Blog de jornalismo esportivo com muita informação e opinião. Escrito pelo jornalista esportivo Leandro Silva No Twitter: @leandrosilva81
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Jogadores com idade olímpica para 2008
Diego Alves (Almeria)
Renan (Internacional)
Cássio (PSV)
Felipe (Santos)
Zagueiros:
David Luiz (Benfica)
Alex Silva (São Paulo)
Léo (Grêmio)
David (Palmeiras)
Alcides (PSV)
Sidnei (Internacional)
Gladstone (Sporting Lisboa)
Lima (Bétis)
Breno (Bayern de Munique)
Henrique (Palmeiras)
Eduardo (Botafogo)
Digão (Milan)
Edcarlos (Benfica)
Laterais-Direitos:
Rafinha (Schalke 04)
Eduardo Ratinho (Corinthians)
Ilsinho (Shakhtar)
Apodi (Cruzeiro)
Nei (Atlético/PR)
Laterais-Esquerdos:
Marcelo (Real Madrid)
Carlinhos (Santos)
Filipe (La Coruña)
Leonardo (Olympiakos)
Volantes:
Lucas Leiva (Liverpool)
Diego Souza (Palmeiras)
Denilson (Arsenal)
Arouca (Fluminense)
Hernanes (São Paulo)
Roberto (Atlético-PR)
Ramires (Cruzeiro)
Charles (Cruzeiro)
Toró (Flamengo)
Meias:
Diego (Werder Bremen)
Anderson (Manchester United)
Renato Augusto (Flamengo)
Willian (Shakthar)
Wagner (Cruzeiro)
Tiago Neves (Fluminense)
Fernandinho (Shakhtar)
Rafael Bastos (Belenenses)
Ramon (CSKA Moscou)
Lulinha (Corinthians)
Pedro Ken (Coritiba)
Atacantes:
Alexandre Pato (Milan)
Guilherme (Cruzeiro)
Rafael Sóbis (Bétis)
Welliton (Spartak Moscou)
Carlos Eduardo (Hoffenheim)
André Lima (Hertha Berlim)
Soares (Grêmio)
Allan Kardec (Vasco)
Lenny (Palmeiras)
Danilinho (Atlético-MG)
Luiz Adriano (Shakhtar)
Celsinho (Sporting Lisboa)
Jô (CSKA Moscou)
Diego Tardelli (Flamengo)
Tiuí (Sporting Lisboa)
Keirrison (Coritiba)
Diogo (Portuguesa)
Bobô (Besiktas)
Suposta pré-lista de Dunga
com * os jogadores acima de 23 anos
Goleiros:
Diego Alves Almería-ESP
Diego foi revelado pelo Atlético Mineiro e se transferiu para o Almería, onde parecia se distanciar da seleção. Mas suas boas atuações no campeonato espanhol aumentaram suas chances de ir a Pequim.
Renan Internacional
É tido como o melhor goleiro com idade olímpica por muitos. Mas não tem conseguido uma seqüência como titular no Inter. Este ano, quando conseguiu, teve hepatite e teve que se afastar dos gramados por um tempo. Já está de volta.
Cássio PSV Eindhoven-HOL
Revelado pelo Grêmio se destacou no sul-americano sub-20 do ano passado e, mesmo reserva dos profissionais do Grêmio, se transferiu para a Europa, onde é reserva do brasileiro Gomes.
Felipe Santos
Com Fábio Costa no Santos, as suas chances no time principal são dificultadas. Mas atualmente é apenas o terceiro goleiro do Peixe. Já se envolveu com doping e não parece uma boa opção.
Julio César Internazionale-ITA*
Titular da Seleção principal, Julio César pode contribuir com experiência na Olímpiada se Dunga quiser levá-lo com um dos três sem a idade olímpica
Doni Roma-ITA*
Deve estar na lista apenas para constar. Não se justificaria gastar uma das vagas extra-olímpicas com o goleiro da Roma
Laterais:
Rafinha Schalke 04-ALE
Revelado pelo Coritiba, Rafinha agrada àqueles que acompanham o futebol europeu com atenção. Deve ser o dono da camisa 2.
Ilsinho Shakthar Donetsk-UCR
Depois de trocar o Palmeiras pelo São Paulo, ganhou destaque no Brasileiro do ano passado, mas se escondeu na Ucrânia onde ainda não encanta.
Nei Atlético Paranaense
É um bom lateral, revelado pela Ponte Preta e destaque no Furacão. Mas dificilmente deve conhecer a China.
Eduardo Ratinho Toulouse-FRA
Dificilmente será convocado. Reserva no Toulouse, o lateral nunca conseguiu se firmar no Corinthians.
Daniel Alves Sevilla-ESP*
Revelado pelo Bahia, o lateral baiano é titular da Seleção principal, mas Dunga não deve gastar uma das vagas acima da idade com um lateral.
Maicon Internazionale-ITA*
Revelado pelo Cruzeiro, Maicon reveza com Daniel na Seleção principal e não deve ter chances pelos mesmos motivos
Filipe La Coruña
Revelado pelo Figueirense e com passagens por Ajax e Real Madrid B, Filipe é o sonho de consumo do São Paulo, mas prefere ficar na Europa.
Leonardo Olympiakos-GRE
Foi um dos destaques da Portuguesa na Série B do ano passado e foi cotado pelo Palmeiras no início do ano, antes de ir para a Grécia.
Carlinhos Santos
Baiano de Vitória da Conquista, é mais uma das presenças inexplicáveis nessa pré-lista. É o terceiro lateral-esquerdo do Santos.
Fábio Santos Mônaco
Revelado pelo São Paulo, passou por Kashima Antlers e Cruzeiro e também não justifica a presença na lista.
Gilberto Tottenham-ING*
Titular contestado da Seleção principal, o lateral revelado pelo Flamengo, dificilmente deve ir a Pequim por causa da idade.
Kléber Santos*
Muitos cobram a titularidade da Seleção principal para ele, mas Kléber não deve ir a Pequim por causa da idade.
Maxwell Internazionale-ITA*
O lateral revelado pelo Cruzeiro deve estar na lista apenas para constar.
Zagueiros:
Breno Bayern de Munique-ALE
Foi considerado um dos melhores jogadores do último Brasileirão pelo São Paulo, mas ainda não se tornou titular em Munique. Parece ser o número 1 da zaga.
Alex Silva São Paulo
Revelado pelo Vitória, ´Pirulito´ é um dos pilares da defesa são-paulina e um dos favoritos a uma vaga em Pequim.
David Luiz Benfica-POR
Outro revelado pelo Leão, o habilidoso David Luiz tem moral em Portugal e se destacava no Mundial sub-20 do ano passado, antes de uma expulsão.
Alcides PSV Eindhoven-HOL
Também revelado pelo Vitória, Alcides já passou pelo Santos e pelo Benfica e já parece um veterano. Pela experiência pode pintar em Pequim.
Henrique Palmeiras
Quando atuava no Coritiba já tinha seu nome pedido na Seleção Olímpica. Depois do título paulista pelo Palmeiras, os pedidos aumentaram.
Léo Grêmio
É uma das grandes revelações da zaga brasileira nos últimos tempos e vem se destacando muito no Grêmio. Tem boas chances de ser convocado.
Leandro Almeida Atlético/MG
Bom zagueiro do Galo, mas que dificilmente irá a Pequim, por causa da concorrência.
Edcarlos Benfica-POR
Baiano de Lauro de Freitas, o ex-são-paulino não parece em condições de ir para Pequim.
Digão Milan-ITA
O seu currículo se restringe a ser irmão de Kaká. Não aproveitado no Milan nunca teve chance de mostrar se poderia ser convocado por méritos.
Gladstone Sporting-POR
Jovem cigano, Gladstone tem sua chance de convocação ancorada pela experiência em gramados europeus.
Juan Roma-ITA*
Depois de fazer uma ótima Copa em 2006, Juan se tornou unanimidade na Seleção principal. E se a Roma permitir, Dunga deve levá-lo como um dos três mais experientes.
Lúcio Bayern de Munique-ALE*
Também fez uma ótima Copa, mas parece estar um pouco abaixo no conceito de Dunga. Se Juan não puder ir, pode ganhar a vaga.
Thiago Silva Fluminense
Destaque na grande campanha do Flu na Libertadores, Thiago Silva deve ficar de fora dos Jogos por ter nascido com três meses de antecedência. A pouca idade não deve justificar a convocação como um dos experientes.
Miranda São Paulo*
Xerifão do tricolor, Miranda não deve ir a Pequim por causa da idade
Luisão Benfica*
Tem poucas chances também por causa da idade. Pode ficar em casa torcendo pelo irmão Alex Silva.
Volantes:
Lucas Liverpool-ING
Parece nome certo em Pequim. Revelado pelo Grêmio, ajudou a classificar o Brasil, através do sul-americano sub-20
Hernanes São Paulo
É um dos grandes destaques do tricolor paulista e está cotado para ir para Europa.
Arouca Fluminense
Está em alta com a grande campanha do Flu na Libertadores. Pode ficar com uma das vagas.
Ramires Cruzeiro
É um dos destaques do meio de campo do líder do Campeonato Brasileiro. Marca muito e ainda ataca com qualidade.
Charles Cruzeiro
Outro destaque do meio-de-campo da Raposa. Está um pouco abaixo de Ramires.
Denílson Arsenal-ING
Já teve mais espaço no Arsenal e era tido como imprescindível em Pequim. Parece ter perdido o bonde.
Maycon Internacional
Reserva do Inter, não deve ter chances.
Gilberto Silva Arsenal-ING*
Sem espaço no Arsenal, é muito difícil que vá.
Josué Wolfsburg-ALE*
Pela idade, também não deve ter chances.
Mineiro Hertha Berlim-ALE*
Situação idêntica à de Josué.
Fernando Bordeaux-FRA*
Sem chances.
Meias:
Diego Werder Bremen-ALE
Diego parece um veterano e poderia estar se preparando para a segunda Olímpiada se não fosse o fiasco do pré-olímpico do qual participou ao lado de Robinho. Nome certo, deve ter maior destaque se Kaká não for.
Anderson Manchester United
Parece ser nome certo em Pequim, por causa da qualidade e da versatilidade, já que pode fazer várias funções no meio de campo e até no ataque. Característica essencial já que Dunga poderá levar apenas 18 jogadores.
Wagner Cruzeiro
Está em ótima fase conduzindo o Cruzeiro à liderança do Brasileiro. O problema é a grande concorrência.
Thiago Neves Fluminense
No ano passado, já era dado como nome certo, mas este ano não está conseguindo acompanhar o ritmo do Fluminense.
Fernandinho Shakthar-UCR
Revelado pelo Atlético Paranaense, é versátil e atua também na lateral-direita. Bom jogador.
