quarta-feira, 30 de junho de 2010

Seleção das oitavas-de-final

Goleiro:
Eduardo - Portugal
Lateral-direito:
Lahm - Alemanha
Zagueiros:
Juan - Brasil
Piqué - Espanha
Lateral-esquerdo:
Salcido - México
Volante:
Diego Perez - Uruguai
Meias:
Andre Ayew - Gana
Sneidjer - Holanda
Atacantes:
Thomas Müller - Alemanha
Luis Suarez - Uruguai
Carlitos Tevez - Argentina

terça-feira, 29 de junho de 2010

Palpites para os cruzamentos de quartas-de-final

Nos últimos dias, percebi um aumento no número de visitantes deste blog e descobri que muitos entraram aqui procurando palpites para os confrontos de oitavas-de-final. Provavelmente, motivados pela febre dos bolões que toma conta do Brasil durante as Copas. Não sei se estas pessoas levaram em consideração os meus prognósticos na hora de escolher os vencedores desta etapa, mas quem confiou em mim, deve ter se dado muito bem. De oito confrontos, acertei o classificado de sete. O único deslize foi a eliminação do Japão, nos pênaltis, diante do Paraguai. Komano me quebrou. Vamos ver se a situação melhora agora nas quartas-de-final.
Uruguai x Gana -
Sigo apostando no Uruguai. A equipe de Tabarez é muito madura e muito forte. Diego Perez e Arévalo dão segurança para a defesa e Forlán e Suarez vêm resolvendo lá na frente. Para completar, um dos melhores jogadores de Gana, Andre Ayew, está suspenso. Mesmo assim, não será fácil, Kevin Prince Boateng, Muntari, Gyan Asamoah também são excelentes.
Brasil x Holanda -
Novamente, a Holanda caiu no caminho do Brasil. Acredito que a Seleção Brasileira terá muitos problemas para recuperar a bola, pois o time holandês valoriza a posse de bola como principal característica. Mesmo assim, penso que o Brasil passa.
Alemanha x Argentina -
Esse é o mais difícil. Novamente, aposto na Alemanha, que cresce em partidas decisivas. O ataque argentino é melhor, mas a defesa alemã é muito melhor.
Espanha x Paraguai -
Aposto na Espanha, mas a Fúria terá dificuldades para superar a bem montada defesa paraguaia.

Discreta e eficiente - Espanha 1x0 Portugal

Mais discreta do que em outras Copas, a Espanha vai chegando. Já está entre as oito melhores, depois de eliminar Portugal, que ainda não havia sofrido um único gol durante o Mundial. A equipe foi bem superior à seleção portuguesa, mas não conseguia converter essa superioridade em gols. Um dos motivos é o mau momento vivido por Fernando Torres. Para compensar, Villa vem assumindo o papel de protagonista e já marcou o seu quarto gol nesta Copa. Está empatado na artilharia com Higuaín, da Argentina, e Vittek, da Eslováquia.

Um outro problema detectado na seleção espanhola diz respeito às características dos jogadores de meio-de-campo escolhidos como titulares. Busquets, exclusivamente marcador, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta, ótimos jogadores - principalmente os dois últimos - com ótimos passes, mas que não são tão ousados em matérias de partir para cima dos marcadores. No banco, Del Bosque tem jogadores justamente com esse poder de desestabilizar a marcação adversária, como David Silva, Jesus Navas, Pedro Rodriguez e Juan Mata, mas estes estão sendo relegados.

Por outro lado, citar estes nomes, além de Fábregas, mostra a força do elenco espanhol. Volto a dizer que a derrota na estreia foi benéfica, pois tirou um enorme peso de equipe imbatível os ombros espanhóis. Já Portugal, procurou reforçar a defesa e esqueceu um pouco de atacar. Consequência: fez sete gols na Copa, mas todos no mesmo jogo, contra a Coreia do Norte. Nos outros três jogos, passou em branco.


Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Sergio Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi e Iniesta; David Villa (Pedro Rodriguez) e Fernando Torres (Llorente).
Portugal: Eduardo; Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fabio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago, Raúl Meireles; Simão Sabrosa (Liédson); Cristiano Ronaldo e Hugo Almeida (Danny Miguel).
Gol: Villa
Destaques: Piqué, Xavi, Villa, Bruno Alves, Fabio Coentrão

Força da América - Paraguai (5)0x0(3) Japão

Copa do Mundo e disputa de pênaltis têm tudo a ver. A dramaticidade e a emoção chegam a níveis alarmantes quando um árbitro apita, encerrando o segundo tempo de uma prorrogação. Foi o que aconteceu no embate entre Paraguai e Japão. Os dois jogadores tentaram tirar o zero do placar durante duas horas, em vão. O jeito foi encarar a marca do pênalti para desempatar. Apenas o lateral-direito Komano teve o desprazer de desperdiçar a sua cobrança, mandando na trave.

Mesmo com a eliminação, os japoneses só podem se orgulhar do Mundial que fizeram. Lamento apenas que o camisa 10 Nakamura não tenha atuado mais e em melhor nível. Junto com Honda, que não foi tão bem contra o Paraguai, poderia ter levado o país mais longe. Mesmo com a atuação mais apagada contra os paraguaios, Keizuki Honda será um dos nomes mais lembrados desta Copa, o que pode lhe render uma transferência para um clube de ponta, já que atua no CSKA Moscou.

Já os paraguaios também só têm motivos para comemorar, pois já entraram para a história como a melhor campanha do país até hoje em Copas. O time não está tão empolgante quanto ém boa parte das eliminatórias, quando sufocava os adversários, atacando demais, mas está bem consistente. Salvador Cabañas faz muita falta, mas não parece ser pela qualidade dos atacantes que o time não vem conseguindo marcar muitos gols, pois Lucas Barrios, Roque Santa Cruz, Nelson Haedo Valdez e Oscar Cardozo já demonstraram ser goleadores em seus clubes e em outras oportunidades.

A classificação paraguaia também é motivo de orgulho para a América do Sul, já que o continente conta agora com a maioria dos finalistas da Copa - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O único representante da Conmebol a cair fora foi o Chile, eliminado pelo Brasil, também do continente. É importante para acabar com a desvalorização da Copa América ou das eliminatórias sul-americanas, geralmente consideradas inferiores às equivalentes do Velho Continente.

Paraguai: Justo Villar; Bonet, Paulo Da Silva, Alcaraz e Morel Rodríguez; Nestor Ortigoza (Barreto), Vera e Riveros; Benítez (Nelson Haedo Valdez), Roque Santa Cruz (Oscar Cardozo) e Lucas Barrios.
Japão: Kawashima; Komano, Nakazawa, Marcus Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe (Kengo Nakamura), Hasebe, Endo, Matsui (Okazaki) e Keizuki Honda; Okubo (Tamada).
Gols na disputa de pênaltis: Barreto, Barrios, Riveros, Valdez, Cardozo; Endo, Hasebe e Honda. Komano perdeu.
Destaques: Kawashima, Okubo, Villar, Paulo da Silva, Morel Rodriguez

Uma melhor formação - Brasil 3x0 Chile


Daniel Alves e Ramires dão maior qualidade ao meio-de-campo da Seleção do que Elano e Felipe Melo. Foi o que mostrou a vitória sobre o Chile por 3 a 0. Os dois jogadores deram mais velocidade, o que fez com que a equipe não ficasse tão estática.

Como já era previsível, o Chile não conseguiu conter o seu ímpeto ofensivo e se lançou ao ataque. Endureceu a partida, segurando a bola no campo de ataque. Até que Juan marcou um bonito gol de cabeça. Depois foi a vez de Luis Fabiano ampliar, driblando o goleiro. Por fim, no segundo tempo, Robinho fechou o placar em 3 a 0. O atacante santista nem comemorou direito. Parecia estar tirando um enorme peso das costas

Parecia estar se cobrando muito por ainda não ter feito gol na Copa. Mas vinha atuando bem. Quando não jogou, inclusive, o Brasil ficou carente do drible, da improvisação e da velocidade e não saiu do zero contra Portugal. Robinho está muito mais sério do que de costume. Falta mais um pouco de alegria e ousadia para que ele encante mais neste Mundial. Quem vem caindo a cada jogo é Maicon, que começou bem o Mundial.

Brasil: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Daniel Alves, Ramires e Kaká (Kleberson); Robinho (Gilberto) e Luís Fabiano (Nilmar).

