terça-feira, 10 de junho de 2008

Levanta, sacode a poeira

Leandro Silva

Desde o dia 6 de abril quando o Bahia estreou no quadrangular decisivo do Campeonato Baiano com um empate por 0 a 0 com o Vitória da Conquista, Adilson não entrava em campo. Na partida seguinte, contra o Itabuna, Ávine se destacou e ficou com a camisa 6. O exílio das quatro linhas do lateral durou dois meses, até ele entrar e se destacar na vitória do Bahia por 2 a 1 contra o Criciúma no último sábado. Sua estréia coincidiu com a do técnico Arturzinho e da volta do bom futebol, esquecido desde a goleada contra o Vitória da Conquista pelo Baiano.

“Eu considerei sábado como uma reestréia e foi muito boa. Tanto pela minha atuação quanto da equipe, que teve uma pegada muito forte. A marcação foi muito boa”, disse o lateral.

Ele que costuma se destacar por causa dos cruzamentos aéreos deu logo uma amostra da sua especialidade na sua volta à equipe titular, com um ótimo cruzamento para o primeiro gol do jogo, marcado, de cabeça, por Galvão. Ele conta o segredo dos bons cruzamentos. “É o dom de Deus e muito trabalho. Um pouquinho de cada. Quando o jogador trabalha sério, cresce sempre”, disse.

No Campeonato Baiano deste ano, Adilson começou se destacando, até mais do que na Série C do ano passado, até se contundir na nona rodada, contra o Poções e voltar apenas na 19ª rodada contra o Feirense. Depois, sem repetir as boas atuações do início do ano foi perdendo espaço até ser retirado do exílio pelo seu comandante do ano passado, Arturzinho, que já o alçou à condição de titular.

“Ele me colocou por causa da confiança que ele tem por mim por eu ter mostrado um bom futebol e fiquei muito feliz”, disse.

Concorrência – Para completar o cenário favorável à sua permanência na equipe titular, seu concorrente à vaga, Ávine, foi testado no meio de campo e também realizou grande partida contra o Criciúma, podendo ser mantido nesta função quando voltar da suspensão pelo terceiro cartão amarelo, que vai tirá-lo da partida contra o Paraná, sábado.

Ávine ainda não foi o mesmo da atuação brilhante no primeiro Ba-Vi do quadrangular decisivo, quando o Bahia venceu por 4 a 1, mas não lembrou nem de longe a figura apagada que errava praticamente todos os lances nas últimas partidas pela Série B.
“Ávine é um excelente jogador. E é muito inteligente, tanto atuando na lateral quanto no meio. Por isso, ele vai se dar bem no meio de campo e ainda vai me ajudar”, diz Adilson, rindo.

O lateral tem 27 anos e está no maior clube da sua carreira. Antes, atuou no Marília, quando cruzou o caminho tricolor em uma das fases decisivas da segunda divisão de 2004, no Santo André, quando subiu para a Série B, no Noroeste, quando chegou a A-1 paulista, e agora luta por um segundo acesso pelo Bahia.

Outro lado – Se a torcida ficou satisfeita com o desempenho dos dois laterais canhotos do elenco na partida em Santa Catarina, o mesmo não se pode dizer da outra lateral. Luciano Baiano voltou a não convencer e a estréia de Thiago Maciel, ex-Vasco, no sábado já ganha força.

Não deve ser a única alteração com relação à equipe que venceu a segunda partida na competição. Com a suspensão de Ávine, uma vaga fica aberta no meio de campo, e a briga deve ser entre Rivaldo e Ananias. A escolha deve ser baseada na postura que o time deve ter, mais ofensiva, no caso de Ananias, ou mais defensiva, no caso de Rivaldo.

A outra mudança pode ser a aguardada estréia de Alison na Série B. Depois de passar quatro rodadas contundido e ter sido liberado da primeira pelo nascimento da filha, o beque finalmente deve ser liberado para atuar. Com isso, Cléber Carioca deve aguardar outra chance.

Além de Alison, Fábio já está liberado. Marcone deve voltar a treinar normalmente hoje. Seu retorno à equipe pode alterar o esquema, ou ele pode voltar a jogar no meio de campo.

Ontem, houve apenas treino físico no Fazendão visando a partida do próximo sábado contra o Paraná. O técnico Arturzinho estava no Rio de Janeiro, cuidando de detalhes da sua mudança.

Ataque – A julgar pelo aproveitamento na última partida, a dupla de ataque formada por Galvão e Bruno Cazarine deve ser mantida. Depois de quatro jogos, foi a primeira vez que uma dupla de frente que iniciou a partida pelo Bahia conseguiu marcar.
A última vez tinha sido na goleada de 5 a 0 sobre o Vitória da Conquista pela fase final do Baiano. Naquela partida atípica, Pantico fez três e Cristiano fez um. Os dois já foram embora. Charles, que entrou depois, também fez gol naquele jogo.
A última vez que dois atacantes marcaram no mesmo jogo tinha sido em 17 de fevereiro, quando Pantico e Didi marcaram contra o Fluminense de Feira.

Corpo Mole– A boa atuação da equipe na estréia de Arturzinho voltou a gerar as insinuações de que os jogadores estavam fazendo corpo mole para derrubar Comelli. Os atletas se apressam em negar.

“Não houve nada. Eu falo por mim. O que houve foi Arturzinho dar motivação até para quem não estava jogando, como eu. Ele deu muita moral para todos os jogadores”, diz Adilson.

Ainda em campo, depois da partida de sábado, Elias falou para a TV Bahia, negando a situação, mas criticando Comelli.


Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 10/6/2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A Copa das estrelas

Leandro Silva

Amanhã, quando a bola rolar para Suíça e República Tcheca, vai começar a Copa do Mundo sem o Brasil e a Argentina, como é de costume se referir à Eurocopa, devido ao seu nível elevado. Mas se a Seleção Brasileira não participa da competição continental de maior prestígio do mundo, por questões geográficas, o País estará representado por seis jogadores e mais um treinador, o mesmo que levou o Brasil ao título mundial em 2002, na Alemanha, Luis Felipe Scolari.

Jogadores são seis: Pepe e Deco, de Portugal; Kuranyi, da Alemanha; Marcos Senna, da Espanha; Roger Guerreiro, da Polônia e Mehmet Aurélio, da Turquia. E poderia ser mais se Eduardo da Silva, atacante da Croácia, não estivesse fora por causa de uma lastimável lesão sofrida em um jogo pelo Arsenal.

A Argentina tem presença também na seleção italiana com o meia-atacante Camoranesi. Puro reflexo da naturalização desenfreada de jogadores com o intuito de atuar por outras seleções. O sentido de patriotismo é deixado de lado, mas não deixa de ser uma atração a mais para o torneio.

Na Euro de 2004, por exemplo, a presença de Deco e Felipão na seleção lusa fez com que muitos brasileiros torcessem pelo título português, que acabou não acontecendo depois de perder a final, em casa, para a Grécia, em uma zebra histórica.
Será que este ano o bicho listrado vai passear pelos gramados austríacos e suíços, também?

Antes mesmo de a bola rolar para a fase final, a zebra já fez estrago com a eliminação da Inglaterra, nas eliminatórias, desfalcando a competição com a ausência de uma seleção com a tradição inglesa e de grandes estrelas como Gerrard, Lampard, Rooney e John Terry. Melhor para as principais postulantes ao título que já se livraram de uma forte concorrente. Alemanha, Itália, França, Portugal, Holanda e Espanha são as favoritas, mas pelo menos uma delas vai cair na primeira fase, já que Itália, França e Holanda estão no mesmo grupo, garantindo um grande clássico em cada rodada da primeira fase desta 13ª Eurocopa.

História – A primeira Euro ocorreu na França em 1960, ainda chamada de Taça da Europa de Nações, e a extinta União Soviética ficou com o título ao vencer a anfitriã na final. Na Euro seguinte, ela voltou a enfrentar a seleção mandante na final, mas perdeu para a Espanha.

Apenas duas seleções já conseguiram repetir a dose e ficar com outro título. A recordista Alemanha, que venceu três vezes, e a França, com dois títulos.

Importância – Para demonstrar o prestígio que tem a Eurocopa, basta lembrar que, enquanto é muito comum ver os jogadores sul-americanos, principalmente brasileiros, pedindo dispensa para não jogar a Copa América, ninguém quer abrir mão de disputar a Euro. Exceto aqueles jogadores que resolveram se aposentar das seleções.

Com isso, o nível fica altíssimo e é possível ver tantas estrelas reunidas como Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic, Van Nistelrooy, Henry, Ballack, Luca Toni, Fernando Torres, etc. Em compensação, hoje, a Liga dos Campeões tem uma constelação ainda maior, com a presença dos astros sul-americanos e africanos.

Em comparação com a Copa do Mundo, a Euro leva uma certa vantagem. Como são apenas quatro grupos, os jogos tendem a ser mais equilibrados desde a primeira fase, pois não há espaço para equipes muito fracas. Por outro lado, a ausência de escolas de futebol diferentes faz com que os jogos percam um pouco do charme da Copa, e os jogos se tornem mais monótonos.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

EURO 2008 - A chave mais brasileira

Leandro Silva

O Grupo A deve ser marcado pelo equilíbrio. É a chave com mais brasileiros na competição. Nele, está a dona da casa com maiores chances de superar a primeira fase da competição, a Suíça, que deve brigar com República Tcheca e Turquia por uma segunda vaga ao lado do grande favorito do grupo, Portugal. Os lusos esperam subir um degrau com relação à última Euro, quando ficaram com o vice-campeonato em casa. E grande parte do otimismo com relação a uma boa campanha se deve à presença da maior estrela do futebol mundial atualmente: Cristiano Ronaldo.

O português, que está gastando a bola em 2008, tem a chance de unificar os títulos do Velho Continente, de clubes e seleções. O ponto fraco de Portugal é a falta de um centroavante de alto nível. Nuno Gomes, Hugo Almeida e Postiga não convencem.

A Suíça leva uma grande vantagem frente aos adversários por causa do apoio da torcida. O time chamou a atenção na Copa do Mundo da Alemanha por sair da competição sem sofrer um único gol, mas o guardião da meta mudou. O veterano Zuberbuhler foi convocado, mas perdeu a posição para Benaglio, que se destacou no Campeonato Alemão deste ano. O meia Inler e o atacante Frei são as esperanças ofensivas. Na defesa, Senderos, Djourou e Magnin se destacam.

A República Tcheca chega mais fraca que nas últimas competições. As ausências de Rosicky, machucado, e Nedved, aposentado da seleção, acabam com o meio de campo tcheco. Cech no gol e Koller, no ataque são as armas do mago Karel Brückner para tentar uma vaga.

Já a Turquia ainda tem alguns remanescentes da equipe que disputou a semifinal da Copa de 2002 contra o Brasil. Nihat é a principal arma ofensiva. O time ainda conta com o volante brasileiro Mehmet Aurélio.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

EURO 2008 - Passeio alemão preparado

Leandro Silva

Essa é a chave com menos estrelas de grande porte na competição. A Áustria, também dona da casa, ao contrário da Suíça não parece ter condições de passar de fase. A Alemanha é a grande favorita para ficar com o primeiro lugar do grupo. A Croácia deve disputar com a Polônia a segunda vaga, com favoritismo para a os croatas.

A Alemanha é uma seleção cada vez mais consistente e o técnico Joachim Low tem à sua disposição peças satisfatórias em todas as posições. O meia Ballack, vice-campeão europeu pelo Chelsea, continua sendo o maior destaque do time. É dele o papel de municiar um ataque que deverá ser formado por Klose e Mario Gómez.

No entanto, o goleiro Lehmann não é mais o mesmo. Adler está em melhor fase, mas o ex-goleiro do Arsenal deve ser mantido pelo nome.

