quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Agora, pode atrasar à vontade

Leandro Silva e Eliano Jorge

Dois gols, dois passes que terminaram nas redes, um pênalti sofrido, lindas jogadas e dribles sensacionais ontem. Só com estes argumentos o atacante Robinho conseguiu, enfim, justificar sua demora em se apresentar ao Real Madrid, após brilhar na Seleção Brasileira.

Não haviam colado suas desculpas pela perda do vôo, junto com o meia Júlio Baptista. Mas as broncas terminaram com o desempenho decisivo do craque na suada vitória de 4 a 2 sobre o grego Olympiacos, em casa.

O clube merengue afastou o início de turbulência e assegurou a ponta do Grupo C da Liga dos Campeões Europeus. Vinha de derrota para o Espanyol, pela Liga Espanhola, sábado, sem o punido Robinho. Com o perdão do treinador alemão Bernd Schuster à dupla brasileira, o céu clareou.

De volta como titular, o ex-ídolo santista não o decepcionou. E encerrou a polêmica.
O goleiro Iker Casillas também salvou com defesaças o Real Madrid, desfalcado do volante malinês Mahamadou Diarra e do zagueiro italiano Fabio Cannavaro.

Aos 2 minutos, Raúl abriu o placar e alimentou a ilusão de jogo fácil. Aproveitou rebote de chute do holandês Ruud Van Nistelrooy, após roubada de bola e lançamento primoroso de Robinho.

Cinco minutos depois, o argentino Luciano Galetti empatou. Mas, aos 12, o zagueiro grego Vassilis Torosidis vacilou, expulso.

Ofensivos, os madridistas se lançaram ao ataque. E desperdiçaram preciosas chances. Acabaram surpreendidos pela virada de 2 a 1, em gol de seu ex-zagueiro maranhense Júlio César, desviando cobrança de falta, aos 2 minutos do segundo tempo.

Robinho ia deixando para trás os entortados adversários e as críticas por ter se excedido nas comemorações da goleada de 5 a 0 sobre o Equador, no Maracanã. Teve seu esforço recompensado e igualou a conta, de cabeça, aos 23.

Nove minutos mais tarde, o craque abusou das pedaladas e acabou derrubado dentro da área. Porém, Nistelrooy pôs a bola em órbita, acima do travessão.

O centroavante se redimiu cinco minutos depois, dando assistência para Robinho revirar em 3 a 2. Nos acréscimos, o brasileiro contragolpeou pela direita e serviu o guinéu Javier Balboa, que nocauteou os alvirrubros.

HAJA GOL! – Na outra partida do Grupo C, com o meia Diego e o zagueiro Naldo, da Seleção, o Werder Bremen derrotou a italiana Lazio por 2 a 1 na Alemanha. Porém, não passa de terceiro colocado.

Além dos dois de Robinho e o de Júlio César, saiu mais um gol brazuca ontem. O atacante Bobô, ex-Corinthians, anotou o segundo do Besiktas no triunfo de 2 a 1 sobre o inglês Liverpool, na Turquia.

Os artilheiros, aliás, continuaram afiados na continuação da terceira rodada. Mantiveram a média de três gols por jogo do dia anterior. Os goleiros foram buscar a bola no fundo das redes 24 vezes.

Os próximos jogos ocorrem em 6 e 7 de novembro, repetindo os confrontos desta rodada com mandos de campo invertidos.

BALANÇO – Decorrida metade das seis rodadas da fase de grupos, apenas dois times mantêm a pontuação perfeita. Os ingleses Arsenal e Manchester United lideram, mas só a três pontos dos esperados concorrentes: Sevilla e Roma.

Com um ponto, o Liverpool, cinco vezes campeão, é o destaque negativo. Segura a lanterna do Grupo A, depois de empate no Porto e derrotas para Olympique de Marselha e Besiktas. Finalistas da edição passada, os Reds correm sérios riscos de serem eliminados ainda na primeira fase.

O Olympique perdeu a chance de preservar os 100% de aproveitamento, ao empatar com o lusitano Porto, em 1 a 1, na França, mas manteve a ponta da chave.

Pelo Grupo D, o Milan, detentor do título, venceu o ucraniano Shakhtar Donetsk por 4 a 1, na Itália. Sempre contestado, o atacante Alberto Gilardino marcou os dois primeiros gols. O meia holandês Clarence Seedorf emendou outro par de bolas no barbante.

Duas vezes campeão, o Benfica pontuou nesta competição pela primeira vez, ao vencer o escocês Celtic por 1 a 0, em Portugal.

Na chave B, o Chelsea afasta a má fase, dobrando o alemão Schalke por 2 a 0, na Inglaterra, com frangaço do goleiro Neuer. O Rosenborg, na Noruega, nem ligou para o espanhol Valencia. Deu 2 a 0 e chegou à vice-liderança.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 25/10/2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Por que Fernando Menegazzo?

Leandro Silva

Tudo bem, o título foi inspirado no texto antológico de meu colega Daniel Dórea sobre o meia Marcelinho que insistentemente (e inexplicavelmente) era escalado por Arturzinho como titular no Bahia no início desse ano. Peguei carona no título para tentar entender um mistério maior ainda: Por que Fernando Menegazzo na seleção?

É cada vez mais comum ouvir alguém dizer: "tal volante é Seleção". E quando alguém rebate e diz que esse 'tal volante' não possui nivel para ser um dos 22 convocados pelo técnico Dunga, a tréplica já está na ponta da língua: "Mas ele é melhor que Fernando Menegazzo".

Pronto! Fernando Menegazzo virou um argumento perfeito para cobrar a presença daquele volante que você adora. Afinal, além de Gilberto Silva, Mineiro e Josué, que são freqüentemente convocados, podemos listar um sem número de volantes que preenchem os requisitos para jogar na seleção: serem melhores que Menegazzo.

- Lucas Leiva
- Renato
- Tinga
- Magrão
- Dudu Cearense
- Denilson
- Hernanes
- Arouca
- Jonatas
- Makelele
- Charles
- Luis Alberto
- Leandro Guerreiro

Ainda pensei: "será que é apenas implicância de todos?". Para tentar acabar com essa dúvida busquei informações com meu amigo Gustavo Vargas (Ergos), um dos mais indicados para dar uma opinião sobre o jogador. Primeiro, porque torce para o Grêmio, e segundo, porque é um dos brasileiros que melhor acompanha e entende o futebol francês onde atua o volante do Bordeaux.

Veja as informações e opiniões de Gustavo Vargas sobre Fernando:

- "Enganou no início de carreira pelo Juventude";

- "Ele pintou muito bem no juventude. Jogava muito, isso em 2001. Também nas seleções de base";

- "Foi pro Grêmio e naufragou tanto que voltou para o Juventude antes de ir para a Europa";

- "Evoluiu quanto aos tempos de Grêmio, caso contrário ele estaria em um Remo da vida";

- "Lá, foi reserva do poderoso Siena e foi parar no Catania, então na série B";

- "Ricardo Gomes, que tinha treinado ele na segunda passagem pelo Juventude, o levou para o Bordeaux";

- "Sempre foi titular lá, fez uma temporada retrasada muito boa";

- "Mas nunca foi o grande destaque do time. É apenas mais um, não há explicação para suas convocações";

- "A torcida gosta dele, mas sempre teve outros ídolos maiores, tipo o Ramé e o Mavuba";

Depois disso tudo, o título se torna mais forte: Porque Fernando Menegazzo?

Título para o Ice Man Pé-quente

Leandro Silva

Os olhos do mundo do automobilismo estavam voltados para a empolgante rivalidade entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso, que fez lembrar os tempos românticos da Fórmula 1, mas, ontem, no Grande Prêmio do Brasil, quem roubou a cena foi o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. Ele venceu a prova e conquistou o Mundial de Fórmula 1 da temporada 2007.

Cotado como grande azarão na luta pelo título antes do início da corrida, Raikkonen surpreendeu e tirou a desvantagem de pontos que o separava dos rivais Hamilton e Alonso, depois de cruzar a linha de chegada em primeiro no circuito paulista de Interlagos.

Foi a sexta vitória do finlandês na temporada e a 15ª da carreira. Raikonnen terminou o campeonato com 110 pontos, um a mais que Lewis Hamilton e Fernando Alonso. O inglês ficou com o vice por ter um número maior de segundos lugares. Raikkonen é o terceiro piloto finlandês a se tornar campeão de Fórmula 1. Antes dele, Keke Rosberg, pai do piloto alemão Nico Rosberg, em 1982, e Mika Hakkinen, em 1998 e 1999, já tinham conquistado o título.

O Brasil também tem três campeões mundiais. Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi. Mas ganha da Finlândia em número total de títulos. Oito do Brasil contra quatro da fria Finlândia.

A CORRIDA – Para ficar com o troféu na última corrida não bastou apenas talento ao campeão. Ele também contou com a ajuda do companheiro de equipe, Felipe Massa, que, na largada, deslocou sua Ferrari para a esquerda e bloqueou Hamilton, permitindo que Kimi o ultrapassasse. Alonso também se aproveitou e passou o inglês.

Por ironia, o ´Ice Man` teve que contar também com a sorte. Logo ele, tachado por muitos de pé-frio. A sorte lhe sorriu logo no início da prova, quando Hamilton tentou ultrapassar Alonso, se atrapalhou, e saiu da pista. Ele voltou apenas em oitavo. O favorito ao título tentava se recuperar quando teve problemas no câmbio. O carro desacelerou de repente e ficou muito lento. Pareceu que seria o fim de prova para o inglês.

Mas o carro voltou ao normal por si só depois que Hamilton já estava na 18ª colocação. Depois, o inglês teve que fazer uma corrida inteira de recuperação, chegando na sétima colocação, a duas posições do título. O espanhol Fernando Alonso não conseguiu superar as Ferrari e completou o pódio.

Enquanto Massa estava na frente de Raikkonen, o espanhol ficava com o tricampeonato nas mãos. Mas um eventual jogo de equipe da Ferrari para beneficiar o finlandês já era esperado.

E demorou. As Ferrari trocaram de posição apenas no segundo pit stop dos dois, na 50ª de um total de 71 voltas. A Ferrari antecipou o segundo pit stop de Felipe Massa, que parou na volta 49.

Mais leve que o companheiro, Raikkonen voou baixo, tirou a pequena diferença para o companheiro – em torno de dois segundos – e quando parou, duas voltas depois, conseguiu voltar à frente do brasileiro. Dali, o finlandês apenas passeou rumo ao sonhado título. Barrichello abandonou a prova na 41ª volta com problemas no motor.

HAMILTON – Em um momento da prova, o futuro do campeonato poderia ter sido decidido por dois pilotos que não tinham nada a ver com a disputa. Nico Rosberg, da Williams, e Robert Kubica, da BMW Sauber, disputavam metro a metro a quarta colocação e ficaram muito próximos de um choque por diversas vezes.

Se os dois se tocassem e saíssem da prova dariam o título de bandeja para o inglês Lewis Hamilton, que precisava ganhar exatamente duas posições para se tornar o mais jovem campeão mundial de Fórmula 1.

O primeiro negro da história da Fórmula 1 esteve com o título nas mãos nas duas últimas provas do campeonato, mas errou quando não poderia errar. Na corrida anterior, na China, o estreante também errou e adiou a decisão para Interlagos.

MASSA – O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, teve papel decisivo na conquista do título do companheiro Raikonnen, mas deve estar com uma pontinha de frustração por não ter conseguido vencer em casa pelo segundo ano consecutivo. Depois de ficar com a pole position no sábado e de liderar a prova de ontem até a 50ª volta, o segundo lugar, necessário para que o companheiro pudesse festejar deve ter tido um gosto bastante amargo. Massa nega.

O CAMPEONATO – A prova decisiva foi um retrato da temporada: emoção do início ao fim.
O título ficou com o piloto que venceu a primeira prova do ano, na Austrália. Mas depois daquela vitória, o finlandês só voltaria a receber a bandeirada em primeiro lugar na oitava prova da competição, na França.

Nas últimas dez provas, Raikonnen chegou noive vezes ao pódio. A Ferrari ficou com o título do Mundial de Construtores com 204 pontos, mais que o dobro dos pontos da segunda colocada BMW Sauber, que teve 101 pontos. A McLaren seria a campeão com 218 pontos, mas foi punida pela FIA pelo caso de espionagem em que se envolveu.

TÍTULO CONFIRMADO – O inglês Lewis Hamilton teve uma esperança de ser campeão mesmo depois da corrida. É que a FIA investigaria a gasolina utilizada pela Williams e pela BMW Sauber no GP do Brasil.

A acusação era de que os carros dessas equipes teriam utilizado gasolina com temperatura mais baixa que a permitida. Se as equipes fossem punidas, Rosberg, Kubica e Heidfeld perderiam os pontos e o maior beneficiado seria o inglês que pularia da sétima para a quarta colocação e ficaria com o título Mundial. Mas no meio da noite de ontem, a FIA confirmou o título para Kimi Raikonnen.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 22/10/2007

Conheça a história do campeão da Fórmula 1 em 2007

Leandro Silva

Kimi Matias Raikkonen nasceu na Finlândia em 17 de outubro de 1979 e conquistou o seu primeiro título mundial de Fórmula 1, ontem, quatro dias depois de completar 28 anos de idade. Foi a 15ª vitória de Kimi na mais famosa categoria do automobilismo mundial.

