sexta-feira, 31 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 33 - Domínio territorial - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 30.07.2020

O cronômetro marcava 46 minutos da segunda etapa. Depois de receber uma bola recuada, o goleiro Jean abriu na direita para o zagueiro Missinho, que mandou um balão desordenado. Depois de quicar no gramado da Fonte, o beque Advaldo NBA cabeceou para frente, o volante Souza, com a cabeça enfaixada, simbolizando a sua usual raça, cabeceou despretensiosamente. A torcida adversária já comemorava e nem deve ter percebido o risco daquela improvável jogada. Mas a bola traiu os defensores e sobrou para a finalização daquele camisa 15, que saiu do banco para entrar, não só, naquela partida, mas também na história do Esquadrão. O título estava nas mãos dos rivais até os acréscimos do segundo tempo. O que tornou aquele feito ainda mais lendário. Ele fez outros tantos gols, mas se você ouvir alguém falar “o gol de Raudinei”, com direito a artigo definido, não estará a falar de outro.

É muito difícil ver um gol decisivo como o de Daniel, também saindo do banco, na semifinal do Nordeste de ontem, já aos 43 minutos da segunda etapa, e não lembrar de 1994. Essa, que foi uma das maiores emoções que o futebol já me proporcionou, e que completará 26 anos na próxima semana, não aconteceu em uma partida de Brasileiro, Sul-americana, Copa do Nordeste, nem Libertadores. Mas de Campeonato Baiano, naquele que era o 40º dos nossos 48 títulos estaduais.

Imagino que seria voto vencido em uma decisão sobre o futuro dos estaduais. Adianto que, como tradicionalista convicto, faria campanha pela manutenção. Entendo as dificuldades de calendário, escancaradas ainda mais na atual e atípica temporada. Não consigo me desapegar, entretanto, da importância de ser campeão baiano. Acordar na manhã seguinte da conquista de um título estadual tem um sabor especial, doce, como mel. Forte sensação de domínio territorial. E como é bom mostrar essa óbvia e reconhecida superioridade em número de títulos.

A tendência da maioria parece ser contrária à permanência dos estaduais, de um modo geral. Alerto para a necessidade do cuidado com essa onda de diminuição da importância de uma competição para enaltecimento de outras. Já observou que é cada vez mais frequente ouvir que a temporada de um clube está terminada quando é eliminado da Libertadores, ainda que faça boa campanha no Brasileiro? Mesmo raciocínio que diminui feitos de campeões nacionais na Europa que não conquistam a Liga dos Campeões. Concordo plenamente com a diminuição das datas utilizadas no Baiano, pelo menos para as equipes com calendário mais apertado, mas jamais na redução de importância.

Por tudo isso, sigo empolgado e ansioso, tenso, torcendo para que o Bahia supere as dificuldades para utilização do elenco e comece bem hoje, contra a Jacuipense, a participação na fase eliminatória do Baiano, e que consiga conquistar um tricampeonato que não vemos desde 1988, precedendo a segunda conquista nacional. Meu desejo, inclusive, é que o Esquadrão tenha condições de superar a maior sequência de títulos baianos da história: o hepta conquistado de 1973 a 1979, contando com a participação de jogadores lendários como Baiaco, Sapatão, Douglas, Fito, Beijoca e Osni. Isso se o estadual ainda resistir até lá, claro.

Além disso, apenas em 2001 o Bahia conseguiu unificar os títulos da Copa do Nordeste e do Baiano em uma mesma temporada. No sábado (1/8), tentará dar mais um passo em busca de igualar a marca, iniciando a decisão regional em dois jogos com o Ceará, lutando pelo tetra.

publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 30.07.2020

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 32 - Nem tudo como antes - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 23.07.2020

O tempo que o torcedor tricolor levou para soltar o grito de gol na goleada de ontem contra o Náutico foi inversamente proporcional ao intervalo de quatro meses sem jogos. Três minutos e Élber já respondeu presente, mandando uma bomba de muito longe e fazendo um golaço. Emblemático que o grande destaque da primeira parte da temporada, tenha se destacado tão rápido. Deu a impressão de que nada mudou para ele durante a parada. E não só pelo gol. Com as tradicionais arrancadas, certamente teria levantado a torcida várias vezes, se ela estivesse presente.

Se a atuação de Élber e da equipe como um todo deram a impressão de que nada havia mudado desde a parada, alguns detalhes mostram que nem tudo estava como antes. Mudando para melhor. A começar pelo tipo do gol de Élber, algo que ele não é muito acostumado a fazer. Outra novidade muito positiva foi o fato de Rodriguinho ter balançado as redes pela primeira vez com a camisa tricolor e ter dado mais uma dose de otimismo para a torcida sobre o seu desempenho no clube no futuro. Impressiona a forma como ele faz fluir o jogo.

