domingo, 27 de novembro de 2011

Acabou o sufoco - Santos 1x1 Bahia

E todo o esforço para o acesso em 2010 não foi em vão. Jogando contra todos os titulares do representante brasileiro no Mundial de clubes, o Santos, do craque Neymar, dentro da Vila Belmiro, o Bahia arrancou um empate, foi beneficiado por outros resultados e garantiu a permanência na Série A, ao chegar aos 43 pontos, restando uma rodada. Souza e Neymar foram os goleadores da partida.

Marcando duro, o Bahia saiu logo na frente do placar, quando Souza chutou uma vez, de direita, a bola bateu no zagueiro Bruno Rodrigo, e ele bateu de esquerda, novamente, tirando do alcance de Rafael. Depois daí, o Santos passou a pressionar e Marcelo Lomba fez grandes defesas, mais uma vez. No entanto, não conseguiu impedir o gol de Neymar, chutando, firme, de fora da área. 
No segundo tempo, o Santos seguiu levado perigo, mas o Bahia também criava boas chances. É difícil encontrar algum jogador do tricolor baiano que tenha atuado mal. Se tivesse contado com Marcos, Ávine e Fabinho contra o Palmeiras, na semana passada, a impressão que se tem é que o Esquadrão já teria garantido vaga na Série A de 2012 anteriormente. Fabinho marcou demais, enquanto os dois laterais marcaram e apoiaram quando foi possível. Souza foi mais uma vez decisivo. Ricardinho foi fundamental, organizando e acalmando o time. E a dupla de zaga foi bem demais. Titi foi um monstro. Ao apito final, ficou o sentimento de alívio e o de que esse time poderia ter ido mais longe. A Copa Sul-americana ainda é possível.

Santos: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo (Léo) e Durval; Arouca, Henrique, Elano (Alan Kardec) e Ganso (Ibson); Neymar e Borges.
Bahia: Marcelo Lomba, Marcos, Paulo Miranda, Titi e Ávine; Fahel (Danny Morais), Fabinho, Diones e Ricardinho (Carlos Alberto); Lulinha e Souza (Júnior).

sábado, 26 de novembro de 2011

Virada inútil - Asa 1x2 Vitória

A temporada do Vitória realmente foi pelos ares no final da partida do sábado passado, contra o São Caetano, quando perdeu, de virada, no Barradão, para o São Caetano. Neste domingo, o time baiano até virou o jogo contra o Asa de Arapiraca, em Alagoas, vencendo por 2 a 1, com um gol contra e outro de Neto Baiano, chegou aos 60 pontos, mas ficou com a quinta colocação, pois o Sport bateu o Vila Nova, por 1 a 0, com gol de Bruno Mineiro, e chegou aos 61, juntando-se a Portuguesa, Náutico e Ponte Preta no acesso à Série A.

O Vitória jogou mal a primeira etapa e saiu perdendo com um gol de Leandro Cardoso, de cabeça. Não fosse a excelente atuação do goleiro Douglas, o rubro-negro poderia ter levado uma goleada. Se o time não jogava bem, os resultados pareciam ajudar, pois o Sport não conseguia fazer um gol no Vila Nova, em um campo encharcado, e o Bragantino já perdia para o Paraná. Tanto que o desacreditado Boa Esporte estava alcançando o acesso caso os resultados se mantivessem. 
O Vitória deve ter tirado forças daí e conseguiu o empate, com um gol contra do volante Jorginho, voltando à briga. Até que Bruno Mineiro fez o gol do Sport. O rubro-negro baiano ainda virou, com Neto Baiano e ficou na torcida por um gol do Vila Nova, mas o jogo acabou. Como fez de tudo para retardar o início do jogo nas duas etapas, o Vitória ainda teve que jogar cerca de 12 minutos apenas para cumprir tabela, em uma despedida melancólica do time baiano.

