quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Craque sempre faz falta

Ronaldinho Gaúcho ficou fora da convocação para o amistoso contra a Irlanda. A esperança é que não esteja ausente na lista final para a Copa do Mundo. A lógica poderia ser a seguinte. Nada que ele fizer (ou não) contra a Irlanda deveria influenciar em sua convocação para o Mundial. Portanto, seria desnecessário chamar. Seria melhor deixá-lo de fora e testar a sua recepção. Tanto nas declarações quanto nas atuações futuras pelo Milan. E a depender disso, confirmar a sua presença.

Defendo isso porque craque sempre faz falta. Como Romário fez nos Mundiais de 1998, quando foi cortado por Zagallo, e em 2002, quando foi ignorado por Felipão. Mas como fez falta em 2002 se o Brasil foi campeão? Diriam alguns. Para mim, fez. O Brasil também seria campeão com ele em campo, arrisco a dizer, mas de maneira ainda mais bonita, mais alegre. Porque o craque dá brilho ao futebol.

E em 1998? Aí a falta foi para o título mesmo. Ele estava em muito melhor forma do que Bebeto, que foi titular e na hora da decisão, com Ronaldo baqueado, os outros jogadores teriam um outro craque em quem confiar, que pudesse desequilibrar, como Zidane fez naquela partida.

Por isso, por mais que eu ache que o Brasil tem toda condição de ser campeão com ou sem Ronaldinho, acho que haverá mais brilho se ele estiver em campo. E há também uma temeridade. Kaká não tem conseguido manter a mesma frequência de atuações de outras épocas. Isso faz com que a Seleção corra o risco de ser comandada no seu setor de criação pelo forte Júlio Baptista. Já que Dunga continua deixando Ronaldinho, Diego, Alex, do Fenerbahçe, ou Alex, do Spartak, de fora.


Nenhum comentário: