sábado, 2 de julho de 2011

Copa 2 de Julho: fonte de talento

A Seleção Brasileira disputou, pela primeira vez, a Copa 2 de Julho, em 2009, desfalcada de dois dos seus principais jogadores, que já estavam atuando pelas equipes profissionais de seus clubes: Neymar e Phillipe Coutinho. Graças a esse detalhe, o atacante Wellington Silva, do Fluminense, foi convocado para compor o grupo. Saindo do banco de reservas durante as partidas, o garoto tornou-se um dos destaques da competição e terminou na artilharia. Graças às atuações elogiadas na competição baiana, Wellington garantiu vaga entre os convocados para o Mundial da categoria naquele ano, foi titular da equipe profissional do Fluminense no início de 2010, negociado em seguida com o Arsenal, um dos quatro maiores clubes da Inglaterra, e disputou a temporada 2010/2011 do Campeonato Espanhol pelo Levante, para ganhar  experiência. Wellington Silva é um dos destaques da Copa 2 de Julho que seguem em evidência. E a vitrine de craques da competição cresce a cada edição. 

O atacante João Pedro, que hoje pertence ao Palermo, da Itália, e está emprestado ao Vitória de Guimarães, de Portugal, destacou-se na Copa 2 de Julho de 2008, atuando pelo Atlético Mineiro, que foi eliminado nas oitavas-de- final. Na época da transferência do jogador para o futebol italiano, o presidente do clube, Maurizio Zamparini, deu uma declaração curiosa sobre a nova aquisição. “O nome (do novo contratado) não lembro, só sei que me custou um saco de dinheiro”.

No início deste ano de 2011, o Bahia contratou dois jogadores que se destacaram na Copa 2 de Julho: Zezinho e Dodô. O meia-atacante Zezinho foi o grande craque da edição 2009 da competição, jogando pela Seleção Brasileira, quando ainda pertencia ao Juventude, de Caxias do Sul. Depois, se transferiu para o Santos, onde disputou a Série A em 2010, antes de ser recrutado pelo Bahia. Já o lateral-esquerdo Dodô, também campeão com a seleção, subiu para a equipe principal do Corinthians, logo em seguida, onde era reserva do craque Roberto Carlos. Buscando mais oportunidades para o desenvolvimento da carreira, o ala se transferiu para o tricolor baiano, pelo qual está jogando a Série A.

Destaque na Copa de 2008, quando o Bahia foi semifinalista, o atacante Rafael, o Gladiador, virou xodó da torcida tricolor em 2011, depois de ser o artilheiro da equipe finalista da Copa São Paulo de futebol sub-18. Hoje, faz parte do elenco principal do Esquadrão. “É uma competição de alto nível, fico muito feliz por ter participado e ter levado o Bahia entre os quatro melhores. Fizemos uma boa campanha e o grupo era bom”, disse o atacante, único sobrevivente daquele elenco de 2008 ainda no clube. “Acho que o fato de eu ter me destacado em 2008 me ajudou a permanecer no clube, enquanto os outros foram saindo. Todos querem disputar essa Copa, por ser de alto nível, contar com grandes clubes. E é essencial para a carreira de qualquer atleta atuar bem em uma competição como essa”, complementa o Gladiador.

Oportunidade - A participação de seleções municipais na Copa também promove a inclusão social, com a oportunidade do primeiro emprego para os garotos, que têm a oportunidade de atuar contra grandes clubes do País e do exterior. Um dos beneficiados com essa chance foi o lateral Léo, que se destacou na competição em 2008, atuando pela Seleção de Amélia Rodrigues, e conseguiu uma transferência para o São Paulo. Posteriormente, foi para o Vitória e hoje em dia atua na equipe principal do rubro-negro.

Os jogadores dos clubes menores do Estado também são beneficiados, como o atacante Adailton, de Camaçari, que disputou a competição pelo Atlântico e chamou a atenção do Fortaleza que o contratou. Com uma ascensão rápida no clube cearense, inclusive na equipe principal, foi negociado com o Vitória, pelo qual participou da Série A de 2010. Neste ano, emprestado ao Atlético Paranaense, está disputando novamente a primeira divisão.

Texto de Leandro Silva publicado na Revista da Copa 2 de Julho de 2011

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