segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vantagem ampliada

Leandro Silva

O Vitória já tinha a vantagem de poder empatar duas vezes e agora pode até perder por 1 a 0 no próximo Ba-Vi, no Barradão para ficar com o seu 25º título estadual, graças ao triunfo por 2 a 1 ontem em Pituaçu. No entanto, o campeonato ainda não está decidido.

Apesar de o fato de jogar fora de casa a próxima partida sugerir uma dificuldade ainda maior para o Bahia é justamente lá que o clube tem feito suas melhores apresentações nos clássicos. Nos três últimos embates, por exemplo, o tricolor fez placares que, se forem repetidos domingo, serão suficientes para a 44ª conquista estadual do Esquadrão. Foi 2 a 0 pela primeira fase do campeonato passado, 4 a 1, pela fase final, e mais 2 a 0 pela fase inicial desse ano.

Fora isso, as provocações exageradas de alguns jogadores do Leão, como Vanderson e Apodi após o resultado e Neto Baiano, imitando choro ainda no primeiro gol, podem servir de combustível para uma reação tricolor. Nunca é demais lembrar que em 2008 a competição já parecia finalizada após a goleada de 4 a 1 do tricolor mas, após uma semana de muita gozação, o rubro-negro venceu por 3 a 0, em Feira e acabou com o troféu.

O JOGO

O Vitória teve os seus méritos ontem, por saber explorar algumas falhas tricolores, mas deve muito do seu resultado a dois jogadores: Ramon e Apodi. O camisa 10 fez os dois gols e, com a sua experiência, ajudou a desestabilizar o rival, já o camisa 2 teria feito uma partida irrepreensível, não fossem atitudes desleais, como a voadora que aplicou no centroavante Reinaldo, do Bahia ainda no primeiro tempo, quando contou com a conivência da arbitragem para permanecer em campo e decidir o jogo ao sofrer o pênalti do segundo gol, após já ter sido o autor do cruzamento para o primeiro.

Já o Bahia errou demais. Nos dois primeiros Ba-Vis, o tricolor conseguiu anular completamente o lateral Apodi. No primeiro, o meia Ananias foi o responsável pela marcação. No segundo, foi o lateral-esquerdo Ávine. Apodi não fez rigorosamente nada de perigoso nesses dois clássicos. A escalação de ontem parecia indicar que o camisa 10 Ananias seria novamente o responsável pelo serviço, mas Gallo deve ter imaginado que o ala foi nulo por não possuir qualidades e não pelos méritos de terem bloqueado suas jogadas. Com liberdade, ele fez o que quis, deitando e rolando em cima de Rubens Cardoso.

Além disso, o meio-de-campo foi mal. A torcida já reclamou desde a escalação. Principalmente com a presença de Marcone, no lugar de Rogério, suspenso, e de Ananias, no lugar de Léo Medeiros, que ficou o jogo todo no banco. No entanto, Marcone foi o melhor do setor (volto a dizer que a torcida implica com o volante por ele ter atuado mal em algumas partidas sempre improvisado). Ananias, também, não estava mal até falhar no lance do segundo gol. Quem esteve muito abaixo do seu nível foi Elton. Como ele estava mal e Ananias não tem corpo para levar vantagem contra os volantes e zagueiros fortes do Vitória, o meio tricolor ficou entregue.

sábado, 25 de abril de 2009

A União de uma Nação - pontos de venda e agradecimentos



Leandro Silva

Agradecimentos

Muito obrigado, de coração, a todos que prestigiaram à noite de autógrafos.
Foi maravilhosa!!!E foi muito bom bater papo e conhecer pessoas como José, Matheus, Victor Menezes, seu pai Nelson, Paulo, Geraldo e tantos e tantos outros. Agradeço muito, mesmo

Dois pontos

Para quem está perguntando como adquirir o livro, já está sendo vendido na Banca 365 dias, que fica no Imbuí.
Situada na Rua Alberto Fiúza, SN (Imbuí) em frente ao edificio Ibiporã,
ao lado da Barraca Boteco da Zurca.
Horário de funcionamento das 07 as 20h de domingo a domingo.

E na Casa do Tricolor, no Capemi.

A 30 reais.

Comentários

Estou adicionando alguns comentários sobre a obra que já foram feitos por e-mail ou orkut. Muito obrigado pelos elogios.