Renato Augusto Flamengo
Tido como grande revelação, ainda não conseguiu deslanchar.
Carlos Eduardo Hoffenheim-ALE
Revelado pelo Grêmio, ajudou o Hoffenheim a subir para a primeira divisão.
Éderson Nice-FRA
Desconhecido no Brasil, mas com moral na Europa. Mesmo assim, Éderson não deve ter chance.
Toró Flamengo
É o maior ladrão de bolas do Campeonato Brasileiro. Parece pouco ainda para carimbar o passaporte.
Pedro Ken Coritiba
Também joga na lateral-direita, mas não deve ter chances de ir.
Kaká Milan-ITA*
Pelo gosto de Dunga, está confirmado. Mas o Milan promete não liberá-lo.
Ronaldinho Barcelona-ESP*
Em baixa no Barcelona, tem poucas chances de ir.
Elano Manchester City-ING*
Não deve ter chances por causa da idade.
Jorge Wagner São Paulo*
O baiano é um grande jogador, mas nunca foi convocado por Dunga. Pouquíssimas chances.
Julio Baptista Real Madrid-ESP*
Outro que não deve ter chances por causa da idade
Morais Vasco*
Se tivesse idade poderia até ir.
Atacantes:
Alexandre Pato Milan-ITA
Revelado pelo Inter, é um dos nomes mais fortes para Pequim. É a esperança de gols da equipe.
Rafael Sóbis Bétis-ESP
Também revelado pelo Inter, saiu do País com muita moral, mas ainda não deslanchou na Europa. Dunga parece confiar em seu futebol.
Keirrison Coritiba
É um dos maiores goleadores do ano no Brasil e tem potencial para chegar bem em Pequim. Está machucado.
Jô CSKA Moscou-RUS
Revelado pelo Corinthians, Jô tem moral na Europa e pode beliscar uma vaga.
Pedro Oldoni Atlético-PR
Inexplicável presença na lista
Éder Luís São Paulo
Ainda não conseguiu mostrar no São Paulo o mesmo futebol do Atlético Mineiro.
Bobô Besiktas-TUR*
Muito criticado no Corinthians, Bobô é respeitado no Besiktas. Ainda assim, parece pouco.
Túlio Melo Le Mans-FRA
Um desconhecido no Brasil, mas que chama a atenção na Europa. Não deve ir por ser pouco conhecido.
Éder Empoli-ITA
Mais desconhecido do que Túlio Melo, e menos conceituado na Europa.
Robinho Real Madrid-ESP*
Entre os atacantes acima da idade olímpica, é o favorito de Dunga. Basta a liberação do Real.
Adriano São Paulo*
Está voltando à Seleção principal agora e, por isso, fica em desvantagem para ir à Pequim.
Luis Fabiano Sevilla-ESP*
Está em boa fase, é um grande atacante, mas a idade atrapalha.
Nilmar Internacional*
O atacante Colorado tem muita qualidade, mas nunca foi convocado por Dunga. Aí fica difícil.
Os caçadores do ouro perdido
A medalha de ouro olímpica é o único título de expressão que o Brasil ainda não conquistou no futebol. Então, neste ano de Olimpíada, a maior obsessão futebolística do País pentacampeão mundial é o Ouro Olímpico, certo?
Não parece ser o que pensa a CBF, entidade máxima do futebol nacional. Amanhã e no outro sábado, por exemplo, o Brasil faz dois amistosos, nos Estados Unidos, contra adversários questionáveis como Canadá e Venezuela, visando o reinício das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, quando enfrenta dois dos adversários mais complicados: Paraguai, no dia 14, e Argentina, no dia 18.
Será que amistosos como esses contra adversários desqualificados pode ajudar na preparação para as eliminatórias? E a seleção olímpica? Já existe?
O fato é que, faltando pouco mais de dois meses para o início do torneio de futebol em Pequim – o Brasil estréia contra a Bélgica no dia 7 de agosto –, a Seleção Brasileira olímpica jogou apenas um amistoso. E foi contra a seleção da Série A do último Campeonato Brasileiro. Os adversários estavam de férias e, ainda assim, venceram a seleção montada por Dunga.
Insucessos – Talvez escaldada por vários projetos olímpicos que tiveram resultados mal sucedidos, a CBF parece inclinada a não demonstrar estar dando muita importância para os Jogos Olímpicos, temendo uma crise com uma possível derrota em Pequim que possa atrapalhar a preparação para a próxima Copa do Mundo em que a Seleção espera apagar a péssima imagem do fiasco de 2006.
Afinal, as conseqüências de um fracasso em Pequim podem ser enormes e muitos já pagaram o pato por fracassos olímpicos, como o técnico Vanderlei Luxemburgo, que acumulou o comando das duas seleções e foi demitido, não por causa dos seus problemas na justiça, e sim pela eliminação frente a Camarões na Olimpíada de 2000. Zagallo também se queimou depois do bronze em 1996, mas conseguiu se manter no cargo da Seleção Principal até a Copa de 1998.
Dificuldades – Para dificultar ainda mais a formação de uma base, dessa vez, não houve pré-olímpico. O sul-americano sub-20 do ano passado serviu como eliminatória para os Jogos e o Brasil ficou com a vaga. Mas poucos jogadores que carimbaram o passaporte brasileiro devem estar presentes em Pequim, por causa das mudanças naturais de rendimento e também devido ao limite diferente de idade.
Por isso, apenas poucos como Alexandre Pato e Lucas Leiva deverão ter o esforço recompensado por uma participação olímpica depois de garantirem a classificação brasileira.
Para amenizar a falta de amistosos, Dunga tem convocado jogadores com idade olímpica para os amistosos da Seleção principal como o de amanhã, quando sete jogadores foram convocados: Diego Alves, Marcelo, Henrique, Anderson, Diego, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.
Jeitinho – A idéia de Dunga é ambientar os garotos. Uma justificativa para tal atitude é que a CBF teria muito mais dificuldade para conseguir a liberação dos jogadores se os amistosos fossem da seleção olímpica.
Mas o ‘jeitinho’ encontrado por Dunga e pela CBF para contar com os jogadores poderia ser melhor aproveitado, com uma maior utilização deles nos amistosos. No último, contra a Suécia, por exemplo, apenas o meia Diego começou jogando. Mas no segundo tempo, aos 15 minutos, Alexandre Pato fez a sua estréia na Seleção principal, marcando um golaço. Anderson, Hernanes e Thiago Neves entraram depois na partida.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008
Os comandantes das expedições pelo ouro
ZAGALLO
Campeão Mundial como auxiliar técnico na Copa de 1994, Zagallo assumiu a Seleção principal e a Olímpica após a Copa. Preparou a seleção olímpica com muitos amistosos, inclusive utilizando os jogadores olímpicos contra seleções principais, e chegou a ser vice-campeão na Copa Ouro.
Classificou o Brasil no Pré-Olímpico e não abriu mão de três jogadores mais experientes, chamando o zagueiro Aldair, o meia Rivaldo e o atacante Bebeto para mesclar com garotos na época, como Dida, Ronaldo e Roberto Carlos.
Em Atlanta, perdeu a semifinal para a Nigéria e ficou com o bronze. Permaneceu na Seleção até o vice na Copa de 98.
VANDERLEI LUXEMBURGO
Assumiu a Seleção principal, substituindo Zagallo e fez questão de comandar também a seleção olímpica.
Classificou o Brasil no Pré-Olímpico e abriu mão de jogadores acima de 23 anos, acreditando que o grupo estava fechado. Os destaques do time eram Ronaldinho Gaúcho e Alex que chegavam como favoritos.
Nas quartas-de-final, o Brasil foi eliminado diante de Camarões. M´Boma abriu o placar para Camarões e o Brasil empatou no último minuto com Ronaldinho. Com dois jogadores a mais, o Brasil levou um gol de M´Bami e foi eliminado. Luxemburgo foi demitido na volta ao Brasil logo depois da eliminação.
RICARDO GOMES
Depois das eliminações seguidas com treinadores que acumulavam os dois cargos, a CBF resolveu apostar em Ricardo Gomes para comandar exclusivamente a seleção olímpica, enquanto Parreira comandava a principal.
Com uma das gerações mais talentosas, o Brasil foi eliminado no Pré-Olímpico. Faziam parte daquela seleção: Diego, Robinho, Elano, Dudu Cearense e Adailton. E ainda poderiam contar com Kaká, Adriano e Daniel Alves na Olimpíada, pois ainda tinham idade olímpica, mas não foram liberados por ser um pré-olímpico. Gomes foi demitido a seguir, pois o projeto se encerrou com a eliminação.
DUNGA
A CBF levou muito tempo sem definir qual seria o treinador da seleção olímpica, até que resolveu que Dunga treinasse os dois grupos.
Só conseguiu reunir os jogadores com idade olímpica em um amistoso contra a seleção do Campeonato Brasileiro de 2007.
Ainda terá dificuldades para contar com os jogadores mais experientes na Olimpíada, já que os clubes ameaçam não liberá-los. Ainda assim, tem uma boa geração à sua disposição, mas a suposta pré-lista para os Jogos, assusta por presenças de nomes injustificáveis.
Dunga sabe que um mau resultado em Pequim, pode complicar sua permanência.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008
Talento existe para chegar ao título olímpico
Independente da falta de uma preparação específica e das dificuldades para contar com força máxima na Olimpíada, o que não falta ao Brasil é talento. O técnico tem excelentes jogadores em todas as posições.
O problema é saber escolher as peças certas, o que pode não ocorrer, levando em consideração que um grande jornal do Rio de Janeiro divulgou uma pré-lista com 74 nomes que Dunga teria enviado ao Comitê Olímpico Internacional. Dessa lista, sairiam os 18 convocados definitivos para Pequim. A lista traz incoerências que fazem com que a sua veracidade seja posta em dúvida. Por exemplo, o lateral Marcelo, do Real Madrid, que está com a Seleção para os amistosos não aparece na lista.
A justificativa seria uma troca para que o Real liberasse o atacante Robinho. Mas o zagueiro Digão, do Milan, que tem o currículo reduzido a ser irmão de Kaká aparece na lista, em uma posição que conta com Henrique, Léo, David Luiz e Alex Silva. A justificativa para essa atitude seria uma tentativa de agradar Kaká para que ele se empenhe em buscar a sua liberação.
Opções – No ataque, Alexandre Pato e Rafael Sóbis, que estão junto com a Seleção para os amistosos, são os favoritos entre os que têm idade olímpica.
Guilherme, revelado pelo Real Salvador e artilheiro do Brasileiro pelo Cruzeiro, seria uma grande opção, mas não aparece na tal pré-lista, enquanto figuras apagadas como Pedro Oldoni e Éder Luís têm espaço.