A mudança com relação à primeira parte da temporada ficou ainda mais evidenciada nos casos específicos dos autores dos gols da segunda etapa. E devo confessar que fiquei especialmente feliz com essa possível guinada, já que os dois estão entre os integrantes do elenco que tenho maior admiração

Fernandão deixou a sua marca em sua primeira finalização. Ele, que já demonstrou entrega e importância no grupo atuando até como goleiro nesta temporada, foi útil no que é especialista. Em balançar as redes. A atuação, segundo o próprio camisa 20, poderia ser melhor. Mas esse é o caminho. Nino Paraíba, que ainda não tinha atuado em 2020, fechou a conta também com um golaço em que esbanjou da habitual velocidade.

Não fosse o pênalti inventado por Jorge Henrique, o Esquadrão teria terminado a primeira fase na liderança do grupo A. Classificado como segundo, o Tricolor já enfrentará o Botafogo da Paraíba no próximo sábado (25/7) pelas quartas de final da competição. Confirmando o bom momento e passando pelos paraibanos, o adversário da semifinal seria o vencedor do duelo entre Confiança e Santa Cruz.

Sem descanso, o Bahia defende a liderança do Campeonato Baiano, faltando duas rodadas para o final da primeira fase, contra o Atlético de Alagoinhas, também em Pituaço, Roger Machado tentará dar continuidade à boa campanha iniciada por Dado Cavalcanti. Dos antigos titulares que colocaram o clube na liderança, de forma invicta, apenas Ignácio, Édson, Ramon, Alesson e Saldanha permanecem no elenco.

A escalação de hoje ainda é um mistério. Mas apostaria na manutenção dos cinco titulares, além da entrada de Mateus Claus e Yuri, que começaram alguns jogos

durante o estadual. Restariam ainda quatro vagas. Um zagueiro, os dois laterais e um atacante. Ernando poderia contribuir com experiência e ganhar ritmo de jogo.

Para o ataque, pensando da mesma forma, acreditaria na utilização de Marco Antônio, mas ele atuou no segundo tempo de ontem. A vaga seria preenchida provavelmente por Thiago ou Fessin. Zeca poderia atuar em uma das laterais, também para ganhar ritmo. A outra lateral seria ocupada por Douglas Borel ou Matheus Bahia.

O time de hoje seria formado, portanto, por: Mateus Claus, Zeca, Ernando, Ignácio e Matheus Bahia (Douglas Borel); Yuri, Édson e Ramon; Alesson, Fessin (Thiago) e Saldanha. Claus, Ernando e Zeca estiveram no banco ontem. 

publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 23.07.2020 

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 31 - Preparados para a maratona? - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 16.07.2020

Quando a próxima edição dessa coluna for publicada, na quinta-feira (23/7), o Bahia já deverá ter entrado em campo, na véspera, contra o Náutico, pela Copa do Nordeste. Será a largada de uma incrível maratona de quatro jogos em cinco dias, de quarta a domingo com folga apenas na sexta-feira (24/7).

Não deveria causar estranheza, já que jogos do Tricolor em intervalos de tempo tão curtos em 2020 não são novidade. Vale lembrar que na semana anterior à paralisação do futebol brasileiro, o Esquadrão enfrentou Confiança e Doce Mel, em rodada dupla na Fonte, no mesmo dia, com uma parada pouco superior a uma hora.

A questão é que no início do ano, o Bahia contava com dois grupos distintos, com direito a comissões técnicas divididas entre as competições. Agora Roger Machado deve estar esquentando a cabeça para avaliar junto com o departamento de futebol qual a melhor estratégia para utilização dos 34 jogadores do elenco nesse momento específico da temporada.

Parece impossível utilizar o time titular em tantas partidas consecutivas. Será necessário, então, dividir os grupos para multiplicar os títulos. A divisão talvez não seja tão rígida quanto a do início do ano, embora Fernandão e Saldanha tenham atuado nos dois grupos, por exemplo. Esse intercâmbio deve ser mais frequente de maneira forçada pelo número de jogadores disponíveis.

De início, o que pode beneficiar é o local dos duelos. Dos quatro jogos nesse intervalo de cinco dias, por exemplo, três já estão marcados para Pituaço. O primeiro, contra o Náutico, na quarta-feira (22/7), o segundo, contra o Atlético de Alagoinhas (que também tem o estádio como mando de campo para o restante do estadual), no dia seguinte, e o confronto de domingo (26/7) que encerra a primeira fase do Baiano, contra o Fluminense de Feira. Falta definir o local e o adversário da partida do dia anterior, pelas quartas de final da Copa do Nordeste.