Asa: Gilson, Leandro Cardoso, Toninho e Di Fabio; Sérgio Bueno, Cal, Jorginho, Raul (Marielson), Francismar (Vitinha) e Chiquinho Baiano; Alexsandro (Reinaldo Alagoano).
Vitória: Douglas, Nino Paraíba, Gabriel Paulista, Jean e Fernandinho; Charles Vágner, Preto, Gilberto (Lúcio Flávio) e Geovanni (Marcelo); Rildo e Fábio Santos (Neto Baiano).

domingo, 20 de novembro de 2011

Irreconhecível - Bahia 0x2 Palmeiras

A escalação anunciada momentos antes da partida já era um prenúncio de que a torcida tricolor iria sofrer naquele final de noite. O time tinha em Lulinha sua única válvula de escape, o único jogador rápido. Joel perdeu os rápidos Marcos e Dodô nas laterais e repôs com dois jogadores lentos, Jancarlos e Hélder, improvisado. Com isso, o time ficou engessado. Lulinha jogou distante de Carlos Alberto e os dois não tinham com quem jogar. O Bahia foi irreconhecível na derrota, por 2 a 0, para o Palmeiras. Um time apático, que assistiu ao jogo do Palmeiras, que deve ter feito a melhor atuação no segundo turno. Já o Bahia parece ter feito a pior partida no campeonato.

No primeiro tempo, o tricolor levou um gol em bola cruzada na área, de Ricardo Bueno. Joel não conseguiu modificar a atuação nem com as substituições. Perdeu o meio-de-campo completamente, colocando jogadores ofensivos, que não eram municiados. No final, para piorar, Marcos Assunção fez o que mais sabe: um golaço de falta. Com a derrota, o Bahia ainda corre riscos, restando duas rodadas. Com 42 pontos, o tricolor tem quatro pontos de vantagem para Ceará e Atlético Paranaense e três pontos para o Cruzeiro. Restam duas vagas.
Bahia: Marcelo Lomba, Jancarlos, Paulo Miranda, Titi e Hélder (Maranhão); Fahel, Diones, Camacho (Júnior) e Carlos Alberto (Nikão); Lulinha e Souza.
Palmeiras: Deola, Cicinho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrick (João Vitor) e Valdívia (Chico); Luan e Ricardo Bueno (Dinei).

sábado, 19 de novembro de 2011

Apagão pode custar a temporada - Vitória 1x2 São Caetano

O Vitória não foi bem na Copa do Brasil e perdeu a final do Campeonato Baiano, mas o que mais importa a temporada 2011 para o clube é o retorno a Série A. E ele ficou muito próximo neste sábado (19/11). Com a derrota do Bragantino para o Asa e o triunfo parcial sobre o São Caetano, por 1 a 0, o rubro-negro chegaria na rodada final dentro do G-4, precisando apenas derrotar o Asa, sem qualquer aspiração na competição, para voltar. No entanto, um apagão pode custar a temporada inteira para o rubro-negro, que permitiu a virada do time paulista e agora é o sexto colocado, não dependendo mais de suas próprias forças.

O time baiano saiu na frente logo aos 12 minutos, com o zagueiro Jean. Depois o time voltou a balnçar as redes, mas o gol de Xuxa foi mal anulado. Prejudicado, o rubro-negro seguiu jogando mal. O São Caetano voltou ainda melhor no segundo tempo. Pressionava, mas errava quando chegava próximo à defesa do Vitória. O Leão parecia já pensar na próxima rodada e se concentrava em se defender e fazer cera. Douglas era o herói. Até que aos 43 minutos o atacante Antônio Flávio cabeceou para empatar. Aos 48 minutos, quando o empate já parecia trágico, Geovane, um dos destaques do jogo, fez o gol da virada, que complicou a vida rubro-negra na competição.

Vitória: Douglas, Nino Paraíba, Gabriel Paulista, Jean e Fernandinho; Charles Vagner, Neto Coruja (Zé Luís), Gilberto e Geovanni; Xuxa (Felipe) e Fábio Santos (Neto Baiano)
São Caetano: Luiz, Élder Granja, Preto Costa, Domingos e Bruno Recife; Augusto Recife, Ricardo Conceição (Kléber), Revson (Souza) e Ailton (Ricardo Xavier); Geovane e Antônio Flávio.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Por pouco - Internacional 1x0 Bahia

O Bahia nem jogou tão mal, mas criou menos oportunidades do que de costume, e, mesmo com uma dupla de zaga reserva, formada por Diego Jussani e Danny Morais, não errou tanto na defesa, mas vacilou no lance do do único gol do triunfo do Inter sobre o tricolor, no Beira-Rio. Depois de uma inversão de jogo para a esquerda do ataque do Inter, ao invés de correr para tentar chegar antes na bola ou pelo menos acompanhar o oponente, Marcos saltou, em vão, para tentar cortar de cabeça. A bola passou, o colorado pegou livre, tocou para D'Alessandro, que chutou, com efeito, mas sem muita força, Lomba defendeu mas jogou em cima do atacante Gilberto que empurrou de peito para o gol.