Este é o ápice da carreira do ´Ice man´, o Homem de Gelo, como é conhecido o atual campeão pelo seu estilo discreto na vida e nas pistas.

A história de Raikkonen no mundo da velocidade começou cedo, quando o então garoto de oito anos começou a guiar um Kart por diversão.

No ano seguinte, já passou a competir. Em 1995, estreava na principal categoria do kart e venceu sua primeira prova.

Em 1996, 1997 e 1998 se tornou campeão finlandês adulto da categoria.

Mas o caminho para a Fórmula 1 começou a ser traçado quando Raikkonen foi morar na Inglaterra, em 1999, e passou a correr na Fórmula Renault inglesa.

Kimi conseguiu quatro vitórias na primeira temporada. O desempenho melhorou na temporada seguinte, quando venceu sete das dez corridas. Assim, ele se tornou campeão britânico de Fórmula Renault.

Ele chegou ao pódio nas dez provas. Nesse mesmo ano, participou de três provas do Campeonato Europeu da categoria e venceu duas. Além de conseguir duas pole positions.

DESCONFIANÇA – Os resultados expressivos deram a Kimi a chance de fazer testes na equipe Sauber e ele não decepcionou. Chamou a atenção de Peter Sauber, dono da escuderia, que o contratou para a temporada seguinte.

Ele foi contratado mesmo tendo disputado apenas 23 provas nos chamados carros de ´Fórmula´ o que gerou muita desconfiança sobre o desempenho do finlandês na Fórmula 1.

A estréia de Haikkonen na F-1 aconteceu em 2001, com um surpreendente sexto lugar na primeira corrida, o GP da Austrália. Ele terminou o ano com 9 pontos. Na temporada seguinte, já estava ao volante de uma McLaren/Mercedes.

Foi contratado para substituir o bicampeão mundial Mika Hakkinen, também finlandês.

Na temporada seguinte, chegou ao primeiro pódio no mesmo GP da Austrália.

Em 2003, começou a roubar a cena na categoria, mas já começava a levar a fama de ´pé-frio´ depois de terminar a temporada a apenas 2 pontos do alemão Michael Schumacher, que conquistou o sexto título mundial. Foi nessa temporada que venceu uma corrida pela primeira vez, no GP da Malásia, em Sepang.

Na temporada 2005, o finlandês voltou a brigar pelo título com toda a condição de conquistá-lo, mas novamente deixou escapar o título, dessa vez para o espanhol Fernando Alonso, da Renault. Mesmo vencendo sete provas e marcando 112 pontos, ficou sem o sonhado troféu.

Mas o desempenho de Raikkonen caiu no ano passado. O finlandês não venceu nenhuma prova e ficou apenas com a quinta colocação, o que motivou a sua saída da McLaren e a sua chegada na Ferrari para a atual temporada, dessa vez, para substituir o heptacampeão mundial Michael Schumacher. E o final dessa história todos já conhecem. A fama de Homem de Gelo deve continuar, mas a de pé-frio pode ter sido aposentada depois da recuperação impressionante do finlandês no Mundial, que deixou o ex-patrão Ron Dennis triste.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 22/10/2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Guia das Eliminatórias Sul-americanas

Leandro Silva

ARGENTINA

Copas disputadas: 14 (1930, 58, 62, 66, 74, 78, 82, 86, 90, 94, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental de Núñez (Buenos Aires, 66.449 lugares)
Principal jogador: Lionel Messi
Fique de olho: Sergio Agüero
Técnico: Alfio Basile
Posição no ranking da Fifa:
Retrospecto contra o Brasil: 33 vitórias, 22 empates e 36 derrotas
Time-base: Abbondanzieri, Zanetti, Gabriel Milito, Demichelis, Heinze; Mascherano, Cambiasso, Maxi Rodriguez, Riquelme; Messi e Tevez.

Maior favorita a uma das quatro vagas, junto com o Brasil, a Argentina vivia um grande momento até a derrota na final da Copa América, para a Seleção Brasileira.
Lionel Messi, do Barcelona, é um dos jogadores que melhor está atuando nesta temporada e pode assumir um papel de protagonista. Boas opções ofensivas não faltam. Carlitos Tevez e Agüero devem brigar pela 2ª vaga do ataque. Riquelme não vem atuando pelo Villarreal e a falta de ritmo pode atrapalhar.

BOLÍVIA

Copas disputadas: 3 (1930, 50 e 94)
Classificação nas últimas Eliminatórias: 10º
Estádio: Ernando Siles (La Paz, 45.000 lugares)
Principal jogador: Marcelo Moreno
Fique de olho: Arce
Técnico: Erwin Sanchez
Posição no ranking da Fifa: 90º
Retrospecto contra o Brasil: 4 vitórias, 2 empates e 18 derrotas
Time-base: Galarza, Hoyos, Raldes, Peña, Soliz; Lima, García, Vaca; Juan Carlos Arce, Marcelo Moreno e Jaime Moreno.

A principal arma do time boliviano continua sendo a altitude de La Paz que aterroriza os adversários. Mas, hoje, o técnico Erwin ´Platini´ Sanchez pode dizer que possui algum talento ofensivo à sua disposição, principalmente com o meia Vaca e os atacantes Marcelo Moreno, do Cruzeiro, e Juan Carlos Arce, do Corinthians, além do veterano Jaime Moreno, do DC United. A primeira meta é deixar de ser o saco de pancadas do continente. Para isso, precisa conseguir vencer fora de casa.

COLÔMBIA

Copas disputadas: 4 (1962, 90, 94 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio:El Campín (Bogotá, 46.018 lugares)
Principal jogador: David Ferreira
Fique de olho: Radamel Falcão Garcia
Técnico: Jorge Luis Pinto
Posição no ranking da Fifa: 24º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 5 empates e 14 derrotas
Time-base: Agustin Julio, Zuniga, Walter Moreno, Mosquera, Estiven Velez; Amaya, Carlos Sanchez, Castrillon, David Ferreira; Radamel Falcão Garcia e Renteria.

Desde a Copa do Mundo de 1994, quando Pelé apontou a Colômbia como favorita ao título e acabou eliminada na primeira fase, nunca mais a seleção do país conseguiu repetir os bons resultados e o bom futebol. O principal jogador do time colombiano, hoje, é o baixinho David Ferreira, do Atlético Paranaense. Renteria, Rodallega, Falcão García, Grisales além do goleiro Zapata são bons jogadores. Falta formarem um grande time.O zagueiro Ivan Cordóba está fora da seleção.

CHILE

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 62, 66, 74, 82 e 98)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Nacional (Santiago, 77.500 lugares)
Principal jogador: Marcelo Salas
Fique de olho: Matías Fernández
Técnico: Marcelo Bielsa
Posição no ranking da Fifa: 47
Retrospecto contra o Brasil: 7 vitórias, 12 empates e 44 derrotas
Time-base: Bravo; Alvarez, Riffo e Ponce; Arturo Vidal, Maldonado, Fierro; Matias Fernandez, Mark Gonzalez; Suazo e Salas

Desde 1998, o Chile não disputa uma Copa do Mundo. Com bons jogadores jovens no país, a expectativa por uma possível classificação é boa. O atacante Marcelo Salas, da Universidad de Chile está de volta à seleção. Já o ´Mago´ Valdivia, do Palmeiras, não foi convocado depois de problemas disciplinares durante a última Copa América. O volante Maldonado, do Santos, é um dos líderes do grupo. Outros destaques são Arturo Vidal, Mark Gonzales, Suazo e Matías Fernández.

EQUADOR

Copas disputadas: 2 (2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Olímpico Atahualpa (Quito, 40.000 lugares)
Principal jogador: Edison Mendez
Fique de olho: Luis Antônio Valencia
Técnico: Luis Fernando Suárez
Posição no ranking da Fifa: 57º
Retrospecto contra o Brasil: 2 vitórias, 2 empates e 21 derrotas
Time-base: Daniel Viteri; De la Cruz, Iván Hurtado, Giovanny Espinoza, Neicer Reasco; Segundo Castillo, Luis Antonio Valencia, Edison Méndez, Cristian Lara; Cristian Benitez e Carlos Tenório.

O Equador esteve presente nas duas últimas Copas. Na última, inclusive, surpreendeu e conseguiu chegar às oitavas-de-finais. Além do bom resultado, os equatorianos apresentaram um grande futebol no Mundial. Mas a má campanha na última Copa América acende um sinal de alerta. O time ainda conta com muitos veteranos e uma renovação já se faz necessária. A altitude de Quito continuará sendo uma arma fundamental para classificação. Em campo, Valencia e Mendez são os principais destaques.

PARAGUAI

Copas disputadas: 7 (1930, 50, 58, 86, 98, 2002 e 2006)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Defensores del Chaco (Assunção, 36.000 lugares)
Principal jogador: Roque Santa Cruz
Fique de olho: Jonathan Santana
Técnico: Gerardo Martino
Posição no ranking da Fifa: 31º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: Justo Villar; Caniza, Paulo da Silva, Julio Cesar Cáceres e Claudio Morel Rodriguez; Víctor Cáceres, Edgar Barreto, Bonet e Cristian Riveros; Nelson Haedo Valdez e Roque Santa Cruz

Até bem pouco tempo atrás, os principais talentos da seleção paraguaia costumavam ser do setor defensivo. Mas essa tendência mudou. Hoje, o técnico Gerardo Martino tem a sua disposição bons atacantes como Roque Santa Cruz, Nelson Haedo Valdéz, Oscar Cardozo e Cabañas. Até para formar uma dupla de ataque titular é difícil, o problema é que o time insiste em jogar defensivamente e, hoje, a defesa não é mais tão boa como na época em que contava com Gamarra.

PERU

Copas disputadas: 4 (1930, 70, 78 e 82)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Monumental (Lima, 80.093 lugares)
Principal jogador: Jefferson Farfán
Fique de olho: Paolo Guerrero
Técnico: José del Solar
Posição no ranking da Fifa: 52º
Retrospecto contra o Brasil: 3 vitórias, 8 empates e 26 derrotas
Time-base: León Butrón; Alberto Rodriguez, Galliquio, Acasiete, Walter Vílchez; Juan Vargas, Nolberto Solano, Henry Quinteros, Jose Paolo Guerrero, Claudio Pizarro e Jefferson Farfán.

Distante das Copas desde 1982, o Peru inicia mais uma caminhada em busca do retorno aos mundiais. Tem alguns bons atacantes de relativo sucesso no futebol europeu, como Jeferson Farfan, Claudio Pizarro e Jose Paolo Guerrero, mas a equipe não inspira confiança. Para as duas primeiras partidas, o ex-atacante do Vitória Flavio Maestri foi convocado para substituir Guerrero, contundido. O lateral-esquerdo do Grêmio Martin Hidalgo é outro jogador com ligação com o Brasil na seleção peruana.

URUGUAI

Copas disputadas: 10 (1930, 50, 54, 62, 66, 70, 74, 82, 86, 90 e 2002)
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Centenário (Montevidéu, 76. 609 lugares)
Principal jogador: Diego Forlan
Fique de olho: Maxi Pereira
Técnico: Óscar Tabarez
Posição no ranking da Fifa: 19º
Retrospecto contra o Brasil: 20 vitórias, 19 empates e 31 derrotas
Time-base: Carini, Maxi Pereira, Lugano, Diego Godín, Jorge Fucile;
Diego Pérez, Pablo García, Cristian Rodríguez; Luis Suárez, Fórlan e Loco Abreu

O Uruguai, bicampeão mundial, já não tem mais a mesma força, mas se engana quem pensa que pode ser considerado um adversário fácil de ser batido. Na Copa América, chegou às semifinais e só foi derrotada nos pênaltis pela Seleção Brasileira.
O excelente momento de Acosta, vice-artilheiro do Brasileiro, leva a acreditar que o ídolo do Náutico deveria ter uma vaga no time titular de Oscar Tabarez, no entanto, ele não é nem convocado. Forlan e Lugano são os destaques. Recoba está ausente.

VENEZUELA

Copas disputadas: Nenhuma
Classificação nas últimas Eliminatórias:
Estádio: Não possui um fixo
Principal jogador: Juan Arango
Fique de olho: Oswaldo Vizcarrondo
Técnico: Richard Páez
Posição no ranking da Fifa: 58º
Retrospecto contra o Brasil: 0 vitórias, 0 empates e 17 derrotas
Time-base: Renny Vega; Luis Vallenilla, José Manuel Rey, Alejandro Cichero, Rojas; Luis Vera, Miguel Mea Vitali, Guerra, Ricardo Páez; Juan Arango e Giancarlo Maldonado.