Chile: Bravo, Isla (Millar), Contreras (Tello), Jara, Fuentes e Vidal; Carmona e Mark González (Valdívia); Alexis Sánchez, Suazo e Beausejour.
Gols: Juan, Luis Fabiano e Robinho
Destaques: Robinho, Juan, Daniel Alves, Valdívia

Sem emoção - Holanda 2x1 Eslováquia

Sabe aqueles passeios de bugre tão comuns nas praias nordestinas em que o condutor pergunta se os turistas preferem com ou sem emoção? A Holanda parece ter escolhido um passeio sem emoção pela Copa do Mundo. Os holandeses venceram todos os quatro jogos e ainda não sofreram um único gol com a bola rolando - os dois foram de pênalti. Assim como na partida contra a Eslováquia, a Holanda vem mantendo a posse de bola durante todas as partidas, fazendo o necessário e defendendo muito bem.

O goleiro Stekelenburg e os zagueiros Heitinga e Mathijsen vêm fazeno uma grande Copa. Na frente, Robben e Sneidjer são os responsáveis por fazer o diferente. Difícil é entender a permanência de Kuyt no time titular. Ele não parece falar a mesma língua dos companheiros. O posicionamento de Van Persie também parece equivocado. Ele não rende melhor como centroavante, mas sim jogando pelos lados. Uma boa opção seria tirar Kuyt do time, recuar Van Persie, e colocar Huntelaar como centroavante.

Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, Nigel de Jong e Sneijder (Affelay); Kuyt, Robben (Elia) e Van Persie (Huntelaar).
Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik (Jakubko); Kucqa, Stoch, Weiss e Hamsik (Sapara); Jendrisek (Kopunek) e Vittek.
Gols: Robben, Sneijder e Vittek
Destaques: Robben, Sneidjer, Mathijsen, Nigel de Jong e Weiss

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Erros e Tevez desequilibraram - Argentina 3x1 México


“Claro que no futebol somos egoístas e queremos o melhor para o time que defendemos, mas o mais justo seria anular”. Estas foram as palavras de Carlitos Tévez sobre o primeiro gol do triunfo argentino sobre o México, por 3 a 1, em que estava impedido ao marcar. Pela segunda vez no dia, a arbitragem facilitou as coisas para a equipe que já era superior. No caso da argentina, os sul-americanos estavam tomando um certo sufoco do México, que já tinha acertado uma bomba no travessão, com Salcido, um dos melhores em campo, e Guardado tinha acertado um chute venenoso, que passou raspando.

O gol de Tévez, entretanto, desestabilizou a equipe mexicana e, logo em seguida, Osório errou um passe infantil e presenteou Higuain, que driblou o goleiro Perez e se isolou na artilharia do Mundial com quatro gols. Desta forma, os erros da arbitragem e de Osório praticamente definiram a partida. Para piorar, Carlitos Tévez, inspirado fez um golaço de fora da área, ampliando para 3 a 0.

Foi aí que Maradona errou ao tirar Tévez do jogo. "Sinceramente, não entendi a mudança. Estava bem naquele momento e sentindo o calor do jogo. Estávamos sofrendo uma pressão do México e não tínhamos a bola, mas não me sinto culpado por isso. É normal sair, mas fiquei um pouco aborrecido", disse o camisa 11. Com a sua saída, a Argentina perdeu o domínio e o México diminuiu com Hernandez e ainda pressionou.

Argentina: Sergio Romero; Otamendi, Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez e Di María (Jonas Gutierrez); Messi, Carlitos Tevez (Verón) e Higuaín.
México: Óscar Pérez; Osório, Rodríguez, Rafael Marquez e Salcido; Juarez, Torrado e Guardado (Franco); Giovani dos Santos, Hernandez e Bautista (Barrera).
Gols: Carlitos Tevez (2), Higuain e Javier Hernandez
Destaques: Carlitos Tevez, Mascherano, Salcido

domingo, 27 de junho de 2010

Polêmico massacre - Alemanha 4x1 Inglaterra


Uma goleada de 4 a 1 é incontestável, certo? Errado. A Alemanha massacrou a Inglaterra pelas oitavas-de-final da Copa, mas a arbitragem deu motivo para protestos ingleses. Quando a Alemanha ainda vencia por 2 a 1, a Inglaterra empatou o jogo com um golaço de Lampard, mas o tento foi anulado por acharem que a bola não tinha ultrapassado a linha do gol. No segundo tempo, com a defesa exposta, a Inglaterra foi alvo fácil para os fulminantes contra-ataques alemães, que decretaram a goleada.

Independente da polêmica, entretanto, é necessário valorizar a grande atuação alemã, melhor até do que na estreia, quando havia goleado a Austrália, por 4 a 0. A volta de Klose devolveu a referência ofensiva para a equipe de Joachim Low e fez com que o quarteto que está atrás dele - Schweinsteiger, Özil, Müller e Podolski - jogasse muita bola. Já a Inglaterra não conseguiu deixar de lado a previsibilidade e deixa a África do Sul sem deixar saudades, pelas suas atuações apagadas. Fim de linha para as equipes do Grupo C, atropeladas pelos representantes do Grupo D.

Alemanha: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Jerome Boateng; Khedira, Schweinsteiger, Özil (Kiessling), Thomas Müller (Trochowski) e Podolski; Klose (Mário Gomez).

Inglaterra: David James, Glen Johnson (Wright Phillips), Upson, John Terry e Ashley Cole; Gareth Barry,Lampard, Milner (Joe Cole) e Gerrard; Wayne Rooney e Defoe (Heskey).
Gols: Klose, Podolski, Thomas Müller (2) e Upson
Destaques: Thomas Müller, Schweinsteiger, Özil, Podolski, Klose, Neuer, Lahm

África ainda viva - Gana 2x1 Estados Unidos


Em sua segunda Copa, Gana já consegue chegar entre as oito melhores seleções do mundo. Sorte do continente africano, que permanece representado na competição graças ao talento de grandes jogadores como André Ayew, Gyan Asamoah e Kevin Prince Boateng, que conseguiram superar o raçudo time estadunidense, na prorrogação. O time africano vai fazendo bonito e garaniu a vaga em uma partida muito nervosa cujo tempo regulamentar não foi suficiente para decidir o sobrevivente. Novamente, os norte-americanos mostraram que não desistem nunca. Buscaram o placar adverso uma vez e tentaram até o final na segunda.

Estados Unidos: Tim Howard, Steve Cherundolo, Jay DeMerit, Carlos Bocanegra e Jonathan Bornstein; Ricardo Clark (Maurice Edu), Michael Bradley, Clint Dempsey e Landon Donovan; Robbie Findley (Benny Feilhaber) e Josy Altidore (Herculez Gomez).
Gana: Richard Kingson, John Pantsil, John Mensah, Jonathan Mensah e Hans Sarpei (Lee Addy); Samuel Inkoom (Sulley Muntari), Anthony Annan, Kevin Prince Boateng (Stephen Appiah), Kwadwo Asamoah e Andre Ayew; Asamoah Gyan.
Gols: Kevin Prince Boateng, Gyan Asamoah e Donovan
Destaques: Andre Ayew, Gyan Asamoah, Kevin Prince Boateng e Donovan

Goleador faz a diferença - Uruguai 2x1 Coréia do Sul

Imaginei que o cruzamento entre Uruguai e Coréia do Sul seria o mais desequilibrado das oitavas-de-final. E o início de partida até me deu razão. O Uruguai partiu para cima e abriu logo o placar com Luis Suarez. Depois disso, entretanto, o equilíbrio resolveu dar as caras e a Coréia do Sul passou a criar oportunidades até que chegou ao empate na segunda etapa.

Naquele momento, o time asiático parecia mais inteiro e a classificação uruguaia estava claramente ameaçada. Até que apareceu novamente o faro de gol do artilheiro do campeonato holandês, Luis Suarez, que resolveu tudo com um golaço. Festa para os uruguaios, que não viam a sua seleção entre as oito melhores do mundo desde 1970.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Diego Pérez, Arévalo e Álvaro Pereira (Lodeiro); Forlán, Luis Suárez (Fernandez) e Cavani.
Coréia do Sul: Sung-Ryong Jung; Du-Ri Cha, Yong-Hyung Cho, Jung-Soo Lee e Young-Pyo Lee; Jung-Woo Kim, Sung-Yueng Ki (Ki-Hun Yeom), Jae-Sung Kim (Dong-Gook Lee), Ji-Sung Park e Chung-Yong Lee; Chu-Young Park

Gols: Luis Suarez (2) Chung Yong Lee
Destaques: Luis Suarez, Diego Perez, Lugano

sábado, 26 de junho de 2010

Palpites para cruzamentos de oitavas-de-final

Uruguai x Coréia do Sul -
continuo apostando no Uruguai, como na primeira fase. Com Forlan e Suarez, os uruguaios deverão superar os asiáticos.
Estados Unidos x Gana -
Mais difícil de arriscar. Gana me parece superior. O problema é o poder de reação dos estadunidenses. Para não ficar em cima do muro, apostaria nos africanos.
Alemanha x Inglaterra -
Parada ainda mais difícil: para os times e para acertar o palpite. Apostaria na Alemanha. Se Rooney jogar o que sabe, entretanto, a vaga ficará com os ingleses.
Argentina x México -
Não duvido que os mexicanos mandem os argentinos de volta para casa. Principalmente porque a defesa argentina é lenta e o ataque mexicano é muito veloz. Mesmo assim, aposto na turma de Messi.
Brasil x Chile -
Se o Chile jogar como costuma, partindo para o ataque, a coisa deverá ficar mais fácil para o Brasil. Se optar por apenas se defender pode pagar pelo fato de não estar muito acostumado a esta postura. Brasil passa.
Holanda x Eslováquia -
Novamente sem muito esforço, Holanda passa bem.
Paraguai x Japão -
O favoritismo é paraguaio, mas aposto em Honda e no Japão.
Espanha x Portugal -
Aposto na Fúria, mas será uma partida muito difícil.

