Leandro Silva
Os brasileiros vão ter que se acostumar com a terceira colocação nas eliminatórias sul-americanas. É que depois da rodada que se encerrou na quarta-feira, a competição só prossegue no dia 14 de junho, quase sete meses depois.Antes do início das eliminatórias, o segundo lugar era o mínimo que se admitia da Seleção Brasileira.
Isso por causa da rivalidade e do nivelamento técnico com a Argentina. E foi exatamente essa a colocação depois das duas primeiras rodadas.Porém, nas duas últimas rodadas, o Paraguai virou o penetra na festa de Brasil e Argentina e superou os dois. Vai passar pelo menos seis meses na ponta da tabela.
O Paraguai conta com um time rápido, de muita movimentação e com um bom jogo aéreo. Além de passar por uma metamorfose.
Outrora sustentado por uma sólida defesa, mas com um ataque improdutivo, hoje, o que mais chama atenção no time é o ataque. Nas últimas duas partidas, o time marcou 8 gols. Cinco em casa, contra o Equador, e mais 3 fora, contra o Chile. Tem o melhor ataque com 9 gols e a defesa continua bem.
Levou 1 gol em 4 jogos.O nome mais conhecido continua sendo Roque Santa Cruz, do Blackburn, da Inglaterra, porém, o maior destaque do time é outro atacante: Salvador Cabañas, do América do México.
Aparentemente gordinho, Cabañas foi o artilheiro da Libertadores desse ano e tornou-se peça fundamental na seleção do técnico Gerardo Martino.Contra os paraguaios, está o fato de não ter enfrentado ainda nenhum dos outros três adversários melhor classificados.
Colômbia– Nesse ponto, os colombianos levam vantagem. Na quarta colocação, com os mesmos 8 pontos da Seleção Brasileira, a Colômbia já enfrentou Brasil e Argentina e marcou 4 pontos, todos em casa.Essa é a desvantagem colombiana. Já jogou três vezes diante da sua própria torcida e apenas uma como visitante.
O ataque colombiano passou as duas primeiras rodadas em branco, e só foi marcar nos dois últimos jogos. Dois de falta do lateral gremista Bustos, a especialidade dele, e um de Dayro Moreno, do Once Caldas, ex-Atlético Paranaense. A Colômbia passa por uma transformação contrária à do Paraguai. Antigamente considerada fraca e irresponsável, a defesa levou apenas um gol em 4 jogos.
Brasil– O Brasil está mantendo um padrão. Empata fora de casa e vence dentro. Foi assim, nas quatro rodadas disputadas. Ficou no empate de 0 a 0 contra a Colômbia, na altitude de Bogotá, e fez a festa no Maracanã contra o Equador, com uma goleada de 5 a 0. Depois empatou em 1 a 1 com o Peru, em Lima, e venceu um jogo complicado contra o Uruguai, no Morumbi, por 2 a 1.
Kaká é o artilheiro da Seleção nas eliminatórias, com três gols. Luis Fabiano tem dois, em apenas uma partida como titular. Vagner Love, Elano e Ronaldinho marcaram uma vez na competição.
Argentina –Os argentinos eram líderes até o início da quarta rodada. Mas os adversários, inferiores, não pareciam capazes de atrapalhá-los. Chile, Venezuela e Bolívia serviram apenas de teste para Alfio Basile,que pôde até testar um ataque com Agüero, Tevez e Messi contra a Bolívia.
O revés aconteceu apenas contra a Colômbia, na altitude de Bogotá e com um jogador a menos desde a metade do primeiro tempo quando Tevez foi expulso.Riquelme, com quatro gols, é o artilheiro das eliminatórias.
Venezuela– A seleção do país de Hugo Chavez está confirmando a condição de emergente no futebol e até o momento estaria se classificando para a repescagem por uma vaga na Copa de 2010. Antigo saco de pancadas do continente, a Venezuela é a quinta colocada com 6 pontos. Provenientesde vitórias contra Equador e Bolívia.
Devendo– As seleções de Uruguai e Chile empatadas com 4 pontos em 4 jogos, poderiam ter feito mais. Os dois países contam com bons valores individuais como Mattias Fernandez, Suazo e Salas, pelo Chile, e Forlan, Cristian Rodriguez e Suarez, pelo Uruguai.
O Chile vinha até relativamente bem, tinha perdido apenas para a Argentina fora de casa, o que é mais do que normal, e arrancou um importante empate, também fora de casa contra o Uruguai. O problema foi perder em casa para o Paraguai na última rodada.
Os uruguaios presentes ao Morumbi ficaram felizes depois da atuação contra o Brasil, mesmo com a derrota, mas o empate na rodada anterior, contra os chilenos é que foi ruim. Mas parece ter time para tentar a vaga direta na Copa.
Decepção– Peru e Bolívia, os dois últimos colocados, não podem ser considerados decepções, pois as más campanhas já eram esperadas. A surpresa negativa, até o momento, é a seleção do Equador, 8º colocado com apenas 3 pontos. Os equatorianos estiveram presentes nas duas últimas Copas. Em 2006, fez até um bom papel, passando de fase, e se esperava mais. Depois de três derrotas, uma vitória por goleada de 5 a 1 contra o Peru pode recuperar as esperanças do país.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 23/11/2007
Os brasileiros vão ter que se acostumar com a terceira colocação nas eliminatórias sul-americanas. É que depois da rodada que se encerrou na quarta-feira, a competição só prossegue no dia 14 de junho, quase sete meses depois.Antes do início das eliminatórias, o segundo lugar era o mínimo que se admitia da Seleção Brasileira.