O meio de campo é onde a concorrência é ainda maior. Diego e Anderson, que estão com a Seleção, levam vantagem se Kaká não for liberado. Diego poderia estar se preparando para a sua segunda Olimpíada, não fosse o fiasco no Pré-Olímpico. Diego Souza, do Palmeiras não aparece na lista. Ainda tem volantes de sobra também como Lucas, Arouca, Ramires, Hernanes, Charles e muitos outros.
Diego Alves se destacou no Espanhol com grandes atuações e está com o grupo que joga o amistoso de amanhã.
Renan, do Internacional, é seu maior concorrente, apesar de ainda não ter conseguido uma grande seqüencia no Inter. Este ano, quando assumiu a posição de titular, teve hepatite e ficou afastado por um tempo.
Cássio foi muito bem no sul-americano sub-20 e corre por fora. Felipe é apenas o terceiro goleiro do Santos. (L.S.)
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 30 de maio de 2008
Apenas um vértice do quadrado mágico amanhã
Do chamado quadrado mágico que enchia os brasileiros de esperança antes da Copa do Mundo de 2006, ele parece ter sido o vértice que ficou mais queimado no Mundial, chegando a perder a posição durante a competição. Mas, dois anos depois, o Imperador Adriano é o único remanescente do quadrado mágico presente para o jogo de amanhã contra a seleção do Canadá.
Ronaldo, o fenômeno, se transferiu pro Milan e, sem conseguir repetir as boas atuações, teve mais uma lesão grave no joelho. Hoje, está afastado dos gramados e com o futuro incerto nos gramados. Ainda se envolveu recentemente em um escândalo com travestis.
Enquanto isso, Ronaldinho Gaúcho, deixou de ser unanimidade no Barcelona, entrou em rota de colisão com o clube e depois ainda se contundiu. Também está parado e ainda não sabe se continua no Barcelona para a próxima temporada.
Kaká é um caso a parte. O meia não está nem passou por má fase, mas o atual melhor jogador do mundo, eleito pela FIFA, fez uma cirurgia no joelho e desfalca amanhã o time de Dunga. Ainda está se recuperando no Reffis do São Paulo, clube que o revelou.
A queda – Então só sobrou o Imperador para contar histórias do quadrado, mas a caminhada de volta de Adriano não foi tranqüila. O atacante passou por péssimos momentos dentro de campo, na Internazionale de Milão, e pior ainda fora deles, com os problemas com o alcoolismo.
A situação decadente, iniciada com a perda do pai, se tornou tão insuportável que a mãe dele, Dona Rosilda, chegou a admitir recentemente que o filho chegou a pensar em suicídio.
As portas começaram a se fechar para ele no Velho Continente e ficava cada vez mais desacreditado até na Internazionale, onde tinha tratamento digno de Imperador, anteriormente.
Recomeço– Decidido a recuperar a alegria de viver e também o bom futebol e os gols que o consagraram, Adriano resolveu recomeçar do zero. E voltou ao Brasil. O clube escolhido foi o São Paulo que já tinha recuperado recentemente Amoroso e Ricardo Oliveira preparando-os para o retorno ao futebol europeu.
No tricolor paulista, estreou fazendo dois gols contra o Guaratinguetá, mas logo se envolveu em polêmica ao atrasar para um treino. E ainda ‘exigiu’ que fosse chamado de Imperador.
Depois disso, deslanchou a balançar as redes, e já marcou 17 vezes com a camisa tricolor. Ele recuperou o futebol, a auto-estima e andou ausente dos noticiários negativos. O suficiente para voltar à Seleção como principal estrela para o jogo de amanhã contra o Canadá.
Também atacantes, Robinho e Luís Fabiano devem brigar com o Imperador por vagas no time e também pelos holofotes nas terras do Tio Sam. (L.S.)
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Um dos melhores jogadores do Bahia se contunde
No final do treino de ontem, o zagueiro Rogério torceu o joelho esquerdo e foi levado ao departamento médico para ser examinado pelo Dr. Itamar Monteiro. No entanto, ele viaja para São Paulo, hoje, mas não sabe se joga amanhã, às 16 horas, contra o Santo André.
Como Alison continua de fora, também contundido, o Bahia corre o risco de ficar sem sua zaga titular para o terceiro compromisso na Série B do Campeonato Brasileiro.
Nos dois primeiros jogos, o substituto de Alison foi Cléber Carioca, mas ontem Padovani iniciou o coletivo no time considerado titular.
O objetivo do Bahia ao final do ano é subir para a Série A, mas por enquanto, o que está subindo, mesmo, é a altura do time com as prováveis estréias amanhã do zagueiro Padovani e do atacante Bruno Cazarine.
O centroavante, de 1,88 m de altura, deve substituir o baixinho Pantico, de 1,58 m. Mas no decorrer do treino de ontem, o ex-jogador do Barras foi testado no lugar de Juca.
No youtube é possível ver vídeos com lances de Cazarine, revelado pelo Palmeiras, que fogem aos padrões desses tipos de vídeos. Pois mostram tanto os gols feitos quanto os perdidos. No treino de ontem ele já balançou as redes.
Já o beque, vindo do Brasiliense, aumenta a altura da zaga tricolor. Afinal, com seus 1,94 m, supera em oito centímetros os seus companheiros de setor mais altos: Alison e Cléber Carioca. Rogério e Marcone, volantes de origem, têm 1,80 m. Bruno Meneghel também pode fazer a sua estréia no decorrer do jogo.
Especulações – Mesmo após a contratação de Galvão, as especulações de novos atacantes continuam. O dirigente e ex-zagueiro do Corinthians Antônio Carlos declarou para o Uol que foi procurado pelo Bahia – a diretoria de futebol do tricolor nega – e pelo Coritiba.
Está marcada para hoje uma reunião do Sindicato da Indústria da Construção Civil Pesada, na Delegacia Regional do Trabalho, que interfere diretamente no futuro de Pituaçu. A greve dos funcionários da construção pesada pode voltar.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 23/05/2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
E agora, meu craque?
O mal de Alzheimer (doença degenerativa do cérebro) está sendo impiedoso com o ex-zagueiro Onça, de 64 anos, vivendo da ajuda de parentes em sua cidade, Santaluz, onde reside sozinho numa casa simples próxima ao velho estádio municipal. Não é difícil ver o homem que já fez pose no Maracanã no time do Flamengo que tinha Ubirajara, Reyes, Tinteiro, Fio Maravilha e Caldeira, em 1971, perambulando pela cidade.
Onça é mais um ídolo do passado a enfrentar situações tristes, assim como o campeão mundial Nilton Santos, lateral campeão mundial pelo Brasil em 1958, que tem até verbete em enciclopédia, internado no Rio de Janeiro com a mesma doença, e muitos outros. Afinal, os heróis também sangram.
“Tem muita gente que não está em boa situação, não. Muitos também fizeram bobagem e perderam tudo que tinham. Existem jogadores que não tiveram a oportunidade de estudo e não têm uma profissão definida”, comenta Iberê, ex-goleiro do Vitória, hoje médico ortopedista.
psicológico – “A questão de transição da carreira é muito importante. Porque ela é breve e, se o jogador não tiver se preparado bem, pode ficar sem rumo. Por isso, é necessária essa preparação, principalmente porque alguns atletas têm medo desse momento e tentam protelar suas carreiras, mesmo sem ter o mesmo rendimento”, explica o psicólogo Rafael Tedesqui.
“O jogador imagina que nunca vai parar de jogar. Não que eu tenha feito uma programação em cima disso, mas fui convidado para trabalhar na (rádio ) Sociedade logo depois do final da carreira. Fui um dos primeiros a ser comentarista”, diz o ex-meia-esquerda Eliseu Godoy, apresentador e comentarista.
Quando consegue engrenar em uma outra profissão ligada ao futebol, logo em seguida ao final da carreira, essa transição é facilitada, como Eliseu, que jogou no Santos na época de Pelé e muitos anos no Bahia, no final da década de 60 e início dos anos 70.
Normalmente, as atividades preferidas dos ex-jogadores são a de treinador e comentarista. Mas nem sempre encontram vagas no mercado. Para Douglas, amigo de Eliseu desde menino, no Santos, ter se mantido sempre envolvido com o meio também ajudou. “Eu sou um privilegiado porque estou sempre trabalhando com ex-atletas e ainda jogando”, diz.
O ex-meia Zé Carlos, campeão brasileiro pelo Bahia, é outro que se mantém no futebol. Ele é responsável pelas escolinhas do Inter em Salvador.
opção - Enquanto alguns conseguem se manter, outros migram para áreas improváveis, como o ex-goleiro do Vitória e do Leônico Iberê, hoje médico.
“Fazia faculdade de Medicina quando jogava. As viagens atrapalhavam, mas depois recuperava. Sabia que no dia de parar precisaria continuar batalhando. Sem ter nada, fica difícil”, procura ensinar Iberê.
Alguns até abandonaram a carreira por causa dos estudos, como Pitada e Aliomar. Pitada jogou no Leônico e no Botafogo e abandonou a carreira com 24 anos para se dedicar aos livros. Hoje é médico.
Já Aliomar Britto, que defendeu Bahia e Vitória, abandonou o futebol aos 27 anos para se dedicar ao Direito. Hoje é juiz, atuando como desembargador substituto no Tribunal de Justiça. O ex-goleiro Ronaldo, campeão brasileiro com o Bahia em 88 e finalista da Série A em 93 com o Vitória, forma-se em Direito este ano.
Existem alguns ex-jogadores fominhas, que sentem falta, mesmo, é de estar dentro de campo fazendo o que mais gostam. O inesquecível Baiaco é um deles. “O que eu senti mais falta foi deixar de jogar bola. Se não é o meu joelho, eu tô até hoje jogando o Intermunicipal”.
Geralmente às quinta-feiras, aos 58 anos, sai de São Francisco do Conde, onde foi funcionário municipal, para bater uma bolinha na AABB com outras cobras-criadas como Zé Eduardo, Zé Augusto, Osmar e Maílson.
“Sinto a mesma falta do torcedor do Bahia: de um jogador como eu defendendo o clube hoje”, diz Baiaco. Não se arrepende de ter recusado propostas de clubes como o Flamengo, devido à identificação com o tricolor.
Irmão de Caetano, contratado com Baiaco pelo Bahia na década de 60, o ex-atacante Osmar, campeão brasileiro com o tricolor em 88 e também aposentado, é outro que não se afastou do futebol. “A minha parada foi precoce, ainda tinha gás”, diz. Ele deixou os gramados com 42 anos, idade de Romário.
O ex-meia Zé Eduardo, ídolo de Bahia e Vitória nas décadas de 60 e 70, também ainda bate sua bolinha na tranqüilidade da aposentadoria. “Mesmo em uma época em que não se ganhava dinheiro para ficar rico, deu para juntar um pouco e nunca passei dificuldade”, garante outro aposentado do INSS, que tentou o comércio, mas se quebrou no investimento no governo Collor.
