O tempo que o torcedor tricolor levou para soltar o grito de gol na goleada de ontem contra o Náutico foi inversamente proporcional ao intervalo de quatro meses sem jogos. Três minutos e Élber já respondeu presente, mandando uma bomba de muito longe e fazendo um golaço. Emblemático que o grande destaque da primeira parte da temporada, tenha se destacado tão rápido. Deu a impressão de que nada mudou para ele durante a parada. E não só pelo gol. Com as tradicionais arrancadas, certamente teria levantado a torcida várias vezes, se ela estivesse presente.
Se a atuação de Élber e da equipe como um todo deram a impressão de que nada havia mudado desde a parada, alguns detalhes mostram que nem tudo estava como antes. Mudando para melhor. A começar pelo tipo do gol de Élber, algo que ele não é muito acostumado a fazer. Outra novidade muito positiva foi o fato de Rodriguinho ter balançado as redes pela primeira vez com a camisa tricolor e ter dado mais uma dose de otimismo para a torcida sobre o seu desempenho no clube no futuro. Impressiona a forma como ele faz fluir o jogo.
A mudança com relação à primeira parte da temporada ficou ainda mais evidenciada nos casos específicos dos autores dos gols da segunda etapa. E devo confessar que fiquei especialmente feliz com essa possível guinada, já que os dois estão entre os integrantes do elenco que tenho maior admiração
Fernandão deixou a sua marca em sua primeira finalização. Ele, que já demonstrou entrega e importância no grupo atuando até como goleiro nesta temporada, foi útil no que é especialista. Em balançar as redes. A atuação, segundo o próprio camisa 20, poderia ser melhor. Mas esse é o caminho. Nino Paraíba, que ainda não tinha atuado em 2020, fechou a conta também com um golaço em que esbanjou da habitual velocidade.
Não fosse o pênalti inventado por Jorge Henrique, o Esquadrão teria terminado a primeira fase na liderança do grupo A. Classificado como segundo, o Tricolor já enfrentará o Botafogo da Paraíba no próximo sábado (25/7) pelas quartas de final da competição. Confirmando o bom momento e passando pelos paraibanos, o adversário da semifinal seria o vencedor do duelo entre Confiança e Santa Cruz.
Sem descanso, o Bahia defende a liderança do Campeonato Baiano, faltando duas rodadas para o final da primeira fase, contra o Atlético de Alagoinhas, também em Pituaço, Roger Machado tentará dar continuidade à boa campanha iniciada por Dado Cavalcanti. Dos antigos titulares que colocaram o clube na liderança, de forma invicta, apenas Ignácio, Édson, Ramon, Alesson e Saldanha permanecem no elenco.
A escalação de hoje ainda é um mistério. Mas apostaria na manutenção dos cinco titulares, além da entrada de Mateus Claus e Yuri, que começaram alguns jogos
durante o estadual. Restariam ainda quatro vagas. Um zagueiro, os dois laterais e um atacante. Ernando poderia contribuir com experiência e ganhar ritmo de jogo.
Para o ataque, pensando da mesma forma, acreditaria na utilização de Marco Antônio, mas ele atuou no segundo tempo de ontem. A vaga seria preenchida provavelmente por Thiago ou Fessin. Zeca poderia atuar em uma das laterais, também para ganhar ritmo. A outra lateral seria ocupada por Douglas Borel ou Matheus Bahia.
O time de hoje seria formado, portanto, por: Mateus Claus, Zeca, Ernando, Ignácio e Matheus Bahia (Douglas Borel); Yuri, Édson e Ramon; Alesson, Fessin (Thiago) e Saldanha. Claus, Ernando e Zeca estiveram no banco ontem.
publicado originalmente no Jornal A Tarde no dia 23.07.2020
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