sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Guia das Eliminatórias Sul-americanas

Leandro Silva

ARGENTINA

Copas disputadas: 14 (1930, 58, 62, 66, 74, 78, 82, 86, 90, 94, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental de Núñez (Buenos Aires, 66.449 lugares)
Principal jogador: Lionel Messi
Fique de olho: Sergio Agüero
Técnico: Alfio Basile
Posição no ranking da Fifa:
Retrospecto contra o Brasil: 33 vitórias, 22 empates e 36 derrotas
Time-base: Abbondanzieri, Zanetti, Gabriel Milito, Demichelis, Heinze; Mascherano, Cambiasso, Maxi Rodriguez, Riquelme; Messi e Tevez.

Maior favorita a uma das quatro vagas, junto com o Brasil, a Argentina vivia um grande momento até a derrota na final da Copa América, para a Seleção Brasileira.
Lionel Messi, do Barcelona, é um dos jogadores que melhor está atuando nesta temporada e pode assumir um papel de protagonista. Boas opções ofensivas não faltam. Carlitos Tevez e Agüero devem brigar pela 2ª vaga do ataque. Riquelme não vem atuando pelo Villarreal e a falta de ritmo pode atrapalhar.

BOLÍVIA

Copas disputadas: 3 (1930, 50 e 94)
Classificação nas últimas Eliminatórias: 10º
Estádio: Ernando Siles (La Paz, 45.000 lugares)
Principal jogador: Marcelo Moreno
Fique de olho: Arce
Técnico: Erwin Sanchez
Posição no ranking da Fifa: 90º
Retrospecto contra o Brasil: 4 vitórias, 2 empates e 18 derrotas
Time-base: Galarza, Hoyos, Raldes, Peña, Soliz; Lima, García, Vaca; Juan Carlos Arce, Marcelo Moreno e Jaime Moreno.

A principal arma do time boliviano continua sendo a altitude de La Paz que aterroriza os adversários. Mas, hoje, o técnico Erwin ´Platini´ Sanchez pode dizer que possui algum talento ofensivo à sua disposição, principalmente com o meia Vaca e os atacantes Marcelo Moreno, do Cruzeiro, e Juan Carlos Arce, do Corinthians, além do veterano Jaime Moreno, do DC United. A primeira meta é deixar de ser o saco de pancadas do continente. Para isso, precisa conseguir vencer fora de casa.

COLÔMBIA

Copas disputadas: 4 (1962, 90, 94 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio:El Campín (Bogotá, 46.018 lugares)
Principal jogador: David Ferreira
Fique de olho: Radamel Falcão Garcia
Técnico: Jorge Luis Pinto
Posição no ranking da Fifa: 24º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 5 empates e 14 derrotas
Time-base: Agustin Julio, Zuniga, Walter Moreno, Mosquera, Estiven Velez; Amaya, Carlos Sanchez, Castrillon, David Ferreira; Radamel Falcão Garcia e Renteria.

Desde a Copa do Mundo de 1994, quando Pelé apontou a Colômbia como favorita ao título e acabou eliminada na primeira fase, nunca mais a seleção do país conseguiu repetir os bons resultados e o bom futebol. O principal jogador do time colombiano, hoje, é o baixinho David Ferreira, do Atlético Paranaense. Renteria, Rodallega, Falcão García, Grisales além do goleiro Zapata são bons jogadores. Falta formarem um grande time.O zagueiro Ivan Cordóba está fora da seleção.

CHILE

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 62, 66, 74, 82 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Nacional (Santiago, 77.500 lugares)
Principal jogador: Marcelo Salas
Fique de olho: Matías Fernández
Técnico: Marcelo Bielsa
Posição no ranking da Fifa: 47
Retrospecto contra o Brasil: 7 vitórias, 12 empates e 44 derrotas
Time-base: Bravo; Alvarez, Riffo e Ponce; Arturo Vidal, Maldonado, Fierro; Matias Fernandez, Mark Gonzalez; Suazo e Salas

Desde 1998, o Chile não disputa uma Copa do Mundo. Com bons jogadores jovens no país, a expectativa por uma possível classificação é boa. O atacante Marcelo Salas, da Universidad de Chile está de volta à seleção. Já o ´Mago´ Valdivia, do Palmeiras, não foi convocado depois de problemas disciplinares durante a última Copa América. O volante Maldonado, do Santos, é um dos líderes do grupo. Outros destaques são Arturo Vidal, Mark Gonzales, Suazo e Matías Fernández.

EQUADOR

Copas disputadas: 2 (2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Olímpico Atahualpa (Quito, 40.000 lugares)
Principal jogador: Edison Mendez
Fique de olho: Luis Antônio Valencia
Técnico: Luis Fernando Suárez
Posição no ranking da Fifa: 57º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 2 empates e 21 derrotas
Time-base: Daniel Viteri; De la Cruz, Iván Hurtado, Giovanny Espinoza, Neicer Reasco; Segundo Castillo, Luis Antonio Valencia, Edison Méndez, Cristian Lara; Cristian Benitez e Carlos Tenório.