O jogo foi quase o tempo todo morno. Só esquentava quando o árbitro errava. E errou bastante. Deixou de marcar dois pênaltis para o Inter após toques de mão de Fabinho e Jussani e inventou uma cobrança de falta em dois lances dentro da área, depois que o zagueiro Bolívar acertou Dodô dentro da área. A infração clara tirou o lateral do jogo e o beque levou apenas amarelo, quando deveria ter sido expulso.

No segundo tempo, Nikão entrou no lugar de Magno, e deu uma melhorada no setor ofensivo. Perdendo o jogo, Joel Santana teve coragem para tirar, depois, o volante Fahel, e colocar Carlos Alberto. Mas nenhuma das mudanças conseguiu influenciar no resultado do jogo. Resultado normal, mas que tirou um pouco da comodidade do tricolor. 

O time caiu uma posição, pois foi ultrapassado pelo Palmeiras, e se manteve com 42 pontos, apenas cinco à frente da zona de rebaixamento, com nove em disputa, já que o Atlético Paranaense derrotou o São Paulo. O Ceará perdeu para o Corinthians e contina sete pontos atrás. O América venceu o Botafogo e tem oito pontos a menos que o tricolor. O Cruzeiro empatou com o Avaí e diminuiu a diferença para o time baiano para apenas quatro pontos. O Atlético Mineiro, que tem três pontos a menos que o Bahia, ainda enfrenta o Coritiba, dentro de casa, nesta rodada. E o Atlético Goianiense, que tem a mesma pontuação do tricolor, visita o Santos.


Internacional: Muriel, Nei, Bolívar, Rodrigo Moledo e Kleber; Bolatti, Tinga (Sandro Silva), Oscar e D'Alessandro; Gilberto (João Paulo) e Leandro Damião.
Bahia: Marcelo Lomba, Marcos, Diego Jussani, Danny Morais e Dodô (Hélder); Fahel (Carlos Alberto), Fabinho, Diones e Magno (Nikão); Lulinha e Júnior.

domingo, 13 de novembro de 2011

Comemoração à altura no primeiro aniversário do acesso - Atlético Goianiense 0x1 Bahia

Era o dia 13 de novembro de 2010. As horas demoravam muito mais a passar do que em um dia de sábado normal. Tudo porque naquele dia à noite, o Bahia poderia confirmar o acesso para a elite do futebol nacional depois de sete longos anos de exílio. Bastava vencer a Portuguesa. A cidade estava ornamentada de azul, vermelho e branco como há muito não se via em tamanha intensidade. E o tricolor venceu por 3 a 0. Festa sem fim. Neste domingo, 13 de novembro de 2011, aquele dia inesquecível fez seu primeiro aniversário. E o que o clube fez para comemorar? Derrotou o Atlético Goianiense, fora do Estado, e fez a torcida se ver muito mais próxima da Série A novamente em 2012. Com o triunfo, o tricolor subiu duas posições, passando o Atlético Mineiro e o Palmeiras, e agora é o 13º colocado, com 42 pontos, sete acima da zona de rebaixamento, encabeçada pelo Ceará, que perdeu para os reservas do Santos, por 3 a 2.

A rodada ajudou. Além do Ceará, o Avaí perdeu para o São Paulo e o Atlético Paranaense perdeu para o Corinthians. O Atlético Mineiro também foi derrotado pelo Figueirense enquanto o Palmeiras cedeu um empate para o Grêmio. A se lamentar apenas a vitória do Cruzeiro frente a Internacional, próximo adversário do Bahia. O América Mineiro venceu o Fluminense, mas permanece 11 pontos atrás do tricolor com apenas 12 em disputa. O Avaí, lanterna, não tem mais condições de alcançar o time baiano. 