Leandro,
Parabéns pelo livro! Muito legal mesmo! Reiterando o que te falei na página de recados do seu Orkut, 'devorei' o livro em menos de um dia por não consegui parar de ler, ávido a saber mais histórias fantásticas sobre uma conquista fantástica. Como disse lá na Bienal, esse livro tem uma importância considerável pelo fato de ser um registro documental dos fatos ocorridos em 1988/89. Há muito material solto de reportagens, imagens, mas faltava algo que vissemos bem organizado e feito com tanto afinco quanto é o 'A união de uma nação'.
Um grande abraço e sucesso! Tenho certeza ser o primeiro de muitos livros que virão.

José Eliomar Filho

Quem vos escreve é um admirador do "sobrinho" e agora do escritor. Comecei a ler o seu rebento e confesso que estou adorando, pela leveza da narrativa e cuidado em ser fiel com os fatos (...)

Li seu livro em um dia (21/04) e como havia comentado é ótimo. Você me fez viajar no tunel do tempo e reviver emoções de 20 anos atrás. Não sabia de detalhes interessantes como o "Dunga II" e como também da homenagem que seu pai fez ao grande jogador Leandro ... Sucesso garoto! e bola pra frente.

Abraços

Antônio José Silva

Já estou quase na metade do livro e digo que é muito bom.

Arilde Júnior

Goianão 2009

Leandro Silva

Confesso que jamais acompanhei tanto o Campeonato Goiano como o fiz em 2009. Não assisti a nenhuma partida, mas busquei os resultados sempre e procurei ver os gols a cada rodada. Muito por causa da presença de dois amigos. Um, o zagueiro-revelação do atual campeão Itumbiara, Felipe Albiéri. E o outro, o meia Elias, ex-tricolor baiano, no Atlético Goianiense.

Mas também por causa dos outros ex-jogadores do futebol baiano, no Atlético, como o goleiro Márcio, os laterais Chiquinho e Alysson, os volantes Jair e Luciano Totó, o atacante Marcão. Os atacantes Pantico, do Crac, e Neto Potiguar, dispensado pelo Anápolis.

Elias e Felipe, ou melhor, Atlético e Itumbiara se cruzaram nas semi, e o time da capital e do ex-camisa 10 do Bahia, hoje número 11 e atacante em Goiânia, levou a melhor vencendo os dois jogos. Na outra semi, deu Goiás, o time da primeira divisão, contra o Crac, de Alex Dias.

A partir de domingo, então, começa a decisão. Atlético Goianiense contra o Goiás, que busca recuperar o domínio, já que nos últimos dois anos os campeões foram o próprio Atlético e o Itumbiara. Estarei torcendo pelo Atlético que perdeu o único confronto que teve na temporada contra o time esmeraldino na primeira fase da competição.

O Atlético poderá ter a volta de jogadores como os laterais Rafael Cruz e Chiquinho, o meia Francismar e o atacante Marcão, mas terá o desfalque do volante Jair, ex-seleção brasileira sub-23.

Olheiro musical

Leandro Silva

Sei que o blog é sobre futebol e, por vezes, outros esportes. Mas hoje me senti como um olheiro, mas não de futebol e sim, musical. Estava no aeroporto e pensei que estava tocando o CD de Vanderlee, ouvi a música Esperando Aviões, que o grupo Doce Encontro também gravou, e parecia idêntica.

Até aí tudo bem porque não gosto tanto deste cantor, mas chegando à praça de alimentação, o repertório começou a mudar. Começaram as músicas de Belo, Sorriso Maroto, Os Travessos (do tempo de Rodriguinho), Sampa Crew. E depois até Ana Carolina e Seu Jorge. Além da voz, o repertório me agradou em cheio.

No final, fui perguntar onde ele estava tocando, para presenciar mais outras performances. Mas ele disse que atualmente está fazendo mais festas de aniversário, formaturas e outros eventos particulares. Arley Carvalho é o seu nome. Por coincidência, ele tem o cabelo pintado como o atacante Harley do Fluminense de Feira, que já atuou na dupla Ba-Vi (eu tinha que falar mais uma vez de futebol, não é?). Para quem gosta do estilo musical que eu falei, é uma boa pedida.

Os telefones de contato dele: 3403-6958 e 9122-0601

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Deu a lógica: Ba-Vi na final

Leandro Silva

Depois de dois anos com quadrangulares finais decidindo o campeonato e mais um em que a final foi entre Vitória e Colo-Colo, volta a ter Ba-Vi decidindo o Estadual. Tricolores e rubro-negros passaram por Fluminense de Feira e Atlético com placares idênticos: 2 a 1, no interior, e 3 a 1 na capital.