A Croácia protagonizou uma das maiores zebras das eliminatórias ao eliminar a Inglaterra, mesmo já estando garantida na competição. Mas terá uma ausência que enfraquece muito o time. O brasileiro Eduardo da Silva chocou o mundo ao sofrer uma entrada violenta de Martin Taylor em um jogo pelo Arsenal e viu o sonho de defender a Croácia em uma grande competição adiado. O grande problema do técnico Bilic é encontrar um substituto para o brazuca. No meio de campo, no entanto, está a maior esperança da torcida croata: o meia Modric.

Enquanto a Croácia perdeu o seu brasileiro, a Polônia ganhou um: o meia Roger Guerreiro. Mas os destaques do time continuam sendo o meia Krzynowek e Smolarek, além do goleiro Boruc. Já a Áustria é a equipe mais fraca do grupo e só resta confiar na força da torcida para sonhar com uma classificação. O lateral Garics e os atacantes Harnik e Linz são os destaques do time.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

EURO 2008 - O verdadeiro grupo da morte

Leandro Silva

Jamais, em uma fase de grupos de uma grande competição, alguma equipe deve ter “reclamado” tanto da sorte com o resultado de um sorteio quanto a Romênia. Afinal o que dizer de cair no mesmo grupo que Itália, França e Holanda? Pedreira pura. Este é um incontestável Grupo da Morte e os dois sobreviventes devem seguir muito fortes na competição. É complicado eleger favoritos, mas Itália e França, que decidiram a última Copa do Mundo levam alguma vantagem.

A Itália tem desfalques do nível de Cannavaro e Totti que enfraquecem a equipe. O técnico Donadoni, no entanto, tem à sua disposição inúmeras armas como o veterano Del Piero, que fez um grande Campeonato Italiano pela Juventus, e Luca Toni, um dos melhores centroavantes de área do futebol atual. Di Natale, da Udinese, em ótima fase, é outro destaque, mas não pareceu prudente abrir mão do talismã Filipo Inzaghi.

A defesa perde em qualidade individual com a saída de Cannavaro, cortado para a entrada de Gamberini, mas deve manter a tradição de dar muito trabalho para os ataques adversários.

A França vai para a primeira grande competição pós-Zidane e tenta provar que vai conseguir sobreviver em alto nível sem o antigo maestro.

Thierry Henry permanece como maior destaque ofensivo da equipe, mas o jovem Karim Benzema é outro que pode brilhar. Além de Ribery, Nasri, Gomis, Anelka e Malouda, provando que Domenech está bem servido na frente. Na defesa, a ausência de Mexés pareceu inexplicável.

A Holanda pode ter problemas para se classificar por ter a defesa mais fraca. Apesar de ter grande poder ofensivo com Van Nistelrooy, Huntellar, Robben, Van Persie e Van der Vaart. Já a Romênia tem Mutu, Dica e Chivu como destaques.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

EURO 2008 - A Fúria contra uma nova zebra

Leandro Silva

O Grupo D é o da atual campeã Grécia, mas a Espanha pinta como maior força. Os gregos parecem em desvantagem para lutar por uma segunda vaga com suecos e russos.

Já virou tradição, a cada competição que se inicia, a Espanha parece estar com a seleção mais forte da sua história e o grupo atual passa a mesma sensação. Contando com destaques do nível dos meio-campistas Cesc Fábregas, do Arsenal; Xavi, do Barcelona, e David Silva, do Valencia, e atacantes como David Villa, do Valencia, e Fernando Torres, do Liverpool, a Fúria tem a chance de acabar com o estigma de amarelar nas grandes competições e reeditar a Euro de 1964, quando ficou com o título.

O poder ofensivo ainda é amparado por um grande goleiro: Iker Casillas, do Real Madrid. A zaga com Puyol e Marchena é questionável, mas o primeiro costuma contagiar o grupo com a sua garra.

Já a Suécia tem uma equipe consistente e amparada em um dos maiores destaques individuais do Velho Continente: o grandalhão Ibrahimovic, da Internazionale, considerado como responsável direto pelo tricampeonato nacional de seu clube. Os suecos ainda terão a presença do veterano Larson.

A Rússia chega a Euro, surpreendentemente, cheia de moral por dois motivos: ter conseguido se classificar, deixando a Inglaterra para trás, e pelo título da Copa da Uefa conquistado pelo Zenit, que fornece alguns destaques como Anyukov, Arshavin e Progrbnyak. O goleiro Afinkeev, do CSKA é outro destaque.

A Grécia precisa que aconteça outra grande zebra para conseguir chegar longe novamente este ano. O atacante Charisteas, que marcou o gol do título, permanece no comando do ataque grego. Karagounis e Katsouranis se destacam no meio.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

Os Cavaleiros do Rei Artur

Leandro Silva

O Rei Artur, segundo a lenda, contava com fiéis seguidores, os cavaleiros da Távola Redonda, que lhe davam respaldo para novas conquistas. No antigo reinado de Arturzinho no Bahia, ele também contava com os seus cavaleiros fiéis: entre eles Rogério, Adilson, Fausto, Emerson Cris e Elias, que ajudaram no acesso à Série B e acabam de ser convocados para uma nova missão: subir para a Série A. Dois deles estavam esquecidos por Comelli: o lateral Adilson e o volante Emerson Cris.

“A gente fica feliz por isso porque ele já conhece a maioria do grupo e sabe do meu potencial. Essa confiança é importante”, diz o antigo capitão.

“Por ter trabalhado recentemente no clube, sei que tem pessoas que eu confio e acredito que rendem mais comigo”, diz o treinador sobre o volante.

O meia Elias vivia em baixa no Bahia até que Arturzinho resolvou promovê-lo a titular na Série C do ano passado e ele guarda boas lembranças.

“Com ele que eu comecei a jogar bem e a fazer gols. Ele sempre me dizia que eu tinha que fazer mais gols. Tenho muito a agradecer a ele e espero retribuir em campo, agora”, diz Elias.

Apesar de toda a confiança adquirida, é melhor que os jogadores deixem as barbas de molho. “Eles têm que mostrar se o que eu conhecia deles é o suficiente para serem mantidos”, diz Arturzinho.

“Eles conhecem o meu perfil, de amizade, mas de muita cobrança. De não estar satisfeito com nada e exigir que eles tenham a mesma conduta”, diz.
Esse tal perfil foi evidenciado no coletivo da manhã de ontem. Ávine, que estava treinando na equipe reserva, cometeu um erro e recebeu uma ameaça de bate-pronto. “Você me conhece. Se continuar assim, nem viaja”.

O lateral briga por uma posição no meio de campo com o volante Rivaldo, que também foi contemplado pelas broncas do treinador. Irritado por um passe do volante quando poderia ter chutado a gol.

Treino– Arturzinho iniciou o coletivo ontem pela manhã no Fazendão com: Darci, Luciano Baiano, Cléber Carioca, Rogério e Adilson; Fausto, Emerson Cris, Rivaldo e Elias; Juca e Galvão. Da equipe do ano passado, foram substituídos apenas aqueles que foram embora e Alison, machucado.

Arturzinho ainda não confirmou o time. Além da dúvida entre Ávine e Rivaldo, existe uma indefinição no ataque. Juca, único atacante tricolor a balançar as redes no Nacional, deve reaparecer. Resta a dúvida entre Galvão e Cazarine, que fez um golaço no coletivo.

A mudança no esquema, agora com apenas dois zagueiros é uma das alternativas de Arturzinho para tentar a recuperação. “Vamos ver se está faltando qualidade ofensiva, ou se não estávamos tendo a ofensividade necessária”, disse. Além dos treze que estão mais cotados para o jogo, viajaram: Fabiano, Padovani, Diogo, Ananias e Meneghel.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 6 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ping-pong com Arturzinho - técnico do Bahia

A TARDE Você estava assistindo aos jogos do Bahia na Série B?
Arturzinho Eu assisti um jogo diante do Santo André que o Bahia perdeu de 2 a 0. Assisti partes. Não assisti todos, não. Eu assinei os jogos dos Campeonatos da Série A e da Série B, mas tinha sábado que eu estava trabalhando lá no Centro Esportivo e não deu para acompanhar totalmente. Mas estou sempre em contato com as pessoas da Bahia e sei mais ou menos o que está ocorrendo.

ATEC Do grupo que está aí, você conhece praticamente todos. Dos novos jogadores que não estavam no ano passado, quem você conhece?
Arturzinho De futebol, a gente conece todo mundo. Mas trabalhar junto com alguns é a primeira vez. Já estamos analisando o comportamento deles tanto em termos individuais quanto coletivos. Comportamento disciplinar e um comportamento que acho importantíssimo que é a postura de um jogador que tem que atuar no Bahia. Tem que ter uma personalidade muito forte, tem que se impôr e tem que jogar em alto nível.

ATEC Com pouco tempo para armar a equipe para a próxima partida, você pretende priorizar a base que você montou ou o time que o técnico Paulo Comelli vinha escalando?
Arturzinho Um pouco de tudo. É óbvio que a gente não vai desmanchar o que o Comelli fez, até porque já vinha com o grupo treinando e jogando a maior parte dos jogos. Mas como eu já conhecia o grupo anteriormente e tem alguns jogadores que eu confio e que eu acho que poderão nos ajudar nesse início, vamos fazer algumas mudanças porque é importante que a gente dê uma sacudida no grupo e motive eles para esses jogos.

ATEC Esse é o caso de Emerson Cris?
Arturzinho Com certeza. Um jogador que era capitão da nossa equipe, que fez uma ótima Série C e que não estava sendo aproveitado. Como eu confio nesse atleta, ele vai retornar à equipe. Se ele não voltar a jogar o que vinha jogando na Série C, vai ser preterido por nós.

ATEC Com relação a Reinaldo Aleluia, ele estava afastado pela diretoria, só aguardando propostas. Como fica a situação dele?
Arturzinho A diretoria vai solucionar o problema dele. Quando eu cheguei, as coisas já estavam definidas. Não vou solucionar esse problema porque não é o caso de opinar porque a situação já estava definida.

ATEC E você pensa em utilizar esse jogador?
Arturzinho Muito difícil.

ATEC Qual o real objetivo do Bahia, na sua opinião? Subir ou se manter na Série B?
Arturzinho Subir. O Bahia sempre trabalha almejando o máximo e este é o objetivo pelo qual eu vim. Se eu não acreditasse na possibilidade de ascensão, eu não viria. Até porque eu sempre penso no máximo. Quem sabe, além de postular as quatro primeiras vagas, a gente possa também brigar pelo título. Até porque o campeonato é longo e se começarmos a pontuar, podemos chegar ao final brigando até pela competição.

ATEC Com relação ao lateral-direito Fábio, o contrato dele está para encerrar e o Bahia acabou de contratar o Tiago Maciel. Você pretende pedir que a diretoria renove o contrato dele, ou não?
Arturzinho Vamos analisar. É um jogador que parece que teve uma boa participação quando atuou. Tá machucado. Primeiro tem que se recuperar clinicamente para depois nós analisarmos qual será a posição definitiva da comissão técnica.

ATEC Você já chegou a pedir algum reforço?
Arturzinho Nós tivemos uma reunião, já vimos algumas carências. Já repassamos para a diretoria e acho que com boa vontade de todos, nós poderemos reforçar o grupo.