Algumas ausências e reflexos na primeira fase

Uruguai:
O meia Cristian Rodriguez, que não foi convocado por estar suspenso nas duas primeiras rodadas, ainda não fez falta porque os titulares estão dando conta do recado, mas a sua presença no elenco seria importante no decorrer do Mundial.

México:
Jonathan dos Santos, último cortado na lista de Javier Aguirre, poderia ser mais uma boa opção jovem para o decorrer das partidas.

África do Sul:
A experiência e o faro de artilheiro de McCarthy, que foi preterido por Parreira por causa de sua atual condição física, podem ter feito falta para a classificação africana. Ao lado de Mphela poderia ter dado trabalho para as defesas adversárias.

França:
A entrada de Mexés, Vieira, Nasri e Benzema no elenco ou no time titular fortaleceriam a equipe francesa, mas como o problema francês parece ter sido bem maior do que qualidade técnica, provavelmente, se estivessem lá não mudariam muita coisa. É inegável, porém, que Mexés, Vieira, Nasri e Benzema, esquecidos por Domenech, são melhores do que Planus, Alou Diarra, Govou e Valbuena.

Argentina:
Mostrou que tem um elenco muito forte, mas continuou dando a impressão de que Cambiasso e Javier Zanetti, preteridos por Maradona, tinham lugar na equipe.

Nigéria:
O meio-de-campo nigeriano, certamente, sentiu falta de Obi Mikel, mas o maior problema foi a ausência de um matador.

Inglaterra:
Apesar de ter sofrido apenas um gol na primeira fase, a defesa inglesa não é a mesma sem Rio Ferdinand, lesionado.

Alemanha:
Depois da goleada da estreia sobre a Austrália, ficou a impressão de que a ausência de Ballack, lesionado, não seria nenhum problema para os alemães. Nos dois jogos seguintes, porém, ficou evidente que a presença dele seria benéfica. A ausência do goleiro Adler ainda não foi sentida, pois Neuer está muito bem e levou apenas um gol.

Gana:
A equipe africana se classificou, mas passaria mais confiança para chegar longe na Copa caso pudesse contar com Essien, lesionado.

Sérvia:
Se estivesse jogando o que jogou no Brasileiro do ano passado, Petkovic poderia ter sido muito útil para os sérvios nesta primeira fase. Pelo que jogou esse ano, foi melhor estar longe.

Holanda:
Com 100% de aproveitamento fica difícil de sentir a falta de grandes medalhões como Van der Sar, Seedorf e Nistelrooy. Ainda não fizeram falta.

Paraguai:
Passou em primeiro lugar, mas a presença de Cabañas poderia ter tornado a missão mais tranquila e ainda daria muito mais confiança para as próximas fases. Pelo motivo, para mim, é a ausência mais lamentada da Copa.

Itália:
A ausência de jogadores como Totti, Miccolli, Balotelli, Cassano, Giuseppe Rossi, Nesta, ou até mesmo Borriello ou Amauri, poderiam ter feito toda a diferença.

Brasil:

A péssima atuação de Júlio Baptista contra Portugal, e as discretas partidas de Kaká, são apenas mais provas de que Ronaldinho Gaúcho deveria estar na Copa. A presença de Adriano também representaria uma sombra maior para Luis Fabiano.

Portugal:

A presença de Nani daria muito mais força ofensiva para a equipe portuguesa e teria um outro jogador para dividir a responsabilidade e a marcação com Cristiano Ronaldo. Com muitos volantes jogando bem, ainda não deu para lamentar a ausência de João Moutinho.

Espanha:

Sergio Busquets não está comprometendo, mas Marcos Senna faz falta, não só pelo seu poder de marcação, como também pelas suas cobranças de falta.

Chile:

O time chileno está muito bem, mas não faria mal ter levado Maldonado para fortalecer o elenco. Ainda não fez falta.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Seleção da terceira rodada

Goleiro:
Mucha - Eslováquia - foi decisivo para a classificação, mesmo levando dois gols italianos.
Paston, da Nova Zelândia, e Handanovic,da Eslovênia, foram outros destaques.

Lateral-direito:
Maxi Pereira - Uruguai - a posição não teve um grande destaque na rodada. Pela regularidade, ganhou um lugarzinho.

Zagueiros:

Lúcio - Brasil - foi um dos únicos a se salvar contra Portugal. Teve a atuação valorizada por ter marcado Cristiano Ronaldo.
Nakazawa - Japão - assim como o companheiro Túlio Tanaka, foi muito bem na vitória sobre a Dinamarca.
John Terry, da Inglaterra, também foi bem contra a Eslovênia, e Lugano, do Uruguai, se destacou contra o México.

Lateral-esquerdo:

Álvaro Pereira - Uruguai -voltou a jogar bem contra o México.
Fabio Coentrão, de Portugal, foi bem contra o Brasil

Volante:
Gerrard - Inglaterra
- foi muito bem contra a Eslovênia

Meias:
Honda - Japão - melhor jogador da rodada.

Donovan - Estados Unidos - jogou muito bem contra a Argélia e foi premiado com o gol salvador
Lionel Messi, da Argentina, também foi muito bem contra a Grécia. Só faltou o gol, novamente.
Özil, da Alemanha, e Dempsey, dos Estados Unidos, foram outros destaques.

Atacantes:

Vittek - Eslováquia - fazer dois gols na partida que eliminou os atuais campeões mundiais e terminar a primeira fase entre os artilheiros são bons motivos para estar na lista.
Quagliarella - Itália - sua entrada em campo no início da segunda etapa deu novas esperanças aos italianos. Se tivesse entrado antes a história poderia ter sido outra.
David Villa - Espanha - fez um golaço e deu o passe para outro gol. Voltou a merecer uma vaguinha.
Luis Suarez, do Uruguai, e Altidore, dos Estados Unidos, também se destacaram.

A primeira fase


Confirmaram expectativa positiva:
Holanda, Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos, Paraguai, Gana, Portugal

Surpreenderam positivamente:
Japão, Eslováquia, México, Coréia do Sul, Nova Zelândia, África do Sul

Fez o que se esperava:
Brasil, Alemanha, Costa do Marfim, Eslovênia, Suíça

Decepcionaram:
Itália, França, Espanha, Nigéria, Inglaterra, Sérvia, Austrália, Camarões

Confirmaram expectativa negativa:
Grécia, Argélia, Coréia do Norte, Honduras, Dinamarca

O futebol agradece - Espanha 2x1 Chile


Os últimos minutos da vitória espanhola sobre o Chile, por 2 a 1, foram enfadonhos. As duas equipes passavam a bola sem qualquer combatividade adversária: o placar classificava os dois. Mas não foi sempre assim. A partida foi muito boa e disputada desde o seu início e o futebol agradece pela classificação dos dois times, que buscaram o ataque em todas as suas partidas na primeira fase. Seria triste que qualquer uma delas fosse eliminada pela retrancada Suíça. O placar só não foi tão bom para o Chile porque irá enfrentar o Brasil nas oitavas.

Chile: Bravo, Isla, Medel, Ponce e Jara; Estrada, Vidal e Valdívia (Paredes); Alexis Sánchez (Orellana), Beausejour e Mark González (Millar). Técnico: Marcelo Bielsa
Espanha: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevilla; Sergio Busquets, Xabi Alonso (Javi Martinez), Xavi e Iniesta; David Villa e Fernando Torres (Cesc Fábregas).
Gols: Villa, Iniesta e Millar
Destaques: Villa, Iniesta, Xavi

Nem sempre basta se defender - Suíça 0x0 Honduras


A Suíça conseguiu uma das coisas que parecia mais complicadas antes da Copa: vencer a Espanha. Mesmo assim, não conseguiu passar de fase, pois a proposta de só se defender não voltaria a ser eficaz nas duas partidas seguintes. Contra Honduras, pela primeira vez neste Mundial, os suíços tiveram que tomar a iniciativa do jogo e aí mostraram que possuem grandes limitações quanto a isso. O empate sem gols, e sem brilho, com os hondurenhos representou o fim da linha para uma seleção que ganhou a antipatia de muita gente pela forma como joga.

