Bahia e Santos fizeram um jogaço nesta domingo, mas o resultado de 2 a 1 em favor do time paulista foi injusto. E não foi apenas por causa da melhor atuação da equipe baiana, que finalizou 21 vezes, contra 10 do alvinegro, mas principalmente porque quando o jogo estava empatado, em 1 a 1, o árbitro ignorou um pênalti mais do que claro do volante improvisado na lateral, Adriano, em Ávine. O tricolor perdeu chances de gols incríveis, com Marcos, Jones e Gabriel, mas teve muitos méritos em criá-las, mas neste lance o árbitro impediu que o Esquadrão tivesse a chance de pular à frente do marcador.
Com a derrota, o Bahia caiu para a 14ª colocação, com 20 pontos, e se aproximou da zona de rebaixamento, pois está apenas três pontos à frente do Atlético Paranaense. No jogo, o tricolor fez mais uma grande atuação neste Brasileiro, mas voltou a ficar no quase. Antes do Brasileiro começar, muita gente fazia brincadeira com o fato de que o time baiano levaria uma goleada histórica do Santos, seria um verdadeiro massacre, mas não foi isso que aconteceu.
O curioso é que nas duas derrotas do time em Pituaçu neste campeonato (contra Santos e Corinthians), a atuação foi melhor do que nos cinco empates (Flamengo, Atlético Mineiro, Botafogo, Coritiba e Internacional) e até mesmo nos dois triunfos (Figueirense e Atlético Goianiense). Contra o Corinthians, o Bahia também dominou o jogo todo, mas ainda havia a desculpa de que o time paulista fez logo o que queria, saindo na frente, com um gol de pênalti, e depois se segurou como pôde.
Contra o Santos, a história poderia ter se repetido, já que o time paulista abriu o placar logo aos três minutos com Neymar, cobrando pênalti sofrido por Ganso. Aproveitando o embalo, o alvinegro quase ampliou quando Neymar recebeu lançamento, tirou Lomba do lance, e chutou para Ávine salvar. Passado o susto, o Bahia deu testa. Foi pra cima. Não teve medo. Jogou como grande, que é, e encurralou, por muitas vezes, o Peixe. Chegou a balançar as redes, aos 25 minutos, com Júnior, em rebote de cabeçada de Fahel, mas o gol foi anulado, acertadamente, por impedimento.
Antes disso, Júnior, que fez sua melhor partida no tricolor, já tinha obrigado Rafael a fazer uma excelente defesa e acertado o travessão em uma cabeçada. Também já tinha deixado Jones de cara para perder uma chance incrível. E foi recompensado aos 28 minutos, quando Marcos, que já tinha perdido um gol incrível aos 22 minutos, chutou, Rafael salvou, e ele empurrou para gol, empatando.
Marcos ainda fez uma ótima cobrança de falta, exigindo excelente defesa do goleiro Rafael, aos 33 minutos. No final do primeiro tempo, o goleiro que era a principal figura do jogo se chocou com Carlos Alberto, em uma bola dividida, e levou a pior, com um corte na cabeça que o deixou zonzo. Ele permaneceu em campo até o final da primeira etapa, sem ser mais exigido, mas foi substituiído pelo baiano Vladimir no intervalo.
No segundo tempo, o Bahia continuou melhor, mas quase leva um gol em um vacilo de Paulo Miranda. Ganso tentou fazer de direita, mas acertou a trave. Ávine, que fez seu melhor jogo na Série A, estava entortando os marcadores, tanto que foi derrubado na área por Adriano, mas o árbitro não marcou um dos pênaltis mais claros na temporada. Júnior e Marcos, que jogaram muito, deixaram o campo para as entradas de Reinaldo e Gabriel.
E aos 29 minutos, tinha tudo para acontecer um lance que todo jornalista como eu, que valoriza a história, adora. Gabriel, neto de Flávio, titular na conquista do primeiro Brasileiro do Bahia, em 1959, em cima do próprio Santos, recebeu livre na área, pela esquerda. Tinha tudo para fazer o gol da virada, o seu primeiro na equipe principal, mas ele se ajeitou, se ajeitou, se ajeitou, e o gol foi todo preenchido por santistas. Um incrível gol perdido.
René Simões ainda fez mais uma alteração. Ricardinho entrou no lugar de Diones. O camisa 80 entrou bem, mas o nome certo para sair seria Carlos Alberto, que fez uma ótima partida, mas já estava esgotado. Até que, aos 36 minutos, o atacante Alan Kardec, que tinha entrado no lugar de Borges, fez o gol que garantiu o triunfo santista, depois que Lomba cortou uma bola cruzada após escanteio para a frente da área.
Bahia: Marcelo Lomba, Marcos (Gabriel), Paulo Miranda, Titi e Ávine; Fahel, Marcone, Diones (Ricardinho) e Carlos Alberto; Jones e Júnior (Reinaldo).
Santos: Rafael (Vladimir), Adriano, Bruno Rodrigo, Durval e Léo; Arouca, Henrique, Elano (Bruno Aguiar) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec).
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| Torcida tricolor está na bronca, com razão, com as arbitragens |
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