domingo, 9 de setembro de 2012

Massacre tricolor - Vasco 0x4 Bahia

O torcedor tricolor que vê a atuação do Bahia na goleada sobre o Vasco, em São Januário, por 4 a 0, fica eufórico, comemora, perturba, mas no fundo fica com uma certa angústia traduzida em forma de pergunta: por que não começou a jogar assim antes? Fica um certo sentimento de desperdício no ar, afinal, caso as atuações e resultados do time no segundo turno tivessem acontecendo desde o início, o Bahia poderia estar fazendo uma campanha com pretensões maiores do que a simples permanência na Série A.

Como não dá para voltar no tempo, o melhor é deixar essa angústia para trás e continuar com a euforia dos grandes triunfos recentes contra Santos, São Paulo e Vasco, e torcendo para que o tricolor, que é a melhor equipe do segundo turno (com três triunfos e um empate contra o antigo líder, Atlético Mineiro) continue nesse ritmo. 

Não custa nada, entretanto, tentar entender o que fez o Bahia mudar tanto. Sempre insisti, neste blog e em conversas com conhecidos, que o elenco era bom, um dos principais problemas era de treinador. Falcão depois da conquista do Baiano fazia um péssimo trabalho no Brasileiro, enquanto Caio Júnior foi melhor que o antecessor, mas não conseguiu fazer com que o time passasse confiança. A sua contribuição para a melhoria do setor defensivo, entretanto, é inegável. Faltava fazer com que o time criasse mais, tivesse mais posse de bola ofensiva, e isso veio com Jorginho. 

Junto com o novo treinador, veio uma cobrança maior, segundo palavras de Jones Carioca ainda no gramado de São Januário,veio também uma escalação melhor, um ambiente melhor e o retorno da confiança ao time. Jorginho também foi beneficiado por encontrar um Departamento Médico menos movimentado do que de costume durante todo o primeiro turno. 

Falando do jogo em si, o Bahia dava mostras de que poderia sair com os três pontos desde o início, pois não se afobou e tomou conta do jogo, sem ser ameaçado pelo Vasco. O que não dava para imaginar era o show que começaria bem perto do final do primeiro tempo, quando Souza cortou de cabeça uma bola cruzada em escanteio, Jones puxou o contra-ataque e tocou para Hélder, que deu um ótimo lançamento para Diones. O volante tocou para Jones, que vinha correndo de lá de trás e passou pelo marcador, no lado direito da área e cruzou para Souza fechar a jogada iniciada, novamente, de cabeça.

No segundo tempo, o Vasco parecia atordoado e o que é que se faz quando um adversário está zonzo? Bate mais forte ainda para derrubá-lo e "Bones" Jones nocauteou o alvinegro com dois gols. O primeiro mostrou que era o dia dele, que perdeu o gol, mas teve a chance de, no rebote, mandar para as redes. Depois, veio o gol mais bonito do jogo: Souza deu um lançamento fantástico, Jones tirou o goleiro do lance e empurrou para as redes.

Por fim, Souza marcou seu segundo na partida e o sétimo na competição fechando o placar em 4 a 0. E tinha espaço para fazer mais. No entanto, o time passou a administrar o resultado, perdendo mais algumas oportunidades, principalmente com Souza. Individualmente,o time inteiro esteve muito bem. Não teve quem decepcionasse. Jones e Souza, entretanto, foram os protagonistas, com dois gols e uma assistência cada.

Vasco 0x4 Bahia - Souza (2) e Jones Carioca (2)
Vasco: Fernando Prass, Jonas, Douglas, Luan e Fabrício Carioca; Nilton, Fellipe Bastos, Juninho Pernambucano, John Cley (Carlos Tenório), Éder Luís (Eduardo Costa) e Alecsandro.
Bahia: Marcelo Lomba, Neto, Danny Morais, Titi e Jussandro; Fahel (Kleberson), Diones, Hélder; Zé Roberto (Mancini) e Jones Carioca (Elias); Souza

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