sexta-feira, 22 de maio de 2020

Figurinhas carimbadas - Roberto Baggio

Roberto Baggio foi um dos melhores jogadores da história do futebol mundial, aliando plasticidade e eficiência em suas ações. Era capaz de encantar e prender a atenção do público.

A participação de Baggio na Copa de 1994 foi impressionante. Uma das melhores participações de um jogador em uma Copa. Ele era o agente de desequilíbrio da equipe italiana, que conseguiu chegar à final, mesmo com os problemas físicos que atingiam alguns de seus principais nomes, como o próprio camisa 10 e o zagueiro Franco Baresi.

 Os problemas físicos acompanharam toda a carreira de Baggio, não só durante aquele mundial. Recentemente, inclusive, ele deu uma declaração forte durante a participação em um seminário organizado pelo jornal italiano "Gazzetta dello Sport", em que ele disse que chegou a pedir para a própria mãe acabar com a vida dele após uma lesão de rompimento do ligamento cruzado do joelho, no início da carreira. Ele teria tomado mais de 200 pontos no local.

Contratado pela Fiorentina junto ao Vicenza, clube que o revelou, ele ficou quase duas temporadas inativo em decorrência da lesão. Mas quando começou a jogar, tratou de fazer valer a pena a espera e justificar a expectativa gerada.

Em 1990, foi um dos principais destaques da Fiorentina na campanha de finalista da Copa da UEFA, quando perdeu o título para a Juventus.

Foi também em 1990, que ele disputou a primeira das três Copas do Mundo, dentro de casa, e foi semifinalista, sendo eliminada na semifinal para a Argentina. Seu momento de maior brilho durante o Mundial aconteceu na partida contra a antiga seleção da Tchecoslováquia, quando fez um golaço.

Depois da Copa foi transferido à Juventus. Pelo que se diz a transferência aconteceu muito mais por uma vontade da Fiorentina do que por um desejo do camisa 10. A torcida, entretanto, não gostou de ter perdido o grande craque para uma rival e o clima ficou tenso em Florença, com muitos atos violentos. A saída de Roberto Baggio causou uma espécie de revolução em Florença.

Mas a Fiorentina realmente parece não ter saído do coração de Baggio, tanto que em 1991, durante um tenso duelo entre os dois clubes, em Florença, quando o time da casa lutava contra o rebaixamento e a Juventus ainda sonhava com o título, o camisa 10 teria se recusado a cobrar um pênalti nos acréscimos que poderia dar o empate. De Agostini cobrou e perdeu. Mas toda a revolta foi direcionada a Baggio.

Roberto Baggio, entretanto, também conquistou a torcida da Juventus, onde jogou até a temporada 1994/1995. Na temporada 1992/1993, foi campeão da Copa da UEFA e foi escolhido como o melhor jogador do mundo e chegou com esse status na Copa do Mundo.

No Mundial, mesmo com problemas físicos, conseguiu ser decisivo principalmente nas três fases de mata-mata que antecederam a final contra o Brasil.

Contra a Nigéria, nas oitavas-de-final, tirou forças não se sabe de onde para empatar o jogo, com um bonito gol, aos 43 minutos do segundo tempo, e levar a partida para a prorrogação, quando voltou a decidir, marcando o segundo, desta vez de pênalti.

Nas quartas, contra a Espanha, driblou Zubizarreta para marcar o segundo gol da Itália e garantir o triunfo, por 2 a 1, e a classificação. Na semifinal, contra a Bulgária, de Stoichkov, brilhou novamente, com dois bonitos gols e novo triunfo por 2 a 1.

Na final, Roberto Baggio foi quem mandou para longe a cobrança de pênalti que definiu o título para o Brasil, mas não será dado muito peso a esse lance, embora seja gigante, porque a carreira de Roberto Baggio foi muito maior e a Itália nem teria chegado à final caso não contasse com ele.

Na temporada seguinte, a de despedida com a camisa da Juventus, conseguiu o título italiano. Feito que repetiu já na temporada seguinte, em 1995/1996, com a camisa do Milan.

No Milan, jogou apenas duas temporadas, antes de atuar pelo Bologna, na temporada 1997/1998, em que se destacou e garantiu vaga na convocação para a Copa do Mundo de 1998.

 No Mundial, não fugiu à responsabilidade de cobrar um pênalti logo na abertura contra o Chile, convertendo a cobrança e garantindo um empate. Ainda fez um gol contra a Áustria. A equipe foi eliminada, na disputa de pênaltis, contra a seleção francesa de Zidane, nas quartas-de-final, acabando com a participação dele em Copas do Mundo.

Na temporada seguinte, foi para a Internazionale de Milão, onde fez grandes partidas ao lado de Ronaldo e Zamorano. Na internet é possível encontrar compilados de lances envolvendo esses três jogadores e as imagens impressionam ( https://youtu.be/xfbIGhL4jas ) e ( https://youtu.be/XA2-9g6mgzs ).

Depois da Inter, ainda brilhou no Bréscia, onde jogou com Guardiola, no final da carreira, e Pirlo, no início.

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