ATEC Boa parte da torcida não aprova a sua volta e a saída de Comelli. Você teme que a pressão se torne insustentável no caso de uma possível derrota do tricolor em Criciúma?
Arturzinho Pelo que eu vi, o torcedor estava chateado com os atletas e com os resultados. Com a minha presença, não. Até porque fiz o melhor possível no Bahia. São números que dizem por si só. Em relação a questionar ou não, a gente sabe que não existe unanimidade. E a gente sabe também que tem alguns problemas pessoais aqui que não vão ser solucionados nunca. (risos)

ATEC Uma das maiores críticas é que você mexe demais no time. Isso ocorre por causa dos problemas ou é uma característica sua?
Arturzinho É uma característica nossa. Eu não gosto de titularidade absoluta, mas se as pessoas perceberem, eu digo para você o time que jogou o ano passado e você vai saber de cor porque a base sempre fica. Quando há uma má fase desse ou daquele atleta, a gente tira. Mas se você analisar a Série C, você vai escalar meu time todinho com uma ou duas peças sendo trocadas. Era o Márcio, Carlos Alberto, Alison, Rogério, Adilson, Fausto, Emerson Cris, Ávine, Elias e o Nonato (esqueceu de Moré). Então, eu não mudo tanto assimo. É porque as pessoas gostam de criar alguma celeuma sem ter subsídios concretos.

Mexer para motivar

Leandro Silva

Quem observa Arturzinho comandando a equipe, seja nos treinos ou nos jogos, fica impressionado com tanta gesticulação e gritos. Contrastando com o jeito mais comedido do antecessor Comelli. A impressão que dá é de que é impossível não ser contagiado por tamanha energia. E a expectativa da torcida tricolor é que os seus comandados sigam seus exemplos e tenham mais vibração em campo, para que os bons resultados retornem.

E, para o técnico, uma das principais formas de dar essa motivação, além da vibração, é uma outra característica sua. A intensa mudança na equipe titular. Muito criticado por essa mania, Arturzinho reconhece que faz isso para evitar a acomodação com a titularidade absoluta.

Pensando nisso, o carioca chegou fazendo mudanças no time titular de Comelli. Ontem pela tarde, ele iniciou o coletivo com Darci, Luciano Baiano, Cléber Carioca, Rogério e Adilson; Fausto, Emerson Cris, Ávine e Elias; Bruno Meneghel e Juca.
Destes, apenas seis começaram como titulares contra o Barueri no último sábado. O que comprova o gosto do treinador por mudanças na equipe titular.

Barrado – O técnico recebeu duas boas notícias no início da noite. O zagueiro Rogério e o volante Rivaldo foram julgados ontem pelas expulsões contra o Santo André e estão liberados para jogar contra o Criciúma.
A absolvição de Rogério foi a mais comemorada, afinal, com as contusões de Alison e Marcone, o novo técnico teria apenas Cléber Carioca e Padovani para escalar no sábado.

Rogério foi absolvido e Rivaldo pegou um jogo de suspensão. Como já cumpriu contra o Barueri, está liberado.

Antigo titular absoluto de Paulo Comelli, e um dos melhores do meio para a frente da equipe, Rivaldo perdeu a condição desde a chegada de Arturzinho, mas não se desanima. “Que nada. Sou funcionário do Bahia e ele está colocando quem ele já conhece. Agora é esperar uma oportunidade e aproveitar”, dizia o meio-campista, ainda preocupado com o resultado do julgamento que só seria conhecido depois do treino.

Muito criticado no início, atuando como meia, Rivaldo deu um salto de qualidade quando passou a jogar mais recuado. Mas quem pensa que foi um improviso do antigo chefe se engana. “Prefiro jogar de segundo volante, mas também de meia. O importante é jogar. Eu comecei jogando de volante, mas depois acharam que eu tinha qualidade para jogar mais avançado e me adiantaram”, diz.

Problemas – Hoje, a equipe embarca, às 13h52, para Criciúma, em busca de um resultado positivo que reverta a situação atual. Antes, pela manhã, haverá mais um treino que pode ajudar a definir a equipe titular de sábado. Arturzinho tem ainda alguns problemas. Alison participou apenas de treinos físicos durante a semana e deve adiar mais uma vez a estréia na Série B.

Já o garoto Marcone, ainda não conseguiu se recuperar da lesão no tornozelo, sofrida na derrota para o Barueri e as chances de voltar à equipe são remotíssimas.
Para piorar, o atacante Galvão sofreu uma pancada no joelho durante o coletivo de terça-feira e não treinou ontem. Se voltar a não treinar hoje, deve ficar fora da partida.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 5 de junho de 2008

Bombeiro retorna para apagar o incêndio tricolor

Leandro Silva

“Não vou mais apagar fogo de ninguém, senão eu acabo me queimado”. Com essas palavras, um magoado Arturzinho se despedia do Fazendão no dia 3 de dezembro do ano passado, depois de alcançar o maior objetivo do clube no ano: subir para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Exatos seis meses depois, eis que o bombeiro está de volta para tentar apagar o incêndio no mesmo Fazendão. Provocado pelo péssimo início de Série B sob o comando de seu antecessor, o paulista Paulo Comelli. Inferior até ao da campanha do rebaixamento para a Série C, em 2005, quando nesta mesma rodada, tinha sete pontos.

E ele confirma a fama de bombeiro. “Eu nunca peguei nada fácil. Principalmente, na Bahia. Quando me convidam é porque a situação tá complicada”, disse.

Artur já passou por situações parecidas no Vitória, quando alcançava o objetivo e era mandado embora, para depois voltar.

Segundo ele, a negociação foi muito rápida. O contato teria acontecido na manhã de ontem e ele aceitou na hora.

Arturzinho explicou o que lhe fez concordar. “Três fatores me fizeram aceitar a proposta. O primeiro é que o convite demonstrou um reconhecimento pelo que foi feito no ano passado. O segundo é que trabalhar no Bahia é sempre uma satisfação. E o terceiro é que eu acredito, por mais que seja difícil, no acesso”.

Surpresa – Quem apostou na queda de Comelli apenas trocou dinheiro. Mas quem adivinhou Arturzinho seria o novo técnico tricolor pode jogar na Megasena que vai se dar bem demais.

Arturzinho leva uma ligeira vantagem no aproveitamento na comparação com Comelli.
“Surpresa” e “inacreditável” foram as palavras mais mencionadas pela cidade com relação à volta do comandante.

Se confiavam no trabalho do treinador, porque não o mantiveram no cargo quando subiu para a Série B?

A justificativa para a sua demissão na época foi o pedido de R$ 50 mil de salário entre outras exigências. Ele reclamou pela ausência de contra-proposta.
Dessa vez, o técnico evitou falar em valores. “Foi comprovado que não era a parte financeira”.

Seis meses afastado do comando de qualquer clube, Arturzinho chegou com fome de trabalho e encerrou a entrevista com pressa. “Deixa eu ir que eu já tô atrasadão”.

Novidades – Ele desceu para o campo principal de treino e já comandou o primeiro coletivo. O goleiro Darci, que pediu para deixar o clube no ano passado, incomodado em ser reserva de Paulo Musse, foi mantido na equipe titular no treino.

“Não teve problema algum. Ele que não quis trabalhar. Se eu guardasse mágoa, eu não estaria aqui”, disse Arturzinho. O arqueiro colaborou com o discurso do professor. “Isso ficou no passado e eu quero colocar uma pedra em cima”, disse.

Se a volta do antigo comandante pode ter causado calafrios no goleiro, deve ter sido comemorada por outros jogadores como o volante Emerson Cris, que ganhou o colete de titular.

Homem de confiança de Artur na Série C do ano passado, ele formou o meio de campo ao lado de Fausto, Elias e mais uma novidade, o garoto Ananias.

O zagueiro Cléber Carioca barrou Padovani. Galvão e Cazarine foram mantidos. Alison e Marcone continuaram de fora. O primeiro fez um treino físico, enquanto Marcone faria exames em decorrência de uma contusão no tornozelo direito. Outro que ficou de fora foi o volante Totó, com uma lesão na coxa.

Queda– A saída de Comelli foi desenhada desde a derrota diante do Santo André. Depois do jogo que o Bahia não conseguiu marcar mesmo com um jogador a mais. Ele se despediu pela manhã e demonstrou resignação. “Isso é natural do futebol”.


Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 4/6/2008

terça-feira, 3 de junho de 2008

E o boné continua no seu devido lugar

Leandro Silva

Não adianta tentar fugir disso, o grande assunto de ontem no Fazendão era a permanência ou não de Paulo Comelli no comando técnico do Bahia. E ele está mantido e consciente de que os resultados vão decretar a sua longevidade. “Não vou ficar perdendo e ficar o tempo todo aqui. A gente sabe que futebol é resultado”, diz Paulo Comelli.

Na atual Série A, por exemplo, oito técnicos já deixaram seus clubes, mas apenas um foi demitido. Os outros pediram o boné. No Bahia, não aconteceu nem uma coisa nem outra. Para tentar sair da péssima situação em que se encontra, o técnico promete ser ousado já na próxima partida contra o Criciúma, sábado. “Não vou atuar com três zagueiros no próximo jogo, mesmo fora de casa, porque a equipe está criando pouco”.

Dos três zagueiros que se destacaram no estadual, apenas Marcone atuou contra o Barueri. E se contundiu. Agora é dúvida para o próximo jogo quando Rogério retorna após cumprir suspensão. Fechando o trio, Alison ainda não estreou na Série B, mas já está liberado pelo Departamento Médico. Resta ficar bem fisicamente para o jogo.

“Tenho que aguardar o Marcone, que dificilmente deve jogar. O próprio Alison não trabalhou com bola ainda. Vamos aguardar até quinta-feira para saber se podemos contar com eles”, diz o técnico.

As incertezas na defesa estão longe de ser as únicas do comandante. A sua maior dor de cabeça continua sendo escalar o ataque, pior da Série B, junto com o América de Natal. “Vamos analisar se cabe jogar os dois (Galvão e Bruno Cazarine) ou se vai o Galvão com um outro jogador”, diz Comelli, em dúvida se mantém o ataque com dois homens de características parecidas.

Também do ataque, Pantico, vice-artilheiro no ano, não faz mais parte do elenco do Bahia. Sem o contrato renovado, o baixinho deve disputar a Série C pelo Vitória da Conquista.

As mudanças esperadas no clube para a recuperação não são apenas nos nomes. “Precisa que um cobre o outro dentro de campo. Tem que retomar aquela identidade de um time aguerrido que sempre teve. Tá faltando esse espírito”, diz o volante Fausto.

Uma das causas para ele é a falta da Fonte Nova. “A gente perdeu muito porque o Bahia não é o Bahia sem o torcedor. Com a Fonte lotada, mesmo se tiver mal fisicamente você consegue se superar. Como não vamos ter a Fonte Nova, precisamos buscar essa motivação interna”, diz.

Bronca– O volante comentou sobre as críticas de Paulo Comelli aos comandados depois da derrota para o Barueri. “É complicado você ouvir alguém questionando as suas qualidades. O treinador sabe que isso repercute muito. Mas a gente vai poder demonstrar dentro de campo que somos capazes”, diz Fausto.

Mas ele acredita que a reclamação não vai atrapalhar. “Para mim, particularmente, me incentiva mais porque não é a declaração dele nem de ninguém que vai dizer se sou bom ou ruim porque eu tenho autocrítica. A gente respeita a opinião, mas não tem sempre que concordar.”

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 03 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A mais nova cria do Vitória

Leandro Silva

Marquinhos, Marcos ou Bebeto. Pode chamá-lo de qualquer jeito que ele vai atender com um sorriso aberto. E, realmente, o meia-atacante do Vitória tem tido motivos de sobra para sorrir neste ano de 2008, em que conseguiu um dos primeiros objetivos de qualquer aspirante a craque: aparecer para valer no elenco profissional do seu clube. É um ano de mudança, em que os holofotes baianos se voltaram para o garoto do Prado, pequena cidade do Estado da Bahia.

