sábado, 27 de outubro de 2012

Pelo menos voltou a jogar bem - Bahia 1x1 Grêmio

O sufoco ainda não acabou, e pelo visto ainda vai demorar para acabar, o triunfo também não voltou a acontecer, e agora já são seis jogos sem vencer, mas, pelo menos, depois de três partidas em que o time lembrou as atuações do início do Brasileiro, ainda sob o comando de Falcão, contra Coritiba, Palmeiras e Corinthians, o Bahia voltou a jogar bem e deu a impressão de ter ficado faltando pouco para vencer o Grêmio, terminando com um empate em 1 a 1.

E esse pouco que faltou talvez possa ser substituído por "ritmo de jogo de Souza". O atacante, que voltou depois de lesão, ajudou a melhorar a atuação da equipe com a sua presença na área, mas pecou nas finalizações, demonstrando clara falta de ritmo. O gol tricolor saiu dos pés de Gabriel, depois de chute cruzado de Jones. Mas nem deu muito tempo para a torcida comemorar, pois Kléber Gladiador empatou logo em seguida. 

Se faltou pouco para o Bahia sair de campo com os três pontos, também faltou muito pouco para sair sem nenhum. Lomba e Lucas Fonseca tiveram participação decisiva ao evitarem boas chances dos gaúchos, mas o grande nome do jogo foi Fabinho. O volante jogou muito e a costumeira garra parecia que estava ampliada. O meia Jefferson, que entrou na segunda etapa, também foi muito bem.  

Bahia 1x1 Grêmio - Gabriel e Kléber Gladiador
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais (Lucas Fonseca), Titi e Jussandro; Fabinho, Diones, Hélder; Jones (Elias), Gabriel (Jefferson) e Souza.
Grêmio: Marcelo Grohe, Pará, Werley, Naldo e Anderson Pico; Fernando, Souza, Elano (Léo Gago) e Marquinhos (Marco Antônio); Kléber Gladiador e Marcelo Moreno (Leandro).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

De novo - Vitória 0x1 São Caetano

A situação de agora não é tão dramática, afinal o Vitória ainda tem uma certa folga que permite manter a equipe muito próxima da Série A do próximo ano, mas foi impossível não lembrar da derrota por 2 a 1 para o São Caetano na penúltima rodada de 2011, também no Barradão, que praticamente acabou com as chances de acesso rubro-negras depois que o Leão voltou a perder para o Azulão, dessa vez por 1 a 0, no jogo que era encarado pela sua torcida como o da subida. 

O gol que decretou a derrota foi marcado pelo meia Pedro Carmona, ex-Palmeiras, no finalzinho do primeiro tempo. E o Vitória, que foi vaiado, não teve forças para buscar uma reação. A situação no campeonato, entretanto, permanece favorável ao rubro-negro, e a torcida espera que a festa da subida tenha sido apenas adiada, mas não cancelada.

Vitória 0x1 São Caetano - Pedro Carmona
Vitória: Deola, Nino Paraíba, Gabriel Paulista, Josué e Mansur; Michel, Uelliton, Pedro Ken (Eduardo Ramos) (Willie) e Tartá; Marquinhos (William) e Elton.
São Caetano: Luís, Samuel Xavier, Eli Sabiá, Gabriel e Diego Côrrea; Augusto Recife, Moradei, Éder (Bustamante) e Pedro Carmona (Marcone); Danielzinho (Geovane) e Somália.




terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Série A é logo ali - CRB 0x1 Vitória

Na estreia de Ricardo Silva no comando técnico, substituindo Carpegiani, o Vitória não conseguiu voltar a jogar bem, mas alcançou algo ainda mais precioso neste momento da competição: os três pontos. O triunfo por 1 a 0, contra o CRB, com gol de Elton deixa o rubro-negro, mais uma vez, na vice-liderança, e cada vez mais próximo da Série A.