Suíça: Benaglio; Lichtsteiner, Von Bergen, Grichting e Reto Ziegler; Huggel (Shaquiri), Gelson Fernandes (Yakin), Inler e Barnetta; Derdiyok e N'Kufo (Frei).
Honduras: Valladares; Sabillon, Chávez, Maynor Figueroa e Bernardez; Thomas, Wilson Palacios, Núñez (Martinez) e Alvarez; Suazo e Jerry Palacios (Welcome).

Destaques: Barnetta, Inler e Benaglio

Inspiração zero - Brasil 0x0 Portugal

Ronaldinho Gaúcho avisou que não assistiria às partidas da Copa do Mundo, mas vamos dizer que ele tenha mudado de ideia e tenha resolvido ver os antigos companheiros em ação contra Portugal. O que será que ele pensou ao ver a atuação de Júlio Baptista. "Será que não teria espaço para mim?". E não deve ter sido o único a pensar assim. O atleta da Roma foi o símbolo da falta de inspiração do escrete canarinho e deve ter arrancado lamentações em Ganso, Alex (do Fenerbahçe), Diego, entre tantos outros talentosos jogadores da posição.

Quem se deu bem foi Kaká, que poderia ter a sua escalação questionada se algum substituto se destacasse, mas deverá retornar à equipe como salvador da pátria. É indiscutível, porém, que o time brasileiro não foi bem e Baptista não pode carregar todo o peso da má atuação. Felipe Melo, por exemplo, foi muito pior que ele e escapou de ter sido expulso. Discreto, Josué, que o substituiu, foi bem melhor. Outros que se salvaram foram os quatro primeiros jogadores da escalação: Júlio César, Maicon, Lúcio e Juan, além de Daniel Alves e Nilmar. Mesmo assim, Maicon e Juan fizeram suas piores partidas neste Mundial. Robinho fez uma falta enorme.

Do lado português ficou a impressão de que se o time tivesse acreditado mais poderia ter saído com a liderança do grupo, mas como o Brasil se dá bem contra quem sai para o jogo pode ter sido bom negócio ter jogado atrás segurando o empate. Cristiano Ronaldo voltou a jogar bem e, caso tivesse o auxílio de Liedson ou Hugo Almeida, que não jogaram, poderia ter levado os lusitanos a um triunfo.

Portugal: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago, Raúl Meireles (Miguel Veloso) e Duda (Simão Sabrosa); Danny e Cristiano Ronaldo.
Brasil: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo (Josué), Daniel Alves e Júlio Baptista (Ramires); Nilmar e Luis Fabiano (Grafite).
Destaques: Eduardo, Cristiano Ronaldo, Lúcio, Júlio César

Culpa do sorteio e do ímpeto de atacar - Costa do Marfim 3x0 Coréia do Norte


Caísse na chave de qualquer outro representante do continente africano acredito que a Costa do Marfim teria passado de fase, como só Gana conseguiu. Quis o sorteio, entretanto, que os marfinenses caíssem em uma chave mais complicada e o ímpeto de buscar o ataque também atrapalhou contra o Brasil. Se não tivessem partido para buscar o gol, permitindo o contra-ataque brasileiro, os africanos teriam conseguido ao menos um empate. E, depois do, previsível, triunfo, por 3 a 0, sobre a fraca Coréia do Norte, teriam se classificado. Uma pena também que Drogba tenha saído do Mundial com apenas um gol marcado.

Coréia do Norte: Myong-Guk; Kwang-Chon, Yun-Nam, Jun-Il, Chol-Jin e Jong-Hyok; Nam-Chol, Yong-Hak , In-Guk (Kum Chou) e Yong-Jo; Tae-Se.
Costa do Marfim: Barry; Eboué, Kolo Touré, Zokora e Boka; Yaya Touré, Romaric (Doumbia) e Tioté; Gervinho (Dindane), Drogba e Kader Keita (Kalou).
Gols: Yaya Touré, Romaric e Kalou
Destaques: Romaric, Yaya Touré, Drogba, Kalou e Boka

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Honda é o cara - Japão 3x1 Dinamarca


O Japão chegou à merecida classificação para as oitavas-de-final depois de uma vitória maiúscula contra a Dinamarca por 3 a 1. E, novamente, Keizuki Honda comeu a bola. Até o momento, nesta Copa, para mim, ele é o cara da competição, pois nenhum outro tem sido tão decisivo para sua equipe. Com um golaço de falta, que sempre vai trazer a referência de Zico, mesmo com a perna esquerda, ele abriu o seu show, encerrado com um drible fantástico e o passe para o gol de Okazaki.

Japão: Kawashima, Komano, Nakazawa, Tulio Tanaka e Nagatomo; Abe, Hasebe, Endo (Inamoto), Matsui (Okazaki) e Keizuki Honda; Okubo (Konno).
Dinamarca: Sorensen; Jacobsen, Kroldrup (Soren Larsen), Agger e Simon Poulsen; Christian Poulsen, Kahlenberg (Eriksen), e Jorgensen (Jakob Poulsen); Rommedahl, Bendtner e Tomasson.
Gols: Keizuki Honda, Endo, Okazaki e Tomasson
Destaques: Keizuki Honda, Kawashima, Túlio Tanaka, Endo

Robben voltou - Holanda 2x1 Camarões


A Holanda não precisou se esforçar muito para terminar a primeira fase da Copa com 100% de aproveitamento. Desta vez, derrotou Camarões por 2 a 1. Para os holandeses, melhor do que o resultado, foram algumas notícias. A principal delas é que o craque do time, Robben, que estava lesionado, voltou no decorrer do embate e ainda foi responsável pelo segundo gol. Outra boa nova foi o tento marcado por Van Persie, que estava zerado no Mundial e Huntelaar, a opção para ter um homem de área na equipe, também respondeu presente, fazendo o segundo.

A Laranja vai forte para a sequência do Mundial e não deverá ter problemas para superar a Eslováquia. O problema é que poderá cruzar com brasileiros ou espanhóis nas quartas-de-final. O Brasil pode estar, mais uma vez, no caminho das grandes equipes holandesas, como em 1974, 1994 e 1998. Apenas na primeira levou a pior. Para Camarões, foi terrível sair sem marcar um único ponto. Eto'o fez seu segundo gol na Copa, todos de sua seleção.

Camarões: Souleymanou; Geremi, N'koulou (Rigobert Song), Bong (Aboubakar) e Assou-Ekotto; M'bia, Alexandre Song, Makoun e N'guemo; Choupo Moting (Idrissou) e Eto'o.
Holanda: Stekelenburg; Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong, Sneijder e Van der Vaart (Robben); Kuyt (Elia) e Van Persie (Huntelaar).
Gols: Van Persie, Huntelaar e Eto'o.
Destaques: Van Persie, Huntelaar e Eto'o

A emoção da Copa - Itália 2x3 Eslováquia


Para 'quem gosta de emoção, o jogo entre italianos e eslovacos foi fantástico, com drama até o apito final do árbitro. Depois dele, a Itália conseguiu o que parecia impossível antes da Copa e também antes da partida contra a Eslováquia. Cair na primeira fase do Mundial, depois de uma derrota incrível, por 3 a 2, para uma equipe que tinha parecido ser muita fraca nas duas primeiras rodadas. Desta forma, os dois finalistas da última Copa já estão fora, já que os franceses já tinham sido eliminados.

A partida foi muito emocionante. Os eslovacos, que pareciam eliminados chegaram a abrir dois gols de vantagem, mas a Itália diminuiu e pressionava pelo empate, até que levou o terceiro. Ainda sem desistir, chegou ao segundo e deu a impressão de que teria chegado ao heroico empate caso tivesse mais um pouco de tempo. Chamou a atenção a entrega dos jogadores dos dois times. Strba, da Eslováquia, teve um corte profundo no joelho, mas permaneceu em campo durante quase toda a partida. Seu substituto, Kopunek, que já estava pronto para entrar no momento da lesão, foi o responsável pelo gol da classificação, depois que Vittek já tinha feito dois. Outro ponto positivo foi o golaço de Quagliarella.

Os italianos pagam por terem desprezado a qualidade maior de alguns jogadores como Cassano, Totti, Miccolli, Balottelli e Giuseppe Rossi. E Quagliarella mostrou que não deveria ter começado no banco de reservas. Iaquinta e Pepe são terríveis. Mesmo assim, a equipe italiana tinha condições de passar de fase e representaria perigo para os adversários caso tivesse conseguido.

Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik; Strba (Kopunek), Kucka, Stoch e Hamsik; Vittek (Sestak) e Jendrisek
Itália: Marchetti; Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Criscito (Maggio); Gattuso (Quagliarella), De Rossi e Montolivo (Pirlo); Pepe, Di Natale e Iaquinta.
Gols: Vittek (2), Kopunek, Di Natale e Quagliarella.
Destaques: Vittek, Mucha, Strba, Hamsik, Quagliarella

Nem Jaca Paladium acreditaria - Paraguai 0x0 Nova Zelândia

Nem mesmo Jaca Paladium, personagem da TV Colosso, mentiroso, que contava inacreditáveis casos da Nova Zelândia, acreditaria que a equipe da Oceania terminaria a sua participação no Mundial invicta. É verdade que não derrotou ninguém, mas surpreendeu ao conseguir três improváveis empates. Já os paraguaios, que vinham de duas grandes atuações buscou o triunfo, mas não conseguiu balançar as redes. Terminou a primeira fase na liderança do Grupo F.

Paraguai: Justo Villar; Caniza, Julio César Cáceres, Paulo da Silva e Morel Rodríguez; Cristian Riveros, Víctor Cáceres e Enrique Vera; Roque Santa Cruz, Oscar Cardozo (Lucas Barrios) e Nelson Haedo Valdez (Benítez).
Nova Zelândia: Paston; Reid, Nelsen, Vicelich, Elliot e Smith, Lochhead, Bertos, Fallon (Wood) e Killen (Brockie); Smeltz.

Cadê a atuação da estreia? - Alemanha 1x0 Gana

As duas melhores equipes do Grupo D conseguiram se classificar para as oitavas-de-finais. A Alemanha, como líder, e Gana, como segunda colocada, graças ao saldo de gols, já que terminou empatada em pontos com a Sérvia. O confronto entre os dois times deixou a impressão de que Gana poderia mais do que fez. A partir de um certo momento, ainda antes de levar o gol do excelente Özil, o time africano pareceu estar mais preocupado com o resultado do outro confronto do grupo.

Até o momento, é o único sobrevivente do continente africano na Copa. Vendo os jogos de Gana fico imaginando como a equipe seria poderosa caso tivesse Drogba ou Eto'o no comando do seu ataque. Já os alemães, que irão enfrentar os ingleses na próxima fase precisam descobrir onde esqueceram o futebol apresentado na estreia contra a Austrália.

Alemanha: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen); Khedira, Schweinsteiger (Toni Kroos) e Özil; Thomas Müller (Trochowski), Podolski e Cacau.
Gana: Kingson, Pantsil, Jonathan Mensah, John Mensah e Sarpei; Annan, André Ayew (Adiyah), Kevin-Prince Boateng, Kwadwo Asamoah; Tagoe (Muntari) e Gyan Asamoah (Amoah).
Gol: Özil
Destaque: Özil,

Abraço do afogado - Austrália 2x1 Sérvia


Antes do início das partidas decisivas do Grupo D, a Austrália era tida como carta fora do baralho, muito por causa da péssima impressão deixada na goleada da estreia para a Alemanha. A Sérvia, que tinha vencido os próprios alemães, com autoridade, mesmo com a expulsão injusta de Klose, parecia ser a única interessada na vaga que sobrasse do duelo entre Gana e Alemanha. Ao time de Tim Cahill, expulso na estreia, restava apenas o papel de ser responsável por dar um abraço do afogado nos sérvios.

Os australianos, entretanto, fizeram uma boa partida e, em um certo momento, chegaram a estar tão próximos da vaga quanto a Sérvia, quando abriram dois gols de diferença no placar. O gol de Pantelic foi que recolocou os sérvios próximos das oitavas-de-finais. Ficou faltando apenas um gol.

Sérvia: Stojkovic, Ivanovic, Vidic, Lukovic e Obradovic; Ninkovic, Kuzmanovic (Lazovic), Stankovic, Krasic (Tosic), e Jovanovic; Zigic (Pantelic).
Austrália: Schwarzer, Wilkshire (Garcia), Beauchamp, Neill e Carney; Emerton, Valeri (Holman), Culina, Cahill e Bresciano (Chipperfield); Kennedy.
Gols: Cahill, Holman e Pantelic
Destaques: Schwarzer, Cahill, Holman, Krasic

Desistir? O que é isso? - Estados Unidos 1x0 Argélia

Já tinha falado sobre isso no empate dos Estados Unidos contra a Eslovênia na segunda rodada, mas após o desfecho do Grupo C da primeira fase não tem como não repetir para realçar: os estadunidenses, neste Mundial, parecem desconhecer o verbo desistir. Superior à Argélia, a equipe norte-americana tentou o gol que valeria a classificação do início ao fim do jogo, mas esbarrava em algumas finalizações ruins e no goleiro M'Bolhi.

No entanto, o time não desistiu de lutar mesmo após o término do tempo regulamentar e foi premiado com o gol do craque Donovan. O mesmo que iniciou a reação da partida anterior contra os eslovenos. O tento salvador valeu a classificação e a primeira colocação da chave. Donovan me fez lembrar do gol de Charles, do Bahia, contra o Fast, que evitou a eliminação tricolor antes do octogonal da Série C de 2007. Emoção pura.

Estados Unidos: Tim Howard; Cherundolo, DeMerit, Bocanegra e Bornstein (Beasley); Edu (Buddle), Bradley, Dempsey e Donovan; Altidore e Herculez Gomez (Feilhaber).
Argélia: M'Bolhi; Bougherra, Yahia e Halliche; Kadir, Lacen, Yebda, Ziani (Guedioura) e Belhadj; Matmour (Saifi) e Djebbour (Ghezzal).
Gol: Donovan
Destaques: Donovan, Dempsey, M'Bolhi

Menos um gigante a cair - Inglaterra 1x0 Eslovênia

Depois da queda da França, a Inglaterra corria o risco de ser a segunda campeã mundial a cair fora da Copa ainda na primeira fase, depois de dois empates. No entanto, os ingleses tiveram uma postura mais decidida e ofensiva desde o início, com a melhor atuação do craque Wayne Rooney neste Mundial e com a entrada de Defoe, do Tottenham, no lugar de Heskey.

Foi o necessário para vencer a Eslovênia, por 1 a 0, com grande atuação do arqueiro adversário, Handanovic, que evitou um placar mais elástico. Já a Eslovênia esteve classificada até o último minuto de jogo. O que levou à essa dramática eliminação você irá ver no próximo post.


Eslovênia: Samir Handanovic; Brecko, Suler, Bostjan Cesar e Jokic; Radosavljevic, Koren, Kirm e Birsa; Ljubijankic (Dedic) e Novakovic.
Inglaterra: David James; Glen Johnson, Upson, John Terry e Ashley Cole; Gareth Barry, Gerrard, Milner e Lampard; Defoe (Heskey) e Rooney (Joe Cole).
Gol: Defoe
Destaques: Handanovic, Defoe

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gol não é detalhe - Nigéria 2x2 Coréia do Sul


Antes da Copa, Yekini, autor do primeiro gol nigeriano em Copas, disse que não acreditava no sucesso da sua seleção por causa dos seus atacantes, que não tinham muito talento para fazer gols. A declaração poderia parecer de alguém que se acha demais e que não admite as qualidades alheias. No entanto, os jogos da Copa deram razão a Yekini. Torci muito pela Nigéria, que, para mim, jogou muito bem em todas as três partidas, mas não conseguiam fazer gol. No jogo decisivo contra a Coréia, por exemplo, Yakubu e Oba Oba Martins perderam gols incríveis.

Não é que os atacantes nigerianos sejam ruins. Pelo contrário. Eles são bons, desde que joguem ao lado de um definidor. O problema é que nenhum deles conseguiu mostrar na Copa o faro de gols de compatriotas como o próprio Yekini e Ricky. Já a Coréia auou muito bem na estreia, quando venceu a Grécia. Foi suficiente para permanecer no Mundial.
Coréia do Sul: Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo e Lee Young-Pyo; Lee Chung-Yong, Ki Sung-Yueng (Kim Jae Sung), Park Ji-Sung e Kim Jung-Woo; Yeom Ki-Hun (Kim Nam-Il) e Park Chu-Young (Dong-Jin Kim).
Nigéria: Enyeama; Odiah, Yobo (Echiejile), Shittu e Rabiu Afolabi; Yussuf Ayila, Etuhu, Kanu (Oba Oba Martins) e Kalu Uche; Obasi e Yakubu.
Gols: Uche, Yakubu, Lee Jung-Soo, Park Chu Yong
Destaques: Kalu Uche

Elenco forte - Argentina 2x0 Grécia


A Argentina mostrou a força do seu elenco, pois, mesmo com a ausência de sete titulares (Jonás Gutierrez, Samuel, Heinze, Mascherano, Di Maria, Tevez e Higuain), o time mostrou força e venceu a Grécia sem dificuldades. Dessa forma, também, Maradona conseguiu motivar seus reservas, que mostraram não estar a passeio.