E ele roubou a atenção quando, em uma das suas primeiras aparições como titular, chamou a imprensa local e pediu para que passasse a ser chamado de Bebeto. A idéia não colou, mas o motivo seria homenagear seus conterrâneos que o conhecem desta maneira desde pequeno.

Seria a terceira geração de uma linhagem de muito sucesso na Toca do Leão, a começar pelo atacante Bebeto Gama, tetracampeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos e também revelado pelo rubro-negro. E o segundo seria o volante Bebeto Campos, incansável na marcação, que trocou a base do Bahia pelo Vitória, junto com Newton Mota.

Na temporada passada, ainda conhecido apenas como Marcos, ele chegou a participar de alguns jogos no final da campanha do acesso do Leão à Série A, com o técnico Vadão. Mas foi neste ano que começou a se destacar ainda no primeiro turno do Campeonato Baiano, jogando na meia. Nada parecia estar dando certo para o Vitória, mas as suas boas atuações eram imunes às críticas.

Depois, ele se contundiu e passou a não ser mais utilizado como titular porque perdia muito peso durante os jogos e não agüentava os 90 minutos. Além de sofrer com a intensa movimentação de mercado promovida pelo Leão que contratava aos montes desde o início do ano, tentando acertar.

Acabou sendo preterido para a utilização de veteranos como Jackson e Ramon, demonstrando uma mudança clara na filosofia que norteou o clube desde a década de 90, com a valorização máxima dos pratas-da-casa. No time titular do Vitória, hoje, além dele, apenas o zagueiro Anderson Martins, muito contestado, é titular.

Ascensão

Com a saída de Vadão, técnico que o lançou, temia-se que Marquinhos perdesse espaço e tivesse sua evolução prejudicada. Ledo engano. Foi aí que o garoto deslanchou. E a senha para o sucesso foi a sua utilização como segundo atacante ao lado do experiente Rodrigão, sob o comando de Vagner Mancini. Ele pode continuar rendendo bem no meio-de-campo, sua posição de origem, mas no elenco do Vitória, hoje, as suas chances de ser titular no ataque são maiores.

O ponto alto foi o segundo Ba-Vi da fase decisiva do Campeonato Estadual, quando Marquinhos foi considerado o melhor em campo e ainda marcou o segundo gol dos 3 x 0 que recolocaram o Leão nos trilhos do título estadual. No fim das contas, foi o único jogador do Vitória na seleção do torneio e já recebeu uma proposta do futebol croata.

Marquinhos já fez um período de testes no Manchester United. A experiência no atual campeão europeu não durou muito, e as versões para isso são muitas. Uma das mais comentadas é que o Manchester teria desconfiado da idade real do meia-atacante e, por isso, optou por não investir na sua contratação. Com a bola no pé, de fato, ele vem demonstrando ser um garoto maduro - e um dos candidatos a revelação na Série A.

Ficha técnica

Nome completo: Marcos Antônio da Silva Gonçalves

Data de nascimento: 19/10/1989

Local de nascimento: Prado, Bahia

Clube que defendeu: Vitória

Texto publicado originalmente no Olheiros.net

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Jogadores com idade olímpica para 2008

Goleiros:
Diego Alves (Almeria)
Renan (Internacional)
Cássio (PSV)
Felipe (Santos)

Zagueiros:
David Luiz (Benfica)
Alex Silva (São Paulo)
Léo (Grêmio)
David (Palmeiras)
Alcides (PSV)
Sidnei (Internacional)
Gladstone (Sporting Lisboa)
Lima (Bétis)
Breno (Bayern de Munique)
Henrique (Palmeiras)
Eduardo (Botafogo)
Digão (Milan)
Edcarlos (Benfica)

Laterais-Direitos:
Rafinha (Schalke 04)
Eduardo Ratinho (Corinthians)
Ilsinho (Shakhtar)
Apodi (Cruzeiro)
Nei (Atlético/PR)

Laterais-Esquerdos:
Marcelo (Real Madrid)
Carlinhos (Santos)
Filipe (La Coruña)
Leonardo (Olympiakos)

Volantes:
Lucas Leiva (Liverpool)
Diego Souza (Palmeiras)
Denilson (Arsenal)
Arouca (Fluminense)
Hernanes (São Paulo)
Roberto (Atlético-PR)
Ramires (Cruzeiro)
Charles (Cruzeiro)
Toró (Flamengo)

Meias:
Diego (Werder Bremen)
Anderson (Manchester United)
Renato Augusto (Flamengo)
Willian (Shakthar)
Wagner (Cruzeiro)
Tiago Neves (Fluminense)
Fernandinho (Shakhtar)
Rafael Bastos (Belenenses)
Ramon (CSKA Moscou)
Lulinha (Corinthians)
Pedro Ken (Coritiba)

Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Guilherme (Cruzeiro)
Rafael Sóbis (Bétis)
Welliton (Spartak Moscou)
Carlos Eduardo (Hoffenheim)
André Lima (Hertha Berlim)
Soares (Grêmio)
Allan Kardec (Vasco)
Lenny (Palmeiras)
Danilinho (Atlético-MG)
Luiz Adriano (Shakhtar)
Celsinho (Sporting Lisboa)
Jô (CSKA Moscou)
Diego Tardelli (Flamengo)
Tiuí (Sporting Lisboa)
Keirrison (Coritiba)
Diogo (Portuguesa)
Bobô (Besiktas)

Suposta pré-lista de Dunga

Leandro Silva

com * os jogadores acima de 23 anos

Goleiros:
Diego Alves Almería-ESP

Diego foi revelado pelo Atlético Mineiro e se transferiu para o Almería, onde parecia se distanciar da seleção. Mas suas boas atuações no campeonato espanhol aumentaram suas chances de ir a Pequim.

Renan Internacional
É tido como o melhor goleiro com idade olímpica por muitos. Mas não tem conseguido uma seqüência como titular no Inter. Este ano, quando conseguiu, teve hepatite e teve que se afastar dos gramados por um tempo. Já está de volta.

Cássio PSV Eindhoven-HOL
Revelado pelo Grêmio se destacou no sul-americano sub-20 do ano passado e, mesmo reserva dos profissionais do Grêmio, se transferiu para a Europa, onde é reserva do brasileiro Gomes.

Felipe Santos
Com Fábio Costa no Santos, as suas chances no time principal são dificultadas. Mas atualmente é apenas o terceiro goleiro do Peixe. Já se envolveu com doping e não parece uma boa opção.

Julio César Internazionale-ITA*
Titular da Seleção principal, Julio César pode contribuir com experiência na Olímpiada se Dunga quiser levá-lo com um dos três sem a idade olímpica

Doni Roma-ITA*
Deve estar na lista apenas para constar. Não se justificaria gastar uma das vagas extra-olímpicas com o goleiro da Roma

Laterais:
Rafinha Schalke 04-ALE

Revelado pelo Coritiba, Rafinha agrada àqueles que acompanham o futebol europeu com atenção. Deve ser o dono da camisa 2.

Ilsinho Shakthar Donetsk-UCR
Depois de trocar o Palmeiras pelo São Paulo, ganhou destaque no Brasileiro do ano passado, mas se escondeu na Ucrânia onde ainda não encanta.

Nei Atlético Paranaense
É um bom lateral, revelado pela Ponte Preta e destaque no Furacão. Mas dificilmente deve conhecer a China.

Eduardo Ratinho Toulouse-FRA
Dificilmente será convocado. Reserva no Toulouse, o lateral nunca conseguiu se firmar no Corinthians.

Daniel Alves Sevilla-ESP*
Revelado pelo Bahia, o lateral baiano é titular da Seleção principal, mas Dunga não deve gastar uma das vagas acima da idade com um lateral.

Maicon Internazionale-ITA*
Revelado pelo Cruzeiro, Maicon reveza com Daniel na Seleção principal e não deve ter chances pelos mesmos motivos

Filipe La Coruña
Revelado pelo Figueirense e com passagens por Ajax e Real Madrid B, Filipe é o sonho de consumo do São Paulo, mas prefere ficar na Europa.

Leonardo Olympiakos-GRE
Foi um dos destaques da Portuguesa na Série B do ano passado e foi cotado pelo Palmeiras no início do ano, antes de ir para a Grécia.

Carlinhos Santos
Baiano de Vitória da Conquista, é mais uma das presenças inexplicáveis nessa pré-lista. É o terceiro lateral-esquerdo do Santos.

Fábio Santos Mônaco
Revelado pelo São Paulo, passou por Kashima Antlers e Cruzeiro e também não justifica a presença na lista.

Gilberto Tottenham-ING*
Titular contestado da Seleção principal, o lateral revelado pelo Flamengo, dificilmente deve ir a Pequim por causa da idade.

Kléber Santos*
Muitos cobram a titularidade da Seleção principal para ele, mas Kléber não deve ir a Pequim por causa da idade.

Maxwell Internazionale-ITA*
O lateral revelado pelo Cruzeiro deve estar na lista apenas para constar.

Zagueiros:
Breno Bayern de Munique-ALE

Foi considerado um dos melhores jogadores do último Brasileirão pelo São Paulo, mas ainda não se tornou titular em Munique. Parece ser o número 1 da zaga.

Alex Silva São Paulo
Revelado pelo Vitória, ´Pirulito´ é um dos pilares da defesa são-paulina e um dos favoritos a uma vaga em Pequim.

David Luiz Benfica-POR
Outro revelado pelo Leão, o habilidoso David Luiz tem moral em Portugal e se destacava no Mundial sub-20 do ano passado, antes de uma expulsão.

Alcides PSV Eindhoven-HOL
Também revelado pelo Vitória, Alcides já passou pelo Santos e pelo Benfica e já parece um veterano. Pela experiência pode pintar em Pequim.

Henrique Palmeiras
Quando atuava no Coritiba já tinha seu nome pedido na Seleção Olímpica. Depois do título paulista pelo Palmeiras, os pedidos aumentaram.

Léo Grêmio
É uma das grandes revelações da zaga brasileira nos últimos tempos e vem se destacando muito no Grêmio. Tem boas chances de ser convocado.

Leandro Almeida Atlético/MG
Bom zagueiro do Galo, mas que dificilmente irá a Pequim, por causa da concorrência.

Edcarlos Benfica-POR
Baiano de Lauro de Freitas, o ex-são-paulino não parece em condições de ir para Pequim.

Digão Milan-ITA
O seu currículo se restringe a ser irmão de Kaká. Não aproveitado no Milan nunca teve chance de mostrar se poderia ser convocado por méritos.

Gladstone Sporting-POR
Jovem cigano, Gladstone tem sua chance de convocação ancorada pela experiência em gramados europeus.

Juan Roma-ITA*
Depois de fazer uma ótima Copa em 2006, Juan se tornou unanimidade na Seleção principal. E se a Roma permitir, Dunga deve levá-lo como um dos três mais experientes.

Lúcio Bayern de Munique-ALE*
Também fez uma ótima Copa, mas parece estar um pouco abaixo no conceito de Dunga. Se Juan não puder ir, pode ganhar a vaga.

Thiago Silva Fluminense
Destaque na grande campanha do Flu na Libertadores, Thiago Silva deve ficar de fora dos Jogos por ter nascido com três meses de antecedência. A pouca idade não deve justificar a convocação como um dos experientes.

Miranda São Paulo*
Xerifão do tricolor, Miranda não deve ir a Pequim por causa da idade

Luisão Benfica*
Tem poucas chances também por causa da idade. Pode ficar em casa torcendo pelo irmão Alex Silva.

Volantes:
Lucas Liverpool-ING

Parece nome certo em Pequim. Revelado pelo Grêmio, ajudou a classificar o Brasil, através do sul-americano sub-20

Hernanes São Paulo
É um dos grandes destaques do tricolor paulista e está cotado para ir para Europa.

