sexta-feira, 30 de maio de 2008

Apenas um vértice do quadrado mágico amanhã

Leandro Silva

Do chamado quadrado mágico que enchia os brasileiros de esperança antes da Copa do Mundo de 2006, ele parece ter sido o vértice que ficou mais queimado no Mundial, chegando a perder a posição durante a competição. Mas, dois anos depois, o Imperador Adriano é o único remanescente do quadrado mágico presente para o jogo de amanhã contra a seleção do Canadá.

Ronaldo, o fenômeno, se transferiu pro Milan e, sem conseguir repetir as boas atuações, teve mais uma lesão grave no joelho. Hoje, está afastado dos gramados e com o futuro incerto nos gramados. Ainda se envolveu recentemente em um escândalo com travestis.

Enquanto isso, Ronaldinho Gaúcho, deixou de ser unanimidade no Barcelona, entrou em rota de colisão com o clube e depois ainda se contundiu. Também está parado e ainda não sabe se continua no Barcelona para a próxima temporada.

Kaká é um caso a parte. O meia não está nem passou por má fase, mas o atual melhor jogador do mundo, eleito pela FIFA, fez uma cirurgia no joelho e desfalca amanhã o time de Dunga. Ainda está se recuperando no Reffis do São Paulo, clube que o revelou.

A queda – Então só sobrou o Imperador para contar histórias do quadrado, mas a caminhada de volta de Adriano não foi tranqüila. O atacante passou por péssimos momentos dentro de campo, na Internazionale de Milão, e pior ainda fora deles, com os problemas com o alcoolismo.

A situação decadente, iniciada com a perda do pai, se tornou tão insuportável que a mãe dele, Dona Rosilda, chegou a admitir recentemente que o filho chegou a pensar em suicídio.

As portas começaram a se fechar para ele no Velho Continente e ficava cada vez mais desacreditado até na Internazionale, onde tinha tratamento digno de Imperador, anteriormente.

Recomeço– Decidido a recuperar a alegria de viver e também o bom futebol e os gols que o consagraram, Adriano resolveu recomeçar do zero. E voltou ao Brasil. O clube escolhido foi o São Paulo que já tinha recuperado recentemente Amoroso e Ricardo Oliveira preparando-os para o retorno ao futebol europeu.
No tricolor paulista, estreou fazendo dois gols contra o Guaratinguetá, mas logo se envolveu em polêmica ao atrasar para um treino. E ainda ‘exigiu’ que fosse chamado de Imperador.

Depois disso, deslanchou a balançar as redes, e já marcou 17 vezes com a camisa tricolor. Ele recuperou o futebol, a auto-estima e andou ausente dos noticiários negativos. O suficiente para voltar à Seleção como principal estrela para o jogo de amanhã contra o Canadá.

Também atacantes, Robinho e Luís Fabiano devem brigar com o Imperador por vagas no time e também pelos holofotes nas terras do Tio Sam. (L.S.)
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008

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