Não assisti ao primeiro Ba-Vi do ano, mas pelos compactos e pelos relatos não acredito que o rubro-negro, mesmo com o placar de 3 a 0, tenha tido tamanha superioridade como o Bahia teve no clássico de Pituaçu. Embora os rubro-negros tenham tentado desviar o foco para a arbitragem, e nós da imprensa acabamos embarcando na onda, deixando de analisar tecnicamente o jogo. Alguns torcedores rubro-negros mais sensatos concordam que essa reclamação é descabida.
O tricolor ainda não tem o time dos sonhos da sua torcida, mas é inegável a evolução dentro de duas semanas, desde o Ba-Vi passado. Como eu insistia em dizer, a montagem do elenco foi muito bem feita. Faltavam algumas peças importantes, encaixe, maior vontade e a utilização de destaques que permaneciam de fora como Ramon e Zezinho.
O encaixe foi proporcionado não por Benazzi, mas por Chiquinho. Por isso, era favorável à sua efetivação. A maior vontade, ainda não encontrei o motivo para ter surgido. Dificilmente encontraremos. E a entrada de Ramon, por exemplo, fez uma diferença imensa no time tricolor. Ele deu a classe que era necessária e fez crescer o futebol de todos os companheiros de setor.
Marcone, jogando mais solto, pela direita (na função que era de Fabio Bahia no ano passado), fez uma de suas melhores partidas da carreira. Ainda conseguiu marcar um golaço, com uma bomba de fora da área, e sofrer o pênalti do segundo. Jataí marcou demais e Hélder fez sua melhor apresentação no ano, talvez a melhor com a camisa tricolor.
Ávine jogou no sacríficio. Não teve uma atuação destacada, mas valeu pela força de vontade. E ainda teve personalidade, ou irresponsabilidade, para cobrar o pênalti e fechar o placar. Depois de errar uma cavadinha e ter a chance de cobrar novamente.
O rubro-negro estava descontrolado, transferindo os erros para a arbitragem, e ainda perdeu Uelliton e Neto Baiano, por expulsões. Dois dos que mais provocaram o tricolor depois do primeiro clássico do ano.
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