O ex-zagueiro Zé Augusto, outro que conseguiu se aposentar graças a empregos na área privada, também não dispensa um baba. “A felicidade que eu tenho do futebol foi ter vestido a camisa 3 do Bahia por 10 anos, e o carinho da torcida, mas em termos de respaldo, não teve muito”.
Assédio – “Na hora que você é idolatrado, a auto-estima vai lá pra cima. Depois a gente cai no esquecimento. Conheço muita gente com depressão por causa disso. Vários continuaram achando que iam chegar no lugar e dizer eu sou fulano de tal e receber o mesmo tratamento, mas não é assim”, diz Eliseu.
Eliseu continua sendo parado nas ruas, não só pelo que fez nos campos. “O pessoal da faixa dos 40 pra cima ainda me pára pelo que me viu jogar. Aí o filho vem falar pois me conhece da TV”.
O ex-meia Emo, aposentado, prefere assistir aos jogos pela TV. “Não vou aos estádios, porque quando ouço a torcida gritar, dá vontade de estar lá dentro”.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008
Exemplo de redenção após o final da carreira
O auxiliar técnico do Bahia Jorge Augusto Ferreira Aragão é um exemplo de profissional correto e admirado. Ele é uma peça respeitada no Fazendão e se prepara até para concorrer novamente à vereança de Salvador.
O ex-jogador Beijoca, lendário ídolo do mesmo clube na década de 70, era um artilheiro quetinha uma igual aptidão para arrumar confusões dentro e fora de campo. E ainda sofria com o alcoolismo. O que eles têm em comum, então?
Eles são a mesma pessoa. Ou melhor, Beijoca, aos 54 anos, não é mais o mesmo. E a redenção veio antes que aqueles que se alegraram com seus gols se entristecessem com sua morte. “Pra mim, foi a última tentativa. Teve momentos em que pensei em tirar minha vida”, confessa.
A salvação foi se tornar evangélico, anos atrás. “As pessoas pensavam que eu ia morrer bebendo depois que parei de jogar. Mudei para melhor, me converti, parei de beber e hoje prego nas igrejas. Tenho uma vida abençoada por Jesus”.
Mas essa mudança não aconteceu logo depois do final da carreira. “Eu ainda tive uma caminhada de dificuldades, envolvido com as coisas do mundo, muita farra, bebidas, muitas brigas. Mas há sete anos, eu conheci Jesus e minha vida mudou. Hoje sou missionário”.
Antes Beijoca chegou ao fundo do poço. “Na verdade, eu perdi tudo. E fiquei sem condições de pagar nem um aluguel de 50 a 70 reais. Passei a morar de favor com minha mulher e meu filho”, revela emocionado.
Mas a força de vontade e a fé fizeram com que ele se reconstruísse. “Deus me deu tudo de volta. Hoje eu sou uma peça importante aqui no Bahia”.
Passado – Apesar da mudança, o ex-craque não renega o passado. “Acho que tudo isso me ajudou. Aí você pode perguntar: ‘Pô. Você brigar, ajudou? Como? Ajudou porque eu fazia tudo aquilo diante de uma nação que é a torcida do Bahia. Eu fazia aquilo tudo pela torcida, para ganhar”.
E continua: “Dentro de campo, eu voltaria a fazer tudo porque o Bahia é minha paixão, meu orgulho”.
Ele não se furta a falar sobre nenhum assunto do seu passado. “Bebidas, prostitutas, envolvimento em alguma parte da minha vida até com drogas. Tudo isso eu larguei”, conta.
E os casos famosos de confusão? Uma vez, no Flamengo, ele estava no banco, entrou no jogo e deu um soco no jogador Mococa do Palmeiras.
Muitos afirmam que o técnico Cláudio Coutinho mandou que ele entrasse e fizesse isso. “Aquilo que aconteceu no Flamengo não foi mandado por ninguém. Isso que falam é uma mentira. Foi uma coisa de momento, mas o técnico me colocou em um momento que ele sabia que eu ia fazer besteira. Mas ele não mandou, nada”.
Outra: “Teve um jogo Bahia e Fluminense e dentro de uma briga generalizada, eu dei um murro em um jogador chamado Oliveira, do Fluminense, e ele perdeu a visão de um olho. Eu gostaria de encontrá-lo para pedir desculpas” diz emocionado.
E mais: “No Carnaval, quando saia nas Muquiranas, uma pessoa caiu em um tacho de acarajé. Falam que peguei o tacho fervendo e joguei em uma pessoa. Mentira. Se eu tivesse feito isso, minha mão não estaria assim (sem marcas)”.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008
INSS não possui dados quantitativos de ex-jogadores aposentados
Um grande problema para os ex-jogadores é o direito à aposentadoria. Como a carreira é curta e passar 20 anos como profissional já é um fato raro, os jogadores precisam trabalhar em outra profissão ou continuar colaborando para completar o tempo de serviço e poder usufruir dos benefícios, como fizeram Douglas e Emo. O primeiro voltou a trabalhar e o segundo continuou colaborando com o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.
“Mas muitos jogadores não têm oportunidade e não conseguem entrar no mercado de trabalho depois do fim da carreira”, explica Douglas.
O número de jogadores que consegue aposentaria é desconhecido. Nem na Bahia e tampouco no País. A Ouvidoria do órgão explica que a categoria “atleta profissional de futebol” foi extinta em 1996 e os jogadores, hoje, são enquadrados como os outros trabalhadores comuns, não sendo possível, assim, chegar a tais dados quantitativos.
No Vitória e Bahia, a relação de emprego com os jogadores tem como base a CLT. O recolhimento ao INSS varia de acordo com o salário do jogador, aquele que é anotado na carteira de trabalho. O percentual de desconto varia de 8%, 9% e 11% conforme a faixa salarial, lembrando que o teto é de R$ 3.038,00.
Nem Bahia nem Vitória oferecem plano de saúde aos jogadores. O diretor financeiro e de Marketing do Bahia, Marco Costa, explica que está é uma prática comum aos clubes brasileiros. E diz a razão: “Os clubes oferecem assistência médica total a seus jogadores quase 24 horas por dia. E se eles necessitam de especialistas bancam tanto para ter o profissional em boas condições para atuar como também para proteger o seu empregado.
Ele cita o recente caso do meia gaúcho Cléber, falecido no final do ano passado quando atuava pelo tricolor, depois de sofrer aneurisma em Natal, para onde foi o Bahia disputar uma partida valendo pela Série C do Campeonato Brasileiro.
”O Bahia deu toda a assistência ao jogador, assumiu todas as despesas e sua família reconhece“. O jogador que antes defendera o Vitória não tinha plano
de saúde.
Segundo Marco Costa analisa, a questão de fazer planos de saúde para a família e previdência privada para si depende muito do perfil do jogador. ”Áí é questão de consciência, educação, origem. Nem todos são iguais. A maioria não pensa no futuro.
AGAP – Douglas da Silva Franklin, ex-ídolo do Bahia, é o presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional da Bahia.
A meta da Agap é a inserção dos ex-atletas no mercado de trabalho, oferecendo cursos de computação, profissionalizantes e até universitários, além de oferecer assistência para os ex-atletas que estejam em dificuldade sobretudo financeira.
“Os cursos e benefícios são concedidos de acordo com a necessidade de cada um. Os casos são analisados individualmente”, explica Douglas.
Os benefícios são possíveis por causa das parcerias criadas, pela contribuição dos associados, que pagam 60 reais, por ano.
A Agap possui mais duas fontes de renda: uma delas refere-se a 1% das arrecadações nos jogos das competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol. A outra fonte de arrecadação refere-se a 1% dos contratos dos jogadores.
“Não precisa ser só atleta para se associar à Agap. Porque tem o sócio contribuinte. Estamos associando também pessoas que não são ex-atletas. Com mais sócios, é mais fácil fazer convênios e parcerias e a arrecadação aumenta”, explica Douglas.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008
Ramon e Uéslei ainda não pensam em parar
O meia Ramon Menezes, com sucesso reconhecido nos clubes em que passou durante a carreira, que começou em 1990, voltou ao Vitória, este ano, aos 35 anos para resgatar seus grandes momentos. Revitalizado pelo bom desempenho, ainda não enxerga o final da carreira, nem de binóculo. “Não faço planos de quando vou parar. Até porque tem que ser uma decisão certa, porque não tem como voltar atrás e nem se arrepender”, diz.
Ele também diz não ter pensado no que pretende fazer após o final da carreira. “Cara, ainda não pensei. Espero continuar no meio do futebol. Não sei qual a função ainda. Vou jogar até quando tiver saúde e força”, planeja Ramon.
Ele já sabe de o que deve sentir falta quando parar. “Pelo menos todo mundo que eu converso diz que o que mais sente falta é a concentração, a rotina geral”.
Uéslei, que também já defendeu as cores de Bahia e Vitória, está com 37 anos e ainda não faz planos para quando se transformar em um ex-jogador.
Ele hoje defende o Oita Trinita, do Japão, país onde é ídolo, e diz não ter receio do momento da aposentadoria. “Uma hora eu vou ter que parar mesmo”. Perguntado sobre o que vai sentir mais falta do futebol quando parar, ele é direto: “De fazer gols”.
Ao contrário de muitos outros colegas que admitem que sentem ou irão sentir falta do assédio dos torcedores ao ser reconhecido nos locais, o pitbull pensa diferente. “Isso com certeza vai acontecer. Vai ser até melhor porque eu sou muito tímido”.
Quase – O goleiro Emerson, de 36 anos, um dos maiores ídolos da história recente do Bahia, ao lado de Uéslei, também defendeu os dois rivais e fala sobre a diminuição do assédio. “Isso é natural porque você não tá mais jogando, então as pessoas reconhecem o que você fez, mas você não tá mais jogando, né? Lógico que principalmente a passagem pelo Bahia ficou marcada, mas as pessoas vão esquecendo. Alguns mais jovens já conhecem só de nome”, diz.
O arqueiro ainda pode ser considerado um jogador profissional. “Eu ainda não oficializei o final da minha carreira, mas tudo está se encaminhando para isso. E eu achei que eu ia sentir mais. Não era o jeito que eu imaginava encerrar porque eu tinha contrato com o Vitória até o final do ano e o clube me mandou embora. Fui ficando 1, 2, 3 meses sem jogar, mas já tá fechando quase um ano. Se não fechar nada pro Brasileiro, acho que é o caminho natural”, revela Emerson.