A rodada foi excelente para o rubro-negro, pois Atlético Paranaense e São Caetano empataram, com Guarani e Ipatinga, respectivamente, enquanto o Criciúma perdeu a liderança ao ser derrotado em casa pelo Barueri. Do pelotão de frente apenas o Goiás, que está voando, venceu, goleando o Asa, por 4 a 0. Com o resultado, o time goiano assumiu a liderança, logo à frente do Leão.

CRB 0x1 Vitória - Elton
CRB: Anderson, Angelo, Filipe (Ítalo), Rogélio e Gleidson; Ednei, Marcinho Guerreiro, Geovani (Ronaldo) e Jadílson; Ricardinho (Jeorge) e Aloísio Chulapa.
Vitória: Deola, Nino Paraíba, Josué, Gabriel Paulista e Mansur; Uellinton, Michel, Pedro Ken e Tartá (Willie); Marquinhos e Elton (Dinei).

sábado, 20 de outubro de 2012

Sufoco - Corinthians 1x1 Bahia

O Bahia ainda não conseguiu recuperar o bom futebol do início do trabalho de Jorginho. A equipe continuou sem encantar mas trouxe um ponto do Pacaembu após o empate com o Corinthians, por 1 a 1. O time reserva do alvinegro saiu na frente com um gol de pênalti cobrado por Douglas, mas Fahel, de cabeça garantiu a igualdade, que não foi boa para o Bahia, que se aproximou da zona de rebaixamento. 

Corinthians 1x1 Bahia - Douglas - Fahel
Corinthians: Cássio, Edenílson, Anderson Polga, Wallace (Felipe) e Denner (Welder); Guilherme Andrade, Guilherme e Douglas (Jorge Henrique); Martínez, Romarinho e Paolo Guerrero.
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Fabinho, Diones (Victor Lemos) e Kleberson (Zé Roberto); Gabriel e Elias (Rafael).

Mais um vacilo - Vitória 0x2 Atlético Paranaense

A queda de rendimento do Vitória é cada vez mais impressionante nesta Série B. E o rubro-negro baiano encontrou pela frente uma das equipes que mais subiu de produção durante a competição, o rubro-negro paranaense: Atlético. O resultado foi um 2 a 0 incontestável para o Atlético, com gols de dois jogadores revelados no futebol baiano, Elias, que já se tornou carrasco do Leão e começou no Bahia, e Marcão, no Ipitanga.

Vitória 0x2 Atlético Paranaense - Elias e Marcão

Vitória: Deola, Nino Paraíba, Josué, Gabriel Paulista e Gilson; Uelliton (Tartá), Michel (Eduardo Ramos), Pedro Ken e Willie (William); Marquinhos e Elton. 
Atlético/PR: Weverton, Maranhão, Manoel, Cleberson e Pedro Botelho; Deivid, João Paulo, Henrique e Elias (Derley); Marcelo (Wellington Saci) e Marcão (Martín Liguera).

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Irreconhecível - Bahia 0x1 Palmeiras

O Bahia foi irreconhecível e perdeu uma confronto direto contra um rival na luta contra o rebaixamento. Se vencesse, o tricolor abriria 12 pontos de vantagem para o Palmeiras, com a derrota, viu a distância diminuir para seis pontos. O atacante Betinho mostrou que tem estrela e fez o gol ainda no primeiro tempo, aproveitando excelente cruzamento do argentino Barcos, o grande destaque da partida.

Pelo lado do Bahia, pouca gente se salvou. As chances criadas foram em menor número do que nos melhores momentos de Jorginho no comando da equipe e, ainda assim, foram desperdiçadas. É preciso voltar aos trilhos o mais rápido possível para permanecer na Série A.