Arouca Fluminense
Está em alta com a grande campanha do Flu na Libertadores. Pode ficar com uma das vagas.

Ramires Cruzeiro
É um dos destaques do meio de campo do líder do Campeonato Brasileiro. Marca muito e ainda ataca com qualidade.

Charles Cruzeiro
Outro destaque do meio-de-campo da Raposa. Está um pouco abaixo de Ramires.

Denílson Arsenal-ING
Já teve mais espaço no Arsenal e era tido como imprescindível em Pequim. Parece ter perdido o bonde.

Maycon Internacional
Reserva do Inter, não deve ter chances.

Gilberto Silva Arsenal-ING*
Sem espaço no Arsenal, é muito difícil que vá.

Josué Wolfsburg-ALE*
Pela idade, também não deve ter chances.

Mineiro Hertha Berlim-ALE*
Situação idêntica à de Josué.

Fernando Bordeaux-FRA*
Sem chances.

Meias:
Diego Werder Bremen-ALE

Diego parece um veterano e poderia estar se preparando para a segunda Olímpiada se não fosse o fiasco do pré-olímpico do qual participou ao lado de Robinho. Nome certo, deve ter maior destaque se Kaká não for.

Anderson Manchester United
Parece ser nome certo em Pequim, por causa da qualidade e da versatilidade, já que pode fazer várias funções no meio de campo e até no ataque. Característica essencial já que Dunga poderá levar apenas 18 jogadores.

Wagner Cruzeiro
Está em ótima fase conduzindo o Cruzeiro à liderança do Brasileiro. O problema é a grande concorrência.

Thiago Neves Fluminense
No ano passado, já era dado como nome certo, mas este ano não está conseguindo acompanhar o ritmo do Fluminense.

Fernandinho Shakthar-UCR
Revelado pelo Atlético Paranaense, é versátil e atua também na lateral-direita. Bom jogador.

Renato Augusto Flamengo
Tido como grande revelação, ainda não conseguiu deslanchar.

Carlos Eduardo Hoffenheim-ALE
Revelado pelo Grêmio, ajudou o Hoffenheim a subir para a primeira divisão.

Éderson Nice-FRA
Desconhecido no Brasil, mas com moral na Europa. Mesmo assim, Éderson não deve ter chance.

Toró Flamengo
É o maior ladrão de bolas do Campeonato Brasileiro. Parece pouco ainda para carimbar o passaporte.

Pedro Ken Coritiba
Também joga na lateral-direita, mas não deve ter chances de ir.

Kaká Milan-ITA*
Pelo gosto de Dunga, está confirmado. Mas o Milan promete não liberá-lo.

Ronaldinho Barcelona-ESP*
Em baixa no Barcelona, tem poucas chances de ir.

Elano Manchester City-ING*
Não deve ter chances por causa da idade.

Jorge Wagner São Paulo*
O baiano é um grande jogador, mas nunca foi convocado por Dunga. Pouquíssimas chances.

Julio Baptista Real Madrid-ESP*
Outro que não deve ter chances por causa da idade

Morais Vasco*
Se tivesse idade poderia até ir.

Atacantes:
Alexandre Pato Milan-ITA

Revelado pelo Inter, é um dos nomes mais fortes para Pequim. É a esperança de gols da equipe.

Rafael Sóbis Bétis-ESP
Também revelado pelo Inter, saiu do País com muita moral, mas ainda não deslanchou na Europa. Dunga parece confiar em seu futebol.

Keirrison Coritiba
É um dos maiores goleadores do ano no Brasil e tem potencial para chegar bem em Pequim. Está machucado.

Jô CSKA Moscou-RUS
Revelado pelo Corinthians, Jô tem moral na Europa e pode beliscar uma vaga.

Pedro Oldoni Atlético-PR
Inexplicável presença na lista

Éder Luís São Paulo
Ainda não conseguiu mostrar no São Paulo o mesmo futebol do Atlético Mineiro.

Bobô Besiktas-TUR*
Muito criticado no Corinthians, Bobô é respeitado no Besiktas. Ainda assim, parece pouco.

Túlio Melo Le Mans-FRA
Um desconhecido no Brasil, mas que chama a atenção na Europa. Não deve ir por ser pouco conhecido.

Éder Empoli-ITA
Mais desconhecido do que Túlio Melo, e menos conceituado na Europa.

Robinho Real Madrid-ESP*
Entre os atacantes acima da idade olímpica, é o favorito de Dunga. Basta a liberação do Real.

Adriano São Paulo*
Está voltando à Seleção principal agora e, por isso, fica em desvantagem para ir à Pequim.

Luis Fabiano Sevilla-ESP*
Está em boa fase, é um grande atacante, mas a idade atrapalha.

Nilmar Internacional*
O atacante Colorado tem muita qualidade, mas nunca foi convocado por Dunga. Aí fica difícil.

Os caçadores do ouro perdido

Leandro Silva

A medalha de ouro olímpica é o único título de expressão que o Brasil ainda não conquistou no futebol. Então, neste ano de Olimpíada, a maior obsessão futebolística do País pentacampeão mundial é o Ouro Olímpico, certo?

Não parece ser o que pensa a CBF, entidade máxima do futebol nacional. Amanhã e no outro sábado, por exemplo, o Brasil faz dois amistosos, nos Estados Unidos, contra adversários questionáveis como Canadá e Venezuela, visando o reinício das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, quando enfrenta dois dos adversários mais complicados: Paraguai, no dia 14, e Argentina, no dia 18.

Será que amistosos como esses contra adversários desqualificados pode ajudar na preparação para as eliminatórias? E a seleção olímpica? Já existe?

O fato é que, faltando pouco mais de dois meses para o início do torneio de futebol em Pequim – o Brasil estréia contra a Bélgica no dia 7 de agosto –, a Seleção Brasileira olímpica jogou apenas um amistoso. E foi contra a seleção da Série A do último Campeonato Brasileiro. Os adversários estavam de férias e, ainda assim, venceram a seleção montada por Dunga.

Insucessos – Talvez escaldada por vários projetos olímpicos que tiveram resultados mal sucedidos, a CBF parece inclinada a não demonstrar estar dando muita importância para os Jogos Olímpicos, temendo uma crise com uma possível derrota em Pequim que possa atrapalhar a preparação para a próxima Copa do Mundo em que a Seleção espera apagar a péssima imagem do fiasco de 2006.

Afinal, as conseqüências de um fracasso em Pequim podem ser enormes e muitos já pagaram o pato por fracassos olímpicos, como o técnico Vanderlei Luxemburgo, que acumulou o comando das duas seleções e foi demitido, não por causa dos seus problemas na justiça, e sim pela eliminação frente a Camarões na Olimpíada de 2000. Zagallo também se queimou depois do bronze em 1996, mas conseguiu se manter no cargo da Seleção Principal até a Copa de 1998.

Dificuldades – Para dificultar ainda mais a formação de uma base, dessa vez, não houve pré-olímpico. O sul-americano sub-20 do ano passado serviu como eliminatória para os Jogos e o Brasil ficou com a vaga. Mas poucos jogadores que carimbaram o passaporte brasileiro devem estar presentes em Pequim, por causa das mudanças naturais de rendimento e também devido ao limite diferente de idade.

Por isso, apenas poucos como Alexandre Pato e Lucas Leiva deverão ter o esforço recompensado por uma participação olímpica depois de garantirem a classificação brasileira.

Para amenizar a falta de amistosos, Dunga tem convocado jogadores com idade olímpica para os amistosos da Seleção principal como o de amanhã, quando sete jogadores foram convocados: Diego Alves, Marcelo, Henrique, Anderson, Diego, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.

Jeitinho – A idéia de Dunga é ambientar os garotos. Uma justificativa para tal atitude é que a CBF teria muito mais dificuldade para conseguir a liberação dos jogadores se os amistosos fossem da seleção olímpica.

Mas o ‘jeitinho’ encontrado por Dunga e pela CBF para contar com os jogadores poderia ser melhor aproveitado, com uma maior utilização deles nos amistosos. No último, contra a Suécia, por exemplo, apenas o meia Diego começou jogando. Mas no segundo tempo, aos 15 minutos, Alexandre Pato fez a sua estréia na Seleção principal, marcando um golaço. Anderson, Hernanes e Thiago Neves entraram depois na partida.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008

Os comandantes das expedições pelo ouro

Leandro Silva

ZAGALLO
Campeão Mundial como auxiliar técnico na Copa de 1994, Zagallo assumiu a Seleção principal e a Olímpica após a Copa. Preparou a seleção olímpica com muitos amistosos, inclusive utilizando os jogadores olímpicos contra seleções principais, e chegou a ser vice-campeão na Copa Ouro.

Classificou o Brasil no Pré-Olímpico e não abriu mão de três jogadores mais experientes, chamando o zagueiro Aldair, o meia Rivaldo e o atacante Bebeto para mesclar com garotos na época, como Dida, Ronaldo e Roberto Carlos.

Em Atlanta, perdeu a semifinal para a Nigéria e ficou com o bronze. Permaneceu na Seleção até o vice na Copa de 98.

VANDERLEI LUXEMBURGO
Assumiu a Seleção principal, substituindo Zagallo e fez questão de comandar também a seleção olímpica.

Classificou o Brasil no Pré-Olímpico e abriu mão de jogadores acima de 23 anos, acreditando que o grupo estava fechado. Os destaques do time eram Ronaldinho Gaúcho e Alex que chegavam como favoritos.

Nas quartas-de-final, o Brasil foi eliminado diante de Camarões. M´Boma abriu o placar para Camarões e o Brasil empatou no último minuto com Ronaldinho. Com dois jogadores a mais, o Brasil levou um gol de M´Bami e foi eliminado. Luxemburgo foi demitido na volta ao Brasil logo depois da eliminação.

RICARDO GOMES
Depois das eliminações seguidas com treinadores que acumulavam os dois cargos, a CBF resolveu apostar em Ricardo Gomes para comandar exclusivamente a seleção olímpica, enquanto Parreira comandava a principal.

Com uma das gerações mais talentosas, o Brasil foi eliminado no Pré-Olímpico. Faziam parte daquela seleção: Diego, Robinho, Elano, Dudu Cearense e Adailton. E ainda poderiam contar com Kaká, Adriano e Daniel Alves na Olimpíada, pois ainda tinham idade olímpica, mas não foram liberados por ser um pré-olímpico. Gomes foi demitido a seguir, pois o projeto se encerrou com a eliminação.

DUNGA
A CBF levou muito tempo sem definir qual seria o treinador da seleção olímpica, até que resolveu que Dunga treinasse os dois grupos.

Só conseguiu reunir os jogadores com idade olímpica em um amistoso contra a seleção do Campeonato Brasileiro de 2007.

Ainda terá dificuldades para contar com os jogadores mais experientes na Olimpíada, já que os clubes ameaçam não liberá-los. Ainda assim, tem uma boa geração à sua disposição, mas a suposta pré-lista para os Jogos, assusta por presenças de nomes injustificáveis.

Dunga sabe que um mau resultado em Pequim, pode complicar sua permanência.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008

Talento existe para chegar ao título olímpico

Leandro Silva

Independente da falta de uma preparação específica e das dificuldades para contar com força máxima na Olimpíada, o que não falta ao Brasil é talento. O técnico tem excelentes jogadores em todas as posições.

O problema é saber escolher as peças certas, o que pode não ocorrer, levando em consideração que um grande jornal do Rio de Janeiro divulgou uma pré-lista com 74 nomes que Dunga teria enviado ao Comitê Olímpico Internacional. Dessa lista, sairiam os 18 convocados definitivos para Pequim. A lista traz incoerências que fazem com que a sua veracidade seja posta em dúvida. Por exemplo, o lateral Marcelo, do Real Madrid, que está com a Seleção para os amistosos não aparece na lista.

