domingo, 11 de março de 2012

A importância de uma boa ligação com o ataque


A torcida do Vitória passou a maior parte deste Campeonato Baiano pedindo a entrada de Geovanni na equipe titular. Com uma teimosia injustificável, Toninho Cerezo preferia manter Lúcio Flávio, mais cerebral, com mais cara de armador, esperando que ele pegasse no tranco. Neste domingo, o treinador resolveu dar uma chance a Geovanni, e o meia-atacante deu três assistências na goleada de 4 a 1 sobre o Camaçari, fora de casa. 

Já a torcida do Bahia está eufórica com a utilização de dois meias ofensivos na equipe titular, artigo de luxo nos últimos anos. O time vinha apresentando um futebol vistoso e o garoto Gabriel era o grande garçom do campeonato, desequilibrando as partidas. Mas aí neste domingo o garoto foi vetado pelo Departamento Médico. Ao invés de tentar colocar algum jogador também ofensivo no seu lugar, Falcão preferiu colocar o volante Felipe para jogar ao lado de Diones e Fahel. A volta dos três volantes que faziam a torcida querer apedrejar Joel Santana? Não necessariamente. Felipe pareceu tentar jogar como um meia, aberto pela esquerda. Mas a técnica que ele possui como volante não pareceu suficiente para que atuasse como meia. Não seria melhor colocar algum especialista para tentar minimizar a perda de Gabriel? 

Falcão também parece que não estava tão convicto da sua opção pelo garoto. Tanto que levou quatro jogadores mais ofensivos para o banco que me pareciam mais adequados para entrarem no time: Morais, Paulinho, Jones e Vander. E foi justamente do banco que veio a salvação para a invencibilidade de Falcão, de modo geral, e também do Bahia dentro de casa: Rafael Gladiador conseguiu empatar o jogo no final, quando o tricolor estava perdendo sem se encontrar em campo. 

Foi a pior atuação do tricolor desde que Falcão chegou. Coletivamente, foi um desastre, mas teve algumas atuações individuais elogiáveis, como a do zagueiro Rafael Donato, que salvou alguns lances decisivos lá atrás e ainda virou centroavante no final. Diones, mais recuado, Fahel e, na segunda etapa, Madson, Morais e Rafael Gladiador também foram bem. Júnior também funcionou bem como pivô, mas sentiu a falta de Souza, como finalizador. Sem o camisa 9, ele teria que assumir essa função, mas ele se limitou a continuar trabalhando as jogadas sem ter ninguém para finalizar, já que Ciro esteve perdido. No Ba-Vi do próximo domingo, no Barradão, Gabriel e Geovanni tentarão mostrar, mais uma vez, a importância do papel que eles exercem, na presença ou na ausência. 

A rodada:
Bahia 1x1 Juazeiro - Rafael Gladiador / Neilson
Bahia: Omar, Madson, Rafael Donato, Titi e William Matheus; Fahel, Diones, Felipe (Morais) e Magno; Ciro (Rafael Gladiador) e Júnior (Vander).
Juazeiro: Marcos Vinicius, Fransuele, Léo, Jarbas e Neilson; Daniel, teco, Advaldo (Tiago) e Nando (Araújo); Stefan (Vitor) e Nino Guerreiro.
Camaçari 1x4 Vitória - Neto Baiano (2), Gabriel Paulista, Mineiro/ Maicon
Camaçari: Rodrigo, Maicon, Klésio, Correia (Rissut) e Pedro Henrique; Totinga, Dinho, Robson Luiz (Uilliams) e Gilberto; Hugo (Harley) e Júnior.
Vitória: Douglas, Romário (Léo), Rodrigo, Gabriel Paulista (Dankler) e Mansur; Uelliton, Michel, Pedro ken e Geovanni; Marquinhos (Mineiro) e Neto Baiano.
Atlético 0x0 Bahia de Feira
Feirense 4x2 Fluminense
Juazeirense 2x2 Serrano
Vitória da Conquista 2x1 Itabuna

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