Bahia 0x1 Palmeiras - Betinho
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones (Rafael), Kléberson (Cláudio Pitbull) e Zé Roberto (Lulinha); Jones e Rafael Gladiador
Palmeiras: Bruno, Artur, Maurício Ramos, Henrique e Leandro Silva; João Denoni, Marcos Assunção e Patrick Vieira (Márcio Araújo); Luan, Betinho (Tiago Real) e Barcos (Obina).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sem convencer - Vitória 2x0 Asa

O Vitória segue sem convencer, mas conseguiu mais três pontos importantes nesta Série B, ao vencer o Asa, por 2 a 0. O jogo tinha tudo para ser fácil para o rubro-negro, mas o time ansioso não conseguia abrir o placar até que a arbitragem ignorou o decisivo toque de mão de Elton no lance do gol que abriu o placar. O Asa até tentou chegar ao empate, mas a equipe não tinha suficiente para isso e ainda sofreu o segundo gol já no final.

Vitória 2x0 Asa - Elton e Willie
Vitória: Deola, Nino Paraíba, Victor Ramos, Josué e Gilson; Uelliton, Michel (Willie), Pedro Ken, Marquinhos (Arthur Maia); William (Rodrigo Mancha) e Elton.
Asa: Gilson, Audálio (Valdívia), Edson Veneno e Fabiano; Osmar (Davi Ceará), Cal, Lucas, Didira e Chiquinho; Alexsandro (Rogério Maranhão) e Lúcio Maranhão. 

domingo, 14 de outubro de 2012

Danos minimizados - Coritiba 2x1 Bahia

O Sport passou grande parte do jogo, no Independência, na frente do marcador contra o Atlético Mineiro. Se tivesse conseguido o triunfo, diminuiria a diferença do Bahia para a zona de rebaixamento para cinco pontos. A virada do Galo, com dois gols de Leonardo, ajudou a minimizar os danos da rodada pela derrota, por 2 a 1, para o Coritiba. Como o Palmeiras e o Figueirense também perderam, o tricolor se manteve a oito pontos de distância, restando oito rodadas.

Em campo, muito desfalcado, o Bahia não conseguiu se encontrar,embora tenha perdido com um placar apertado graças, principalmente, a Marcelo Lomba, que fez defesas incríveis. Com duas derrotas consecutivas e apenas um ponto ganho em nove disputados, o tricolor precisa acordar logo e retomar a ótima sequência que transformou a equipe no grande destaque do segundo turno da competição.


Coritiba 2x1 Bahia - Luccas Claro, Deivid - Alysson
Coritiba: Vanderlei, Victor Ferraz, Luccas Claro, Escudero e Dênis Neves; Junior Urso, Gil e Lincoln (Chico); Rafinha, Everton Ribeiro (Thiago Primão) e Deivid (Marcel).
Bahia: Marcelo Lomba, Neto,  Alysson (Fabinho) Lucas Fonseca e  Jussandro; Fahel, Diones, Kleberson e Zé Roberto (Lulinha); Jones (Romário) e Rafael Gladiador.

sábado, 13 de outubro de 2012

Passeio - Paraná 3x1 Vitória

Até então líder da Série B, o Vitória deu a impressão de ter ido a Curitiba apenas passear. O resultado foi que o Paraná é que deu um passeio no rubro-negro, vencendo por 3 a 1, sem dar qualquer chance de reação para o rubro-negro. Para completar, dos cinco concorrentes a vagas na primeira divisão, apenas São Caetano e Joinville, que se enfrentaram, não venceram. 

Com uma goleada sobre o Boa Esporte, fora de casa, o Criciúma jogou o Leão para a vice-liderança, enquanto o Goiás venceu o América Mineiro, de virada, no final da partida, encostando no rubro-negro. Para completar, o Atlético Paranaense, quinto colocado, venceu e diminuiu a diferença do Vitória para o quinto colocado para oito pontos.

Com a oitava colocação no segundo turno, o rubro-negro, por causa do saldo de gols, tem campanha inferior até mesmo ao seu próximo adversário, Asa de Arapiraca, que marcou os mesmos 16 pontos neste segundo turno. Os quatro principais concorrentes ao acesso (Goiás, Atlético Paranaense, Criciúma e São Caetano) formam o G-4 do segundo turno. O Joinville, sexto colocado no geral, tem apenas a nona campanha do segundo turno, com 13 pontos.