Algum tempo atrás, enfrentar a Venezuela significava três pontos para o felizardo da rodada. Era também uma boa oportunidade para melhorar o saldo de gols. Hoje, a realidade é outra. A seleção vinotinto continua não sendo um bicho papão, mas a popularidade do futebol no país cresceu assustadoramente e o time já consegue tirar pontos preciosos dos outros países. Tem, inclusive, bons jogadores, como Arango, do Mallorca da Espanha. A questão é se isso pode ser suficiente para conseguir chegar à primeira Copa na história. Ainda parece pouco.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Orkut serve como termômetro de torcidas adversárias do Bahia

Leandro Silva

Assim como o ambiente virtual serve para analisar as opiniões da torcida do Bahia, pode também ser usado para saber as expectativas dos torcedores dos sete adversários no caminho de volta à Série B do Brasileirão.

Se a torcida do Bahia se divide entre os eufóricos com a classificação e os insatisfeitos com o desempenho do time, a bronca da torcida do Atlético Goianiense é contra a escalação de três volantes, principalmente nos jogos em casa.

Na principal comunidade do clube no Orkut, os defensores do técnico Sérgio Alexandre lembram que a equipe está há nove jogos sem perder. Mas seus críticos se apegam aos cinco empates nas últimas seis partidas. O goleiro Márcio, revelado pelo Bahia, é quase unanimidade no Dragão.

Já no Bragantino o clima no ambiente virtual mistura apreensão e confiança. O clube também pode ser chamado de fênix, assim como o Bahia, por ter conseguido a classificação mesmo perdendo as três primeiras partidas da 3ª fase.

Na maior comunidade relacionada ao Braga, com mais de 3.000 pessoas, muitos torcedores acreditam que as classificações dramáticas nas últimas fases podem ser um combustível na etapa final. A apreensão se deve ao fato de estrear contra o ABC com portões fechados, por punição imposta pelo STJD.

O primeiro adversário do Bahia é o Crac. Na maior comunidade do Orkut relacionada ao clube de Catalão, com pouco mais de 1.700 pessoas, torcedores se mostram empolgados com a melhor campanha da 3ª fase. E, assim como nas comunidades de todos os outros times, há quem acredite que uma das vagas será do Bahia, pela tradição e suposta ajuda da CBF. Entre os jogadores, o goleiro Dênis é muito elogiado.

Túlio – Na comunidade do Vila Nova, com mais de 7.600 pessoas, chegam a se referir ao Bahia como "Bah-juiz-ia". Alguns torcedores mostram-se preocupados com a busca do atacante Túlio pelo gol de número 800 da carreira. Essa obsessão poderia prejudicar o clube na reta final da Série C. A exemplo de Nonato, seu rival na briga pela artilharia, Túlio, também divide a torcida goiana.

Outra preocupação de alguns torcedores do Vila é quanto à possibilidade do Crac continuar jogando em Catalão. Segundo os internautas, os jogos na cidade costumam ter muita violência.

A torcida do ABC, na maior comunidade do clube, com mais de 13.600 pessoas, está na bronca pela ajuda à classificação do Bahia. Mas estão todos eufóricos com o time potiguar.

A maior preocupação dos torcedores do Nacional é com a impossibilidade de jogar em Patos. O clube deve mandar seus jogos no estádio Amigão, em Campina Grande. Já na comunidade do Barras, do Piauí, o maior tema também é relacionado ao mando de campo. O time piauiense deve jogar na capital Teresina e alguns torcedores de River e Flamengo prometem apoio rumo à Série B.

Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 10/10/2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Conheça os adversários do Bahia no Octogonal Final da Série C

Leandro Silva

ABC FUTEBOL CLUBE

Fundação: 29 de junho de 1915
Estádio: "Frasqueirão" - 16 mil espectadores
Apelido: O Mais Querido
Títulos: 49 Estaduais, o último neste ano
Site: www.abcfc.com.br
Ranking da CBF: 57º
Origem: O primeiro clube de futebol do Rio Grande do Norte nasceu numa reunião entre jovens da alta sociedade potiguar. As três letras representam as iniciais dos países sul-americanos Argentina, Brasil e Chile, que assinaram naquela época um tratado de amizade fraternal.
Velhos conhecidos: Bruno Lourenço (ex-Bahia), Juninho Petrolina (ex-Vitória)
Curiosidade: O ABC gaba-se de ter o recorde mundial de maior excursão de uma equipe ao exterior. Foram 102 dias de peregrinação por Europa e África, em 1973.
É também do ABC o recorde nacional de títulos estaduais.

Time base: Raniere, Bruno Lourenço, Alan, Ben-Hur; Nêgo, Adelmo, Jean, Juninho Petrolina e Rogerinho; Fábio Silva e Wallyson.
Técnico: Ferdinando Teixeira.

CAMPANHA 38 pontos (12 vitórias, 2 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Atlético/PB 1x0 ABC
ABC 4x0 Vera Cruz/PE
ABC 2x1 Central/PE
Central 4x4 ABC
Vera Cruz/PE 0x1 ABC
ABC 2x0 Atlético/PB
2ª fase
Confiança/SE 2x1 ABC
ABC 2x1 Porto/PE
ABC 2x0 Coruripe
Coruripe/AL 4x1 ABC
Porto/PE 0x1 ABC
ABC 1x0 Confiança/SE
3ª fase
ABC 2x0 Rio Branco/AC
Bahia 2x0 ABC
Fast 2x3 ABC
ABC 1x0 Fast
ABC 2x1 Bahia
Rio Branco/AC 0x0 ABC

Crac – Clube Recreativo e Atlético Catalão

Fundação: 13 de julho de 1931
Estádio: Genervino da Fonseca (talvez não possa ser utilizado)
Apelido: Leão do Sul
Títulos: Bicampeão goiano (1967 e 2004) campeão da 2ª Divisão estadual 4 vezes: 1965, 1986, 2001, 2003
Site: www.portalcatalao.com.br/sites/cracnet/home
Ranking da CBF: 219º
Origem: É o clube mais antigo de Goiás. Foi fundado em 13 de julho de 1931 para representar Catalão nas competições regionais. Disputava, principalmente, torneios com equipes das cidades de Araguari, Uberlândia e Uberaba.
Velhos Conhecidos: Laerte (ex-Bahia)
Curiosidade: No começo da história do clube, para se manter, a diretoria contava com a ajuda da torcida. Depois da criação de uma loteria que continha 5 jogos, quem acertasse mais resultados passava na “Construtora” do diretor Osires Pimentel Ulhôa e pegava um prêmio.

Time base: Dênis; Dedé, Renato, Laerte, e Luiz Cláudio; Beto, Jackson, Marcinho Mossoró e Ronildo; Tico Mineiro e Danilo Santos.
Técnico: Vladimir Araújo.