“Não é uma decisão simples. Até fevereiro por exemplo eu recebi propostas, então a qualquer momento posso voltar. Não fechei as portas. Tem alguns times que me fariam voltar. Mas prefiro não citar nomes”, diz o arqueiro que cursa Administração. “Me ocupo com algo que agrega valor. Ainda treino pra manter a forma”. Uéslei também jogou no Vitória e Ramon no Bahia.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 18/05/2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
GUIA DA SÉRIE B
A Série B a cada ano que passa ganha em prestígio. Se antes era esquecida, e dificilmente era transmitida pelas TVS, desde 1997 quando Bahia e Fluminense caíram só fez crescer, principalmente com a presença dos times grandes. Na atual edição, as duas grandes locomotivas são o Corinthians, quatro vezes campeão brasileiro, e o Bahia, duas vezes campeão nacional.
Mas já passaram pela competição: Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Atlético Mineiro e Vitória entre outros times.
Apesar do maior respeito pela Série B, o grande objetivo da competição ainda é fugir dela. Ascendendo para a elite do futebol nacional.
Pelo terceiro ano consecutivo, o regulamento será o mesmo. Com os 20 times se enfrentando em grupo único, com jogos de ida e volta, em sistema de pontos corridos.
Ao final das 38 rodadas, aquele que tiver mais pontos - ou levar vantagem nos critérios de desempate - leva o troféu. Os quatro primeiros colocados sobem para a Série A. E os quatro últimos serão rebaixados para a Série C.
Equilíbrio – A Série B se destaca também por causa do equilíbrio entre as equipes. Por isso, arriscar qualquer prognóstico é arriscado. Mas levando em consideração as tradições dos clubes e as qualidades dos elencos atuais, a briga pelo título de 2008 deve ficar entre: Bahia, Corinthians, Juventude, Paraná e Ponte Preta. Mas a luta pelo acesso deve ter ainda: Fortaleza, Criciúma, Brasiliense, São Caetano, Marília, Barueri, Vila Nova.
Outros devem lutar para se manter na Série B, como Bragantino, Avaí, Ceará, Gama, ABC: mas os principais favoritos para o rebaixamento hoje são: América de Natal, CRB e Santo André.
O América de Natal, ao contrário dos outros três times que foram rebaixados no ano passado, não parece ter condições de retornar para a primeira divisão. Está mais próximo de cair para a terceira divisão.
Bahia - Para o alto e avante!
Inspirado no lema do Super-Homem, o seu mascote, ´para o alto e avante´ o Bahia vai em busca de subir para a Série A do futebol nacional, que já conquistou em 1988, mas está afastado desde 2003 quando foi rebaixado pela segunda vez para a Série B. No ano passado, depois de chegar ao fundo do poço em 2005 com o rebaixamento para a Série C, o Bahia deu o primeiro passo para voltar ao topo, ao conseguir o acesso como segundo colocado na Série C.
Do time titular que conseguiu o acesso, cinco se mantém no time-base para o início dessa Segundona: Luciano Baiano, Alison, Rogério, Fausto e Elias.
Quatro deles com funções defensivas. E é justamente na defesa que se destacou no Campeonato Baiano que o torcedor do Bahia confia para conseguir brigar pelo título e acabar com um jejum de seis anos sem títulos. Alison, Marcone, Rogério e Fausto formam um verdadeiro paredão à frente de Darci. Marcone, que defendeu o Brasil no Mundial sub-20 do ano passado como volante, passou para a zaga e foi um dos que mais cresceu neste ano.
Ponto fraco– Bem treinado por Paulo Comelli, o calcanhar de aquiles do Bahia até o momento no ano é o seu ataque. Didi se manteve na equipe durante muito tempo, apesar das pífias atuações e deixa o clube sem deixar a menor saudade. Já Cristiano, apesar de ter feito apenas dois gols, marcou nos dois jogos em que não atuou com Didi, e poderia ser um bom atacante na Série B, mas deixa o clube. Com isso, a briga pela titularidade deve ficar entre Pantico, Charles e Gilberto, novo contratado.
É preciso contratar mais, principalmente no ataque, mas a boa campanha no estadual em que terminou oito pontos à frente do campeão, fazem com que as perspectivas para uma volta à Série A sejam boas.
O que deixou o torcedor com uma pulga atrás da orelha foi a eliminação precoce na Copa do Brasil, na primeira fase, para o Icasa, vice-campeão cearense.
Retrospecto– A largada do tricolor na sua quinta Série B será exatamente contra o campeão do Ceará. Nas participações anteriores, o Bahia bateu duas vezes na trave, com um terceiro lugar em 99 e um quarto, em 2004 - posições que hoje dariam o acesso - mas caiu em 2005 e ficou próximo em 98.
Time-base: Darci, Luciano Baiano, Alison, Marcone e Ávine; Rogério, Fausto, Rivaldo; Ananias, Elias; Juca. Técnico: Paulo Comelli
ELENCO:
Darci G
Fabiano Borges G
Paulo César G
Alison Z
Marcone Z
Cléber Carioca Z
Santiago Z
Diego Martins Z
Douglas Z
Luciano Baiano LD
Fábio LD
Ávine LE
Adilson LE
Daniel LE
Rogério V (foto)
Fausto V
Rivaldo V
Oliveira V
Emerson Cris V
Willames V
Ananias M
Elias M
Cléverson M
Gilberto A
Pantico A
Charles A
Reinaldo Aleluia A
Paulo Roberto A
Bruno Meneghel A
Bruno Cazarine A
Corinthians - Favoritismo para passagem curta
O Corinthians é a grande atração da Série B de 2008. Quatro vezes campeão da Série A, essa é a primeira vez que o Timão disputa a Segundona. Mas o alvinegro é o principal favorito para ficar com o título da competição e fazer com que a passagem pela Série B seja curta, assim como Palmeiras, Botafogo, Grêmio e Atlético Mineiro também fizeram.
O time teve um bom desempenho em parte do Paulistão, mas acabou ficando de fora das finais, terminando em quinto.
Os destaques do time são o goleiro Felipe, ex-Vitória, um dos poucos a se salvar no rebaixamento no ano passado, o excelente lateral-esquerdo André Santos. Além dos zagueiros Chicão e William.
Para o Nacional, a principal aposta é o meia Douglas, ex-São Caetano, antigo sonho de consumo.
Time-base: Felipe, Carlos Alberto, Chicão, William, André Santos; Fabinho, Perdigão, Diogo Rincón, Douglas; Dentinho e German Herrera. Técnico: Mano Menezes
ELENCO:
1 Felipe G
22 Julio Cesar G
3 Chicão Z
4 William Z
2 Fábio Ferreira Z
14 C. Suarez Z
30 Carlão Z
5 Alessandro LD
27 André Santos LE
6 Everton Ribeiro LE
Wellington Saci LE
8 Perdigão V
32 Fabinho V
20 Carlos Alberto V
28 Nilton V
55 Bóvio V
21 Bruno Octávio V
13 Marcelo Oliveira V
10 Douglas M
15 Diogo Rincon M
19 Lulinha M
29 Eduardo Ramos M
26 Rafinha M
23 Dinelson M
11 Marcel M
Elias M
25 Acosta A
17 German Herrera A
31 Dentinho A
9 Finazzi A
18 Lima A
Juventude - Estadual não se resume à final
O Juventude teve um início de ano surpreendente para uma equipe que havia acabado de ser rebaixada para a Série B, conseguindo chegar até a final contra o Internacional, depois de eliminar o Grêmio.
Mas, depois de ter vencido o Inter nos três primeiros encontros no ano, o time foi humilhado na final contra o próprio Colorado, levando uma goleada de 8 a 1.
O time deve entrar na Série B com um clima ruim depois dessa derrota, mas não pode jogar fora tudo que foi construído até o momento no ano.Se não sair dos trilhos tem boas chances de retornar à Série A já em 2009. Tem chances até para ficar com o título.
O baiano Mendes, ex-Vitória, é o grande ídolo do elenco atual do Juventude, ao lado do goleiro Michel Alves, sobrevivente no rebaixamento.
Time-base: Michel Alves, Élvis, Nunes, Laerte e Hélder; Hércules, Juan Pérez, Lauro, Xuxa;
Ivo e Mendes. Técnico: Zetti.
ELENCO:
Michel Alves Vila NovaG
Dida Náutico G
Carlos G
M. Alemão Criciúma Z
Laerte Bahia Z
Dirley São Luiz/RS Z
Alex Moraes Z
Nunes Peñarol Z
Alisson Prata da casa LD
Elvis Coritiba LD
Helder Prata da casa LE
Alexandre LE
M. Goiano Figueirense LE
Dionathan Joinville V
Hércules Ipitanga V
Juan Perez Panamenho V
Lauro Palmeiras V
Renan Esportivo/RS V
Tiago Renz V
Xuxa Mirassol M
Danilo Figueirense M
Fabinho Glória M
Leandro Cruz M
Paulo César M
Mendes Vitória A (foto)
Felipe Ituano A
Maycon Prata da casa A
Ivo Prata da casa A
Gabriel Prata da casa A
Paraná - Experiência em títulos e acessos
Apesar de freqüentar a primeira divisão do Brasileiro em 14 dos últimos 15 anos, o Paraná tem uma boa experiência de segunda divisão, pois nas duas últimas vezes que disputou uma divisão inferior do Campeonato Brasileiro, ele terminou com o troféu.
Foi em 1992, quando venceu o Vitória na final da Segunda Divisão e em 2000, quando derrotou o São Caetano na final de um módulo inferior da Copa João Havelange, o Brasileiro daquele ano.
Por isso, o Paraná é um dos favoritos para ficar com o título da Série B desse ano ou, pelo menos, voltar à primeira divisão.
Neste ano, o Paraná já eliminou o Vitória da Copa do Brasil e tem como principal destaque o talentoso meia Cristian, que já jogou no Palmeiras. O lateral Angelo, ex-Cruzeiro retorna ao clube.
Time-base: Fabiano Heves, Daniel Marques, João Paulo, Luis Henrique; Angelo, Léo, Cristian,
Giuliano, Everton; Joelson e Marcelinho. Técnico: Paulo Bonamigo.
ELENCO:
Fabiano Heves InterG
Gabriel Prata da casa G
Luís Carlos G
Daniel Marques Z
João Paulo Z
L. Henrique Bragantino Z
Ricardo Ehle Inter/SM Z
M. Ramos Náutico Z
Angelo Cruzeiro LD
Wellington LE
Léo Fortaleza V
Goiano V
Felipe Alves Avaí V
Agenor V
Naves V
Diego V
Cristian Palmeiras M (foto)
Giuliano base M
Éverton base M
Rodrigo Pimpão M
Élvis M
Marcelinho Náutico A
Joélson Avaí A
Fábio Luís São Caetano A
Clênio ABC A
Jônatas A
Diego Ratinho A
Fortaleza - título cearense dá moral ao Leão
Seja em que situação estiver, o Fortaleza costuma dar trabalho na Série B do Brasileiro, imagine quando está com moral depois do 37º título estadual. Por isso, o Leão pode sonhar em retornar mais uma vez para a elite do Nacional.
