quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Heróis - ontem, hoje e sempre

Leandro Silva e Nelson Barros Neto

“Triste do povo que precisa de heróis”, já dizia Bertolt Brecht. Experimente, então, perguntar a um torcedor do Bahia se ele concorda com o dramaturgo alemão. A maioria dirá que uma das maiores felicidades que já teve na vida foi proporcionada por um grupo que desafiou grandes potências do futebol brasileiro para recolocar o Esporte Clube Bahia no topo, 29 anos depois da turma de Nadinho, Leone, Marito & Cia, em março de 1960. Ainda antes do “fenômeno Raudinei”, em 94.

E esse grupo tinha fortes identificações com o tricolor. Dos 21 atletas que entraram em campo naquela Copa União, 13 eram baianos, e das mais diversas cidades. Foram reforçados por atletas de outros cantos do País, que vieram agregar temperos diferentes a um título que orgulhou toda a Região Nordeste. Hoje, muitos deles já retornaram para as suas terras de origem, mas guardam as lembranças de quando foram os donos da nação pentacampeã do futebol. Outros se estabeleceram em Salvador, permanecendo próximos da agremiação que ajudaram a erguer.

A montagem do plantel começou ainda durante a campanha do tricampeonato estadual. De uma só vez, chegaram Sidmar (do XV de Piracicaba/SP), Paulo Robson (São Bento/SP), Paulo Rodrigues (Botafogo/SP) e Renato (Porto Alegre/RJ). Encerrado o certame local, em agosto, foram contratados Tarantini (Flu de Feira) e Newmar (Pinheiros/PR). O Esquadrão estava pronto para a batalha.

O ex-goleiro Sidmar não foi encontrado, mas está treinando o Volare FC, no Japão, após ser ídolo no Shimizu S. Pulse. Centroavante do início da jornada, Renato é procurado até mesmo pelos colegas e a imprensa de sua Caxias do Sul/RS. Também participava do grupo o atacante Marcelino, que entrou no decorrer de uma partida, contra o Goiás, além de Rogério, Chiquinho, Ricardo Dantas, Maílson, Carlos Amadeu e Marcelo Jorge.

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