Está difícil vencer em casa - Bahia 1x1 Botafogo

Na quarta tentativa, o Bahia não conseguiu ainda acabar com o incômodo jejum de triunfos como mandante nesta Série A. Não fossem as improváveis vitórias contra Fluminense e Atlético Paranaense longe de Salvador, a situação clube estaria terrível, depois do terceiro empate em casa em quatro jogos. Dessa vez, o time não jogou tão bem quanto vinha jogando,e encontrou, no Botafogo, um adversário que soube jogar mais do que os anteriores. Mesmo assim, um triunfo tricolor não teria sido injusto. No entanto, quase sai derrotado, não fosse o belo gol de cabeça de Fahel, que empatou a partida. Antes, o ex-rubro-negro Elkeson, com um golaço de falta, tinha colocado os cariocas na frente.

Não só pelo gol, mas Fahel foi um dos principais destaques do time tricolor. Os zagueiros Paulo Miranda e Titi também tiveram muito trabalho, mas fizeram uma grande partida. Lomba andou se atrapalhando em algumas bolas alçadas a área, mas foi decisivo para o empate no final do jogo com uma defesaça em chute de Maicossuel. Do meio para a frente, entretanto, apenas Lulinha e Gabriel mereceram elogios. Maranhão entrou muito em, fazendo o time melhorar, até que, na tentativa de dar um chute no vácuo, caiu, lesionou o ombro e teve que sair. Naquele momento, o time voltou a perder velocidade. 

Nos jogos como mandante, imagino que René pudesse colocar dois volantes com Ricardinho e Carlos Alberto ou outro meia mais veloz junto. O passe qualificado de Ricardinho é muito importante para abrir espaços nas defesas adversárias, mas ele não pode ser o único responsável pela armação das jogadas, pois não consegue variar entre as jogadas cadenciadas e as de velocidade. Como já era previsto, Carlos Alberto, que ainda não jogou em Pituaçu, e Jóbson fizeram muita falta.

Bahia: Marcelo Lomba, Jancarlos, Paulo Miranda, Titi e Marcos (Maranhão) (Rafael); Fahel, Marcone, Diones e Ricardinho (Gabriel); Lulinha e Júnior.
Botafogo: Renan, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo (Thiago Galhardo);  Somália (Léo), Lucas Zen, Marcos Vinícius e Maicosuel; Elkeson e German Herrera (Caio).