terça-feira, 9 de novembro de 2010

Esquadrão (e nervos) de aço - América/MG 0x1 Bahia

O jogo parece que ainda não acabou enquanto escrevo este texto. A adrenalina ainda está transbordando em mim. Definitivamente, torcer para o Bahia deve ser muito mais emocionante do que praticar bungee jumping, para-quedismo, voo livre ou qualquer outro esporte dito radical. Para assistir, mesmo pela TV, ao triunfo do tricolor, fora de casa, sobre o quarto colocado da Série B, América Mineiro, foi preciso ter nervos de aço. E como é bom poder ver que o nosso Esquadrão está voltando a ser de aço. E não estou falando simplesmente de uma liga metálica formada em sua maior parte por ferro e carbono. Esse aço é constituído de raça, dedicação, amor, dor, riso, lágrimas. Pode parecer piegas, mas é isso que fez e faz o clube ser tão amado. Falta um triunfo para o Super Homem voltar ao seu planeta de origem. Nossa Krypton é a Série A.

No jogo, o matador Jael foi letal. Confesso que quando ele dominou a bola e girou eu gritei para TV: "devolve para Adriano". Parecia o mais óbvio, mas o futebol nãoé decidido pela obviedade. O camisa 11, contrariando a lógica, puxou para a perna esquerda (que não é a boa) e mandou para o gol. Surpreendeu a mim e, de quebra, ao goleiro Flávio, que não conseguiu alcançar.

Foi uma das poucas chances de gol do tricolor na partida. Ananias ainda conseguiu chutar para uma defesa do arqueiro, depois de grande jogada de Adriano. Michael Jackson ainda conseguiu a expulsão de Flávio, depois de receber grande lançamento de Jael. Se o árbitro da partida de sábado contra o Brasiliense tivesse expulsado o goleiro do Brasiliense em jogada semelhante (daquela vez foi pênalti) a história poderia ter sido outra.

Depois disso, foi só pressão. O América ficou com um a menos, mas parecia que estava com jogador sobrando. O Bahia recuou demais, mas a retranca deu resultado e quando a bola passava Fernando, ou a trave, salvaram. Para o jogo decisivo contra a Portuguesa, que está na quinta colocação, o tricolor terá os desfalques preocupantes de Fernando e Luizão.

Leandro também levou o terceiro amarelo, mas provavelmente deixaria a equipe para o retorno de Hélder. E foi muito bom ver o gigante Leandro do ano passado voltando a jogar muito bem em uma partida tão decisiva. Jael, tão criticado em outras oportunidades, inclusive por mim, teve uma ótima atuação. Fez o gol, deu o lançamento que causou a expulsão de Flávio, deu carrinho, tirou bola na defesa, e tentou segurar a bola na frente, sem tanto sucesso.

Foi o nono triunfo do Bahia fora de casa nesta competição. Números que ainda me impressionam toda vez que eu vejo. Se vencer o Bragantino, o tricolor terá conseguido o maior número de vitórias como visitante na história da Série B.

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