Leandro Silva
Os atos são diversos: chute no rosto, cotovelada, doping, trombada forte e até cusparada. A conseqüência? Punição de 120 dias.
O lateral-direito Coelho, do Atlético/MG, é o quinto jogador a receber esta pena durante a Série A do Brasileirão deste ano.
O lateral foi punido pela falta cometida em Kérlon, do Cruzeiro, depois do ´drible da foca´ do atleta cruzeirense, durante o clássico do último dia 15, no Mineirão.
Personagem principal da confusão, Coelho, falou com a reportagem do ATEC, por telefone, e acredita que a imprensa contribuiu para sua punição. “A maioria das pessoas que me criticou nunca chutou uma bola na vida e nem sabe o que é um clássico”, desabafa.
Para o vice-presidente Jurídico do Atlético/MG, Roberto Vasconcellos, a repercussão do lance na mídia prejudicou o atleta.
“Eu acho que os auditores que votaram pela pena de 360 ou 120 dias perderam o foco da questão, deixaram de julgar a falta de Coelho e fizeram uma defesa da jogada de Kérlon”, reclama Vasconcellos, contactado pela reportagem do ATEC, ontem, quando estava no Rio de Janeiro entrando com um recurso contra a decisão do STJD.
Vasconcellos informou que o recurso já está protocolado e pode entrar na pauta do órgão até mesmo na próxima semana. O atleta fica sem atuar, pelo menos, até novo julgamento. “Agora, é aguardar.
Lógico que espero voltar a jogar o mais rapidamente possível”, declara Coelho.
SEVERA – Os chamados defensores do futebol-arte se apressaram em condenar a atitude de Coelho logo em seguida ao lance, mas a punição severa não foi muito comemorada em Belo Horizonte.
As opiniões na capital mineira, ontem, eram, em sua grande maioria, contrárias à decisão.
Segundo o jornalista mineiro Clésio Giovani, a punição foi considerada exagerada até mesmo pelos cruzeirenses. A rivalidade foi deixada de lado até pelo vice-presidente da Raposa, Zezé Perrela, que estava participando do programa B astidores da Rádio Itatiaia, durante o julgamento, e teria dito que uma suspensão por quatro jogos estaria de bom tamanho.
OUTROS CASOS – Antes de Coelho, quatro jogadores já tinham sofrido a mesma pena. Dodô, flagrado no exame anti-doping, já conseguiu se safar da punição, mesmo sem uma comprovação de inocência, o que irritou a Fifa.
Os outros continuam cumprindo pena. Túlio está atuando apenas pela Copa Sul-Americana depois que acertou um chute no rosto de Leandro, do São Paulo.
O baiano Obina só voltará a jogar em 2008, depois de dar uma cotovelada em Índio, do Inter/RS. Já o meia Hugo, do São Paulo, foi suspenso depois de cuspir no volante Goiano, do Paraná Clube.
O zagueiro Eduardo, do Bahia, também já foi suspenso este ano, pelo mesmo período, por agredir um jogador do Galícia durante o Baiano de Juniores. Cumpriu 70.
Roberto Vasconcellos credita o aumento de suspensões à tecnologia.“Hoje, é muito mais fácil flagrar lances polêmicos”.
O lateral diz que teria nova atitude se Kérlon voltasse a tentar o drible em sua frente. “Hoje, eu iria tentar um jeito de tirar a bola sem acertar ele”, garante.
Os atos são diversos: chute no rosto, cotovelada, doping, trombada forte e até cusparada. A conseqüência? Punição de 120 dias.
O lateral-direito Coelho, do Atlético/MG, é o quinto jogador a receber esta pena durante a Série A do Brasileirão deste ano.
O lateral foi punido pela falta cometida em Kérlon, do Cruzeiro, depois do ´drible da foca´ do atleta cruzeirense, durante o clássico do último dia 15, no Mineirão.
Personagem principal da confusão, Coelho, falou com a reportagem do ATEC, por telefone, e acredita que a imprensa contribuiu para sua punição. “A maioria das pessoas que me criticou nunca chutou uma bola na vida e nem sabe o que é um clássico”, desabafa.
Para o vice-presidente Jurídico do Atlético/MG, Roberto Vasconcellos, a repercussão do lance na mídia prejudicou o atleta.
“Eu acho que os auditores que votaram pela pena de 360 ou 120 dias perderam o foco da questão, deixaram de julgar a falta de Coelho e fizeram uma defesa da jogada de Kérlon”, reclama Vasconcellos, contactado pela reportagem do ATEC, ontem, quando estava no Rio de Janeiro entrando com um recurso contra a decisão do STJD.
Vasconcellos informou que o recurso já está protocolado e pode entrar na pauta do órgão até mesmo na próxima semana. O atleta fica sem atuar, pelo menos, até novo julgamento. “Agora, é aguardar.
Lógico que espero voltar a jogar o mais rapidamente possível”, declara Coelho.
SEVERA – Os chamados defensores do futebol-arte se apressaram em condenar a atitude de Coelho logo em seguida ao lance, mas a punição severa não foi muito comemorada em Belo Horizonte.
As opiniões na capital mineira, ontem, eram, em sua grande maioria, contrárias à decisão.
Segundo o jornalista mineiro Clésio Giovani, a punição foi considerada exagerada até mesmo pelos cruzeirenses. A rivalidade foi deixada de lado até pelo vice-presidente da Raposa, Zezé Perrela, que estava participando do programa B astidores da Rádio Itatiaia, durante o julgamento, e teria dito que uma suspensão por quatro jogos estaria de bom tamanho.
OUTROS CASOS – Antes de Coelho, quatro jogadores já tinham sofrido a mesma pena. Dodô, flagrado no exame anti-doping, já conseguiu se safar da punição, mesmo sem uma comprovação de inocência, o que irritou a Fifa.
Os outros continuam cumprindo pena. Túlio está atuando apenas pela Copa Sul-Americana depois que acertou um chute no rosto de Leandro, do São Paulo.
O baiano Obina só voltará a jogar em 2008, depois de dar uma cotovelada em Índio, do Inter/RS. Já o meia Hugo, do São Paulo, foi suspenso depois de cuspir no volante Goiano, do Paraná Clube.
O zagueiro Eduardo, do Bahia, também já foi suspenso este ano, pelo mesmo período, por agredir um jogador do Galícia durante o Baiano de Juniores. Cumpriu 70.
Roberto Vasconcellos credita o aumento de suspensões à tecnologia.“Hoje, é muito mais fácil flagrar lances polêmicos”.
O lateral diz que teria nova atitude se Kérlon voltasse a tentar o drible em sua frente. “Hoje, eu iria tentar um jeito de tirar a bola sem acertar ele”, garante.
Texto publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 28/09/2007