CAMPANHA: 34 pontos ( 10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Crac/GO 2x0 Cacerense/MT
Atlético/GO 2x0 Crac/GO
Crac/GO 2x0 Ceilândia/DF
Ceilândia/DF 3x2 CRAC/GO
CRAC/GO 1x0 Atlético/GO
Cacerense/MT 2x0 Crac
2ª fase
Crac/GO 3x0 Rio Claro/SP
Vila Nova/GO 1x3 Crac/GO
Crac/GO 0x0 Guarani
Guarani 0x0 Crac/GO
Crac/GO 1x0 Vila Nova/GO
Rio Claro/SP 2x0 Crac/GO
3ª fase
Bragantino 1x2 Crac/GO
Crac/GO 1x1 América/RJ
ULBRA 0x1 Crac/GO
Crac/GO 3x2 ULBRA
América/RJ 0x5 Crac/GO
Crac/GO 0x0 Bragantino


Clube Atlético Bragantino

Fundação:
08 Janeiro 1928
Estádio: Marcelo Stéfani. Capacidade de 16.119 pessoas
Apelido: Braga ou Massa Bruta
Títulos: Campeão Brasileiro da Segunda Divisão 1989, Campeão Paulista 1989
Campeão Paulista da Segunda Divisão 1965 e 1988
Site: www.urbo.com.br/bragantino (não oficial)
Ranking da CBF: 41º
Origem: Foi criado por formadores de um outro clube: o Bragança Futebol Clube
Velhos conhecidos: Valdir Papel (ex-Vitória)
Curiosidade: Disputou as quartas-de-finais do Campeonato Brasileiro da primeira divisão de 1990 contra o Bahia e foi eliminado pelo Tricolor.

Time base: Gléguer; Somália, Cris, Tiago Vieira, Wanderley e Paulinho;
Mário, César Gaúcho e André Gaspar; Valdir Papel e Davi
Técnico: Marcelo Veiga.

CAMPANHA: 29 pontos ( 9 vitórias, 2 empates e 7 derrotas)
1ª fase
CENE 1x0 Bragantino
Bragantino 4x1 Sertãozinho
Águia Negra 0x0 Bragantino
Bragantino 2x0 Águia Negra
Sertãozinho 1x2 Bragantino
Bragantino 2x0 CENE
2ª fase
Esportivo 1x0 Bragantino
Bragantino 1x0 Democrata
Roma 1x2 Bragantino
Bragantino 0x1 Roma
Democrata 5x3 Bragantino
Bragantino 2x1 Esportivo
3ª fase
Bragantino 1x2 Crac
Ulbra 1x0 Bragantino
América/RJ 2x1 Bragantino
Bragantino 3x2 América/RJ
Bragantino 2x0 Ulbra
Crac 0x0 Bragantino


Vila Nova/GO

Fundação: 29 de julho de 1943
Estádio: Serra Dourada
Apelido: Tigrão
Títulos: Campeão Brasileiro da Série C de 1996. Campeão goiano 15 vezes
Site: www.vilanova.esp.br/home/
Ranking da CBF: 45º
Origem: O Vila Nova foi fundado pelo coronel Francisco Ferraz de Lima, com a água benta do padre José Balestière e recebeu o nome por causa do bairro de Vila Nova. Ainda em 1943, foi inscrito na Federação Goiana.
Velhos conhecidos: Possatto (ex-Bahia), Alex Oliveira (ex-Bahia), Juninho Cearense (ex-Bahia), Túlio Maravilha (ex-Vitória), Xavier (ex-Vitória), Élvis (ex-Vitória)
Curiosidade: Já mudou de nome 4 vezes. Começou como Vila Nova, passou a se chamar Operário, depois Araguaia e posteriormente Fênix Futebol Clube. Por fim, voltou a se chamar Vila Nova

Time base: Fabiano Borges; Michel, Henrique, Vitor e Xavier; Álisson, Heleno, Élvis e Alex Oliveira; Juninho Cearense e Túlio Maravilha.
Técnico: Artur Neto

CAMPANHA: 34 pontos (10 vitórias, 4 empates e 4 derrotas)
1ª fase
Jaciara 0x1 Vila Nova
Vila Nova 2x0 Itumbiara
Esportivo/DF 1x2 Vila Nova
Vila Nova 4x0 Esportivo/DF
Itumbiara 2x1 Vila Nova
Vila Nova 2x2 Jaciara
2ª fase
Guarani 2x1 Vila Nova
Vila Nova 1x3 Crac
Rio Claro 0x2 Vila Nova
Vila Nova 4x3 Rio Claro
Crac 1x0 Vila Nova
Vila Nova 1x0 Guarani
3ª fase
Vila Nova 2x1 Esportivo
Atlético/GO 0x0 Vila Nova
Vila Nova 4x2 Villa Nova/MG
Villa Nova/MG 0x1 Vila Nova
Vila Nova 2x2 Atlético/GO
Esportivo 2x2 Vila Nova


Atlético Goianiense

Fundação: 02 de Abril de 1937
Estádio: Antônio Accioly
Apelido: Dragão
Títulos: Campeão Brasileiro da Terceira Divisão 1990
Campeão Goiano 1944, 1947, 1949, 1955, 1957, 1964, 1970, 1985, 1988 e 2007
Site: www.atleticogoianiense.com.br
Ranking da CBF: 58º
Velhos Conhecidos: Márcio (ex-Bahia), Jair (ex-Bahia), Capixaba (ex-Bahia e Vitória), Rivaldo (ex-Bahia)
Curiosidades: O estádio do clube foi demolido para a construção de um shopping, mas alguns torcedores conseguiram paralisar a obra e reconstruíram o estádio.

Time-base: Márcio; Dida, Jairo, Rafael e Maicon; Pituca, Robston, Claudinho Baiano e Anailson; Rivaldo e Marquinhos.
Técnico: Sérgio Alexandre

CAMPANHA: 33 pontos ( 9 vitórias, 6 empates e 3 derrotas)
1ª fase
Ceilândia/DF 0x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Crac/GO
Cacerense/MT 2x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x1 Cacerense/MT
CRAC/GO 1x0 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Ceilândia
2ª fase
Volta Redonda 1x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 Itumbiara
América/RJ 3x0 Atlético/GO
Atlético/GO 2x0 América/RJ
Itumbiara 0x1 Atlético/GO
Atlético/GO 2x1 Volta Redonda
3ª fase
Villa Nova/MG 0x0 Atlético/GO
Atlético/GO 0x0 Vila Nova/GO
Esportivo/RS 2x2 Atlético/GO
Atlético/GO 5x0 Esportivo/RS
Vila Nova/GO 2x2 Atlético/GO
Atlético/GO 1x1 Villa Nova/MG


Nacional/PB

Fundação: 23 de dezembro de 1961
Estádio: José Cavalcanti, mas deverá mandar os jogos no Ernani Sátiro, em Campina Grande
Apelido: Canarinho do Sertão
Títulos: Campeão paraibano 2007
Site: Não tem
Ranking da CBF: 250º
Origem: Foi fundado por funcionários federais.Principalmente, dos Correios e Telégrafos.
Velhos Conhecidos: Não tem
Curiosidades: As cores do clube eram o verde e amarelo. Hoje, o amarelo já foi substituído pelo branco.