O Vitória praticamente ainda não conseguiu atuar bem no segundo turno da Série B, mas seguiu se beneficiando do respeito adquirido pela espantosa campanha do primeiro turno. Com isso, muitos adversários já entraram em campo sem ameaçar tanto o rubro-negro, buscando claramente um empate. O Paraná não teve o mesmo respeito e jogou para cima o tempo todo, mostrando claro domínio.

O time paranaense, que já tinha sido superior ao rubro-negro no confronto do primeiro turno, mesmo perdendo, não teve dificuldades para vencer, por 3 a 1, com dois gols de Arthur e um de Wendel. Elton, no final, ainda diminuiu.

Paraná 3x1 Vitória- Arthur (2), Wendel - Elton
Paraná: Thiago Rodrigues, Angelo (Douglas Packer), Anderson, Alex Alves e Wendell Borges; Vandinho (Lucas), Ricardo Conceição, Lúcio Flávio e Fernandinho; Luisinho e Arthur (Wendel)
Vitória: Deola, Carlinhos, Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gilson (Mansur); Uelliton, Michel (Marcelo Nicácio), Fernando Bob (Tartá) e Pedro Ken; Willie e Elton 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Detalhes - Bahia 0x2 Fluminense

Todo jogo de futebol é decidido nos detalhes, principalmente quando se enfrenta uma grande equipe. E foi isso que aconteceu no duelo entre as duas melhores equipes do segundo turno da Série A: o Fluminense, líder da competição, e o Bahia, que ainda tenta se ver livre dos riscos de rebaixamento. E o Bahia jogou de igual para igual, comprovando a evolução da equipe. Basta comparar o comportamento do time na derrota por 2 a 0, de Pituaçu, sob o comando de Jorginho, e na derrota, por 3 a 0, do primeiro turno, no Engenhão, na despedida de Falcão. 

O problema é que o resultado quase foi igualado, embora, dessa vez, o tricolor baiano tenha sido superior na maior parte da partida. Os detalhes agiram em favor do Fluminense. Primeiro, o Bahia desperdiçou chances claras de abrir o placar, com Jussandro e Gabriel. Depois, veio a lesão que tirou do jogo Hélder, o melhor tricolor no segundo turno. E aí, a arbitragem prejudicou o Esquadrão pela primeira vez. Na verdade, o erro aconteceu na partida anterior, contra o Flamengo, quando Kleberson sofreu pênalti e o árbitro ignorou e ainda deu cartão amarelo, por simulação, para o jogador, que ficou suspenso. Se estivesse apto, sua entrada poderia manter a forma de jogar da equipe. Como não estava, o jeito foi colocar Fabinho, mais marcador, mudando completamente o estilo de jogo. 

No restante do primeiro tempo, o time caiu de produção, mas já voltou novamente melhor depois do intervalo, com a entrada de Lulinha no lugar de Elias. No entanto, o Bahia continuou desperdiçando as chances criadas. E quando conseguiu balançar as redes, com Lulinha, a arbitragem voltou a prejudicar o tricolor baiano, alegando impedimento inexistente.

Depois, o lateral Bruno fez um lindo gol, passando por Jussandro, Titi e chutando por baixo das pernas de Lomba. O Bahia ainda tentou reagir, mas o goleiro Diego Cavalieri e as traves ajudaram o Flu, que ainda ampliou com mais um bonito gol. Dessa vez, de Rafael Sóbis, em um chute seco de esquerda. Ao Bahia, resta não se abalar com o resultado adverso e buscar a recuperação 

Bahia 0x2 Fluminense - Bruno e Rafael Sóbis
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones, Hélder (Fabinho); Zé Roberto (Claudio Pitbull), Gabriel e Elias (Lulinha). 
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco (Wagner); Wellington Nem (Marcos Júnior), Rafael Sobis (Samuel) e Fred.

