segunda-feira, 2 de junho de 2008

A mais nova cria do Vitória

Leandro Silva

Marquinhos, Marcos ou Bebeto. Pode chamá-lo de qualquer jeito que ele vai atender com um sorriso aberto. E, realmente, o meia-atacante do Vitória tem tido motivos de sobra para sorrir neste ano de 2008, em que conseguiu um dos primeiros objetivos de qualquer aspirante a craque: aparecer para valer no elenco profissional do seu clube. É um ano de mudança, em que os holofotes baianos se voltaram para o garoto do Prado, pequena cidade do Estado da Bahia.

E ele roubou a atenção quando, em uma das suas primeiras aparições como titular, chamou a imprensa local e pediu para que passasse a ser chamado de Bebeto. A idéia não colou, mas o motivo seria homenagear seus conterrâneos que o conhecem desta maneira desde pequeno.

Seria a terceira geração de uma linhagem de muito sucesso na Toca do Leão, a começar pelo atacante Bebeto Gama, tetracampeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos e também revelado pelo rubro-negro. E o segundo seria o volante Bebeto Campos, incansável na marcação, que trocou a base do Bahia pelo Vitória, junto com Newton Mota.

Na temporada passada, ainda conhecido apenas como Marcos, ele chegou a participar de alguns jogos no final da campanha do acesso do Leão à Série A, com o técnico Vadão. Mas foi neste ano que começou a se destacar ainda no primeiro turno do Campeonato Baiano, jogando na meia. Nada parecia estar dando certo para o Vitória, mas as suas boas atuações eram imunes às críticas.

Depois, ele se contundiu e passou a não ser mais utilizado como titular porque perdia muito peso durante os jogos e não agüentava os 90 minutos. Além de sofrer com a intensa movimentação de mercado promovida pelo Leão que contratava aos montes desde o início do ano, tentando acertar.

Acabou sendo preterido para a utilização de veteranos como Jackson e Ramon, demonstrando uma mudança clara na filosofia que norteou o clube desde a década de 90, com a valorização máxima dos pratas-da-casa. No time titular do Vitória, hoje, além dele, apenas o zagueiro Anderson Martins, muito contestado, é titular.

Ascensão

Com a saída de Vadão, técnico que o lançou, temia-se que Marquinhos perdesse espaço e tivesse sua evolução prejudicada. Ledo engano. Foi aí que o garoto deslanchou. E a senha para o sucesso foi a sua utilização como segundo atacante ao lado do experiente Rodrigão, sob o comando de Vagner Mancini. Ele pode continuar rendendo bem no meio-de-campo, sua posição de origem, mas no elenco do Vitória, hoje, as suas chances de ser titular no ataque são maiores.

O ponto alto foi o segundo Ba-Vi da fase decisiva do Campeonato Estadual, quando Marquinhos foi considerado o melhor em campo e ainda marcou o segundo gol dos 3 x 0 que recolocaram o Leão nos trilhos do título estadual. No fim das contas, foi o único jogador do Vitória na seleção do torneio e já recebeu uma proposta do futebol croata.

Marquinhos já fez um período de testes no Manchester United. A experiência no atual campeão europeu não durou muito, e as versões para isso são muitas. Uma das mais comentadas é que o Manchester teria desconfiado da idade real do meia-atacante e, por isso, optou por não investir na sua contratação. Com a bola no pé, de fato, ele vem demonstrando ser um garoto maduro - e um dos candidatos a revelação na Série A.

Ficha técnica

Nome completo: Marcos Antônio da Silva Gonçalves

Data de nascimento: 19/10/1989

Local de nascimento: Prado, Bahia

Clube que defendeu: Vitória

Texto publicado originalmente no Olheiros.net

Um comentário:

Anônimo disse...

o melhor jogador q nasceu em prado foi almir, era mais completo