Grécia: Tzorvas, Kyrgiakos, Vyntra, Moras, Papadopoulos e Torosidis (Patsazoglu); Tziolis, Sokratis Papastathopoulos, Karagounis (Spyropoulos) e Katsouranis (Ninis); Samaras. Argentina: Sergio Romero, Otamendi, Burdisso, Demichelis e Clemente Rodríguez; Bolatti, Verón e Maxi Rodriguez (Di Maria); Messi, Diego Milito (Palermo) e Agüero (Pastore).
Gols:Demichelis e Palermo
Destaques: Verón

Nada de jogo de compadres - Uruguai 1x0 México


Se alguém esperava um jogo de compadres e um empate desmotivado entre uruguaios e mexicanos quebrou a cara. A partida foi muito movimentada e brigada, talvez por influência do desejo de ambas equipes de evitarem a Argentina na segunda fase, e o Uruguai mostrou, mais uma vez, a força de bicampeão mundial, e terminou na liderança do Grupo A, com 7 pontos. O México se classificou graças ao saldo de gols.

México: Oscar Pérez; Osório, Héctor Moreno (Castro), Rodríguez e Salcido; Rafael Márquez, Torrado, Guardado (Barrera) e Giovani dos Santos; Guillerme Franco e Blanco (Hernández).
Uruguai: Muslera; Maxi Pereira (Scotti), Victorino, Lugano e Fucile; Diego Pérez, Arévalo e Álvaro Pereira; Fórlan, Cavani e Luis Suarez (Fernández).
Gol: Diego Perez
Destaques: Diego Perez, Forlan, Fucile

Despedidas opostas - África do Sul 2x1 França


França e África do Sul sabiam antes do apito inicial do árbitro que o confronto deveria marcar as despedidas das duas equipes. O objetivo era sair da competição da melhor, ou menos pior, maneira possível. E foram os africanos que conseguiram, deixando a impressão de que poderiam ter chegado mais longe caso tivessem jogado de maneira mais desenvolta desde o início. Faltou acertar o pé também. Já os franceses jamais vão conseguir esquecer todo o papelão protagonizado por Domenech e seus comandados em solo africano.

África do Sul: Josephs, Ngongca (Gaxa), Mokoena, Khumalo e Masilela; Sibaya, Khuboni (Modise), Tshabalala e Pienaar; Parker (Nomvethe) e Mphela
França: Lloris, Sagna, Gallas, Squillaci e Clichy; Alou Diarra (Govou), Diaby, Gourcuff e Ribéry; Gignac (Malouda) e Cissé (Henry)
Gols: Khumalo, Mphela e Malouda
Destaques: Mphela, Khumalo e Pienaar

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seleção da segunda rodada


Goleiro:
Benaglio - Suíça - foi muito bem contra o Chile, mas não conseguiu evitar a derrota. Stojkovic, da Sérvia, e Schwarzer, da Austrália, foram outros destaques. Enyeama, apesar da falha no segundo gol da Grécia, merece lembrança pelas ótimas defesas durante a partida.

Lateral-direito:
Isla - Chile - já tinha se destacado na primeira rodada e voltou a impressionar.

Zagueiros:
Rafael Marquez - México - jogou mais avançado, no meio, e deu ótimos lançamentos para os atacantes mexicanos na vitória contra a França.
Piqué - Espanha - sempre firme e guerreiro, foi muito bem contra Honduras.
Lúcio jogou muito bem contra Costa do Marfim.

Lateral-esquerdo:
Salcido - México - o camisa 3 mexicano levou perigo aos franceses durante toda a partida. Foi muito bem ofensivamente.
Álvaro Pereira, do Uruguai, que jogou mais avançado, e fez um gol, foi outro destaque da posição.

Volantes:
Tiago - Portugal - jogou muito bem e ainda fez dois gols. Cristiano Ronaldo ganhou o prêmio da Fifa, mas decretou que o melhor em campo no jogo foi Tiago.
De Rossi, da Itália, é um dos poucos que se salvam na Copa medíocre dos italianos até o momento. Khedira, da Alemanha, Bradley, dos Estados Unidos, e Vera, do Paraguai, foram outros destaques.

Meias:
Cristiano Ronaldo - Portugal -muito menos pelo gol e muito mais pela grande atuação, merece estar entre os 11 da rodada.
Elano - Brasil - jogou melhor do que na estreia e ainda voltou a marcar.
Donovan, dos Estados Unidos, Birsa, da Eslovênia, Krasic, da Sérvia, Sneidjer, Holanda, Jovanovic, da Sérvia, Romedahl, da Dinamarca, e Messi, da Argentina, foram outros destaques da posição.

Atacantes:
Forlán - Uruguai - jogou mais recuado e foi o maestro da vitória uruguaia sobre a África do Sul, por 3 a 0. Ainda foi o primeiro jogador nesta Copa a fazer mais de um gol no mesmo jogo.
Higuain - Argentina - muito criticado na estreia, Higuain deu a volta por cima, com muito estilo, na goleada da Argentina na segunda rodada, marcando três gols e terminando a segunda rodada como artilheiro da Copa.
Luis Fabiano - Brasil - acabou com o jejum, marcando dois belos gols - apesar de um deles ter sido ilegal.
Apesar da derrota e da eliminação, Eto'o foi um dos destaques da rodada. Drogba também se salvou na derrota para o Brasil.
Tal qual o holandês Elia, que foi o melhor substituto da primeira rodada, Sérgio Agüero, da Argentina, foi o melhor da segunda. E entrou no lugar de Tevez, que também merece lembrança. Javier Hernandez, do México, foi outro que saiu do banco para brilhar na rodada.

A Segunda rodada


Confirmaram expectativa positiva:
Uruguai, Argentina, Paraguai. Brasil, Portugal, Chile

Surpreenderam positivamente:
México, Grécia, Eslovênia, Sérvia, Nova Zelândia

Neutro:
Estados Unidos, Gana, Holanda, Japão, Dinamarca, Costa do Marfim, Espanha, Suíça

Decepcionaram:
França, Coréia do Sul, Nigéria, Inglaterra, Alemanha, Austrália, Camarões, Itália, Eslováquia

Confirmaram expectativa negativa:
África do Sul, Argélia, Coréia do Norte, Honduras

Pontaria descalibrada - Espanha 2x0 Honduras


A Espanha atacou como um time que queria reafirmar o status de favorita ao título, mas finalizou como uma equipe que ainda passa insegurança. David Villa salvou com os dois gols marcados, mas também contribuiu para os erros nas finalizações, inclusive desperdiçando um pênalti.

Como disse anteriormente, a derrota para a Suíça, complicou a vida dos chilenos, que poderiam estar classificados após dois triunfos, mas agora podem voltar para casa no caso de derrota contra a Espanha.

Espanha: Casillas, Sergio Ramos (Arbeloa), Piqué, Puyol e Capdevilla; Busquets, Xabi Alonso, Xavi (Fábregas) e Jesus Navas; David Villa e Fernando Torres (Juan Mata).
Honduras: Valladares, Mendoza, Chávez, Maynor Figueroa e Izaguirre; Wilson Palacios, Guevara, Turcios (Nuñez) e Espinoza (Welcome); Martinez e David Suazo (Jerry Palacios).
Gols: David Villa (2)
Destaques: David Villa, Jesus Navas, Piqué

Apenas dois marcaram em partidas diferentes

Apenas o meio-campista Elano, pela Seleção Brasileira, e o atacante Gyan Asamoah, pela equipe de Gana, conseguiram balançar as redes tanto na primeira rodada quanto na segunda. Elano fez contra a Coréia do Norte e Costa do Marfim, sempre como elemento surpresa que surge na área para finalizar. Já Gyan fez os dois da marca da cal, em cobranças de pênalti contra Sérvia e Austrália. O artilheiro, até o momento, é Higuain, da Argentina, com três gols.

Ataque como defesa - Chile 1x0 Suíça


Para o Chile, neste Mundial, até o momento, o ataque tem sido a melhor defesa. Nas duas rodadas, a equipe sul-americana atacou do início ao fim do jogo e conseguiu furar as retrancas de Honduras e Suíça, vencendo todos dois, por 1 a 0. Os placares poderiam passar a impressão para quem não viu os jogos de que o Chile está atuando bem fechado, de maneira pragmática.

Nada disso. O time tem sufocado tanto que os adversários nem têm conseguido levar perigo. Resta saber como o time de Bielsa irá se comportar contra equipes mais afeitas ao ataque. Do lado, suíço, a defesa continua impressionando, depois de bater o recorde de tempo sem sofrer gol em Copa.