Mais uma edição da revista oficial do Bahia foi lançada

Nesta quarta-feira (10/10), foi lançada mais uma edição de "A Voz do Campeão", Revista Oficial do Esporte Clube Bahia, e continuo sendo o editor, assim como na edição comemorativa de aniversário do Tricolor, que foi publicada em janeiro deste ano.   

Como responsável pela edição dos textos, posso recomendar para você, torcedor tricolor, a leitura deste importantíssimo veículo de comunicação. Logo de cara, aconselho que você adquira o seu exemplar para saber mais detalhes sobre a Cidade Tricolor, sobre o treinador da equipe, Jorginho, e o atacante Souza. O perfil do centroavante e a entrevista emocionante e exclusiva com Jorginho são muito interessantes.

sábado, 6 de outubro de 2012

Eficiente - Vitória 1x0 ABC

O Vitória voltou a não encantar, mas seguiu com sua principal marca nesta Série B: a eficiência. O triunfo, por 1 a 0, com um gol de Elton, garante mais três pontos preciosos na caminhada rumo ao acesso. Também serviu para recuperar a liderança, pois havia sido superado pelo Criciúma no dia anterior.

Elton, que chegou durante a competição, conseguiu marcar o seu sétimo gol na Série B. Foi o único que conseguiu romper a retranca do ABC, graças a uma arrancada de Marquinhos pela direita e um passe certeiro, que deixou o centroavante na boa para finalizar.

Vitória 1x0 ABC - Elton
Vitória: Deola, Léo (Rodrigo Mancha), Victor Ramos, Gabriel Paulista e Gílson; Uelliton, Michel, Pedro Ken e Tartá (Marquinhos); Dinei (Arthur Maia) e Elton.
ABC: Andrey, Pedro Silva, Gladstone, Flávio Boaventura e Renatinho Potiguar (Airton Oliveira); Guto, Serginho, Cascata e Walter Minhoca (Raul); Rodrigo Silva (Éderson) e Diego Clementino.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Jogaço sem gols - Flamengo 0x0 Bahia

Marcelo Lomba, Felipe, a trave e as ausências de Souza e Vagner Love foram os grandes responsáveis por transformar um jogaço que poderia ter tido vários gols em um 0 a 0, emocionante e disputado o tempo inteiro. Bahia e Flamengo jogaram muito bem. O que deixou a impressão de que mereciam o triunfo, mas como o adversário também jogou muito, o empate pareceu mais justo. 

Pode parecer contraditório, mas o tricolor jogou melhor nessa partida do que na sua maior goleada na competição, por 4 a 0, também no Rio de Janeiro, contra o Vasco. No entanto, enquanto em São Januário, o Bahia conseguiu derrubar o Vasco com um gol no final do primeiro tempo e seguir batendo para nocautear, contra o Flamengo, as chances criadas foram desperdiçadas. Gabriel perdeu duas, uma delas incrível. 

Flamengo 0x0 Bahia
Flamengo: Felipe, Wellington Silva, Frauches, Marcos Gonzales e Magal; Ibson, Renato, Leonardo Moura e Cléber Santana (Wellington Bruno); Hernane (Adryan) e Liedson (Nixon).
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel, Diones, Hélder; Zé Roberto (Kleberson), Gabriel (Lulinha) e Elias (Cláudio Pitbull).

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O maior craque que vi...ainda vejo...e quero ver sempre

Euperko
Outubro é considerado por muitos o mês dos craques. Afinal, nasceram nesse mês nomes como Pelé (23/10), Garrincha (18/10), Maradona (31/10), Falcão (16/10), Careca (5/10), além do baiano Dida, um dos maiores goleiros que vi jogar (7/10). Mas foi no dia 3, mesmo do sueco Zlatan Ibrahimovic, que nasceu o maior craque que vi, ainda vejo, e quero ver sempre: Everaldo Silva. 