Por ter feito melhor campanha na primeira fase, o Vitória tem a vantagem dos dois empates nas decisões. A primeira já acontece domingo, em Pituaçu e a segunda, no outro domingo, no Barradão. Apesar de o Leão ter a melhor campanha, não há um favoritismo para os confrontos. Não só pela máxima de que em clássicos não existem favoritos, mas também porque os dois times têm um nível muito parecido - melhores do que do Baiano de 2008.

O que pode desequilibrar a balança a favor do Bahia é o fato de que o tricolor foi melhor nos dois clássicos da temporada. Venceu por 2 a 0, no Barradão, e empatou em 0 a 0, em Pituaçu, com um a menos desde o início do jogo por causa da expulsão do goleiro Marcelo.

O Bahia começou a temporada de maneira empolgante com grandes atuações e goleadas, mas depois irritou a torcida com alguns resultados ruins atuando com a equipe reserva. O time principal perdeu apenas uma vez na temporada, para o Feirense, em Feira. Desde que o time principal voltou a jogar, contra o Coritiba, no empate, no Paraná, que eliminou o time na Copa do Brasil, e nas duas semifinais foram três boas atuações, que devolveram a confiança.

Para as finais, os destaques são o zagueiro Nen, sempre seguro, seu companheiro Evaldo, que vem subindo de produção, o cabeça de área Leandro, também. E o atacante Beto. Mas o time depende muito da volta à boa fase de dois meio-campistas: Elton e Léo Medeiros. Se jogarem o que já jogaram poderão ser muito importantes para um triunfo. No último jogo, as entradas de Alex Maranhão, Ávine e Alex Terra deram outras opções para Gallo.

No Vitória, a campanha foi boa, o time eliminou o Juventude na Copa do Brasil, masa torcida parece sempre com um pé atrás com o time, talvez pelas más atuações justamente nos confrontos contra o maior rival. Fato é que, depois de uma queda de rendimento no tempo de Mauro Fernandes, o time cresceu sob o comando do interino Ricardo Silva e vem se mantendo com Paulo César Carpegiani.

Apesar de a torcida rubro-negra continuar pegando no pé, uma das principais armas do time é o atacante Neto Baiano, artilheiro do estadual. O lateral-direito Apodi sempre representa muito perigo e costuma atuar bem contra o rival. Na zaga, a entrada de Marcos Aurélio pode representar um aumento na segurança. No meio, a volta de Vanderson também é importante e os veteranos Jackson e Ramon podem ser fundamentais para tentarem manter a vantagem nos jogos finais.

Com muita rivalidade e equilíbrio, os Ba-vis prometem!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Unificação dos títulos brasileiros

Leandro Silva

A polêmica quanto à unificação dos títulos brasileiros conquistados antes e depois de 1971 é muito complexa. Existem argumentos para quem quer defender ou atacar a unificação dos títulos. Por exemplo, PVC tem alguns argumentos para que não se unifique pois, para ele, seria até desnecessário já que reconhece como competições de importâncias semelhantes. O problema é que justamente por não serem unificados muita gente tenta desvalorizar as conquistas anteriores a 1971. E os próprios rankings valorizam menos ou até desvalorizam a história anterior a essa data.

Para o torcedor do Santos (ou do Bahia) os títulos valem a mesma coisa. Afinal, para os tricolores a Taça Brasil de 1959 vale o mesmo que a Copa União de 1988 e são representadas com a mesma importância pelas estrelas acima do distintivo do clube.

Mas a CBF não equipara e isso serve para torcedores rivais tentarem menosprezar os títulos. O que, para mim, importa e caracteriza as conquistas anteriores a 1971 exatamente iguais às posteriores é que eram as disputas mais importantes do País, assim como os atuais brasileiros e os vencedores eram chamados e reverenciados por imprensa e por torcida como campeões brasileiros.

Por exemplo, na Europa, a atual Liga dos Campeões antes era chamada de Copa dos Campeões. A forma de disputa e de classificação para a competição mudou. Nem por isso, os campeões anteriores são separados dos atuais. São os campeões europeus porque se tratava e continua sendo a competição mais importante do continente. Seria o mesmo se, de uma hora para outra, a Libertadores mudasse de nome para Liga da América do Sul. Os atuais campeões teriam importância menor do que os que venham a ganhar?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A União de uma Nação


É hoje!!!

A partir das 19 horas, no Centro de Convenções, fazendo parte da programação da EGBA (Empresa Gráfica da Bahia), na Bienal do livro 2009, a noite de autógrafos do meu livro sobre a história título de 1988 do Bahia. A União de uma Nação.

