Com a confirmação, na conta oficial da Copa do Nordeste no twitter, do retorno da competição, com sede única em Salvador, do próximo dia 21 até 4 de agosto, o Bahia está próximo de voltar a campo, mesmo distante das condições ideais, em todos os sentidos. Já classificado para a segunda fase, o Tricolor ainda jogará contra o Náutico no encerramento da primeira. No próximo dia 22, acontecerá a volta do Baiano. O Bahia também já está classificado, restando duas rodadas na primeira fase.
O Brasileiro, por sua vez, tem previsão para começar no dia 9 de agosto, data inicialmente reservada para a 18ª rodada da competição. Se não tivesse havido a interrupção do futebol nacional, o Bahia teria enfrentado o Vasco ontem, ou iria encarar na noite de hoje, pela 14ª rodada do campeonato.
O campeonato já estaria bem avançado, caminhando para o final do primeiro turno. Como estaria sendo a campanha tricolor? Imagino a expectativa para o jogo contra o Vasco, confronto que conta com grandes triunfos recentes do Tricolor. Além de contar com tantos outros duelos empolgantes ao longo da história.
O mais importante deles, eu não vi. Foi válido pela semifinal da Taça Brasil de 1959. Depois de um triunfo para cada lado, com 1 a 0 para os baianos, no Rio, e 2 a 1 para os cariocas, em Salvador, os dois clubes voltaram a se enfrentar na Fonte Nova, na partida de desempate, e o Tricolor voltou a vencer por 1 a 0, garantindo a vaga na decisão, quando o Esquadrão conquistaria o primeiro título nacional, contra o Santos.
O artilheiro da competição, Léo Briglia, fez o gol da classificação. O técnico Geninho escalou o Bahia na ocasião com Nadinho, Leone, Henrique, Vicente e Beto; Flávio, Bombeiro; Biriba, Alencar, Léo Briglia e Marito. O alvinegro contava com jogadores do nível de Bellini, Brito e Almir Pernambuquinho.
Mais recentemente, o Bahia teve algumas atuações memoráveis contra o Vasco. Entre 2017 e 2018, por exemplo, foram três triunfos consecutivos com o placar de 3 a 0. O primeiro deles, válido pelo Brasileiro de 2017, contou com um gol do zagueiro Tiago e outros dois do atacante Mendoza, na Fonte Nova. Do grupo atual, Lucas Fonseca e Juninho Capixaba atuaram. O treinador Preto Casagrande escalou outros nomes como Zé Rafael, Régis, Jean, Édson, Renê Júnior, Eduardo e Rodrigão.
No ano seguinte, o primeiro confronto foi válido pela Copa do Brasil. Na Fonte Nova, Zé Rafael, Edigar Júnio e Vinícius marcaram os gols do Tricolor que atropelou impiedosamente. Praticamente garantiu a vaga entre os oito melhores já na ida. Escalados por Guto Ferreira, Élber, Gregore, Douglas, João Pedro, Lucas Fonseca e Élton permanecem no clube. Antes do jogo de volta, os clubes voltaram a se enfrentar pelo Brasileiro de 2018. Élber, Zé Rafael e Régis fizeram os gols do triunfo.
Curiosamente, o maior triunfo do Bahia na história do confronto não aconteceu em Salvador. Em 2012, o Tricolor passou por cima, em São Januário, vencendo por 4 a 0, com dois gols de Souza Caveirão e outros dois de Jones Carioca. Além deles, o time, treinado por Jorginho, tinha jogadores como Titi, Fahel, Hélder, Diones, Lomba, Kleberson e Mancini.
Outros confrontos memoráveis para mim aconteceram: em 2002, quando o Tricolor venceu por 4 a 2, com gols de Nonato, Jair, Calisto e Robgol; em 2000, com um 3 a 1, com gols de Jajá, Filipe Alvim e Capixaba; em 1996, um emocionante 3 a 2, com dois gols de Lima e um de Edmundo; e no ano passado, em São Januário, um 2 a 0, com um gol de Nino Paraíba e outro de Gilberto.
publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 09.07.2020
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