlético Huila, o que levaria a decisão para os pênaltis, mas Martinez mostrou o seu poder de decisão, empatando aos 25 minutos, de esquerda, dando tranquilidade para a equipe chegar à virada, no final, o time ainda sofreu um gol, mas o empate por 2 a 2 garantiu o troféu. Ao todo, marcou 63 gols (média de 0,42) com a camisa do clube onde foi revelado.

Naquele momento, Martinez foi alvo do River Plate, da Argentina, e do Ulsan Hyunday, da Coreia do Sul, mas acabou acertando com o Jaguares, do México, onde o faro de gol não foi esquecido e a média até aumentou para 0,52, balançando as redes adversárias 36 vezes. Foi lá que chamou a atenção do Porto, garantindo a chegada ao Velho Continente.

Na seleção, Martínez sempre conviveu com a sombra de Falcao, e balançou as redes oito vezes, nenhuma durante as eliminatórias. Na campanha de classificação para a Copa, foi titular em apenas quatro partidas: contra a Venezuela (jogou ao lado de Teofilo Gutierrez, no empate em 1 a 1); nos dois jogos contra a Argentina (jogou ao lado de Dorlan Pabón, na derrota por 2 a 1, e ao lado de Falcao, no empate em 0 a 0); e na vitória por 2 a 1, contra o Paraguai (ao lado de Carlos Bacca).

Também entrou no segundo tempo contra o Equador (substituiu Gutierrez, no triunfo por 1 a 0), após os 40 minutos na derrota, por 2 a 0, para o Uruguai, e nos descontos do triunfo, por 1 a 0, sobre o Peru. Ainda ficou no banco de reservas em outros 8 jogos, ficando ausente da relação em apenas 1 jogo. Nas eliminatórias para a Copa de 2010, em 2009, quando começou a ter chances na seleção fez três gols em quatro jogos das eliminatórias. 

Na Copa deste ano, os colombianos, e todos que gostam de um Mundial com todas as estrelas possíveis, torcem pela recuperação de Falcao, mas sabem que, se o atacante do Monaco não for convocado, terão um grande goleador no comando do ataque.
 

Nome: Jackson Arley Martinez Valencia
Posição: atacante
Clube: Porto
Clubes anteriores: Independiente de Medellín (Colômbia) e Jaguares (México)
Data de nascimento: 3 de outubro de 1986
Gols pela seleção: 8

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Da primeira lista de Mano, quem estará na Copa?

Estava olhando a primeira lista feita por Mano Menezes após a Copa de 2010 para analisar quem ainda está na briga para disputar a Copa.


Goleiros:
Victor (Hoje, no Atlético Mineiro. À época, no Grêmio): Depois de bater na trave para ir para a Copa de 2010 foi convocado por Mano com status de titular. Depois caiu de rendimento e se afastou da Seleção até que recuperou o bom momento com atuações memoráveis na campanha do título da Libertadores pelo Atlético e hoje deve disputar vaga com Diego Cavaliei, como terceiro goleiro da Seleção.
Jefferson (Botafogo): Foi convocado por Mano depois de ser decisivo na conquista do Carioca de 2010 e por já ter um histórico na seleção sub-20. Consolidou-se durante todo esse período e chega forte para ser o segundo goleiro da Seleção na Copa. Com a falta de ritmo de Júlio César, pode ser alçado à condição de titular.
Renan (Hoje, no Botafogo/SP. À época, no Avaí): o tempo mostrou ter sido a pior aposta de Mano. Mas Renan atravessava ótimo momento no Avaí quando foi convocado e largava como favorito para a seleção olímpica. Depois, não deu certo no Corinthians e passou a ser emprestado para equipes menores como Vitória, Guarani e Botafogo de Ribeirão Preto.

Laterais:
Daniel Alves (Barcelona): um dos poucos remanescentes da Copa naquela primeira convocação devido ao clima de caça às bruxas implantado após a eliminação contra a Holanda. Continua firme com Felipão e deve ser o dono da camisa 2 na Copa.
Rafael (Manchester United): a sua convocação tinha cara de servir como preparação para a Olimpíada. Hoje, teria condições de lutar por vaga no grupo da Copa, mas justamente a péssima imagem deixada nos Jogos Olímpicos deve pesar para que não seja lembrado. Maicon deve ser beneficiado por isso.
André Santos (Hoje no Flamengo. À época, no Fenerbahçe): voltava à Seleção depois de cair no esquecimento com Dunga. O passado com Mano contava a seu favor, mas seu tempo de Seleção parece ter chegado ao fim e o jogador do Flamengo não tem sido lembrado para a Seleção.
Marcelo (Real Madrid): também voltava à Seleção depois de ser preterido por Dunga. Titular absoluto com Felipão.