É a realização de um grande sonho!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

As finais do Baiano 2009

Leandro Silva

Terminada a interminável primeira fase do Campeonato Baiano, enfim começarão as finais, no próximo final de semana. Com dois confrontos que prometem muito - entre Vitória e Atlético de Alagoinhas e Bahia e Fluminense de Feira. No entanto, os embates já desenham, mais uma vez, que a decisão pode se dar nos Ba-Vis. O que pode voltar a acontecer depois de quatro anos, já que nos últimos dois a fórmula de disputa previa um quadrangular decisivo, sem final. E, em 2006 o Colo-Colo foi campeão, derrotando o Vitória. Coincidentemente, em 2005, os confrontos que valem hoje pelas semifinais foram válidos pelas quartas, e os clubes da capital levaram a melhor.

O Bahia não deverá ter facilidade alguma nos embates contra o Touro do Sertão. Na primeira fase, conseguiu um importante triunfo, por 1 a 0, em Feira e apenas empatou, em 0 a 0, em Salvador. Para ilustrar a força do Flu, foi o único adversário que conseguiu vencer o líder Vitória duas vezes na competição. Para piorar, o primeiro confronto acontece no Jóia da Princesa, lar do Bahia na Série B do ano passado e onde o Esquadrão definitivamente não se sente em casa. Menos mal que o desempenho do tricolor de Feira esse ano não está tão bom em seus próprios domínios. Em 10 jogos como mandante no Alberto Oliveira, foram cinco vitórias, dois empates e três derrotas.

Já o Bahia é visto com desconfiança por causa da queda de rendimento no segundo turno depois de encantar a torcida no primeiro. O tricolor perdeu muitos pontos (9) por atuar em três partidas com o time reserva. Com esses 9 pontos, o Esquadrão poderia ter sido o primeiro colocado, com 55 pontos. O time principal perdeu apenas uma vez em 2009, contra o Feirense, no mesmo Jóia da Princesa que sediará a primeira partida das semifinais. Outro ponto preocupante é que a defesa não é mais a mesma desde a lesão de Alison. O ex-palmeirense Nen segue sendo um dos principais jogadores do elenco, atuando em altíssimo nível, mas Evaldo alterna grandes atuações, como contra o Coritiba pela Copa do Brasil, com outras muito ruins. A queda de produção do goleiro Marcelo e do meio-campista Léo Medeiros, depois de lesões também diminuem a confiança da torcida. O confronto marca o encontro entre os dois únicos treinadores que estão nas mesma equipes desde o início da competição: Alexandre Gallo e Nazareno Silva.

Do outro lado, a estabilidade no comando técnico não chega nem perto. O técnico Ferreira assumiu o Atlético na rodada final da primeira fase, depois da saída do ex-zagueiro Moisés Alves. E Paulo César Carpergiani estrearáno Baiano apenas nas semifinais, sendo o quarto treinador do ano. Primeiro, estiveram Vagner Mancini, Mauro Fernandes e Ricardo Silva. Mesmo sem ainda encantar a torcida, principalmente por causa do desempenho nos Ba-Vis, já que perdeu um em casa e empatou o outro atuando com um jogador a mais desde o primeiro tempo, o Leão usou or egulamento e conquistou a primeira colocação, terminando com 50 pontos. Mesmo tendo vencido apenas um confronto contra os três outros classificados para as finais - o Atlético. Empatou um Ba-Vi e perdeu os outros quatro confrontos.

O Atlético levou duas goleadas dos grandes no primeiro turno, mas no segundo, empatou com o Bahia e derrotou o Vitória. Dando claras mostras da evolução. Na partida contra o Bahia, Gallo chegou a dizer que o Carcará foi a equipe que mais deu trabalho ao tricolor. O atacante Robert, revelado pelo São Paulo, é o grande destaque do time.

CAIU

A briga contra o rebaixamento esse ano foi muito grande. No final, quem se deu mal foi o Poções, que jogou a competição fora de casa, em Jequié, e não teve forças para chegar à frente dos oponentes. No ano passado, a equipe que já decidiu um turno do Campeonato em 1994, com o Bahia, já correu risco de cair, mas conseguiu uma reação e empurrou o Juazeiro para a segundona. Dessa vez, não deu. Mesmo com as punições a Feirense e Madre de Deus por utilizarem jogadores irregulares e perderem 6 pontos. Essas duas equipes, além do Camaçari, do Colo-Colo e do Ipitanga precisam aprender com os erros desse ano para não correrem os mesmos riscos no próximo.