O Fortaleza começou mal o ano, ficando sem o título do primeiro turno do estadual, mas deu a volta por cima em uma emocionante recuperação que valeu o título em cima do Icasa, algoz do Bahia na Copa do Brasil.
O baiano Paulo Isidoro subiu com o América de Natal em 2006 e no ano passado pulou fora do naufrágio americano para tentar repetir o feito com o Fortaleza. Foi adiado para 2008. Outros conhecidos dos baianos são os atacantes Alex Alves, ex-Vitória, e Tailson, ex-Bahia, além do meia Juninho Cearense, ex-Bahia.
Time-base: Tiago Cardoso, Victor, Preto, Juninho; Simão, Erandir, Junior Cearense, Paulo Isidoro e Márcio Azevedo; Lúcio e Fábio Oliveira. Técnico: Heriberto da Cunha.
ELENCO:
Thiago Cardoso G
Douglas base G
Raul base G
Juninho Atlético/PR Z
Preto Goiás Z
Victor Z
Lucas Atlético/PR Z
Romário base Z
Simão Atlético/PR LD
B. Ribeiro Palmeiras LD
Gilberto Matuto LD
M. Azevedo Juventude LE
Guto base LE
Eusébio LE
Dude prata da casa V
Erandir Atlético/PR V
Rogério Prata da casa V
Leandro Prata da casa V
Junior Cearense V
Lúcio Atlético/MG M
Paulo Isidoro Vitória M (foto)
Juninho Cearense Bahia M
Bismark base M
Rômulo Ceará A
Léo Jaime A
Alex Alves Vitória A
Bambam base A
Tailson Bahia A
Osvaldo base A
Criciúma - Tigre em busca do Bi da Série B
O Criciúma vai em busca de um bicampeonato que muitos clubes torcem para não precisarem mais ter chances de alcançar. Mas já que está novamente na B, o jeito é tentar. As perspectivas para o título não são tão boas, mas o Tigre tem boas condições de lutar por mais um acesso para a Série B.
No estadual, perdeu o título para o Figueirense na prorrogação, mas começa a Série B com uma boa base para tentar repetir uma parte do Brasileiro do ano passado quando era o líder, mas depois, inesperadamente acabou o gás da equipe que ficou fora do G-4.
O time tem algumas figuras conhecidas como o goleiro Zé Carlos que fez um gol de falta no Vitória na Série C de 2006, os zagueiros Cláudio Luiz, ex-Vitória, e Wescley, ex-Corinthians, e o atacante Beto, ex-Flu.
Time-base: Zé Carlos, Patrick, Wescley, Cláudio Luiz e Uendel; Basílio, Luís André, Marcelo Rosa, Jael; Beto e Zulu. Técnico: Leandro Machado
ELENCO:
Zé Carlos base G
Pedro Paulo base G
Claudio Luiz Vitória Z
Wescley Corinthians Z
Sílvio Criciúma Goiás Z
William Chapecoense Z
Rodrigo Caxias Z
Patrick base LD
R. Araújo Flamengo LD
Carlos base LD
Uendel base LE
E. Ávila Figueirense LE
Basílio Chapecoense V
Coutinho Vasco V
Luis André A.Ibirama V
Mateus base V
M. Rosa Flamengo V
Valdeir Grêmio M
Adriano Chapecoense M
Jael base A (foto)
Jean Coral base A
Beto Fluminense A
Zulu Grêmio A
Fantick Joinville A
Brasiliense - Jacaré aposta na experiência
O Brasiliense, como sempre costuma fazer, investe na experiência de jogadores rodados por grandes clubes do país, principalmente o Flamengo, para repetir o feito de 2004, quando ficou com o título da Série B e adiou o sonho do acesso do Bahia.
O Jacaré conseguiu o título do Distrito Federal pela quarta vez consecutiva, mas ainda parece pouco para alcançar o acesso. Apesar disso, com o equilíbrio da competição devem lutar por esse objetivo.
Se destacam: Iranildo, Júnior Baiano, Athirson e Dimba. Os jogadores mais conhecidos dos baianos são o zagueiro Junior Baiano, feirense, e o atacante Moré, que se destacou no Bahia e teve uma passagem apagada pelo Vitória.
O garoto Jobson se destacou no título Distrito Federal e é promessa para arrebentar na Série B.
Time-base:
ELENCO:
Ponte Preta - Credenciada a brigar pelo troféu
Por ter sido vice-campeão do estadual que é considerado mais forte do país, a Ponte Preta é alçada a condição de uma das favoritas ao título da Série B, ou pelo menos do acesso para a Série A.
O problema é que no ano passado, o São Caetano também chegou ao Brasileiro com o mesmo cartaz e não passou de um fiasco na Série B, disputando a permanência na divisão muito mais do que o acesso.
A goleada sofrida para o Palmeiras na final não deve desfazer todo o bom trabalho de Sérgio Guedes e de seus comandados.
O goleiro Aranha, revelado pelo clube, foi um dos principais responsáveis pela classificação da Macaca para a final, depois de fechar o gol contra o Guaratinguetá. O meia Renato é outro destaque da equipe. Depois de ser rebaixado em 2007 com o Juventude.
Time-base: Aranha, Eduardo Arroz, Jean, César e Vicente; Ricardo Conceição, Dêda, Leandrinho e Renato; Danilo Neco e Luís Ricardo. Técnico: Sérgio Guedes
ELENCO:
Aranha base G (foto)
Denis base G
Jean Vitória Z
César Fortaleza Z
João Paulo N. Iguaçu Z
Célio base Z
Alexandre Black base Z
Raulen Fortaleza LD
Vicente Marília LE
Eduardo Arroz LD
Fabinho J. Malucelli/PR LD
Dêda Marilia/SP V
Gercimar base V
Bilica Sport V
R. Conceição base V
Renan Paraná M
Ezequiel base M
Leandrinho Noroeste M
Giuliano Barueri M
Renato Juventude M
Éverton base M
Rafael Ueta base M
Fabiano base M
Danilo Luís base A
Luis Ricardo M. Dias/SC A
Wanderley base A
D. Neco U.Barbarense A
Leandro Barueri A
Marcelo Soares A
São Caetano - em busca do caminho de volta
Do time que foi vice-campeão paulista no ano passado e entrou na Série B como favorito resta apenas o ótimo goleiro Luiz Silva e o meia Canindé. Os outros aproveitaram a boa campanha para alçarem vôos mais altos e deixaram o Azulão para trás.
No ano passado, o time fez uma campanha pífia e chegou a se preocupar com o rebaixamento para a Terceirona, não lembrando o clube que já foi campeão paulista, duas vezes vice-campeão da Série A do Brasileiro e vice-campeão da Libertadores.
Além de Luiz e Canindé, outros destaques são o veterano atacante Tuta, ex-Vitória, contratado para o Brasileiro e o habilidoso atacante Danilo Santos que chamou a atenção na Série C do ano passado atuando pelo Crac, de Goiás.
O atacante Tico, antigo sonho do Bahia, também está lá.
Time-base:Luís, Dedé, Leonardo, Galiardo e Rodrigo Ninja; Glaydson, Daniel, Rafinha e Rozembrick; Danilo Santos e Tuta. Técnico: Pintado
ELENCO:
Luís Mirassol G
Júlio César Marília G
Dedé Crac/GO LD
Andrezinho P. Preta LE
Rodrigo Ninja Gama LE
Leonardo Santos Z
Aderaldo Vitória Z
Kléber Sport Z
Galiardo Santo André Z
Neto Juventude Z
Lino Ituano Z
Rayan base Z
Tobi Guaratinguetá V
Hernani Marília V
Glaydson Paulista V
Daniel Cruzeiro V
Assis Sertãozinho M
Canindé Paulista M
Rafinha São Paulo M
Ademir Sopa Avaí M
Danilo Santos Crac A
Tuta Vitória A (foto)
Tico Avaí A
Caiuby Guaratinguetá A
Luan União São João A
Patrick base A
Barueri - Campeão do interior na briga
O Barueri, que subiu da Série C para a Série B junto com o Vitória em 2006, chega com moral à Série B deste ano depois de ser o campeão do interior paulista de 2008.
Um dos destaques do time é o meia-esquerda Guaru que começou jogando muita bola no Bahia, mas depois desapareceu com o seu futebol no ano do rebaixamento para a Série C.
O atacante Alberto, campeão brasileiro pelo Santos em 2002, naquele time de Diego e Robinho é outra figura muito conhecida do Barueri. Além do volante veterano Amaral, que já defendeu o Vitória e o Palmeiras.
O clube perdeu, para o futebol coreano, o seu artilheiro Pedrão, mas mesmo assim deve ter força para ficar entre os primeiros da competição. A meta é o acesso, mas a permanência na Série B será bem-vinda.
Time-base: Márcio, Marcos Pimentel, Ávalos, Renato Santos, Márcio Careca, Amaral, R.Pontes, Flávio Luís, Guaru; Thiago Humberto, Alberto. Técnico: Emerson Ávila
ELENCO:
Márcio Paulista G
Renê América/RN G
Ávalos Santos Z
Duílio Criciúma Z
Montoya Mirassol Z
Leandro Internacional Z
Renato Corinthians Z
Diego Figueirense Z
M.Pimentel Ferroviário LD
Leyrielton Goiás LD
M. Careca Palmeiras LE
Guigov Ituano LE
Amaral Vitória V
R. Pontes Corinthians V
Goeber Flamengo V
Flávio Luís Vitória V
Leanderson Ceará V
Guaru Bahia M (foto)
Rodrigo base M
Julio Cesar Palmeiras M
Thiago Humberto base A
Alberto Santos A
Fernando A
André Vitória A
R.Paulista Internacional A
Vila Nova - tenta subir o próximo degrau
Aqueles que assistirem os jogos do Vila Nova na Série B deste ano terão ao menos uma boa atração. É ver o folclórico Túlio Maravilha em campo. Com a aposentadoria de Romário, ele é o maior artilheiro ainda em atividade no Brasil, com 39 anos. Artilheiro da Série C do ano passado, Túlio vai tentar ajudar o Vila a subir o próximo degrau, em busca da Série A, mas não será nada fácil.
A tendência é que o time lute pela permanência na Série B.Outros destaques do time são o, também veterano, meia Alex Oliveira, ex-Bahia, que é o grande garçom do time e o atacante Wando, ex-Goiás e Botafogo.
Outro ex-jogador do Bahia no Vila é o volante Guilherme, que no ano passado esteve no Vitória mas não conseguiu se destacar como nos tempos do tricolor. O beque Pereira deixou o clube.
