segunda-feira, 11 de junho de 2007

Os craques da dupla Ba-vi no controle

Leandro Silva
O Winning Eleven faz sucesso também entre os jogadores de futebol profissional. No Bahia, as concentrações são animadas pelo jogo eletrônico. Os craques do joystick no clube são Rafael Bastos e Danilo Rios. Rafael não gosta de outros games. Começou a jogar com 12 anos, ainda no antigo Super Star Soccer, o embrião do Winning Eleven. “É bom para passar o tempo e é muito bem feito”, elogia.

Rafael luta para jogar com o Manchester United. “Por causa do Cristiano Ronaldo”, explica. O atacante português faz sucesso no Fazendão. Danilo e Ávine também têm preferência pelo Manchester. “Cristiano Ronaldo é o cara”, conta, em tietagem explícita, o lateral.

Coincidência ou não, essa foi a mesma frase utilizada pelo rubro-negro Apodi, para justificar a sua preferência pelo Manchester, quando enfrenta seus companheiros. Mas na verdade, o lateral-direito conta que joga mais sozinho porque o joguinho não faz tanto sucesso, na Toca. O lateral Alysson, por exemplo, não se interessa. “Não sei nem pra onde vai o vídeogame”.

Master Liga – O jeito, para Apodi, é jogar a Master Liga. Nesse campeonato, ele joga com a Juventus, da Itália. “Eu sou um bom negociador. Só tem fera no meu clube”, gaba-se Apodi. No seu time, que conta com Henry, Adriano, Nedved, Vieira, Roberto Carlos e Ferdinand, ele fica no banco de reservas. O titular da lateral é o, hoje, meia-atacante da Roma, Mancine. “Quando eu entro em campo, é lá na ponta direita, pra não marcar ninguém”, conta.

Márcio, campeão goiano deste ano pelo Atlético Goianiense, é outro fã da Master Liga. A sua Internazionale é escalada com Toldo, Zanetti, Thuram, Puyol, Serginho, Makelele, Vieira, Totti, Ronaldinho, Ibrahimovic e Adriano. Nos seus tempos de Bahia, o goleiro conta que Cícero era o seu maior rival. “Ele dava testa mesmo. O cara é bom”.

Representação – Apodi reclama que suas qualidades vieram muito fracas no jogo. Mas fisicamente estava bem parecido. “Eu só dei uma subida no meião para cima do joelho e coloquei uma chuteira vermelha, ficou igualzinho”.

No Fazendão, os jogadores também já se viram dentro do jogo, na equipe do Bahia. “É uma sensação muito legal poder jogar comigo mesmo”, diz Danilo. “Rola muita gozação com os colegas por causa de algumas características que vêm no jogo”, conta Rafael, que diz também que, assim como Apodi, os jogadores ficaram na bronca com as suas qualidades representadas. “Fizeram a gente muito fraquinho. Mas as características físicas ficaram legais”. Danilo Rios também encontrou defeitos em sua cópia. “O problema foi que me colocaram destro”.

A disputa é forte no Fazendão. “A rivalidade é grande porque o nível é muito bom”, afirma Rafael. Danilo faz uma ressalva. “Ávine é o mais fraquinho”. Mas o lateral se defende. “O mais fraco não sou eu, não. Pra ganhar de mim, dá trabalho”.

Um comentário:

Arthur Virgílio disse...

Muito legal a reportagem. É de matérias assim, que o torcedor fica conhecendo seus ídolos e o que eles fazem. Se o WE é uma febre entre os amantes do futebol, imagina entre os boleiros.