sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 06 - Inspirações para o tetra - publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 23.01.2020


Passada a largada do Campeonato Baiano, as atenções se voltam para a estreia do Bahia na Copa do Nordeste. Contra o Santa Cruz, neste sábado, o time principal tricolor iniciará a campanha em busca do tetra da competição regional. Bom momento, portanto, para relembrar como foram as conquistas de 2001, 2002 e 2017. Roger Machado terá a chance de igualar o feito do mestre Evaristo de Macedo, do ídolo Bobô, e de Guto Ferreira, comandantes nesses títulos. 

A primeira conquista aconteceu em 2001, em uma edição que colocou o futebol da região em evidência no País. Foi nela que a dupla de ataque formada por Robgol e Nonato deu os primeiros passos. E o jogo chave para o time e para os dois atacantes foi o Ba-Vi da nona rodada, vencido pelo Bahia por 4 a 1, com dois gols de cada. 

Foi a primeira vez que Evaristo escalou os dois juntos na competição. No momento em que o time vinha de uma goleada sofrida para o ABC e ainda tentava embalar no ano. Ao todo, fizeram 16 gols na competição, sendo 10 de Nonato, formado na base, que começava a deixar a sua marca de artilheiro, com a camisa 11.  

A equipe contava com outros destaques como o goleiro Emerson, e os meio-campistas Preto, Bebeto Campos e Capixaba. O time-base era formado por Emerson, Japinha, Carlinhos, Jean Elias e Jefferson; Bebeto, Preto, Capixaba e Alex Oliveira; Robgol e Nonato.  Aquele foi o primeiro de uma sequência de nove triunfos até o título. 

Na final, na Fonte Nova, o Bahia venceu o Sport, por 3 a 1, com um golaço de Preto e dois de Nonato. O time pernambucano contava com grandes jogadores como o goleiro Zetti, o lateral Rodrigo Chagas, o meia Valdo e o atacante Leonardo, mas não foi páreo para o Tricolor, que tinha eliminado o Fortaleza na semifinal.

No ano seguinte, Bobô encarou o primeiro desafio como treinador, depois que Evaristo foi para o Flamengo. Se a campanha de 2001 ficou marcada pela dupla de ataque, o título de 2002 teve a marca do trio elétrico formado pelos remanescentes Robgol e Nonato e pelo recém-chegado Sérgio Alves. O novo reforço marcou um dos mais lindos gols da Fonte, com uma bicicleta perfeita, contra o Fortaleza. 

Juntos, fizeram 32 gols. Sérgio Alves foi o artilheiro do certame, com 13 gols, seguido por Nonato, com 12. Robgol fez outros sete. O time-base era formado por Emerson, Daniel Alves, Marcelo Souza, Valdomiro e Chiquinho; Ramalho, Bebeto Campos e Preto; Sérgio Alves, Robgol e Nonato. 

A campanha na primeira fase foi de recuperação. Depois de eliminar o Náutico, na semifinal, com gol de Nonato, o Tricolor conquistou o título diante do Vitória. Na primeira partida da decisão, na Fonte Nova, um 3 a 1, com um gol de cada do trio de ataque. No jogo de volta no Barradão, um empate em 2 a 2, com dois gols de Nonato.

Em 2017, o Bahia tinha acabado de retornar à Série A e o técnico Guto Ferreira contava com boas opções ofensivas, como Régis, Zé Rafael, Allione, Edigar Júnio e Hernane Brocador. O time-base era formado por Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Édson, Renê Júnior, Régis, Zé Rafael e Allione; Edigar Júnio. 

Com oito triunfos, três empates e apenas uma derrota, o Tricolor fez uma campanha consistente, mas que empolgou para valer em uma reta final marcante. Na semifinal, depois de ser derrotado no Barradão, por 1 a 0, o Bahia deu o troco em um Ba-Vi inesquecível na Fonte Nova, vencendo por 2 a 0, com um golaço de Allione e outro de Régis, artilheiro do certame, com seis gols. Na decisão, depois de um empate fora contra o Sport, garantiu o título na Fonte, com um lindo gol de Edigar Júnio. 

publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 23.01.2020 

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