terça-feira, 1 de abril de 2008

Bode audacioso busca o título

Leandro Silva

O Bode quer se juntar a Fluminense e Colo-Colo na galeria dos campeões baianos do interior do Estado. A campanha do time dá esperanças para que isso aconteça.
Em segundo lugar na classificação geral, o Vitória da Conquista chegou a tirar a liderança do Bahia em duas oportunidades e disputou até a última rodada o título simbólico de campeão da primeira fase encerrada domingo.

O atacante Diogo, com experiência de ter atuado no Bahia e no Vitória, utiliza o velho discurso de união do grupo para tentar explicar a força do Bode.

Há alguma rodadas, Diogo, hoje com 10 gols, era o artilheiro da equipe e esperava a chance de superar Souza e ficar com a artilharia do campeonato, que escapou em 2006, quando foi vice-artilheiro.

“Naquele ano, Ednei estava iluminado. Eu estava. E ele muito mais. Fazia gol de todo jeito”, lamenta o bem humorado atacante. Mas hoje, o artilheiro da equipe e jogador que tem mais chances de tirar a coroa de Souza é o companheiro Tatu, com 13 gols.
Ofensividade –O camisa 11 tem uma movimentação que impressiona e casa bem com as características de Diogo e com a qualidade de toque de bola do Bode.

A coragem do técnico Elias Borges de priorizar a qualidade técnica dos seus jogadores na hora de escalar o time também deve ser ressaltada. O time não se acanha diante dos adversários.

A ofensividade do time pode ser exemplificada pelos laterais Rafael e Carlinhos, meias de origem, e de qualidade de ataque. Rafael é o terceiro artilheiro, com 8 gols.

O ataque é bem assíduo e apenas uma vez passou em branco, quando levou 1 a 0 do Camaçari. O mau desempenho do ataque nessa partida deve ter ficado entalado na garganta já que, no segundo turno, o Bode deu 5 no Camaça.

Equílibrio – Mesmo com a ofensividade que lhe garante o segundo melhor ataque da competição, não se descuida completamente do setor defensivo e tem a segunda defesa menos vazada.

Um grande trunfo para o Bode é o mando de campo. O time é o melhor ao lado da sua torcida. De 11 partidas, venceu dez e perdeu apenas para o Bahia. Mas, fora de casa, o aproveitamento supera apenas o do Itabuna. Nos confrontos contra os finalistas, o Bode leva vantagem contra o Itabuna e o Vitória.

Time-base – Rodrigues, Rafael, Artur, Sílvio e Carlinhos; Eder Silva, Edmar, Narcízio e Kléber; Tatu e Diogo. (L.S.)

Matéria publicada originalmente na edição do Jornal A Tarde do dia 1º de abril de 2008

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