segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Efeito Ávine - parte 2

No início de 2010, mais precisamente no dia 5 de janeiro, escrevi neste blog um texto chamado Qual opção seria melhor do que Ávine para o Bahia? Naquele momento, Ávine estava voltando após um empréstimo para o Santo André e eu buscava entender o motivo pelo qual a diretoria tricolor estava ainda pensativa sobre o aproveitamento ou não do lateral-esquerdo revelado no clube. E defendia a sua permanência. Felizmente, ele ficou e cresceu muito sob o comando de Renato Gaúcho, sendo um dos maiores destaques e símbolos da campanha do acesso para a Série A.

Agora, em 2012, volto a fazer um texto buscando defender a permanência de outro grande jogador, que acredito que possa ser fundamental para o clube no ano, após empréstimo para outro clube paulista: o meia-atacante Ananias, que foi um dos destaques da campanha do acesso da Portuguesa para a Série A em 2011. 

Sou defensor antigo do jogador, assim como era de Ávine, por causa da sua qualidade técnica, visível desde quando marcou um golaço na Copa São Paulo, das suas qualidades como pessoa e pela sua identificação com o clube. Permita-me dar um exemplo de tal ligação com o Esquadrão. Em 2008, eu estava no gramado do estádio de Camaçari para cobrir um jogo decisivo entre Bahia e Vitória da Conquista. Antes de começar a partida, percebi a inquietação do jogador, que estava relacionado para o jogo e não se cansava de perguntar o placar de um Ba-Vi de juniores, que estava acontecendo bem longe dali. Sabendo que o resultado era ruim para o tricolor, o garoto não disfarçava a sua angústia e irritação. 

No entanto, não defendo a utilização dele apenas pelo Ananias de antes. Não. Muito mais pelo Ananias de hoje. Um jogador que passou por inúmeras dificuldades no Bahia, já teve que conviver com a desconfiança de muitos torcedores, mas que provou o seu valor longe daqui, na Portuguesa. Apurando, inclusive, a finalização, que acredito que era a sua maior fragilidade. Até achei que ele não fosse retornar por ter se destacado bastante, mas ele voltou e espero que a sua não utilização não tenha nada a ver com alguma negociação para outro clube ou, pior, que fique sem espaço no elenco tricolor.

Acredito que no esquema que vem sendo utilizado por Joel Santana nos primeiros treinos do ano, ele seria o jogador mais adequado, para formar uma trinca de meias com Morais e Jeferson. No máximo teria uma briga direta com Lulinha. Sendo titular ou não, ele tem tudo para ser muito útil em 2012. Espero que, assim como acertei na previsão com Ávine, também acerte com Ananias. E que ele tenha um ótimo ano defendendo as cores do Esquadrão.

2 comentários:

Victor Menezes disse...

Com certeza o clube deveria valorizar ele. Mas no Bahia é sempre difícil dar espaço e acreditar na prata da casa. Estou cansado disso, todo o ano é a mesma coisa. E tem sempre aquela parcela de torcedores idiotas que só fazem criticar e não apoiam os daqui.

Anônimo disse...

concordo..
vaiar jones tudo bem, agora vaiar uma prata da casa em inicio de temporada e considerando que sofreu uma contusão grave e tá sem jogar desde a pré-temporada passada pelo Flamengo é fooda!