A justificativa seria uma troca para que o Real liberasse o atacante Robinho. Mas o zagueiro Digão, do Milan, que tem o currículo reduzido a ser irmão de Kaká aparece na lista, em uma posição que conta com Henrique, Léo, David Luiz e Alex Silva. A justificativa para essa atitude seria uma tentativa de agradar Kaká para que ele se empenhe em buscar a sua liberação.

Opções – No ataque, Alexandre Pato e Rafael Sóbis, que estão junto com a Seleção para os amistosos, são os favoritos entre os que têm idade olímpica.
Guilherme, revelado pelo Real Salvador e artilheiro do Brasileiro pelo Cruzeiro, seria uma grande opção, mas não aparece na tal pré-lista, enquanto figuras apagadas como Pedro Oldoni e Éder Luís têm espaço.

O meio de campo é onde a concorrência é ainda maior. Diego e Anderson, que estão com a Seleção, levam vantagem se Kaká não for liberado. Diego poderia estar se preparando para a sua segunda Olimpíada, não fosse o fiasco no Pré-Olímpico. Diego Souza, do Palmeiras não aparece na lista. Ainda tem volantes de sobra também como Lucas, Arouca, Ramires, Hernanes, Charles e muitos outros.

Diego Alves se destacou no Espanhol com grandes atuações e está com o grupo que joga o amistoso de amanhã.

Renan, do Internacional, é seu maior concorrente, apesar de ainda não ter conseguido uma grande seqüencia no Inter. Este ano, quando assumiu a posição de titular, teve hepatite e ficou afastado por um tempo.
Cássio foi muito bem no sul-americano sub-20 e corre por fora. Felipe é apenas o terceiro goleiro do Santos. (L.S.)

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008

Apenas um vértice do quadrado mágico amanhã

Leandro Silva

Do chamado quadrado mágico que enchia os brasileiros de esperança antes da Copa do Mundo de 2006, ele parece ter sido o vértice que ficou mais queimado no Mundial, chegando a perder a posição durante a competição. Mas, dois anos depois, o Imperador Adriano é o único remanescente do quadrado mágico presente para o jogo de amanhã contra a seleção do Canadá.

Ronaldo, o fenômeno, se transferiu pro Milan e, sem conseguir repetir as boas atuações, teve mais uma lesão grave no joelho. Hoje, está afastado dos gramados e com o futuro incerto nos gramados. Ainda se envolveu recentemente em um escândalo com travestis.

Enquanto isso, Ronaldinho Gaúcho, deixou de ser unanimidade no Barcelona, entrou em rota de colisão com o clube e depois ainda se contundiu. Também está parado e ainda não sabe se continua no Barcelona para a próxima temporada.

Kaká é um caso a parte. O meia não está nem passou por má fase, mas o atual melhor jogador do mundo, eleito pela FIFA, fez uma cirurgia no joelho e desfalca amanhã o time de Dunga. Ainda está se recuperando no Reffis do São Paulo, clube que o revelou.

A queda – Então só sobrou o Imperador para contar histórias do quadrado, mas a caminhada de volta de Adriano não foi tranqüila. O atacante passou por péssimos momentos dentro de campo, na Internazionale de Milão, e pior ainda fora deles, com os problemas com o alcoolismo.

A situação decadente, iniciada com a perda do pai, se tornou tão insuportável que a mãe dele, Dona Rosilda, chegou a admitir recentemente que o filho chegou a pensar em suicídio.

As portas começaram a se fechar para ele no Velho Continente e ficava cada vez mais desacreditado até na Internazionale, onde tinha tratamento digno de Imperador, anteriormente.

Recomeço– Decidido a recuperar a alegria de viver e também o bom futebol e os gols que o consagraram, Adriano resolveu recomeçar do zero. E voltou ao Brasil. O clube escolhido foi o São Paulo que já tinha recuperado recentemente Amoroso e Ricardo Oliveira preparando-os para o retorno ao futebol europeu.
No tricolor paulista, estreou fazendo dois gols contra o Guaratinguetá, mas logo se envolveu em polêmica ao atrasar para um treino. E ainda ‘exigiu’ que fosse chamado de Imperador.

Depois disso, deslanchou a balançar as redes, e já marcou 17 vezes com a camisa tricolor. Ele recuperou o futebol, a auto-estima e andou ausente dos noticiários negativos. O suficiente para voltar à Seleção como principal estrela para o jogo de amanhã contra o Canadá.

Também atacantes, Robinho e Luís Fabiano devem brigar com o Imperador por vagas no time e também pelos holofotes nas terras do Tio Sam. (L.S.)
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Um dos melhores jogadores do Bahia se contunde

Leandro Silva

No final do treino de ontem, o zagueiro Rogério torceu o joelho esquerdo e foi levado ao departamento médico para ser examinado pelo Dr. Itamar Monteiro. No entanto, ele viaja para São Paulo, hoje, mas não sabe se joga amanhã, às 16 horas, contra o Santo André.

Como Alison continua de fora, também contundido, o Bahia corre o risco de ficar sem sua zaga titular para o terceiro compromisso na Série B do Campeonato Brasileiro.
Nos dois primeiros jogos, o substituto de Alison foi Cléber Carioca, mas ontem Padovani iniciou o coletivo no time considerado titular.

O objetivo do Bahia ao final do ano é subir para a Série A, mas por enquanto, o que está subindo, mesmo, é a altura do time com as prováveis estréias amanhã do zagueiro Padovani e do atacante Bruno Cazarine.

O centroavante, de 1,88 m de altura, deve substituir o baixinho Pantico, de 1,58 m. Mas no decorrer do treino de ontem, o ex-jogador do Barras foi testado no lugar de Juca.

No youtube é possível ver vídeos com lances de Cazarine, revelado pelo Palmeiras, que fogem aos padrões desses tipos de vídeos. Pois mostram tanto os gols feitos quanto os perdidos. No treino de ontem ele já balançou as redes.

Já o beque, vindo do Brasiliense, aumenta a altura da zaga tricolor. Afinal, com seus 1,94 m, supera em oito centímetros os seus companheiros de setor mais altos: Alison e Cléber Carioca. Rogério e Marcone, volantes de origem, têm 1,80 m. Bruno Meneghel também pode fazer a sua estréia no decorrer do jogo.

Especulações – Mesmo após a contratação de Galvão, as especulações de novos atacantes continuam. O dirigente e ex-zagueiro do Corinthians Antônio Carlos declarou para o Uol que foi procurado pelo Bahia – a diretoria de futebol do tricolor nega – e pelo Coritiba.

Está marcada para hoje uma reunião do Sindicato da Indústria da Construção Civil Pesada, na Delegacia Regional do Trabalho, que interfere diretamente no futuro de Pituaçu. A greve dos funcionários da construção pesada pode voltar.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 23/05/2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

E agora, meu craque?

Leandro Silva

O mal de Alzheimer (doença degenerativa do cérebro) está sendo impiedoso com o ex-zagueiro Onça, de 64 anos, vivendo da ajuda de parentes em sua cidade, Santaluz, onde reside sozinho numa casa simples próxima ao velho estádio municipal. Não é difícil ver o homem que já fez pose no Maracanã no time do Flamengo que tinha Ubirajara, Reyes, Tinteiro, Fio Maravilha e Caldeira, em 1971, perambulando pela cidade.

Onça é mais um ídolo do passado a enfrentar situações tristes, assim como o campeão mundial Nilton Santos, lateral campeão mundial pelo Brasil em 1958, que tem até verbete em enciclopédia, internado no Rio de Janeiro com a mesma doença, e muitos outros. Afinal, os heróis também sangram.

“Tem muita gente que não está em boa situação, não. Muitos também fizeram bobagem e perderam tudo que tinham. Existem jogadores que não tiveram a oportunidade de estudo e não têm uma profissão definida”, comenta Iberê, ex-goleiro do Vitória, hoje médico ortopedista.

psicológico – “A questão de transição da carreira é muito importante. Porque ela é breve e, se o jogador não tiver se preparado bem, pode ficar sem rumo. Por isso, é necessária essa preparação, principalmente porque alguns atletas têm medo desse momento e tentam protelar suas carreiras, mesmo sem ter o mesmo rendimento”, explica o psicólogo Rafael Tedesqui.

“O jogador imagina que nunca vai parar de jogar. Não que eu tenha feito uma programação em cima disso, mas fui convidado para trabalhar na (rádio ) Sociedade logo depois do final da carreira. Fui um dos primeiros a ser comentarista”, diz o ex-meia-esquerda Eliseu Godoy, apresentador e comentarista.

Quando consegue engrenar em uma outra profissão ligada ao futebol, logo em seguida ao final da carreira, essa transição é facilitada, como Eliseu, que jogou no Santos na época de Pelé e muitos anos no Bahia, no final da década de 60 e início dos anos 70.

Normalmente, as atividades preferidas dos ex-jogadores são a de treinador e comentarista. Mas nem sempre encontram vagas no mercado. Para Douglas, amigo de Eliseu desde menino, no Santos, ter se mantido sempre envolvido com o meio também ajudou. “Eu sou um privilegiado porque estou sempre trabalhando com ex-atletas e ainda jogando”, diz.

O ex-meia Zé Carlos, campeão brasileiro pelo Bahia, é outro que se mantém no futebol. Ele é responsável pelas escolinhas do Inter em Salvador.

opção - Enquanto alguns conseguem se manter, outros migram para áreas improváveis, como o ex-goleiro do Vitória e do Leônico Iberê, hoje médico.
“Fazia faculdade de Medicina quando jogava. As viagens atrapalhavam, mas depois recuperava. Sabia que no dia de parar precisaria continuar batalhando. Sem ter nada, fica difícil”, procura ensinar Iberê.

Alguns até abandonaram a carreira por causa dos estudos, como Pitada e Aliomar. Pitada jogou no Leônico e no Botafogo e abandonou a carreira com 24 anos para se dedicar aos livros. Hoje é médico.

Já Aliomar Britto, que defendeu Bahia e Vitória, abandonou o futebol aos 27 anos para se dedicar ao Direito. Hoje é juiz, atuando como desembargador substituto no Tribunal de Justiça. O ex-goleiro Ronaldo, campeão brasileiro com o Bahia em 88 e finalista da Série A em 93 com o Vitória, forma-se em Direito este ano.

Existem alguns ex-jogadores fominhas, que sentem falta, mesmo, é de estar dentro de campo fazendo o que mais gostam. O inesquecível Baiaco é um deles. “O que eu senti mais falta foi deixar de jogar bola. Se não é o meu joelho, eu tô até hoje jogando o Intermunicipal”.

Geralmente às quinta-feiras, aos 58 anos, sai de São Francisco do Conde, onde foi funcionário municipal, para bater uma bolinha na AABB com outras cobras-criadas como Zé Eduardo, Zé Augusto, Osmar e Maílson.

“Sinto a mesma falta do torcedor do Bahia: de um jogador como eu defendendo o clube hoje”, diz Baiaco. Não se arrepende de ter recusado propostas de clubes como o Flamengo, devido à identificação com o tricolor.

Irmão de Caetano, contratado com Baiaco pelo Bahia na década de 60, o ex-atacante Osmar, campeão brasileiro com o tricolor em 88 e também aposentado, é outro que não se afastou do futebol. “A minha parada foi precoce, ainda tinha gás”, diz. Ele deixou os gramados com 42 anos, idade de Romário.

O ex-meia Zé Eduardo, ídolo de Bahia e Vitória nas décadas de 60 e 70, também ainda bate sua bolinha na tranqüilidade da aposentadoria. “Mesmo em uma época em que não se ganhava dinheiro para ficar rico, deu para juntar um pouco e nunca passei dificuldade”, garante outro aposentado do INSS, que tentou o comércio, mas se quebrou no investimento no governo Collor.