Sem grandes deslocamentos, imagino que os atletas que forem para o banco de reservas de um jogo e não jogarem ou atuarem por pouco tempo, possam começar jogando a partida seguinte. Caso mais para frente, questões logísticas impeçam tal prática, será necessário também traçar a melhor estratégia. Manter o conceito do início do ano, ou buscar um equilíbrio entre os grupos? Para exemplificar, seria melhor colocar jogadores do nível de Fernandão, Clayson, Nino Paraíba e Zeca no banco de reservas de uma partida do Nordeste ou como titulares em um jogo do Baiano?

Parto do pressuposto de que o time titular, utilizado na Copa do Nordeste, seja formado por Anderson, João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Flávio e Rodriguinho; Élber, Rossi e Gilberto. Sendo assim, imagino uma equipe para o Baiano contando com Douglas, Nino Paraíba, Ernando, Wanderson e Zeca; Ronaldo (Élton), Ramon e Daniel; Marco Antônio, Clayson e Fernandão.

As formações não seriam tão rígidas, devido aos desfalques, como a ausência de Gregore, suspenso, contra o Náutico, e possivelmente de Douglas, que está lesionado. Além deles, o elenco principal do Esquadrão conta com outros 11 jogadores: Mateus Claus, Matheus Teixeira, Ignácio, Yuri, Édson, Jádson, Alesson, Fessin, Thiago Andrade, Saldanha. e Caíque.

Que a estratégia escolhida seja a melhor e que o Bahia chegue para o duelo contra o Botafogo, na abertura do Brasileiro (entre os dias 8 e 10 de agosto), com títulos e boa rodagem. Nível físico e ritmo de jogo serão fundamentais no nacional. 

publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 16.07.2020 

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 30 - memoráveis confrontos - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 09.07.2020

 

Com a confirmação, na conta oficial da Copa do Nordeste no twitter, do retorno da competição, com sede única em Salvador, do próximo dia 21 até 4 de agosto, o Bahia está próximo de voltar a campo, mesmo distante das condições ideais, em todos os sentidos. Já classificado para a segunda fase, o Tricolor ainda jogará contra o Náutico no encerramento da primeira. No próximo dia 22, acontecerá a volta do Baiano. O Bahia também já está classificado, restando duas rodadas na primeira fase.

O Brasileiro, por sua vez, tem previsão para começar no dia 9 de agosto, data inicialmente reservada para a 18ª rodada da competição. Se não tivesse havido a interrupção do futebol nacional, o Bahia teria enfrentado o Vasco ontem, ou iria encarar na noite de hoje, pela 14ª rodada do campeonato.

O campeonato já estaria bem avançado, caminhando para o final do primeiro turno. Como estaria sendo a campanha tricolor? Imagino a expectativa para o jogo contra o Vasco, confronto que conta com grandes triunfos recentes do Tricolor. Além de contar com tantos outros duelos empolgantes ao longo da história.

O mais importante deles, eu não vi. Foi válido pela semifinal da Taça Brasil de 1959. Depois de um triunfo para cada lado, com 1 a 0 para os baianos, no Rio, e 2 a 1 para os cariocas, em Salvador, os dois clubes voltaram a se enfrentar na Fonte Nova, na partida de desempate, e o Tricolor voltou a vencer por 1 a 0, garantindo a vaga na decisão, quando o Esquadrão conquistaria o primeiro título nacional, contra o Santos.

O artilheiro da competição, Léo Briglia, fez o gol da classificação. O técnico Geninho escalou o Bahia na ocasião com Nadinho, Leone, Henrique, Vicente e Beto; Flávio, Bombeiro; Biriba, Alencar, Léo Briglia e Marito. O alvinegro contava com jogadores do nível de Bellini, Brito e Almir Pernambuquinho.

Mais recentemente, o Bahia teve algumas atuações memoráveis contra o Vasco. Entre 2017 e 2018, por exemplo, foram três triunfos consecutivos com o placar de 3 a 0. O primeiro deles, válido pelo Brasileiro de 2017, contou com um gol do zagueiro Tiago e outros dois do atacante Mendoza, na Fonte Nova. Do grupo atual, Lucas Fonseca e Juninho Capixaba atuaram. O treinador Preto Casagrande escalou outros nomes como Zé Rafael, Régis, Jean, Édson, Renê Júnior, Eduardo e Rodrigão.

No ano seguinte, o primeiro confronto foi válido pela Copa do Brasil. Na Fonte Nova, Zé Rafael, Edigar Júnio e Vinícius marcaram os gols do Tricolor que atropelou impiedosamente. Praticamente garantiu a vaga entre os oito melhores já na ida. Escalados por Guto Ferreira, Élber, Gregore, Douglas, João Pedro, Lucas Fonseca e Élton permanecem no clube. Antes do jogo de volta, os clubes voltaram a se enfrentar pelo Brasileiro de 2018. Élber, Zé Rafael e Régis fizeram os gols do triunfo.