O Equador esteve presente nas duas últimas Copas. Na última, inclusive, surpreendeu e conseguiu chegar às oitavas-de-finais. Além do bom resultado, os equatorianos apresentaram um grande futebol no Mundial. Mas a má campanha na última Copa América acende um sinal de alerta. O time ainda conta com muitos veteranos e uma renovação já se faz necessária. A altitude de Quito continuará sendo uma arma fundamental para classificação. Em campo, Valencia e Mendez são os principais destaques.

PARAGUAI

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 58, 86, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Defensores del Chaco (Assunção, 36.000 lugares)
Principal jogador: Roque Santa Cruz
Fique de olho: Jonathan Santana
Técnico: Gerardo Martino
Posição no ranking da Fifa: 31º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: Justo Villar; Caniza, Paulo da Silva, Julio Cesar Cáceres e Claudio Morel Rodriguez; Víctor Cáceres, Edgar Barreto, Bonet e Cristian Riveros; Nelson Haedo Valdez e Roque Santa Cruz

Até bem pouco tempo atrás, os principais talentos da seleção paraguaia costumavam ser do setor defensivo. Mas essa tendência mudou. Hoje, o técnico Gerardo Martino tem a sua disposição bons atacantes como Roque Santa Cruz, Nelson Haedo Valdéz, Oscar Cardozo e Cabañas. Até para formar uma dupla de ataque titular é difícil, o problema é que o time insiste em jogar defensivamente e, hoje, a defesa não é mais tão boa como na época em que contava com Gamarra.

PERU

Copas disputadas: 4 (1930, 70, 78 e 82)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental (Lima, 80.093 lugares)
Principal jogador: Jefferson Farfán
Fique de olho: Paolo Guerrero
Técnico: José del Solar
Posição no ranking da Fifa: 52º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: León Butrón; Alberto Rodriguez, Galliquio, Acasiete, Walter Vílchez; Juan Vargas, Nolberto Solano, Henry Quinteros, Jose Paolo Guerrero, Claudio Pizarro e Jefferson Farfán.

Distante das Copas desde 1982, o Peru inicia mais uma caminhada em busca do retorno aos mundiais. Tem alguns bons atacantes de relativo sucesso no futebol europeu, como Jeferson Farfan, Claudio Pizarro e Jose Paolo Guerrero, mas a equipe não inspira confiança. Para as duas primeiras partidas, o ex-atacante do Vitória Flavio Maestri foi convocado para substituir Guerrero, contundido. O lateral-esquerdo do Grêmio Martin Hidalgo é outro jogador com ligação com o Brasil na seleção peruana.

URUGUAI

Copas disputadas: 10 (1930, 50, 54, 62, 66, 70, 74, 82, 86, 90 e 2002)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Centenário (Montevidéu, 76. 609 lugares)
Principal jogador: Diego Forlan
Fique de olho: Maxi Pereira
Técnico: Óscar Tabarez
Posição no ranking da Fifa: 19º
Retrospecto contra o Brasil: 20 vitórias, 19 empates e 31 derrotas
Time-base: Carini, Maxi Pereira, Lugano, Diego Godín, Jorge Fucile;
Diego Pérez, Pablo García, Cristian Rodríguez; Luis Suárez, Fórlan e Loco Abreu

O Uruguai, bicampeão mundial, já não tem mais a mesma força, mas se engana quem pensa que pode ser considerado um adversário fácil de ser batido. Na Copa América, chegou às semifinais e só foi derrotada nos pênaltis pela Seleção Brasileira.
O excelente momento de Acosta, vice-artilheiro do Brasileiro, leva a acreditar que o ídolo do Náutico deveria ter uma vaga no time titular de Oscar Tabarez, no entanto, ele não é nem convocado. Forlan e Lugano são os destaques. Recoba está ausente.

VENEZUELA

Copas disputadas: Nenhuma
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Não possui um fixo
Principal jogador: Juan Arango
Fique de olho: Oswaldo Vizcarrondo
Técnico: Richard Páez
Posição no ranking da Fifa: 58º
Retrospecto contra o Brasil: 0 vitórias, 0 empates e 17 derrotas
Time-base: Renny Vega; Luis Vallenilla, José Manuel Rey, Alejandro Cichero, Rojas; Luis Vera, Miguel Mea Vitali, Guerra, Ricardo Páez; Juan Arango e Giancarlo Maldonado.

Algum tempo atrás, enfrentar a Venezuela significava três pontos para o felizardo da rodada. Era também uma boa oportunidade para melhorar o saldo de gols. Hoje, a realidade é outra. A seleção vinotinto continua não sendo um bicho papão, mas a popularidade do futebol no país cresceu assustadoramente e o time já consegue tirar pontos preciosos dos outros países. Tem, inclusive, bons jogadores, como Arango, do Mallorca da Espanha. A questão é se isso pode ser suficiente para conseguir chegar à primeira Copa na história. Ainda parece pouco.

Um comentário:

Dassler Marques disse...

velho, belo resumo!
tbm fiz algo similar lá no meu blog.

abração
Dassler