Time-base: Max, Osmar, Carlinhos, André Leone e Elísio; Guilherme, Heleno, Reinaldo e Alex Oliveira; Wando e Túlio Maravilha. Técnico: Givanildo Oliveira.
ELENCO:
Max Botafogo G
Lauro Goiás G
Weverton G
Carlinhos Bahia Z
A. Leone Corinthians Z
Luiz Carlos Ceará Z
Thiago Carvalho Z
Osmar Portuguesa LD
Adriano Jaciara/MT LD
Elísio LE
Guilherme Bahia V
Heleno Santos V
Alisson V
Leandro V
Reinaldo São Paulo M
Alex Oliveira Bahia M
Daniel Hernandez M
Paulo Ramos Grêmio M
Amaral Madureira M
Felipe Oliveira M
Túlio Vitória A (foto)
Wando Goiás A
Jhonny Rio Preto A
Marco Aurélio A
Pereira Júnior A
Marília - MAC tenta se manter
O Marília chegou muito perto do acesso no ano passado. Lutou até o final, mesmo tendo perdido seis pontos pela escalação irregular de um jogador. Mas fez um mau Campeonato Paulista e, por isso, não está entre os mais cotados para conseguirem o acesso para a Série A do próximo ano.
O time perdeu o seu melhor jogador, o meia Camilo, que foi para o Cruzeiro. Em compensação, recebeu da Raposa cinco jogadores que podem ajudar a melhorar a situação do MAC neste ano de 2008.
Time-base: Giovanni, Chiquinho, Leandro Amaro, Gum e Adílio; Rafael Fêfo, João Marcos, Ricardinho e Thiago Rodrigues; Maranhão e Adriano. Técnico: Ruy Scarpino
ELENCO:
Giovani G
Mauro G
Leandro Amaro Z
Gum Inter Z
Alemão Mineiros Z
Emanuel C.Azul LD
Chiquinho LD
Adílio LE
R. Fêfo Corinthians V
João Marcos V (foto)
João Vítor V
Serginho V
Sandro Manoel V
Samuel M
Ricardinho Rio Preto M
T. Almeida Beira Mar M
T. Rodrigues M
Márcio M
Betinho Náutico A
Diego Cianorte A
Fabinho A
Neizinho Joinville/SC A
Adriano Guarani/MG A
Maranhão Monte Azul A
Gama - Novas Velhas Atrações
O Gama levou um passeio do Brasiliense no Campeonato do Distrito Federal, mas para tentar se manter na Série B, o clube se reforçou com alguns jogadores muito rodados. Como o meia Fernando Diniz, um verdadeiro cigano que jogou em clubes grandes como Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Fluminense, sem nunca ter mostrado futebol para tanto.
O argentino Sérgio Gioino não demonstrou qualidades no Palmeiras, mas virou xodó. Neto, Rafael Córdova e Emerson passaram pela Bahia.
Time-base:
L.Henrique G
Tiaguinho LD
Pedro Paulo Z
Ozéia Z
Digão LE
Neto Apolônio V
Cléber Gaúcho V
Emerson V
Fernando Diniz M
Gioino A
Adriano Magrão A
Ademir Fonseca T
ELENCO:
R. Córdova Vitória G
Luis Henrique Rio Claro G
Donizete G
João Vítor Paraná Z
Ozéia Ituano Z
Pedro Paulo Z
Thiaguinho Brasiliense LD
Digão LE
Lucas Silva LE
Neto Apolônio Bahia V
Cléber Gaúcho Goiás V
Emerson Vitória V
Kell Fortaleza V
Lucas Bagé V
F. Diniz Flamengo M
Thiago Bezerra Legião M
Jonas M
Reginaldo M
S. Gioino Palmeiras A (foto)
Bebeto Avaí A
Maia São Bento A
William A
Dendel A
A.Magrão A
Avaí - Dá para chegar à praia?
O Avaí já chegou perto do acesso para a Série A por várias vezes, como em 2004 quando disputou o quadrangular final com Bahia, Brasiliense e Fortaleza, mas ficou em terceiro. Tem time para não se preocupar com rebaixamento, mas talvez não seja o bastante para, enfim, figurar na elite nacional.
Este ano, o time não conseguiu chegar à final do campeonato estadual e precisa melhorar o desempenho para fazer bonito no Nacional. O meia Marquinhos, ex-São Paulo é o destaque do time.
Time-base:
Eduardo Martini G
Arlindo Maracanã LD
Cássio Z
Rafael Z
Zé Rodolpho LE
Cocito V
Ferdinando V
Batista M
Odair M
Marquinhos M
Vandinho A
Silas T
ELENCO:
E. Martini Grêmio G
André G
A. Maracanã Bahia LD (foto)
Zé Rodolpho Juventude LE
Jeff Silva LD
Rodrigo Galo LE
Cassio Juventude Z
Rafael Juventude Z
Emerson Z
Fabricio Z
Fabio Fidelis Z
Bruno V
Cocito Atlético/PR V
Ferdinando Vitória V
Wendel Ceará V
Pedro Ayub V
Valber Portuguesa M
Marquinhos S. Paulo M
Batista Paraná M
Odair Criciúma M
Juliano Paulista M
Vandinho A
Nicholas Brasil/RS A
Carlinhos A
Bragantino - Fazendo a trilha de volta
Depois de uma época gloriosa nos anos 90, quando conquistou um título paulista e chegou a ser vice-campeão brasileiro, o Bragantino chegou ao fundo do poço, nas divisões inferiores até do campeonato estadual, mas neste ano, o Braga retorna à Série B com moral depois de conquistar o título da C.
O Bragantino tem time e condições de brigar pelo bicampeonato da comeptição, que já conquistou em 1989, ou pelo menos conseguir retornar à Série A, de onde está afastado desde 1997.
Time-base: Gilvan, Da Silva, Vanderlei, Cris; Nêgo, Moradei, Danilo Bueno, Didi, Marcinho; Joãozinho e Nunes. Técnico: Marcelo Veiga
ELENCO:
Gilvan G
Renato G
Nêgo Atlético Mineiro LD
Somália LD
Cláudio Henrique LE
Marcinho LE
Cris Z
Da Silva Z
Vanderlei Z
Kadu Corinthians Z
Zambão Z
Moradei Corinthians V (foto)
Marcelo Godri V
César Gaúcho V
Sérgio Manoel M
Didi M
Danilo Bueno M
Tiago Mattos M
André M
Nunes A
Malaquias A
Joãozinho A
Ceará - A luta é para permanecer
O Ceará não está vivendo um grande ano e não conseguiu chegar à final do estadual. O time terá que se reforçar para não correr o risco de cair para a Série C do Brasileiro.
O time é comandado por Lula Pereira, que já teve duas passagens pelo futebol baiano, ambas pelo Bahia. Além do treinador, dois conhecidos dos torcedores baianos são o volante Chicão, que defendeu o Vitória ano passado e o atacante baiano Harley, que já defendeu Bahia e Vitória e este ano estava no Itabaiana.
Time-base: Adilson, Izaquiel, Rafael Lima, Dézinho e Messias; Chicão, Dedé, Cleysson e William César; Allan Dellon e Luciano. Técnico: Lula Pereira
ELENCO:
Adilson G
Gustavo G
Rafael Lima Figueirense Z
Dézinho Adap/PR Z
Amaral Rosa Adap/PR Z
Alex Noronha Adap/PR Z
Izaquiel LD
Michel LD
Messias Paraná LE
Chicão Vitória V
Dedé Ferroviário/CE V
Cleysson Gama/DF V
Thiago Almeida V
Allan Dellon Vitória M
Ederson Atlético/PR M
Robson Souza AvaíM
William César M
Silas Rio Claro M
Vavá A
Harley Itabaiana/SE A (foto)
Ciel A
Luciano Rio Claro A
Mirandinha Rio Claro A
Luiz Carlos A
ABC tenta seguir o embalo
O ABC subiu no ano passado da Série C para a Série B, junto com o Bahia, e neste ano manteve a boa fase conquistando o 50º título estadual da sua história. Ainda parece pouco para brigar diretamente por uma das quatro vagas na Série A de 2009, mas pode ser o suficiente para não voltar à terceirona.
Ainda treinado pelo experiente Ferdinando Teixeira, o alvinegro aposta em alguns jogadores com passagem pela Bahia como Paulo Musse, Alex Santos, Alysson, Dejair, Valdir Papel e Vinícius.
Time-base: Raniere, Ben-Hur, Alan e Paulo César; Alex Santos, Adelmo, Jean, Alysson e Vainer; Valdir Papel e Vinícius. Técnico: Ferdinando Teixeira
ELENCO:
Raniere CRB G
Paulo Musse Bahia G
Aluizio Potiguar G
Ben-Hur CRB Z
Glauco Araxá/MG Z
Paulo César Madureira Z
Fabiano Souza/PB Z
Alan Ceará Z
Bosco Coritiba LD
Alex Santos Vitória LD
Rogerinho Treze/PB LE
Vainer Inter/SM LE
Alysson Vitória LE
Adelmo Treze/PB V
Jean CSA/AL V
Marcio Han Juventude V
Marcelinho Bahia V
Jean Carioca Potiguar V
Dejair Brasilia Vitória M
Éder Ituano M
Valdir Papel Vitória A
Vinicíus Bahia A (foto)
Rafael Rabelo S.Cruz A
Ivan A
Santo André - Segundo objetivo do ano
Leandro Silva
O Santo André assombrou o país em 2004, quando derrotou o Flamengo na final da Copa do Brasil, daquele ano, mas depois o time foi caindo. No ano passado, por pouco não foi parar na Série C e em 2008 teve que disputar a Série A-2 do Paulista.
Mas a maré está virando, e o Ramalhão já conseguiu o primeiro objetivo do ano ao retornar à Série A-1 do estadual. Em campo, o nome mais conhecido é o do meia Marcelinho Carioca, o Pé-de-anjo, que vai tentar ajudar o Santo André a se manter na Série B.
Time-base: Neneca, Willians, Thiago Mathias, Luis Henrique e Jailson; Fernando, Juninho, Pará e Élton; Marcelinho Carioca e Márcio Mixirica. Técnico: Fahel Junior
ELENCO:
Neneca G
Nilson G
Cesinha Z
Douglas Z
Thiago Matias Z
Luiz Henrique Z
Dedimar Z
Betão LD
Da Guia LD
Alexandre LE
Jailson LE
Lello V
Fernando V
Williams V
Marcelinho Carioca M (foto)
Pará M
Jeferson M
Antonio Flávio M
Marcio Mixirica A
Chico Marcelo A
Humberto A
Denis Richards A
Elton A
Bruno A
América-RN - Quem te viu, quem te vê
O América estava em estado de graça no início do Brasileiro da Série A do ano passado, mas hoje, um ano depois, o clube parece esfacelado depois da vexatória campanha no Nacional do ano passado e da perda do estadual deste ano, quando nem chegou à final e viu o rival ABC comemorar o 50º título.