Chile: Bravo; Medel, Ponce e Jara; Isla, Carmona, Mattias Fernández (Paredes) e Vidal (Mark González); Alexis Sánchez, Beausejour e Suazo (Valdívia)

Suíça: Benaglio, Lichtsteiner, Grichting, von Bergen e Ziegler; Gelson Fernandes (Bunjaku), Huggel, Inler e Behrami; Frei (Barnetta) e N'kufo (Derdiyok).

Gol: Mark Gonzales
Destaques: Alexis Sanchez, Valdívia e Benaglio

Massacre português - Portugal 7x0 Coréia do Norte

Na multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto, mas no futebol a coisa não é bem assim. A ordem das partidas, muitas vezes, pode fazer a diferença. Veja o caso do Brasil: tente imaginar a pressão que estaria sobre a Seleção na partida contra Costa do Marfim se acontecesse após a goleada de Portugal. Com certeza, a pífia atuação contra a mesma Coréia do Norte seria ainda mais criticada.

A ordem das rodadas também parece benéfica para Portugal, que está praticamente classificado. A situação também poderia estar bem encaminhada para os africanos, que também poderiam ter goleado a fraca Coréia do Norte, sem a obrigação de o fazer, e Portugal poderia ter perdido para o Brasil.

Falando sobre o jogo, Portugal fez o que se esperava dele e também o que se aguardava do Brasil na primeira rodada: impôs a maior qualidade técnica do início ao fim da partida, principalmente na segunda etapa, quando marcaram seis gols. O melhor para Portugal foi a grande atuação do craque Cristiano Ronaldo.

Portugal: Eduardo; Miguel, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Fábio Coentrão; Pedro Mendes, Raul Meireles (Miguel Veloso), Tiago; Cristiano Ronaldo, Hugo Almeida (Liédson) e Simão.

Coréia do Norte: Myong Guk; Jong Hyok, Chol Jin, Yun Nam e Kwang Chon; Jun Il, In Guk (Yong Jun), Nam Chol (Kum Il), Yong Jo e Yong Hak; Jong Tae Se.

Gols: Raul Meireles, Simão, Hugo Almeida, Tiago (2), Liédson e Cristiano Ronaldo.

Destaques: Cristiano Ronaldo, Tiago, Raul Meireles

domingo, 20 de junho de 2010

Primeiro objetivo alcançado - Brasil 3x1 Costa do Marfim


Na vitória, por 3 a 1, sobre Costa do Marfim, o Brasil confirmou a teoria de que atua muito melhor contra equipes de maior qualidade. Depois de uma estreia pífia contra a limitada Coréia do Norte, a equipe atuou bem contra a forte Costa do Marfim e antecipou a classificação, complicando a vida dos africanos.

A melhor notícia do jogo para o Brasil foi a recuperação de Luis Fabiano, que marcou dois belos gols. Triste foi ver muitos colegas de imprensa minimizarem o erro do árbitro, que não viu as duas ajeitadas com a mão do centroavante brasileiro. Justamente em um dia em que ouvi comentários de que a crise na seleção francesa era merecida por causa do erro de arbitragem contra a Irlanda.

Deixo claro que não acho que Luis Fabiano tenha que ser execrado pelo lance. No entanto, Thierry Henry também não deveria ser. Preocupação mesmo foi com Kaká. Além de estar mal fisicamente, o meia mostrou destempero e foi expulso. Gostei de ver Drogba marcar um gol em um Mundial que ele quase não pôde participar.

Brasil: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves) e Kaká; Robinho (Ramires) e Luis Fabiano.

Costa do Marfim: Barry, Demel, Kolo Toure, Zokora, Siaka Tiene; Yaya Touré, Eboué (Romaric) e Tioté; Dindane (Gervinho), Salomon Kalou (Kader Keita) e Didier Drogba.

Gols: Luis Fabiano (2), Elano e Drogba.
Destaques: Lúcio, Juan, Elano e Luis Fabiano

Cuidado com os italianos - Itália 1x1 Nova Zelândia


Pode parecer contraditório chamar a atenção para tomar cuidado com os italianos depois de um empate com a Nova Zelândia, que era apontada como uma das piores do Mundial. No entanto, conhecendo a tradição ialiana, é justamente nestas situações que a Itália costuma crescer quando chega ao mata-mata. Surpresa mesmo é a Nova Zelândia, que ainda está invicta, após dois jogos.


Itália: Marchetti, Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Criscito; De Rossi, Marchisio (Pazzini), Montolivo e Pepe (Camoranesi); Gilardino (Di Natale) e Iaquinta.

Nova Zelândia: Paston; Reid, Nelsen, Vicelich (Christie) e Smith; Elliot, Lochhead, Bertos, Fallon (Wood) e Killen (Barron); Smeltz.

Gols: Smeltz e Iaquinta
Destaques: De Rossi e Paston

Sem sustos - Paraguai 2x0 Eslováquia

É verdade que a seleção da Eslováquia está bem abaixo do que se esperava dela nesta Copa do Mundo, mas o Paraguai não tem nada a ver com isso e partiu para cima, vencendo por 2 a 0, sem sustos. Agora, está na liderança do Grupo F e joga pelo empate na próxima rodada, contra a Nova Zelândia, para ficar com a vaga. Mais que isso. Um triunfo, mais do que esperado, garante a primeira colocação da chave, o que pode tirar a Holanda do caminho.

A preocupação para os paraguaios é que, apesar da boa atuação dos três atacantes - Lucas Barrios, Nelson Haedo Valdez e Santa Cruz - nenhum representante do setor balançou as redes ainda neste Mundial. Os meio-campistas Vera e Riveros marcaram contra a Eslováquia, enquanto Alcaraz fez o gol contra a Itália.

Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Salata (Stoch) e Durica; Strba, Kozak, Hamsik, Weiss e Sestak (Holosko); Vittek.

Paraguai: Villar; Bonet, Paulo da Silva, Alcaraz e Morel Rodríguez; Victor Cáceres, Vera (Barreto) e Riveros; Valdez (Torres), Santa Cruz e Barrios (Cardozo).

Gols: Vera e Cristian Riveros
Destaques: Vera, Lucas Barrios, Cristian Riveros e Weiss

sábado, 19 de junho de 2010

Triste eliminação! - Camarões 1x2 Dinamarca


"É a maior decepção da minha carreira. Planejei a temporada para vir em forma e fazer um bom Mundial. Isto é, ir o mais longe possível". Vindas de um jogador que já ganhou tudo com clubes e já vestiu as poderosas camisas de Real Madrid, Barcelona e Internazionale de Milão, as palavras anteriores tornam-se ainda mais fortes. Foi o desabafo de Eto'o, atual campeão europeu, com a Inter, após a derrota, de virada, para a Dinamarca, que transformou Camarões na primeira seleção eliminada nesta Copa.

Eto'o bem que tentou conduzir seu país à próxima fase, abriu o placar, e ainda mandou uma bola na trave, mas os dinamarqueses viraram com Bendtner e Romedahl. O resultado garantiu a classificação antecipada da Holanda. Dinamarca e Japão decidem a outra vaga do grupo em um confronto direto, com vantagem do empate para os japoneses.

Camarões: Souleymanou, M'bia, N'Koulou, Bassong (Idrissou) e Assou-Ekotto; Enoh (Makoun), Geremi, Alexandre Song; Emana, Eto'o e Webó (Aboubakar).

Dinamarca: Sorensen, Jacobsen, Kjaer, Agger e Simon Poulsen; Christian Poulsen, Gronkjaer (Kahlenberg), Jorgensen (Jensen) e Rommedahl; Tomasson (Jakob Poulsen); Bendtner.

Gols: Eto'o, Bendtner e Romedahl
Destaques: Eto'o, Alexandre Song, Sorensen, Romedahl e Kjaer

Líder poderia estar mais tranquila - Gana 1x1 Austrália


Poderia estar exaltando a campanha de Gana, que chegará à última rodada da primeira fase na liderança do Grupo D e jogando pelo empate para se classificar. No entanto, a situação poderia estar muito mais tranquila para os africanos. Já que o próximo adversário é a Alemanha, contra a qual nunca se pode dizer que é simples conseguir um placar de igualdade.

Gana poderia ter chegado a essa partida, também jogando por um empate, mas com boas chances de classificação mesmo em caso de derrota. O time saiu atrás do placar contra Austrália, após um gol de Holman, em falha de Kingson, mas chegou ao empate quando o grande craque australiano Kewell meteu a mão na bola dentro da área, adiando o gol de empate, que sairia do pé de Asamoah Gyan, na cobrança do pênalti. O problema é que Kewell foi expulso no lance e Gana esteve bem perto da virada, que acabou não vindo.