Com a bola rolando, o Bahia foi eficiente, pois soube aproveitar um vacilo do Atlético Goianiense. O lateral Thiago Feltri vacilou e perdeu uma bola para Marcos. O camisa 2 tricolor avançou e cruzou para Souza, que fez seu décimo gol no campeonato. Lulinha ainda perdeu uma ótima oportunidade, quando tentou tocar para Souza, não conseguiu, a bola voltou e ele chutou errado. No segundo tempo, Nikão também faria grande jogada, mas acabaria perdendo outra chance. 

No restante do tempo, o Bahia se defendeu. Principalmente depois que perdeu Souza, expulso junto com o zagueiro Gilson, do Atlético. Não vi nenhuma imagem que mostrasse que, de fato, houve agressão do artilheiro tricolor. O que foi visto foi que após alegar uma suposta agressão,o zagueiro rubro-negro colocava o dedo na cara de Souza, que insistia em mandar que ele abaixasse a mão. Por causa disso, o árbitro tirou os dois do jogo. Um excesso de rigor que prejudicou muito o time baiano. Apesar disso, Lomba, Marcos, Paulo Miranda, Danny Morais, Dodô, Fahel, Diones, e, principalmente, Fabinho fizeram uma ótima partida e seguraram o triunfo.

Atlético Goianiense: Márcio, Rafael Cruz, Gilson, Anderson e Thiago Feltri (Ernandes); Agenor, Marino, Bida e Vitor Junior (Diogo Campos); Felipe (Juninho) e Anselmo.
Bahia: Marcelo Lomba, Marcos, Paulo Miranda, Danny Morais e Dodô; Fahel, Fabinho, Diones (Carlos Alberto) e Magno (Nikão); Lulinha (Júnior) e Souza.

sábado, 12 de novembro de 2011

Anda na cola do G-4 - Vitória 3x1 Criciúma

O Vitória venceu o Criciúma, por 3 a 1, com gols de Fábio Santos, Geovanni e Neto Baiano, chegou aos 57 pontos, fez sua parte, mas não conseguiu entrar no G-4, porque o Bragantino, quarto colocado, goleou o Goiás, por 4 a 0, e chegou aos 58 pontos. Mas a rodada foi boa para o Vitória, pois a Ponte Preta havia perdido para o Boa Esporte e se manteve com 59 pontos, apenas dois a mais que o rubro-negro.

Marquinhos continua fazendo falta ao Vitória e o time, apesar do placar, teve algumas dificuldades na partida, que teve lances polêmicos, como a falta que originou o segundo gol, o pênalti do terceiro e a expulsão do atacante Zé Carlos, autor do único gol do Criciúma. O Vitória ainda pega o São Caetano e o Asa e permanece com boas chances de subir, embora não dependa mais de suas próprias forças.

Vitória: Douglas, Léo, Jean, Gabriel Paulista e Fernandinho; Uelliton, Neto Coruja, Xuxa (Neto Baiano) e Arthur Maia (Lúcio Flávio); Geovanni e Fábio Santos (Charles Vágner). 
Criciúma: Vágner, Fabinho Capixaba, Rogélio, Anderson Conceição e João Vitor; Herik, Baraka, Mateus (Andre Gava) (Schwenck) e Doriva; Thiago Silvy (Fábio Santana) e Zé Carlos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fora do G-4, dentro da briga - Americana 0x0 Vitória

O Vitória já não depende mais de suas próprias forças para subir para a Série A. Empatar com o Americana, um time que frequentou as primeiras colocações durante toda a Série B deste ano, em São Paulo, não pode ser considerado um mau resultado, mas permitiu que o Bragantino chegasse aos 55 pontos e ficasse um à frente do próprio rubro-negro. Agora, se o quarto colocado, Bragantino, vencer suas três partidas restantes - contra Goiás, Asa e Paraná - o rubro-negro só sobre se conseguir tirar uma diferença de cinco pontos para a Ponte Preta, já que o Náutico praticamente já subiu.