Zagueiros:
Thiago Silva (Hoje, no PSG. À época, no Milan): Foi convocado para ser o novo líder da zaga da Seleção depois das saídas de Juan e Lúcio. Cumpre muito bem o papel e é titular absoluto com Felipão.
David Luiz (Hoje no Chelsea. À época, no Benfica): Foi convocado pela primeira vez para a Seleção principal, depois  de ótimas temporadas com a camisa do Benfica. Firmou-se rapidamente como titular da Seleção e foi para o Chelsea. Titular ao lado de Thiago Silva.
Henrique (Hoje no Napoli. À época, no Barcelona): Felipão o comandou no Palmeiras e gosta do seu estilo. É convocado de vez em quando e, como Dante já está garantido como terceiro beque, ainda está na briga pela quarta vaga, junto com Réver, Dedé e Marquinhos.
Réver (Atlético-MG): Ótimo jogador. Foi muito bem no título da Libertadores pelo Galo e segue na luta pela quarta na zaga.

Volantes:

Ramires (Hoje no Chelsea. À época, no Benfica): Depois de uma boa Copa de 2010, foi mantido por Mano. Chegou a perder espaço com Felipão, mas voltou forte e deve ser um dos volantes convocados para o Mundial.
Lucas Leiva (Liverpool): Voltava à Seleção sob comando do treinador que o revelou no Grêmio.Está na briga por uma das vagas.
Jucilei (Hoje no Al Jazira, dos Emirados Árabes. À época, no Corinthians): Sua convocação causou surpresa na época, pois era reserva no Corinthians. Chegou a se destacar bastante depois disso, mas optou por jogar na Rússia e agora nos Emirados Árabes e não tem chances de ir ao Mundial.
Hernanes (Hoje na Internazionale. À época, no São Paulo): sua presença na Seleção era muito cobrada na época de Dunga. Mano deu chance e ele segue com chances de disputar a Copa.
Sandro (Hoje no Tottenham. À época, no Inter): era um nome forte para a seleção olímpica quando foi convocado, depois de quase ir para a Copa de 2010. Parece estar fora da briga por vaga.

Meias:
Ganso (Hoje no São Paulo. À época, no Santos): quando foi convocado parecia nome certo para a Copa. A seleção parecia que seria montada tendo ele e Neymar como bases. Lesões, polêmicas e queda no futebol fazem com que esteja praticamente fora da Copa. Precisa correr contra o tempo.
Carlos Eduardo (Hoje no Flamengo. À época, no Hoffenheim): era uma aposta de Mano Menezes que não deu certo. Vive tentando agradar a torcida do Flamengo e muito longe da Seleção.
Ederson (Hoje na Lazio. À época no Lyon): outra aposta de Mano. Fora do radar da Copa.

Atacantes:
Neymar (Hoje no Barcelona. À época, no Santos): foi convocado por Mano depois de toda a pressão para que fosse à Copa de 2010. Na próxima, deve estar garantido com a camisa 10.
Robinho (Hoje no Milan. À época, no Santos): mantido depois da Copa, estava afastado da Seleção, mas voltou jogando muito bem. Ainda tem chance de jogar o terceiro Mundial.
André (Hoje no Atlético-MG. À época, no Santos): estava em destaque por causa daquele time do Santos com Neymar, Robinho e Ganso. A carruagem virou abóbora e foi esquecido.
Alexandre Pato (Hoje no Corinthians. À época, no Milan): tinha muito mais cartaz do que hoje. Sua eterna crise com a torcida do Corinthians atrapalha para que seja lembrado na Copa.
Diego Tardelli (Atlético-MG):tem mais destaque hoje do que quando foi convocado. Sua convocação foi muito pedida no ano passado após o título da Libertadores. Corre por fora.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Olímpia invade o Brasil

 
Martin Silva
Eduardo Aranda
Com a campanha de finalista da Libertadores da América em 2013, o Olímpia chamou a atenção no Brasil e alguns dos seus jogadores chegam em 2014 com destaque em seus novos clubes brasileiros. O goleiro uruguaio Martin Silva, com atuações memoráveis na competição, chegou para reforçar o Vasco junto com o volante paraguaio Eduardo Aranda.

Wilson Pittoni
Companheiro de Aranda na proteção à zaga, o paraguaio Wilson Pittoni chegou ao Bahia e já causou boa impressão na estreia contra o Vitória da Conquista. Quem também veio para o tricolor foi o meia Emanuel Biancucchi, que era reserva na equipe paraguaia. O irmão dele, Maxi, que também veio para o tricolor, tem passagem pelo Olímpia, mas saiu antes da disputa da Libertadores. O uruguaio Juan Manuel Salgueiro também foi alvo tricolor, mas acabou indo para o futebol mexicano.
Maxi
Emanuel Biancucchi

Reserva da equipe, mas sempre acionado, o argentino Juan Carlos ´El Tanque Ferreyra´, chegou com moral ao Botafogo, onde tentará chegar a mais uma decisão continental. Reserva na competição, o zagueiro Meza também conseguiu uma vaga no elenco do Sport.
Ferreyra

1- Martin Silva - Goleiro - Uruguai - Vasco - 16 jogos
8- Wilson Pittoni - volante - Paraguai - Bahia - 9 jogos - 3 gols
14- Eduardo Aranda - volante - Paraguai - Vasco - 15 jogos - 2 gols
9- Juan Carlos Ferreyra - atacante - Argentina - Botafogo - 13 jogos - 4 gols
6- Enrique Gabriel Meza - zagueiro - Paraguai - Sport - 5 jogos
27- Emanuel Biancucchi - meia - Argentina - Bahia - 0 jogo