terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Valorização da história

Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho Nazareth, Leonardo e Jorginho; Bebeto, Aílton, Renato Gaúcho, Zico e Zinho.
A primeira decisão de Campeonato Brasileiro que eu assisti foi Flamengo e Internacional, na Copa União de 1987. Tinha seis anos e estava na casa de minha avó, ao lado de meu tio Julimário, flamenguista de coração. Não tinha nenhuma dúvida de que ali, naquele confronto, iria ser decidido qual o melhor time do ano no País. E foi.

O Flamengo tinha um timaço e ficou com o título após um triunfo, por 1 a 0, no Maracanã, depois de um empate no Beira-Rio. O meu nome havia sido escolhido em homenagem a um dos zagueiros daquela equipe, que anteriormente, segundo meu pai, tinha sido o melhor lateral-direito que ele já viu jogar. Menos de um ano após o título eu escolheria o nome de meu irmão para homenagear Renato Gaúcho. Ainda tinha Zico, um gênio. Sem falar em outros craques como Leonardo, Jorginho, Andrade, Bebeto e Zinho.

Por tudo isso, era muito injusto que o título fosse contestado. E não apenas para os flamenguistas. Aquele era um golpe contra a história. Contra a memória do futebol. E eu sigo na minha cruzada em favor da valorização das conquistas e dos ídolos. Infelizmente, foi tanta demora, tanta picuinha para a CBF reconhecer o que todo mundo sabia que um dos campeões, o goleiro Zé Carlos, faleceu antes desta oficialização.

Só continuo achando uma coisa errada nisso tudo. Dividir o título. O Flamengo foi o único campeão do Brasileiro de 1987. Como Zico disse, o Sport ganhou o título de graça. É como se o Fluminense se recusasse a enfrentar o Coritiba no ano passado e o time paranaense fosse considerado campeão brasileiro da primeira divisão.

O Sport é campeão nacional, com toda justiça, pelo título épico da Copa do Brasil, conquistado, dentro de campo em 2008, superando o Corinthians, na decisão. Em 1987, o título foi do Flamengo. E o Bahia continua sendo o único~clube nordestino campeão brasileiro.

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