Time Base: Dida; Dinho, Nunes, Wescley e Buik; Rogerinho, Tazinho, Raminho e Marquinhos; Paulinho Guerreiro e Junior Ferrim.
Técnico: Maurício Simões

CAMPANHA: 32 pontos ( 10 vitórias, 2 empates e 6 derrotas)
1ª fase
Potiguar 1x1 Nacional/PB
Nacional/PB 1x0 Porto
Icasa 0x1 Nacional/PB
Nacional/PB 1x2 Icasa
Porto 0x1 Nacional/PB
Nacional/PB 3x3 Potiguar
2ª fase
Linhares 0x2 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Atlético/PB
Bahia 2x0 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Bahia
Atlético/PB 3x0 Nacional/PB
Nacional/PB 2x1 Linhares
3ª fase
Nacional/PB 2x3 Barras
Coruripe 1x2 Nacional/PB
Tuna Luso 3x0 Nacional/PB
Nacional/PB 3x1 Tuna Luso
Nacional/PB 2x1 Coruripe
Barras 3x2 Nacional/PB


Barras/PI
Fundação:
13 de setembro de 2004
Estádio: Juca Fortes, mas deverá mandar os jogos no Alberto Silva, em Teresina
Apelido: Leão de Maratoan
Títulos: Campeão da 2ª divisão piauiense em 2005
Site: www.barrasfutebolclube.com.br
Ranking da CBF: Não está presente
Origem: Foi fundado pelos desportistas os desportistas Francisco das Chagas Rêgo Damasceno, Paulo Afonso Silva, Robert Brow Carcará e Luiz Gongaza e Silva.
Velhos Conhecidos: Pantico (ex-Vitória)
Curiosidades: Tem as mesmas cores do Bahia. Elas são as cores da bandeira da cidade de Barras, também conhecida como Terra dos Governadores.

Time Base: Isaías; Niel, Serginho, Laércio e Leandro; Montanha, Luciano, Didi Potiguar e Antônio Carlos; Joniel e Pantico.
Técnico: Flávio Araújo

CAMPANHA: 35 pontos ( 10 vitórias, 5 empates e 3 derrotas)
1ª fase
Barras 2x0 Sampaio Corrêa
Ríver 0x0 Barras
Barras 0x3 Itapipoca
Itapipoca 1x2 Barras
Barras 4x0 Ríver
Sampaio Corrêa 1x1 Barras
2ª fase
Fast Club 1x1 Barras
Barras 3x0 Ananindeua
Barras 2x1 Nacional/AM
Nacional/AM 1x2 Barras
Ananindeua 2x1 Barras
Barras 0x0 Fast Club
3ª fase
Nacional/PB 2x3 Barras
Coruripe 2x0 Barras
Barras 4x0 Tuna Luso
Barras 2x1 Coruripe
Tuna Luso 2x2 Barras
Barras 3x2 Nacional/PB

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Charles, o Anjo 50, e a explosão de felicidade tricolor


Leandro Silva

Depois de uma semana sufocante, o êxtase. Depois da derrota para o ABC, em Natal, na última quarta-feira, muita gente "jogou a toalha" e já não acreditava na classificação do Bahia para o octogonal final da Série C. A revolta da torcida com a desclassificação que batia à porta do Esquadrão de Aço fazia com que a bela campanha do clube na competição, até ali, fosse esquecida.

O público de 8 mil pessoas presentes à Fonte Nova, para ver Bahia e Fast Club, foi pouco para a torcida tricolor, mas parece que houve uma seleção. Só foi ao estádio quem parecia acreditar que a Estrela do Bahia voltaria a brilhar. A torcida deu um show. Apoiou do início ao fim e, inteligentemente, deixaria para protestar depois da partida, caso acontecesse a eliminação.

O nervosismo da situação acabava com as unhas e o ar dos torcedores e parecia pesar 10 quilos nas pernas dos jogadores do Bahia. A primeira explosão dos torcedores aconteceu com a perda de um pênalti do Rio Branco, bem longe, lá no Acre. Quem estava em campo e viu a reação da torcida, com certeza, deve ter imaginado um gol do ABC.

No primeiro tempo, Danilo Gomes era quem conseguia criar algumas situações perigosas. A lentidão de Cléber parecia atrapalhar os planos dos fanáticos tricolores. No segundo tempo, as esperanças se renovaram com a entrada de Inho Baiano em lugar do camisa 10.

Em compensação, Danilo cansou e não conseguiu mais repetir a atuação do primeiro tempo. Deu lugar a Charles. O Bahia tentava de todo jeito furar o bloqueio do Fast e aumentava a tensão. As rádios já anunciavam o final de Rio Branco e ABC em 0 a 0. Bastava um gol ao Bahia.

Foi aí que o destino quis que Charles, que ficou marcado pelas lágrimas flagradas após a derrota para o ABC, fosse o responsável por devolver a alegria aos torcedores do Bahia. E que alegria. Carlos Alberto foi ao fundo e cruzou na medida, sem goleiro, para Charles, aos 50 minutos, empurrar para o fundo das redes. Aí foi só comemorar, e muito, a vaga entre os oito melhores da Série C. Os torcedores abraçavam uns aos outros como se agradecessem a cumplicidade na crença da salvação tricolor.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Segunda Rodada da Liga dos Campeões

Leandro Silva

Liverpool 0x1 Olympique de Marselha

Na minha opinião, foi a maior zebra da rodada. Não esperava um jogo fácil para o Liverpool, mas achava que a vitória inglesa aconteceria. Depois de um empate fora de casa e uma derrota dentro, a situação do Liverpool começa a se complicar. Por outro lado, o time francês depois de duas vitórias fica em ótima situação para seguir na competição. Valbuena, com um golaço, fez valer a vitória francesa.

Veja o gol de Valbuena: http://br.youtube.com/watch?v=RGqVFoWSLYY

Besiktas 0x1 Porto

Grande resultado para os portugueses, com um gol solitário do craque do time, o meia-atacante Ricardo Quaresma. O Besiktas de Ricardinho está dentro das expectativas de ser o quarto colocado no grupo.

Veja os melhores momentos da partida: http://br.youtube.com/watch?v=xAgmCYqg65g

Valencia 1x2 Chelsea

O Valencia deu a impressão de que iria conseguir complicar de vez a situação do Chelsea depois do gol de David Villa. Mas, após um gol contra, permitiu a virada com Drogba. Acredito que serão esses os dois classificados do grupo.