O sobrenome não é mera coincidência. Recebi dele, junto com o amor pelo futebol. O que eu não consegui manter foi a tradição de craques na família, iniciada por ele. Sorte que meus dois irmãos mais novos - Lucas e Renato - conseguiram. Zagueiro apenas esforçado, sempre me diverti mais vendo ele jogar do que em atuar. Parece outro esporte. Quando recebia um lançamento, por exemplo, eu só conseguia pensar no que fazer, quase sempre, depois que a bola chegava. Com ele é diferente. Enquanto a bola viaja, ele já sabe o que fazer. 

Mesmo antes de frequentar as arquibancadas da Fonte Nova, acompanhando o meu clube do coração - puxei a ele nisso - eu já ia para as arquibancadas do campo, da quadra ou do ginásio do clube do Campomar, ou dos clubes em que os times do trabalho dele jogavam. O futebol me encantou desde já. Bastava chegar nos locais de jogo que sempre tinha alguém para me dizer: "que pena você não ter visto esse cara jogar mais novo. Ele jogava ainda mais". E o orgulho só aumentava.
Clube dos Engenheiros de Mataripe

Quando ouvia isso, quase sempre ficava tentando imaginar se seria possível que ele jogasse ainda mais do que o que eu já via. Mas os relatos daqueles que viam ele jogando em Mataripe, município onde passou a infância e adolescência, são impressionantes. As pessoas de fora apostavam quantos gols ele faria em determinado jogo. Ou se o goleiro do jogo conseguiria sair sem sofrer nenhum gol dele. 

Um dia paro para lembrar mais times que ele jogou. De cabeça, sei que disputava Campeonato Baiano de futsal pelo Clube dos Engenheiros de Mataripe. Defendia o Juventus, em Mataripe, marcou época jogando no Euperko, os campeonatos internos do Campomar, e participava dos campeonatos do Asbac pela equipe do Gea, tendo sido campeão e artilheiro.

Desde muito novo, Everaldo já se destacava tanto no futebol de campo quanto no futebol de salão (futsal). Até hoje o seu chute de canhota mete medo em qualquer goleiro. Cobranças de falta, chutes cruzados, mas tem outra característica que sempre admirei no seu futebol. A visão de jogo e a capacidade de deixar os companheiros de cara para o gol. Ricardinho, nos áureos tempos do Corinthians, me faziam lembrar nesses aspectos.  

Com o passar do tempo, a torcida organizada nos jogos aumentou, com a chegada de meus dois irmãos. Para nós, sempre é um prazer vê-lo jogar. Uma coxinha, um guaraná Antárctica e excelente futebol. Quer melhor? Assim eram as manhãs de domingo na minha infância.

"Everaldo era muito bom. De todas as pessoas que já vi jogando bola, que não eram profissionais, ele é o que mais jogou bola. E é melhor do que a maioria dos profissionais. Você se lembra de Leandro, meio-campo do Bahia, em 1986? Jogava muita bola, né? Pois Everaldo jogava muito mais. Quando eu era bem mais novo, ele ia jogar em Madre de Deus, eu ia segurando as chuteiras dele pra comer pastel com guaraná. De vez em quando, no estádio, a gente encontra alguma pessoa que viu ele jogando bola mais novo e a pessoa sempre fala que ele tinha que ter sido profissional. E essa não é uma declaração de irmão, não. É uma declaração de quem sempre gostou muito de ver ele jogando", relembra Édson, irmão dele. 

O Botafogo, que retorna à primeira divisão do Baiano em 2013, e o Ypiranga tentaram contar com o seu talento no futebol profissional. Um mineiro, chamado Paulo Silva, também viu ele jogando em Mataripe, e queria levar ele para o Cruzeiro de toda forma, mas os tempos eram outros e ser jogador profissional não era algo que os pais sonhassem para os filhos. Por isso, seguiu nos estudos e no trabalho, além de desfilar seu talento nos gramados do futebol amador.

Já falei tanto dentro das quatro linhas, mas e como pessoa? Posso garantir que é mais craque ainda. Parabéns, pai.