Dos times rebaixados no ano passado, o América é o mais cotado para repetir o que o Santa Cruz fez em 2008, quando caiu para terceira divisão no ano seguinte ao rebaixamento para a segunda. A contratação de Marcelo Nicácio é a esperança de gols e de sobrevivência na Série B.
Time-Base: Azul, Robson, Fabrício, Emerson e Jorge Guerra; Fábio Recife, Rodrigo Santos, Saulo e Leandro Bravin; Paulo Mattos e Marcelo Nicácio. Técnico: Luis Carlos Ferreira.
ELENCO:
Azul ASA/Vasco G
R. Alemão Palmeiras G
Gilson Rio Claro/SP G
Alexandre Z
Anderson Bill Z
Robson Z
Fabrício Gama Z
Emerson Treze Z
Adalberto Base Z
Dida LD
Jorge Guerra S. Cruz LE
Rai S. Correa/MA LE
Fábio Recife Marília V
L. Maranhão S.Caetano V
Saulo CRB V
Ivo Coritiba V
Jeferson V
Rodrigo Santos CRB V
M. Mineiro América/MG M
L. Bravin Atlético/PR M
Marcelo Nicácio Bahia A (foto)
Paulo Mattos Vitória A
L.Safira Sapucaiense A
Jackson Base A
Geovane Base A
CRB - Meta é fugir da Série C
Leandro Silva
O CRB costuma surpreender na Série B, mesmo sem montar grandes equipes. Essa é a grande esperança dos regatianos para que o único representante alagoano na Segunda, consiga permanecer onde está.
A situação não é nada animadora. Terminou na quarta colocação do estadual, atrás de CSA, Asa e Corinthians. E ainda por cima, o time estréia contra o favorito Timão paulista.
Os destaques do time são o goleiro Jeferson e o atacante Júnior Amorim, que já teve algum destaque no Fortaleza.
Time-base: Jeferson,Márcio, Matteus e Serginho Mineiro; Marcos, Jamba, Aílton, Lairson e Marcinho; Junior Amorim e Ricardo Boiadeiro. Técnico: Roberval Davino.
ELENCO:
Jeferson G
Jonatas G
Nicolas G
Márcio Z
Matteus Z
Serginho Mineiro Z
Danilo Gama Z
Elizeu Z
Nélson Z
Marcos LD
Cafu LD
Marcinho LE
Rafinha LE
Jamba V
Aílton V
Gueba V
Mário V
Diones V
Lairson M
Helder M
Junior Amorim A (foto)
Ricardo Boiadeiro
Ricardo Xavier A
Fábio Costa A
Edmar A
Faz parte do Caderno Especial do Guia da Série B de 2008 do Jornal A Tarde
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Goleada pela honra
Quem viu a torcida do Bahia gritando: é campeão, é campeão, ao final do jogo, deve ter imaginado que o tricolor tinha conquistado o 44º título estadual da sua história. Mas, se não levou o troféu por causa do número de gols marcados, terminou como melhor time da competição desde o início e ainda saiu de campo honrando as tradições do clube, de não se entregar jamais.
O Bahia mostrou respeitar os ideais esportivos e não deixou que a rivalidade criasse uma página negra em sua história, ao golear o Vitória da Conquista, time da segunda melhor campanha no geral, por 5 a 0, dando o título para o rival rubro-negro.
O torcedor que ama o Bahia deixou a rivalidade de lado e saiu do Armando Oliveira com orgulho por ontem, mas frustrado por perder um dos títulos mais ganhos da história depois da goleada (4 a 1) no Barradão.
Até aqueles que gritaram: “abre, abre; ou: entrega, entrega”; mudaram de idéia a partir do terceiro gol de Pantico. Os jogadores mostraram-se guerreiros a todo momento e acreditaram até o final na reviravolta. Por isso, mereceram os aplausos e os cantos apaixonados do torcedor.
Justiça no futebol é vencer e o título do Vitória é legítimo, mas alguns erros de arbitragem ficam na lembrança, como o gol de Rogério, mal anulado no Ba-Vi de Feira de Santana, ou o pênalti em Ávine não marcado ontem. Além da anulação equivocada de um gol do Itabuna contra o Vitória.
Qualquer lance desses mudaria a história do campeonato.
O JOGO– Em campo, com o perdão do clichê, o jogo foi um verdadeiro teste para cardíaco. Foi a melhor atuação do time tricolor no ano, comparável aos 4 a 1 no Ba-Vi, do Barradão.
O placar de 1 a 0 a favor do Bahia ao final do primeiro tempo não dizia o que foi a partida. O tricolor perdeu a chance de fazer mais gols na primeira etapa.
Duas coisas inusitadas aconteceram. O Bahia ainda não tinha marcado cinco gols em uma mesma partida no ano e o baixinho Pantico confessou à reportagem do ATEC que jamais tinha feito tantos gols em uma partida. Um deles, que abriu espaço para a goleada, aconteceu da maneira mais improvável, de cabeça. Cristiano e Charles completaram a goleada pela honra.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 5/05/2008
sábado, 3 de maio de 2008
Mais Campeonato Baiano no blog do Mauro Beting - Falta uma rodada
postado por Mauro Beting
ESCREVE LEANDRO SILVA
É o Vitória da Conquista, time que está apenas na sua segunda participação na primeira divisão do estadual, que pode alcançar o mesmo feito que apenas Fluminense, de Feira de Santana, e Colo-Colo, de Ilhéus, já tiveram.
O Bode, como é chamado o time conquistense, faz uma campanha linear desde o início da competição, principalmente em casa, onde só perdeu uma vez, para o Bahia. O time termina a competição invicto contra o Vitória, da capital, representante baiano na Série A do Brasileiro, Foram duas vitórias em Conquista e dois empates na capital.
Mas o que importa mesmo é que o Bode brigou durante toda a primeira fase ponto a ponto com o Bahia pela liderança e manteve o nível no quadrangular decisivo. Agora, se vencer o Bahia domingo em Camaçari é o campeão legítimo do Baianão. Por isso, o Vitória terá que torcer pelo eterno rival (Veja as chances de cada um).
O Vitória da Conquista, com muita seriedade, demonstra que se ficar com o torféu não será por acaso. Ao contrário de algumas zebras inexplicáveis, o Bode demonstrou organização e talento do início ao fim. Desde o trabalho do treinador Elias Borges, que está no clube desde o título da segunda divisão do Campeonato Baiano, em 2006, até a segurança de Artur, na defesa, e a qualidade dos outros maiores destaques: Rafael, Narcízio, Kléber, Tatu e Diogo.
Tatu, suspenso do jogo final contra o Bahia por ter imitado um arremesso de basquete na comemoração do gol que fez contra o Vitória em referência ao centroavante Rodrigão, marido de Hortência, se igualou, com esse gol, a Souza, do Fluminense de Feira, na artilharia do Campeonato Baiano.
Jogos restantes:
Bahia x Vitória da Conquista - Armando Oliveira, Camaçari
Vitória x Itabuna - Barradão, Salvador
Chances de cada um:
Vitória da Conquista:
Se vencer, é campeão
Se empatar, tem que torcer por um empate no outro jogo entre Vitória e Itabuna
Se perder, deixa escapar o título
Vitória:
Se vencer, precisa torcer para que o Bahia pelo menos empate com o Itabuna, ou vença por um placar que não supere o placar do Vitória por dois ou mais gols de diferença.
Se empatar ou perder, perde o título
Bahia:
Se vencer, precisa torcer para que o Vitória pelo menos empate com o Itabuna. Se o Vitória vencer, o Bahia precisa superar em dois gols de diferença o placar do Vitória. Por exemplo: Se o Vitória vencer por 1 a 0, o Bahia precisa vencer por 3 a 0.
Se empatar ou perder, perde o título
Itabuna:
Só é campeão se vencer e houver um empate entre Bahia e Vitória da Conquista
Seleção do campeonato:
Goleiro: Rodrigues - Vitória da Conquista - Foi seguro e discreto. Além de ajudar o time com suas boas reposições de bola. Principalmente, pelo que fez nos dois Ba-Vis da fase de classificação, Darci também poderia ser escalado na seleção.
Lateral-direito: Rafael - Vitória da Conquista - Fez um grande campeonato, atuando tanto na meia quanto na ala-direita. Merece uma transferência para um clube maior.
Zagueiro: Artur - Vitória da Conquista - Além de atuar bem defensivamente durante toda a competição, contribuiu com a equipe com seus potentes chutes de fora da área. Contra o Vitória, ele fez dois gols dessa forma, e mais um de cabeça. Outro que merece uma transferência para um clube maior.
Zagueiro: Marcone - Bahia - Foi um dos pilares do Bahia durante toda a grande campanha do Campeonato Baiano. Nos dois jogos que podem tirar o título do tricolor ele atuou pouco ou não atuou. Pois foi expulso no Ba-Vi quando ainda estava 0 a 0 e cumpriu suspensão contra o Itabuna.
Lateral-esquerdo: Ávine - Bahia - Ficou na reserva durante boa parte do Campeonato, mas ganhou a posição com atuações destacadíssimas no quadrangular decisivo.
Volante: Rogério - Bahia - Como volante ou zagueiro, Rogério foi um dos principais jogadores do Campeonato Baiano. Conseguiu fazer três gols no Vitória no ano e levou apenas um cartão amarelo, no último jogo, em todo o campeonato, mesmo tendo uma função defensiva.
Volante: Fausto - Bahia - Foi um dos três principais responsáveis pelo bom desempenho da defesa do Bahia no campeonato Baiano. Com liderança, bom passe e muita disposição, Fausto merece um lugar na seleção.
Meia: Kléber - Vitória da Conquista - Joga com simplicidade e muita criatividade. A lentidão atrapalha um pouco, mas compensa com passes que costumam deixar seus companheiros na cara do gol.
Meia: Elias - Bahia - Artilheiro do time no campeonato Baiano, Elias ainda se destacou por ter feito dois gols em Ba-Vis.
Atacante: Tatu - Vitória da Conquista - Artilheiro do Campeonato, Tatu não tem apenas faro de gol, mas é aquele atacante ´abusado´ que não aceita bola perdida. Merece uma transferência para um clube maior.
Atacante: Rodrigão - Vitória - O centroavante está mais pela seu bom início, com uma boa média de gols, mas não conseguiu fazer gols decisivos até o momento.
Menção honrosa para: Marquinhos e Ramon, do Vitória; Narcízio, do Vitória da Conquista; Lei e Jânio, do Itabuna; e Souza, do Fluminense de Feira.
ESCREVEU LEANDRO SILVA
Texto publicado originalmente no blag do Mauro Beting: http://www.lancenet.com.br/blogs_colunistas/mauro/