O ex-zagueiro Zé Augusto, outro que conseguiu se aposentar graças a empregos na área privada, também não dispensa um baba. “A felicidade que eu tenho do futebol foi ter vestido a camisa 3 do Bahia por 10 anos, e o carinho da torcida, mas em termos de respaldo, não teve muito”.

Assédio – “Na hora que você é idolatrado, a auto-estima vai lá pra cima. Depois a gente cai no esquecimento. Conheço muita gente com depressão por causa disso. Vários continuaram achando que iam chegar no lugar e dizer eu sou fulano de tal e receber o mesmo tratamento, mas não é assim”, diz Eliseu.

Eliseu continua sendo parado nas ruas, não só pelo que fez nos campos. “O pessoal da faixa dos 40 pra cima ainda me pára pelo que me viu jogar. Aí o filho vem falar pois me conhece da TV”.

O ex-meia Emo, aposentado, prefere assistir aos jogos pela TV. “Não vou aos estádios, porque quando ouço a torcida gritar, dá vontade de estar lá dentro”.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008

Exemplo de redenção após o final da carreira

Leandro Silva

O auxiliar técnico do Bahia Jorge Augusto Ferreira Aragão é um exemplo de profissional correto e admirado. Ele é uma peça respeitada no Fazendão e se prepara até para concorrer novamente à vereança de Salvador.

O ex-jogador Beijoca, lendário ídolo do mesmo clube na década de 70, era um artilheiro quetinha uma igual aptidão para arrumar confusões dentro e fora de campo. E ainda sofria com o alcoolismo. O que eles têm em comum, então?

Eles são a mesma pessoa. Ou melhor, Beijoca, aos 54 anos, não é mais o mesmo. E a redenção veio antes que aqueles que se alegraram com seus gols se entristecessem com sua morte. “Pra mim, foi a última tentativa. Teve momentos em que pensei em tirar minha vida”, confessa.

A salvação foi se tornar evangélico, anos atrás. “As pessoas pensavam que eu ia morrer bebendo depois que parei de jogar. Mudei para melhor, me converti, parei de beber e hoje prego nas igrejas. Tenho uma vida abençoada por Jesus”.

Mas essa mudança não aconteceu logo depois do final da carreira. “Eu ainda tive uma caminhada de dificuldades, envolvido com as coisas do mundo, muita farra, bebidas, muitas brigas. Mas há sete anos, eu conheci Jesus e minha vida mudou. Hoje sou missionário”.

Antes Beijoca chegou ao fundo do poço. “Na verdade, eu perdi tudo. E fiquei sem condições de pagar nem um aluguel de 50 a 70 reais. Passei a morar de favor com minha mulher e meu filho”, revela emocionado.

Mas a força de vontade e a fé fizeram com que ele se reconstruísse. “Deus me deu tudo de volta. Hoje eu sou uma peça importante aqui no Bahia”.

Passado – Apesar da mudança, o ex-craque não renega o passado. “Acho que tudo isso me ajudou. Aí você pode perguntar: ‘Pô. Você brigar, ajudou? Como? Ajudou porque eu fazia tudo aquilo diante de uma nação que é a torcida do Bahia. Eu fazia aquilo tudo pela torcida, para ganhar”.

E continua: “Dentro de campo, eu voltaria a fazer tudo porque o Bahia é minha paixão, meu orgulho”.

Ele não se furta a falar sobre nenhum assunto do seu passado. “Bebidas, prostitutas, envolvimento em alguma parte da minha vida até com drogas. Tudo isso eu larguei”, conta.

E os casos famosos de confusão? Uma vez, no Flamengo, ele estava no banco, entrou no jogo e deu um soco no jogador Mococa do Palmeiras.

Muitos afirmam que o técnico Cláudio Coutinho mandou que ele entrasse e fizesse isso. “Aquilo que aconteceu no Flamengo não foi mandado por ninguém. Isso que falam é uma mentira. Foi uma coisa de momento, mas o técnico me colocou em um momento que ele sabia que eu ia fazer besteira. Mas ele não mandou, nada”.

Outra: “Teve um jogo Bahia e Fluminense e dentro de uma briga generalizada, eu dei um murro em um jogador chamado Oliveira, do Fluminense, e ele perdeu a visão de um olho. Eu gostaria de encontrá-lo para pedir desculpas” diz emocionado.

E mais: “No Carnaval, quando saia nas Muquiranas, uma pessoa caiu em um tacho de acarajé. Falam que peguei o tacho fervendo e joguei em uma pessoa. Mentira. Se eu tivesse feito isso, minha mão não estaria assim (sem marcas)”.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008

INSS não possui dados quantitativos de ex-jogadores aposentados

Leandro Silva

Um grande problema para os ex-jogadores é o direito à aposentadoria. Como a carreira é curta e passar 20 anos como profissional já é um fato raro, os jogadores precisam trabalhar em outra profissão ou continuar colaborando para completar o tempo de serviço e poder usufruir dos benefícios, como fizeram Douglas e Emo. O primeiro voltou a trabalhar e o segundo continuou colaborando com o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.

“Mas muitos jogadores não têm oportunidade e não conseguem entrar no mercado de trabalho depois do fim da carreira”, explica Douglas.

O número de jogadores que consegue aposentaria é desconhecido. Nem na Bahia e tampouco no País. A Ouvidoria do órgão explica que a categoria “atleta profissional de futebol” foi extinta em 1996 e os jogadores, hoje, são enquadrados como os outros trabalhadores comuns, não sendo possível, assim, chegar a tais dados quantitativos.
No Vitória e Bahia, a relação de emprego com os jogadores tem como base a CLT. O recolhimento ao INSS varia de acordo com o salário do jogador, aquele que é anotado na carteira de trabalho. O percentual de desconto varia de 8%, 9% e 11% conforme a faixa salarial, lembrando que o teto é de R$ 3.038,00.

Nem Bahia nem Vitória oferecem plano de saúde aos jogadores. O diretor financeiro e de Marketing do Bahia, Marco Costa, explica que está é uma prática comum aos clubes brasileiros. E diz a razão: “Os clubes oferecem assistência médica total a seus jogadores quase 24 horas por dia. E se eles necessitam de especialistas bancam tanto para ter o profissional em boas condições para atuar como também para proteger o seu empregado.

Ele cita o recente caso do meia gaúcho Cléber, falecido no final do ano passado quando atuava pelo tricolor, depois de sofrer aneurisma em Natal, para onde foi o Bahia disputar uma partida valendo pela Série C do Campeonato Brasileiro.
”O Bahia deu toda a assistência ao jogador, assumiu todas as despesas e sua família reconhece“. O jogador que antes defendera o Vitória não tinha plano
de saúde.

Segundo Marco Costa analisa, a questão de fazer planos de saúde para a família e previdência privada para si depende muito do perfil do jogador. ”Áí é questão de consciência, educação, origem. Nem todos são iguais. A maioria não pensa no futuro.

AGAP – Douglas da Silva Franklin, ex-ídolo do Bahia, é o presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional da Bahia.

A meta da Agap é a inserção dos ex-atletas no mercado de trabalho, oferecendo cursos de computação, profissionalizantes e até universitários, além de oferecer assistência para os ex-atletas que estejam em dificuldade sobretudo financeira.
“Os cursos e benefícios são concedidos de acordo com a necessidade de cada um. Os casos são analisados individualmente”, explica Douglas.

Os benefícios são possíveis por causa das parcerias criadas, pela contribuição dos associados, que pagam 60 reais, por ano.

A Agap possui mais duas fontes de renda: uma delas refere-se a 1% das arrecadações nos jogos das competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol. A outra fonte de arrecadação refere-se a 1% dos contratos dos jogadores.

“Não precisa ser só atleta para se associar à Agap. Porque tem o sócio contribuinte. Estamos associando também pessoas que não são ex-atletas. Com mais sócios, é mais fácil fazer convênios e parcerias e a arrecadação aumenta”, explica Douglas.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008

Ramon e Uéslei ainda não pensam em parar

Leandro Silva

O meia Ramon Menezes, com sucesso reconhecido nos clubes em que passou durante a carreira, que começou em 1990, voltou ao Vitória, este ano, aos 35 anos para resgatar seus grandes momentos. Revitalizado pelo bom desempenho, ainda não enxerga o final da carreira, nem de binóculo. “Não faço planos de quando vou parar. Até porque tem que ser uma decisão certa, porque não tem como voltar atrás e nem se arrepender”, diz.

Ele também diz não ter pensado no que pretende fazer após o final da carreira. “Cara, ainda não pensei. Espero continuar no meio do futebol. Não sei qual a função ainda. Vou jogar até quando tiver saúde e força”, planeja Ramon.
Ele já sabe de o que deve sentir falta quando parar. “Pelo menos todo mundo que eu converso diz que o que mais sente falta é a concentração, a rotina geral”.

Uéslei, que também já defendeu as cores de Bahia e Vitória, está com 37 anos e ainda não faz planos para quando se transformar em um ex-jogador.

Ele hoje defende o Oita Trinita, do Japão, país onde é ídolo, e diz não ter receio do momento da aposentadoria. “Uma hora eu vou ter que parar mesmo”. Perguntado sobre o que vai sentir mais falta do futebol quando parar, ele é direto: “De fazer gols”.
Ao contrário de muitos outros colegas que admitem que sentem ou irão sentir falta do assédio dos torcedores ao ser reconhecido nos locais, o pitbull pensa diferente. “Isso com certeza vai acontecer. Vai ser até melhor porque eu sou muito tímido”.

Quase – O goleiro Emerson, de 36 anos, um dos maiores ídolos da história recente do Bahia, ao lado de Uéslei, também defendeu os dois rivais e fala sobre a diminuição do assédio. “Isso é natural porque você não tá mais jogando, então as pessoas reconhecem o que você fez, mas você não tá mais jogando, né? Lógico que principalmente a passagem pelo Bahia ficou marcada, mas as pessoas vão esquecendo. Alguns mais jovens já conhecem só de nome”, diz.

O arqueiro ainda pode ser considerado um jogador profissional. “Eu ainda não oficializei o final da minha carreira, mas tudo está se encaminhando para isso. E eu achei que eu ia sentir mais. Não era o jeito que eu imaginava encerrar porque eu tinha contrato com o Vitória até o final do ano e o clube me mandou embora. Fui ficando 1, 2, 3 meses sem jogar, mas já tá fechando quase um ano. Se não fechar nada pro Brasileiro, acho que é o caminho natural”, revela Emerson.

“Não é uma decisão simples. Até fevereiro por exemplo eu recebi propostas, então a qualquer momento posso voltar. Não fechei as portas. Tem alguns times que me fariam voltar. Mas prefiro não citar nomes”, diz o arqueiro que cursa Administração. “Me ocupo com algo que agrega valor. Ainda treino pra manter a forma”. Uéslei também jogou no Vitória e Ramon no Bahia.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

GUIA DA SÉRIE B

Leandro Silva

A Série B a cada ano que passa ganha em prestígio. Se antes era esquecida, e dificilmente era transmitida pelas TVS, desde 1997 quando Bahia e Fluminense caíram só fez crescer, principalmente com a presença dos times grandes. Na atual edição, as duas grandes locomotivas são o Corinthians, quatro vezes campeão brasileiro, e o Bahia, duas vezes campeão nacional.

Mas já passaram pela competição: Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro e Vitória entre outros times.

Apesar do maior respeito pela Série B, o grande objetivo da competição ainda é fugir dela. Ascendendo para a elite do futebol nacional.