Por outro lado, o empate em 0 a 0, deixou o Vitória na cola do G-4. É possível vencer os três próximos adversários - Criciúma, São Caetano e Asa. Se isso acontecer, bastaria um tropeço, em três jgoos, do Bragantino. A briga promete ser boa. Dentro de campo, o rubro-negro deve comemorar o resultado pois jogou com um jogador a menos desde o final do primeiro tempo, quando Preto foi merecidamente expulso. O time baiano apenas se defendeu e contou com a sorte de ter uma dversário pouco inspirado e bastante cuidadoso. A rodada marcou o merecido título da Portuguesa, após empatar com o Sport, em 2 a 2, e o quase acesso do Náutico, que derrotou o Barueri, de virada, por 2 a 1. Falta muito pouco para o retorno do time pernambucano.

Americana: Jailson, Luiz Felipe, Jorge Luiz, Thiago Gomes e Magal; Alê (Jônatas), Léo Silva, Danilo Santos (Júlio Cesar) e Válber; Marcinho e Clodoaldo (Paulinho). .
Vitória: Douglas, Nino Paraíba, Gabriel Paulista, Maurício e Fernandinho; Uelliton, Preto, Gilberto (Lúcio Flávio) e Geovanni (Felipe); Fábio Santos (Neto Coruja) e Neto Baiano.

sábado, 5 de novembro de 2011

Inúmeras razões para ser histórico - Bahia 4x3 São Paulo

Tem fatos ou situações que vivenciamos, que nem imaginamos que ficará para a história, mas fica. A gente só percebe depois de muitos anos quando aquelas lembranças permanecem nítidas. Outros, entretanto, são instantaneamente identificados como históricos. E a virada incrível do Bahia sobre o São Paulo, por 4 a 3, após estar perdendo por 3 a 1, é um desses fatos que, por mais que se tente, jamais sairá da mente de quem acompanha o futebol baiano. 

Inúmeros fatores colaboraram para que esse triunfo tricolor fosse, talvez, o feito esportivo mais comemorado na Bahia, no ano de 2011. O primeiro fator, de sobrevivência, diz respeito à situação do clube no Campeonato. O Bahia chegou aos 39 pontos e pode ficar em uma boa situação na tabela caso os principais adversários diretos na briga pela permanência na Série A não vençam. O Atlético Mineiro já venceu e permanece empatado em pontos.

O segundo fator foi a superação. Estar perdendo, por 3 a 1, de uma equipe forte como a do São Paulo, e conseguir virar para 4 a 3, é, por si só, motivo para muita comemoração. As mudanças de conceito deram o tom da virada. Joel, chamado, em coro, de burro, pela torcida, colocou em campo três jogadores que deram enorme contribuição para o triunfo. Primeiro Júnior, que deu o passe para o gol de Souza. Depois, Lulinha, que marcou o segundo gol baiano. Por último, Nikão, que, após já ter cruzado para o gol de Lulinha, arriscou mais um cruzamento que acabou em gol contra de Luís Eduardo.O terceiro gol baiano saiu de cruzamento de Souza para cabeçada certeira de Fahel.

E a quebra de conceitos não parou por aí. O que explica o fato de um time que tinha marcado apenas um gol em 435 minutos ter conseguido marcar quatro em apenas 45 da segunda etapa? A análise das atuações individuais comproa a grande partida feita pelo tricolor. Magno, que fez a estreia na equipe profissional do Bahia, jogou muito bem, mas já tinha saído no momento mais importante do jogo, quando brilhou Nikão.

O camisa 60 foi outro que conseguiu quebrar conceitos. Ele deixou o Vitória com a fama de amarelar nas partidas mais difíceis. Parecia muito pouco provável, então, que conseguisse se destacar em uma partida em que o seu time já levava 3 a 1, com direito a olé, da equipe do São Paulo. E ele se destacou neste momento crítico da competição.

O torcedor do São Paulo ainda vai lembrar dos golaços de Wellington e Lucas e do gol de Cícero, que praticamente confirmava o triunfo da equipe paulista, mas jamais vai esquecer da virada do tricolor baiano. Em noite de quebras de conceito, o que não se quebrou foi o tabu e o Bahia segue levando a melhor quando enfrenta o time do Morumbi em Salvador.

Bahia: Marcelo Lomba, Marcos, Paulo Miranda, Titi e Dodô; Fahel, Fabinho, Diones (Nikão) e Magno (Lulinha); Gabriel (Júnior) e Souza.
São Paulo: Dênis, Piris, João Felipe (Rodrigo Caio) (Denilson), Rhodolfo e Luiz Eduardo; Wellington, Carlinhos Paraíba e Cícero; Lucas e Dagoberto (Marlos); Luis Fabiano.