Curiosamente, o maior triunfo do Bahia na história do confronto não aconteceu em Salvador. Em 2012, o Tricolor passou por cima, em São Januário, vencendo por 4 a 0, com dois gols de Souza Caveirão e outros dois de Jones Carioca. Além deles, o time, treinado por Jorginho, tinha jogadores como Titi, Fahel, Hélder, Diones, Lomba, Kleberson e Mancini.

Outros confrontos memoráveis para mim aconteceram: em 2002, quando o Tricolor venceu por 4 a 2, com gols de Nonato, Jair, Calisto e Robgol; em 2000, com um 3 a 1, com gols de Jajá, Filipe Alvim e Capixaba; em 1996, um emocionante 3 a 2, com dois gols de Lima e um de Edmundo; e no ano passado, em São Januário, um 2 a 0, com um gol de Nino Paraíba e outro de Gilberto.

publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 09.07.2020

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Caldeirão de Aço - Semana 29 - Goleador nato - publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 02.07.2020

Seja com a camisa 11 ou com a camisa 9, que marcaram suas passagens pelo Bahia, Nonato sempre demonstrou enorme aptidão para balançar as redes. Qualquer teste vocacional que ele, por ventura, viesse a fazer que não apontasse centroavante como resultado falharia terrivelmente. No próximo domingo, dia 5, o menino revelado pelo Tricolor, dono de estilo folclórico e boêmio, completa 41 anos.

Curioso é que se hoje em dia o atacante é praticamente uma unanimidade com relação à torcida, na época em que atuava com a camisa do clube, ele costumava dividir opiniões. As visões sobre Nonato pareciam seguir aquela lógica do copo meio cheio ou meio vazio. Havia quem reclamasse dos gols perdidos, mas eu sempre estive do lado dos que se deixavam inebriar pela felicidade causada por cada um dos 125 gols marcados com o manto tricolor, principalmente aqueles que maltratavam o rival.

Para mim, o posicionamento de Nonato compensava qualquer falha apontada pelos outros. Ele parecia sempre prever onde a bola iria estar em condições de balançar as redes. Seja originada de um companheiro, corte do zagueiro, rebote do goleiro ou da trave. Lá estava ele para finalizar. Vi muita gente com mais habilidade ou técnica que não teria como rivalizar com Nonato no quesito posicionamento.

Se dividia a torcida enquanto defendia o clube, fiquei emocionado ao comprovar o carinho e respeito que ele tem hoje, quando foi aplaudido efusivamente pela torcida tricolor em Pituaço, durante partida do Baiano deste ano, vestindo as cores do Vitória da Conquista. Atitude exemplar que poderia ser replicada mais vezes.

Maior artilheiro do clube no atual milênio, e sétimo maior goleador de todos os 89 anos, o paraense tem o nome gravado com letras garrafais na história do Esquadrão. Esteve em evidência em quase todos os grandes momentos do Tricolor na primeira década do século XXI. Seja nas conquistas do Nordeste de 2001 e 2002 ou no Baiano de 2001, na grande campanha do Brasileiro de 2001, ou no acesso para a Série B, em 2007, era sempre ele o goleador.

Jogou em 2000, mas começou a se firmar em 2001. Na nona rodada do Campeonato do Nordeste, foi escalado ao lado de Robgol. Cada um fez dois gols na goleada por 4 a 1 no Ba-Vi. Desde então, o entrosamento entre os dois só fez crescer. Certamente, é uma das duplas de ataque mais marcantes da história do Esquadrão. Na final, Nonato fez dois gols no triunfo de 3 a 1 sobre o Sport, que garantiu o título.

No mesmo ano, foi campeão baiano e se destacou no Brasileiro em que o Bahia chegou às quartas de final. Na goleada por 4 a 0 contra o Atlético Mineiro fez um dos gols mais bonitos do Esquadrão, com direito a lindo chapéu no zagueiro Djian. No ano seguinte, voltou a ser decisivo na conquista do Campeonato do Nordeste. Formando o “trio elétrico” de ataque com Sérgio Alves e Robgol, Nonato marcou 12 gols, atrás apenas de Sérgio Alves na artilharia geral.

Na fase decisiva, fez o gol da classificação na semifinal contra o Náutico, marcou mais uma vez no triunfo por 3 a 1 na primeira partida da final contra o Vitória, na Fonte. No Barradão, fez os dois gols do empate por 2 a 2, que garantiu o troféu de 2002. Em 2003, ainda foi artilheiro da Copa do Brasil, marcando nove gols, na época, ele também havia se tornado o maior goleador do clube na competição, com 15 gols.

Em 2007, retornou ao Bahia e foi imprescindível na campanha do acesso para a Série B, balançando as redes 19 vezes, atrás apenas de Túlio na artilharia geral. Chegou como 12º maior goleador do Bahia e saiu como sexto, sendo ultrapassado apenas por Marcelo Ramos desde então. 

 publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 02.07.2020