Pelo terceiro ano consecutivo, o regulamento será o mesmo. Com os 20 times se enfrentando em grupo único, com jogos de ida e volta, em sistema de pontos corridos.
Ao final das 38 rodadas, aquele que tiver mais pontos - ou levar vantagem nos critérios de desempate - leva o troféu. Os quatro primeiros colocados sobem para a Série A. E os quatro últimos serão rebaixados para a Série C.

Equilíbrio – A Série B se destaca também por causa do equilíbrio entre as equipes. Por isso, arriscar qualquer prognóstico é arriscado. Mas levando em consideração as tradições dos clubes e as qualidades dos elencos atuais, a briga pelo título de 2008 deve ficar entre: Bahia, Corinthians, Juventude, Paraná e Ponte Preta. Mas a luta pelo acesso deve ter ainda: Fortaleza, Criciúma, Brasiliense, São Caetano, Marília, Barueri, Vila Nova.

Outros devem lutar para se manter na Série B, como Bragantino, Avaí, Ceará, Gama, ABC: mas os principais favoritos para o rebaixamento hoje são: América de Natal, CRB e Santo André.

O América de Natal, ao contrário dos outros três times que foram rebaixados no ano passado, não parece ter condições de retornar para a primeira divisão. Está mais próximo de cair para a terceira divisão.

Bahia - Para o alto e avante!


Leandro Silva

Inspirado no lema do Super-Homem, o seu mascote, ´para o alto e avante´ o Bahia vai em busca de subir para a Série A do futebol nacional, que já conquistou em 1988, mas está afastado desde 2003 quando foi rebaixado pela segunda vez para a Série B. No ano passado, depois de chegar ao fundo do poço em 2005 com o rebaixamento para a Série C, o Bahia deu o primeiro passo para voltar ao topo, ao conseguir o acesso como segundo colocado na Série C.

Do time titular que conseguiu o acesso, cinco se mantém no time-base para o início dessa Segundona: Luciano Baiano, Alison, Rogério, Fausto e Elias.

Quatro deles com funções defensivas. E é justamente na defesa que se destacou no Campeonato Baiano que o torcedor do Bahia confia para conseguir brigar pelo título e acabar com um jejum de seis anos sem títulos. Alison, Marcone, Rogério e Fausto formam um verdadeiro paredão à frente de Darci. Marcone, que defendeu o Brasil no Mundial sub-20 do ano passado como volante, passou para a zaga e foi um dos que mais cresceu neste ano.

Ponto fraco– Bem treinado por Paulo Comelli, o calcanhar de aquiles do Bahia até o momento no ano é o seu ataque. Didi se manteve na equipe durante muito tempo, apesar das pífias atuações e deixa o clube sem deixar a menor saudade. Já Cristiano, apesar de ter feito apenas dois gols, marcou nos dois jogos em que não atuou com Didi, e poderia ser um bom atacante na Série B, mas deixa o clube. Com isso, a briga pela titularidade deve ficar entre Pantico, Charles e Gilberto, novo contratado.

É preciso contratar mais, principalmente no ataque, mas a boa campanha no estadual em que terminou oito pontos à frente do campeão, fazem com que as perspectivas para uma volta à Série A sejam boas.

O que deixou o torcedor com uma pulga atrás da orelha foi a eliminação precoce na Copa do Brasil, na primeira fase, para o Icasa, vice-campeão cearense.

Retrospecto– A largada do tricolor na sua quinta Série B será exatamente contra o campeão do Ceará. Nas participações anteriores, o Bahia bateu duas vezes na trave, com um terceiro lugar em 99 e um quarto, em 2004 - posições que hoje dariam o acesso - mas caiu em 2005 e ficou próximo em 98.

Time-base: Darci, Luciano Baiano, Alison, Marcone e Ávine; Rogério, Fausto, Rivaldo; Ananias, Elias; Juca. Técnico: Paulo Comelli

ELENCO:
Darci G
Fabiano Borges G
Paulo César G
Alison Z
Marcone Z
Cléber Carioca Z
Santiago Z
Diego Martins Z
Douglas Z
Luciano Baiano LD
Fábio LD
Ávine LE
Adilson LE
Daniel LE
Rogério V (foto)
Fausto V
Rivaldo V
Oliveira V
Emerson Cris V
Willames V
Ananias M
Elias M
Cléverson M
Juca A
Gilberto A
Pantico A
Charles A
Reinaldo Aleluia A
Paulo Roberto A
Bruno Meneghel A
Bruno Cazarine A

Corinthians - Favoritismo para passagem curta


Leandro Silva

O Corinthians é a grande atração da Série B de 2008. Quatro vezes campeão da Série A, essa é a primeira vez que o Timão disputa a Segundona. Mas o alvinegro é o principal favorito para ficar com o título da competição e fazer com que a passagem pela Série B seja curta, assim como Palmeiras, Botafogo, Grêmio e Atlético Mineiro também fizeram.

O time teve um bom desempenho em parte do Paulistão, mas acabou ficando de fora das finais, terminando em quinto.

Os destaques do time são o goleiro Felipe, ex-Vitória, um dos poucos a se salvar no rebaixamento no ano passado, o excelente lateral-esquerdo André Santos. Além dos zagueiros Chicão e William.

Para o Nacional, a principal aposta é o meia Douglas, ex-São Caetano, antigo sonho de consumo.

Time-base: Felipe, Carlos Alberto, Chicão, William, André Santos; Fabinho, Perdigão, Diogo Rincón, Douglas; Dentinho e German Herrera. Técnico: Mano Menezes

ELENCO:
1 Felipe G
22 Julio Cesar G
3 Chicão Z
4 William Z
2 Fábio Ferreira Z
14 C. Suarez Z
30 Carlão Z
5 Alessandro LD
27 André Santos LE
6 Everton Ribeiro LE
Wellington Saci LE
8 Perdigão V
32 Fabinho V
20 Carlos Alberto V
28 Nilton V
55 Bóvio V
21 Bruno Octávio V
13 Marcelo Oliveira V
10 Douglas M
15 Diogo Rincon M
19 Lulinha M
29 Eduardo Ramos M
26 Rafinha M
23 Dinelson M
11 Marcel M
Elias M
25 Acosta A
17 German Herrera A
31 Dentinho A
9 Finazzi A
18 Lima A

Juventude - Estadual não se resume à final


Leandro Silva

O Juventude teve um início de ano surpreendente para uma equipe que havia acabado de ser rebaixada para a Série B, conseguindo chegar até a final contra o Internacional, depois de eliminar o Grêmio.

Mas, depois de ter vencido o Inter nos três primeiros encontros no ano, o time foi humilhado na final contra o próprio Colorado, levando uma goleada de 8 a 1.

O time deve entrar na Série B com um clima ruim depois dessa derrota, mas não pode jogar fora tudo que foi construído até o momento no ano.Se não sair dos trilhos tem boas chances de retornar à Série A já em 2009. Tem chances até para ficar com o título.

O baiano Mendes, ex-Vitória, é o grande ídolo do elenco atual do Juventude, ao lado do goleiro Michel Alves, sobrevivente no rebaixamento.

Time-base: Michel Alves, Élvis, Nunes, Laerte e Hélder; Hércules, Juan Pérez, Lauro, Xuxa;
Ivo e Mendes. Técnico: Zetti.

ELENCO:
Michel Alves Vila NovaG
Dida Náutico G
Carlos G
M. Alemão Criciúma Z
Laerte Bahia Z
Dirley São Luiz/RS Z
Alex Moraes Z
Nunes Peñarol Z
Alisson Prata da casa LD
Elvis Coritiba LD
Helder Prata da casa LE
Alexandre LE
M. Goiano Figueirense LE
Dionathan Joinville V
Hércules Ipitanga V
Juan Perez Panamenho V
Lauro Palmeiras V
Renan Esportivo/RS V
Tiago Renz V
Xuxa Mirassol M
Danilo Figueirense M
Fabinho Glória M
Leandro Cruz M
Paulo César M
Mendes Vitória A (foto)
Felipe Ituano A
Maycon Prata da casa A
Ivo Prata da casa A
Gabriel Prata da casa A

Paraná - Experiência em títulos e acessos


Leandro Silva

Apesar de freqüentar a primeira divisão do Brasileiro em 14 dos últimos 15 anos, o Paraná tem uma boa experiência de segunda divisão, pois nas duas últimas vezes que disputou uma divisão inferior do Campeonato Brasileiro, ele terminou com o troféu.

Foi em 1992, quando venceu o Vitória na final da Segunda Divisão e em 2000, quando derrotou o São Caetano na final de um módulo inferior da Copa João Havelange, o Brasileiro daquele ano.

Por isso, o Paraná é um dos favoritos para ficar com o título da Série B desse ano ou, pelo menos, voltar à primeira divisão.

Neste ano, o Paraná já eliminou o Vitória da Copa do Brasil e tem como principal destaque o talentoso meia Cristian, que já jogou no Palmeiras. O lateral Angelo, ex-Cruzeiro retorna ao clube.

Time-base: Fabiano Heves, Daniel Marques, João Paulo, Luis Henrique; Angelo, Léo, Cristian,
Giuliano, Everton; Joelson e Marcelinho. Técnico: Paulo Bonamigo.

ELENCO:
Fabiano Heves InterG
Gabriel Prata da casa G
Luís Carlos G
Daniel Marques Z
João Paulo Z
L. Henrique Bragantino Z
Ricardo Ehle Inter/SM Z
M. Ramos Náutico Z
Angelo Cruzeiro LD
Wellington LE
Léo Fortaleza V
Goiano V
Felipe Alves Avaí V
Agenor V
Naves V
Diego V
Cristian Palmeiras M (foto)
Giuliano base M
Éverton base M
Rodrigo Pimpão M
Élvis M
Marcelinho Náutico A
Joélson Avaí A
Fábio Luís São Caetano A
Clênio ABC A
Jônatas A
Diego Ratinho A

Fortaleza - título cearense dá moral ao Leão


Leandro Silva

Seja em que situação estiver, o Fortaleza costuma dar trabalho na Série B do Brasileiro, imagine quando está com moral depois do 37º título estadual. Por isso, o Leão pode sonhar em retornar mais uma vez para a elite do Nacional.

O Fortaleza começou mal o ano, ficando sem o título do primeiro turno do estadual, mas deu a volta por cima em uma emocionante recuperação que valeu o título em cima do Icasa, algoz do Bahia na Copa do Brasil.

O baiano Paulo Isidoro subiu com o América de Natal em 2006 e no ano passado pulou fora do naufrágio americano para tentar repetir o feito com o Fortaleza. Foi adiado para 2008. Outros conhecidos dos baianos são os atacantes Alex Alves, ex-Vitória, e Tailson, ex-Bahia, além do meia Juninho Cearense, ex-Bahia.

Time-base: Tiago Cardoso, Victor, Preto, Juninho; Simão, Erandir, Junior Cearense, Paulo Isidoro e Márcio Azevedo; Lúcio e Fábio Oliveira. Técnico: Heriberto da Cunha.

ELENCO:
Thiago Cardoso G
Douglas base G
Raul base G
Juninho Atlético/PR Z
Preto Goiás Z
Victor Z
Lucas Atlético/PR Z
Romário base Z
Simão Atlético/PR LD
B. Ribeiro Palmeiras LD
Gilberto Matuto LD
M. Azevedo Juventude LE
Guto base LE
Eusébio LE
Dude prata da casa V
Erandir Atlético/PR V
Rogério Prata da casa V
Leandro Prata da casa V
Junior Cearense V
Lúcio Atlético/MG M
Paulo Isidoro Vitória M (foto)
Juninho Cearense Bahia M
Bismark base M
Rômulo Ceará A
Léo Jaime A
Alex Alves Vitória A
Bambam base A
Tailson Bahia A
Osvaldo base A