390 minutos e apenas um gol - Raio-x do desempenho ofensivo do Bahia no Brasileiro



O cronômetro marcava 15 minutos do segundo tempo, em São Januário. O Bahia tinha começado bem e saído na frente do placar contra o Botafogo, mas tinha permitido a virada. Com um a menos, o tricolor teve um pênalti marcado em Fahel. Souza cobrou e fez o gol do empate. De lá para cá, a torcida do time baiano só comemorou mais um gol na Série A, em quatro jogos completos. Somando ao restante da partida contra o alvinegro carioca, são 390 minutos e apenas um gol, de Diones, na derrota para o Figueirense, por 2 a 1.

Confira dados sobre o desempenho ofensivo do Bahia neste Brasileiro:

- Com 35 gols marcados, em 32 rodadas, o Bahia tem o segundo pior ataque da competição. Apenas o Atlético Paranaense, com 31, fez menos. Até o lanterna América Mineiro tem seis gols a mais.

- Com 14 gols marcados em 13 rodadas no segundo turno, o Bahia fez mais gols que Palmeiras (12), Atlético Paranaense (11), Cruzeiro (11) e Ceará (10).  

- O Bahia terminou 11 jogos neste Brasileiro sem um único gol. Apenas o Atlético Paranaense, com 13 partidas, passou mais vezes em branco. O Cruzeiro também encerrou 11 jogos sem um único gol. Os jogos em que o Bahia passou em branco foram: no primeiro turno, Grêmio Corinthians Coritiba São Paulo Ceará. No segundo, América Atlético Mineiro Corinthians Cruzeiro Coritiba Ceará

- Com oito gols marcados, Souza é o artilheiro do Bahia na competição. Ele só marcou mais gols que os goleadores do Atlético Mineiro (Magno Alves: 7) e do Atlético Paranaense (Guerrón e Marcinho: 4). Ainda tem a mesma quantidade que os matadores de São Paulo (Dagoberto), Palmeiras (Luan) e Ceará (Washington). 

- Os gols do Bahia foram marcados por: Souza (8), Jóbson (6), Júnior (5), Lulinha (3), Fahel (2), Reinaldo (2), Titi (2), Diones (1), Dodô (1), Jones (1), Marcone (1), Ávine (1), Paulo Miranda (1)

Goleada e entrada no G-4 - Vitória 5x1 Salgueiro

Os adversários diretos golearam na noite desta sexta-feira, o Americana ainda pode recuperar a quarta colocação neste sábado, mas para a torcida do Vitória o que realmente importa é que o time goleou o rebaixado Salgueiro, por 5 a 1, no Barradão, chegou aos 53 pontos e entrou, mesmo que provisoriamente, no G-4, a quatro rodadas do fim.

É preciso pensar com racionalidade. Assim como foi errado ser tão pessimista quando o Vitória perdeu para a Portuguesa, pois já era esperado e todos os outros resultados beneficiaram o rubro-negro, parece precipitado ser tão otimista com a goleada sobre o Salgueiro. Afinal, o triunfo sobre o time pernambucano já era esperado e os outros resultados da noite não ajudaram. Se o Americana vencer a difícil partida contra a Ponte Preta no sábado, fica tudo na mesma, a equipe baiana volta para a quinta colocação e não terá mais uma equipe tão fraca com adversária pela frente. A lesão de Marquinhos, principal jogador do Leão, que o tirou do restante do jogo, é outro motivo de preocupação.

Fábio Santos, Marquinhos, Fernandinho, Gilberto e Neto Baiano fizeram os gols rubro-negros, enquanto Fabrício Ceará marcou o único do Salgueiro, quando o time pernambucano já perdia por 3 a 0. 

Vitória: Douglas, Nino Paraíba, Gabriel Paulista, Jean e Fernandinho; Uellinton, Preto, Gilberto (Lúcio Flávio) e Geovanni (Xuxa); Marquinhos e Fábio Santos (Neto Baiano).
Salgueiro: Luciano, Thoni, Sergio Rafael, Alexandre e Piauí; Amaral, Renê (Gaibu), Clébson (Tiago Marabá) e Diego Paulista; Élvis e Fabrício Ceará.