Rosenborg 0x2 Schalke 04

Depois de atrapalhar a vida do Chelsea fora de casa, criou-se uma expectativa para a segunda partida do time norueguês contra o Schalke 04. A vitória alemã acabou sendo normal e mostra que o resultado que derrubou Mourinho do Chelsea foi realmente um acidente de percurso.

Veja os melhores lances de Valencia x Chelsea e Rosenborg x Schalke:
http://www.youtube.com/watch?v=0F3zw_k2k_g

Lazio 2x2 Real Madrid

No jogo de dois matadores, ficou tudo igual. Dois para o artilheiro da Liga dos Campeões, Nistelrooy, e dois para o macedônio Pandev. O jogo foi muito movimentado e disputado e em minha opinião o resultado foi merecido por ambas equipes.

Melhor nos confrontos diretos pode ser eliminado na Série C

Leandro Silva

Caso o Bahia vença o Fast Club, na Fonte Nova, no próximo domingo, e não consiga a classificação, um fato no mínimo curioso irá acontecer. Melhor no confronto direto contra os três adversários do grupo, o Tricolor dará adeus à Série C.

Se disputasse vaga com seus adversários do grupo no estilo mata-mata seguindo o regulamento da Copa do Brasil, o Bahia eliminaria o Fast, por ter empatado em Itacoatiara e vencido em Salvador. Da mesma forma, eliminaria o ABC, por ter vencido por 2 a 0 na Fonte Nova e ter perdido por 2 a 1 no Frasqueirão.

O confronto mais equilibrado, foi contra o Rio Branco do Acre, o Tricolor garantiria a vaga por ter marcado mais gols fora de casa. Venceu em casa por 2 a 1 e perdeu fora por 3 a 2. Foram dois tentos marcados no Acre.

O chamado "fiel da balança" que desequilibrou o grupo foi o Fast que apenas roubou pontos do Bahia. Vale lembrar que na época do confronto do Fast contra o Bahia, existia um clima de grande jogo da história do clube.

Depois de perder dois preciosos pontos em casa, o clima já não era o mesmo para o duelo contra o ABC, em casa, em que foi derrotado.

Bahia teve cinco expulsões em cinco rodadas da 3ª fase

Leandro Silva

Já virou rotina, ontem foi a vez de Fausto ser expulso contra o ABC, em Natal. Esse foi o quinto cartão vermelho recebido por jogadores do Bahia durante a terceira fase da Série C.

Nessa fase, apenas na vitória por 2 a 1 sobre o Rio Branco na Fonte Nova o Tricolor conseguiu completar os 90 minutos com 11 jogadores em campo, em compensação, para fechar a média da fase em 1 expulso por jogo, na estréia contra o Fast Club, o Bahia terminou com 9 jogadores. Humberto e Eduardo foram expulsos.

Ao todo, na Série C, foram 8 cartões vermelhos. Dois para Fausto, Nonato e Eduardo. Inho Baiano e Humberto completaram a lista dos que foram mais cedo para o chuveiro. É inegável que o aumento no número de expulsões prejudicou o desempenho do time na terceira fase.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Paulo Comelli: o amigão do Leão

Leandro Silva

Paulo Comelli era considerado um dos mais promissores treinadadores do país depois de um bom trabalho no Noroeste de Bauru. Nessa Série B, o técnico já pulou de galho em galho por três clubes e acabou parando na Macaca. Tirando o bom início no Marília, suas outras participações no São Caetano, novamente no Marília e na Ponte decepcionam.

Quem agradece é o Vitória. O rubro-negro já conquistou nove pontos nessa série B contra equipes treinadas por Comelli, foram duas vezes contra o Marília e ontem contra a Ponte Preta. Duas vezes o Leão venceu Comelli fora de casa.

O Vitória não se encontrou com Comelli apenas no comando do São Caetano. Nos confrontos contra o Azulão os comandantes eram Jair Picerni e Giba. Será que ele muda de time mais alguma vez durante a Série B. O Vitória torce para que volte a cruzar com ele até o final do campeonato.
Os encontros:
Vitória 4x1 Marília 22/6 7ª rodada
Marília 1x2 Vitória 18/9 26ª rodada
Ponte Preta 0x3 Vitória 2/10 28ª rodada

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

As estrelas e os pênaltis decisivos

Leandro Silva

O que acontece com as grandes estrelas do futebol mundial quando se deparam com a responsabilidade de cobrar um pênalti decisivo em disputas de Copas do Mundo?

Esta é uma pergunta que sempre vem à mente dos torcedores quando uma nova estrela perde um pênalti que poderia mudar o rumo da sua seleção. Marta não foi a primeira nem será a última a passar por isso.

Depois de ser a principal responsável por levar o Brasil até a inédita final de Copa do Mundo da China, a alagoana pode ficar marcada por desperdiçar um pênalti que empataria a partida e poderia levar para a prorrogação ou mesmo a uma virada.

Com a mesma camisa 10 da Seleção Brasileira, Zico teve o seu momento de vilão na Copa de 1986, na partida contra a França pelas quartas-de-finais.

O jogo valia uma vaga na semifinal do Mundial e o Galinho bateu o pênalti que foi defendido pelo goleiro Bats. O jogo terminou em 1 a 1 e foi para a disputa de pênaltis. Foi aí que Sócrates e Júlio César desperdiçaram suas cobranças e o Brasil foi eliminado, mas quem ficou marcado como vilão da eliminação foi Zico.

Outros casos – Na mesma disputa de pênaltis, o craque francês Platini também desperdiçou uma cobrança, mas, como a França se classificou, ele não ficou tão marcado quanto Zico.

Também com a camisa 10, o craque italiano Roberto Baggio, assim como Marta, carregou a seleção italiana nas costas e foi o principal responsável por levar a Azurra até a final da Copa de 1994 contra o Brasil.

Porém, o herói virou vilão na cobrança final da disputa de pênaltis que definiu o Brasil como tetracampeão mundial. Baggio cobrou por cima do gol de Taffarell.

O experiente zagueiro Baresi e o atacante Massaro também perderam suas cobranças. Mas quem ficou marcado mesmo foi Roberto Baggio.

O italiano ainda teve personalidade para voltar a cobrar um pênalti em Copa do Mundo, na edição seguinte, em 1998, contra o Chile, quando fez o gol na estréia.
Marta precisa levantar a cabeça e seguir a carreira sem se abater para voltar a encantar o mundo com seus dribles.

Texto publicado originalmente no Jornal A Tarde do dia 01/10/2007