Gana: Richard Kingson; Pantsil, Jonathan Mensah, Addy e Sarpei; Annan, André Ayew, Kevin Prince Boateng (Amoah), Kwadwo Asamoah (Muntari), Tagoe (Owusu-Abeyie); Gyan Asamoah.

Austrália: Schwarzer; Wilkshire (Rukavysta), Neill, Moore e Carney; Valeri, Culina, Emerton, Holman (Kennedy) e Bresciano (Chipperfield); Harry Kewell.

Gols: Holman e Gyan Asamoah
Destaques: Gyan Asamoah, André Ayew e Schwarzer

Quem diria?!? - Holanda 1x0 Japão


Antes do início da Copa, a Holanda era apontada por muitos, inclusive por mim, como um possível oásis de ofensividade, criatividade e arte em meio a uma competição que parecia estar talhada para o futebol de resultados, principalmente após o êxito da Internazionale, de Mourinho, na última Liga dos Campeões. No entanto, eis que, após duas exibições, com triunfos sem brilho, mas sem muitos riscos, os holandeses pintam como mais legítimos defensores do lema: "o que importa são os três pontos".

Se por um lado, esta nova postura, mais pragmática, da equipe laranja pode estar decepcionando, por outro dá mais segurança para os seus torcedores de que o time pode alçar voos mais altos neste Mundial. Desde a geração de Gullit, mas principalmente por causa de Bergkamp, Kluivert, Seedorf e Davids, a Holanda virou a minha seleção estrangeira favorita. E já lamentei bastante algumas eliminações em Mundiais e em Eurocopas, mesmo tendo times melhores que os dos seus algozes. Desta vez, porém, a história pode ser outra e os holandeses já são os primeiros classificados.

Empolgar é que ainda está difícil. No jogo contra o Japão, que marcou muito bem, os holandeses só conseguiram tirar o zero do placar graças a uma bomba de Sneidjer. E a volta de Robben, se estiver jogando bem, pode representar o acréscimo do brilho e pode agradar tanto aos que torcem pelas suas vitórias quanto àqueles que apreciam a arte holandesa.

Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, Nigel de Jong, Sneijder (Affelay), Van der Vaart (Elia), e Kuyt; Van Persie (Huntelaar)

Japão: Kawashima; Nagatomo, Nakazawa, M. Túlio Tanaka e Komano; Abe, Hasebe (Okazaki), Endo, Matsui (Nakamura) e Honda; Okubo (Tamada).

Gol: Sneidjer
Destaques: Sneidjer, Nigel de Jong, Tanaka

Foram mudar os goleiros!!! - Inglaterra 0x0 Argélia


Na primeira rodada, os goleiros de Inglaterra e Argélia tomaram frangos. Os dois times se encontraram na segunda rodada, mas os goleiros ficaram de fora. Se eles estivessem em campo, pelo menos poderiamos ter visto gols e emoção na partida chata entre as duas equipes. Claro que isso é apenas uma brincadeira, pois os tentos da rodada inaugural foram mais frutos de fatalidades do que de falta de qualidade. E os dois times estiveram tão inspirados que mesmo que fossem goleiros ruins o placar poderia ter sido o mesmo.

Inglaterra: David James, Glen Johnson, John Terry, Carragher e Ashley Cole; Gareth Barry (Peter Crouch), Lampard, Gerrard e Aaron Lennon (Wright-Phillips); Rooney e Heskey (Defoe).

Argélia: M’Bolhi, Bougherra, Yahia, Halliche e Belhadj; Yebda (Mesbah), Lacen, Kadir, Ziani (Guedioura) e Boudebouz (Abdoun); Matmour.

Desistir jamais - Estados Unidos 2x2 Eslovênia


Já deu para perceber uma coisa nesta Copa do Mundo. Não dá para cantar vitória antes do tempo contra a seleção dos Estados Unidos. Se na estreia, os norte-americanos começaram perdendo, mas buscaram o empate - com a colaboração do goleiro Green, na segunda rodada a recuperação foi mais impressionante. A equipe estava jogando bem no primeiro tempo, mas não conseguia balançar as redes e ainda sofreu dois gols.

No segundo tempo, entretanto, a coisa mudou e os estadunidenses conseguiram chegar ao empate. E só não venceram porque o árbitro viu uma falta inexistente de Edu e anulou um gol legítimo, que seria o da virada.

Eslovênia: Handanovic; Breko, Suler, César e Jokic; Koren, Radosavljevic, Kirm e Birsa (Dedic); Ljubijankic (Pecnik)(Komac) e Novakovic .

Estados Unidos: Howard; Cherundolo, DeMerit, Onyewu (Gomez) e Bocanegra; Bradley, Torres (Edu), Dempsey e Donovan; Altidore e Findley (Feilhaber) .

Gols: Birsa, Ljubijankovic, Donovan e Michael Bradley.
Destaques: Donovan, Bradley, Birsa

Mutação dupla - Sérvia 1x0 Alemanha


Um time goleia a Austrália, impiedosamente, por 4 a 0, com um jogo envolvente e ofensivo. O outro perde para Gana, por 1 a 0, sem muito brilho. Na rodada seguinte, os dois times se enfrentam. Triunfo tranquilo dos primeiros, certo? Não foi o que aconteceu entre Alemanha e Sérvia, que terminou com um placar de 1 a 0 para os sérvios.

É bem verdade que o árbitro deu uma colaboração importante para os sérvios com uma expulsão injusta do artilheiro Klose, ainda na primeira etapa. Mas é inegável a mutação sofrida pela Sérvia, que melhorou sensivelmente de uma rodada para outra. O meio-campista Petkovic, do Flamengo, fez uma ótima análise das causas deste crescimento. Para ele, o time cresceu com a saída do atacante, fixo, Pantelic, e com a entrada de Ninkovic e Kuzmanovic na proteção à zaga, liberando Krasic e Jovanovic para as ações ofensivas.

No caso da Alemanha, pior do que ficar com um jogador a menos, foi jogar sem Klose, ou sem um atacante definidor como ele na maior parte da partida. Alguns dos gols perdidos por Podolski, que também desperdiçou um pênalti, foram causados pela ausência de um homem de referência na área. Como não tinha para quem tocar, Podolski enchia o pé e mandava para fora seguidas vezes.

Alemanha: Neuer; Lahm, Friedrich, Mertesacker e Badstuber (Mário Gomez); Khedira, Schweinsteiger e Özil (Cacau); Thomas Müller (Marin), Podolski e Klose.

Sérvia: Stojkovic; Ivanovic, Subotic, Vidic e Kolarov; Kuzmanovic (Petrovic), Ninkovic (Kacar), Stankovic, Jovanovic (Lazovic) e Krasic; Zigic.

Gol: Jovanovic
Destaques: Jovanovic, Stojkovic, Krasic e Khedira

Sem respeito - México 2x0 França


A França faz parte do seleto grupo de seleções campeãs mundiais, apenas 12 anos se passaram desde a sua conquista. Oito anos a menos tem que os franceses chegaram à segunda decisão. Já o maior orgulho do México no futebol é ter vencido um Mundial sub-17, com alguns jogadores que fazem parte do elenco que está disputando a Copa, como Vela, Giovani dos Santos, Hector Moreno e Efrain Juarez. Em um confronto como esse o previsível é que um time como o México respeite o adversário em excesso não é?

Não. Domenech e a França não deixaram que isso acontecesse. O México até começou respeitando a equipe francesa, mas depois percebeu que poderia encarar de igual para igual e acabou vencendo com propriedade. Javier Hernandez, Giovani dos Santos e Barrera azucrinaram a defesa francesa, com muita velocidade, enquanto Rafael Marquez, Torrado e Blanco contribuiram com experiência e bons passes. A mistura certa para o triunfo por 2 a 0.

Um gol a mais e os mexicanos teriam chegado à última rodada na liderança, precisando apenas de um empate com o Uruguai para manter a ponta. Vi algumas pessoas dizendo que as vagas do grupo já estariam confirmadas para Uruguai e México, pois o empate classifica os dois e a tendência é que haja um jogo de compadres. No entanto, acredito que existe um fator que enfraquece esta teoria: a Argentina. Até acho que o Uruguai jogue pelo empate, pois garantiria o primeiro lugar, mas não creio que os mexicanos deixem de tentar um triunfo que serviria para escapar dos argentinos nas oitavas-de-final.

México: Oscar Pérez, Osório, Moreno, Rodríguez e Salcido; Rafa Márquez, Torrado e Efrain Juárez (Javier Hernandez); Giovani dos Santos, Franco (Blanco) e Vela (Barrera).

França: Lloris, Sagna, Gallas, Abidal e Evra; Toulalan, Diaby, Govou (Valbuena), Ribéry e Malouda; Anelka (Gignac).

Gols: Javier Hernandez e Blanco
Destaques: Javier Hernandez, Rafael Marquez, Salcido, Giovani dos Santos