Isso por causa da rivalidade e do nivelamento técnico com a Argentina. E foi exatamente essa a colocação depois das duas primeiras rodadas.Porém, nas duas últimas rodadas, o Paraguai virou o penetra na festa de Brasil e Argentina e superou os dois. Vai passar pelo menos seis meses na ponta da tabela.
O Paraguai conta com um time rápido, de muita movimentação e com um bom jogo aéreo. Além de passar por uma metamorfose.
Outrora sustentado por uma sólida defesa, mas com um ataque improdutivo, hoje, o que mais chama atenção no time é o ataque. Nas últimas duas partidas, o time marcou 8 gols. Cinco em casa, contra o Equador, e mais 3 fora, contra o Chile. Tem o melhor ataque com 9 gols e a defesa continua bem.
Levou 1 gol em 4 jogos.O nome mais conhecido continua sendo Roque Santa Cruz, do Blackburn, da Inglaterra, porém, o maior destaque do time é outro atacante: Salvador Cabañas, do América do México.
Aparentemente gordinho, Cabañas foi o artilheiro da Libertadores desse ano e tornou-se peça fundamental na seleção do técnico Gerardo Martino.Contra os paraguaios, está o fato de não ter enfrentado ainda nenhum dos outros três adversários melhor classificados.
Colômbia– Nesse ponto, os colombianos levam vantagem. Na quarta colocação, com os mesmos 8 pontos da Seleção Brasileira, a Colômbia já enfrentou Brasil e Argentina e marcou 4 pontos, todos em casa.Essa é a desvantagem colombiana. Já jogou três vezes diante da sua própria torcida e apenas uma como visitante.
O ataque colombiano passou as duas primeiras rodadas em branco, e só foi marcar nos dois últimos jogos. Dois de falta do lateral gremista Bustos, a especialidade dele, e um de Dayro Moreno, do Once Caldas, ex-Atlético Paranaense. A Colômbia passa por uma transformação contrária à do Paraguai. Antigamente considerada fraca e irresponsável, a defesa levou apenas um gol em 4 jogos.
Brasil– O Brasil está mantendo um padrão. Empata fora de casa e vence dentro. Foi assim, nas quatro rodadas disputadas. Ficou no empate de 0 a 0 contra a Colômbia, na altitude de Bogotá, e fez a festa no Maracanã contra o Equador, com uma goleada de 5 a 0. Depois empatou em 1 a 1 com o Peru, em Lima, e venceu um jogo complicado contra o Uruguai, no Morumbi, por 2 a 1.
Kaká é o artilheiro da Seleção nas eliminatórias, com três gols. Luis Fabiano tem dois, em apenas uma partida como titular. Vagner Love, Elano e Ronaldinho marcaram uma vez na competição.
Argentina –Os argentinos eram líderes até o início da quarta rodada. Mas os adversários, inferiores, não pareciam capazes de atrapalhá-los. Chile, Venezuela e Bolívia serviram apenas de teste para Alfio Basile,que pôde até testar um ataque com Agüero, Tevez e Messi contra a Bolívia.
O revés aconteceu apenas contra a Colômbia, na altitude de Bogotá e com um jogador a menos desde a metade do primeiro tempo quando Tevez foi expulso.Riquelme, com quatro gols, é o artilheiro das eliminatórias.
Venezuela– A seleção do país de Hugo Chavez está confirmando a condição de emergente no futebol e até o momento estaria se classificando para a repescagem por uma vaga na Copa de 2010. Antigo saco de pancadas do continente, a Venezuela é a quinta colocada com 6 pontos. Provenientesde vitórias contra Equador e Bolívia.
Devendo– As seleções de Uruguai e Chile empatadas com 4 pontos em 4 jogos, poderiam ter feito mais. Os dois países contam com bons valores individuais como Mattias Fernandez, Suazo e Salas, pelo Chile, e Forlan, Cristian Rodriguez e Suarez, pelo Uruguai.
O Chile vinha até relativamente bem, tinha perdido apenas para a Argentina fora de casa, o que é mais do que normal, e arrancou um importante empate, também fora de casa contra o Uruguai. O problema foi perder em casa para o Paraguai na última rodada.
Os uruguaios presentes ao Morumbi ficaram felizes depois da atuação contra o Brasil, mesmo com a derrota, mas o empate na rodada anterior, contra os chilenos é que foi ruim. Mas parece ter time para tentar a vaga direta na Copa.
Decepção– Peru e Bolívia, os dois últimos colocados, não podem ser considerados decepções, pois as más campanhas já eram esperadas. A surpresa negativa, até o momento, é a seleção do Equador, 8º colocado com apenas 3 pontos. Os equatorianos estiveram presentes nas duas últimas Copas. Em 2006, fez até um bom papel, passando de fase, e se esperava mais. Depois de três derrotas, uma vitória por goleada de 5 a 1 contra o Peru pode recuperar as esperanças do país.
Matéria publicada originalmente no Jornal A Tarde do dia 23/11/2007
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